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  • Preços de frete iniciam tendência de arrefecimento com fim da colheita da soja

    Preços de frete iniciam tendência de arrefecimento com fim da colheita da soja

    As principais rotas de escoamento de grãos em importantes estados produtores começam a apresentar arrefecimento nos preços de fretes. A queda é explicada, principalmente, pelo fim da colheita da soja. Este é o cenário encontrado em Mato Grosso onde foi verificada redução nas cotações em todas as rotas e com a diminuição iniciando-se nas regiões onde a colheita da oleaginosa foi finalizada primeiro. Os dados estão na edição de abril do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicado no site da Companhia.

    “No entanto, mesmo que a conjuntura momentânea seja de queda, existe a perspectiva de suporte aos preços de fretes rodoviários e aquecimento logístico em um futuro próximo, eventualmente até mesmo no primeiro semestre, antes do início da colheita de milho, o que deve manter os preços em um patamar elevado, ainda que inferior aos valores atingidos no epicentro da safra”, pondera o superintendente de Logística Operacional da Cona, Thomé Guth.

    De acordo com a análise da Conab, a proximidade de uma grande safra de milho deverá movimentar, de forma significativa, a logística oferecendo um cenário que sustenta as cotações. Além disso, a disputa comercial entre Estados Unidos e China, pode direcionar parcela significativa da demanda internacional para a produção brasileira sendo mais um fator de influência de alta nos preços nos serviços de transporte de grãos.

    Além de Mato Grosso, os valores praticados no mercado de fretes apresentaram queda em Goiás, Piauí, Maranhão e Paraná. No estado paranaense, apenas as rotas com origem em Ponta Grossa apresentaram variação positiva. Já na Bahia, o fluxo logístico com o transporte de grãos apresentou comportamento variando de estabilidade à alta, variando conforme as localidades.

    No Distrito Federal, foi observado um aumento generalizado dos preços em março deste ano, com destaque para as rotas destinadas a Araguari e Uberaba, em Minas Gerais. Mas a expectativa para os próximos meses é de relativa estabilidade nos preços, considerando a variação cambial, o comportamento do mercado de combustíveis e a menor demanda por transporte após o pico da colheita da soja.

    O mercado de fretes rodoviários em Mato Grosso do Sul também manteve a tendência de preços elevados, em um movimento sazonal característico do período de pico da colheita das culturas de verão. O fluxo de transporte em março deste ano foi notadamente maior que o dos meses anteriores, com grande ênfase ao protagonismo da soja, que quase triplicou o volume transportado em março, em comparação a fevereiro.

    Alta também registrada em Minas Gerais, onde no  final de fevereiro e durante março houve grande movimentação de produtos, mais notadamente da soja, devido ao aumento da produção e aos bons preços das commodities. Em São Paulo, a colheita da oleaginosa continua exercendo influência de alta nas cotações de frete. No entanto, as elevações foram em patamares mais leves.

  • Conab realiza nova etapa de levantamento da safra de grãos em todo o país

    Conab realiza nova etapa de levantamento da safra de grãos em todo o país

    Com diferentes cenários agrícolas espalhados pelo território nacional, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deu início a uma nova etapa do levantamento da safra de grãos 2024/2025, com foco na análise do estágio de desenvolvimento das lavouras e das condições que impactam a produtividade e a colheita. O trabalho de campo, que também conta com apoio de geotecnologia, busca estimar com precisão a área plantada e o rendimento das principais culturas brasileiras.

    Nesta fase, o levantamento presencial está sendo realizado nos estados de Alagoas, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rondônia e Santa Catarina. Os técnicos da Conab percorrem lavouras de soja, milho 2ª safra, feijão 2ª safra, arroz, algodão e sorgo, a fim de reunir informações atualizadas que componham um retrato fiel da atual temporada agrícola.

    Diversidade climática e regional

    O trabalho é marcado pela diversidade climática e regional, o que impõe desafios distintos nas diferentes regiões produtoras. No Centro-Sul, na Região Norte e na área do Matopiba — fronteira agrícola que inclui partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — a primeira safra já foi quase toda colhida, enquanto a segunda safra está em diferentes estágios, entre desenvolvimento e colheita. No Nordeste, por sua vez, a situação é diferente: muitas lavouras ainda estão em fase inicial de crescimento.

    Além das visitas in loco, o levantamento também conta com ferramentas de monitoramento remoto e imagens de satélite para complementar as análises e garantir maior precisão nos dados. Essas informações são fundamentais para a formulação de políticas públicas, definição de estratégias de mercado e tomada de decisões no setor agropecuário.

    O resultado consolidado dessa etapa será divulgado no próximo Boletim da Conab, o 8º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025, previsto para o dia 15 de maio. O relatório é considerado uma das principais referências técnicas para o agronegócio brasileiro, especialmente em um ano de clima irregular e grande variação nas produtividades.

  • Fretes rodoviários sobem em Mato Grosso com avanço do escoamento da safra

    Fretes rodoviários sobem em Mato Grosso com avanço do escoamento da safra

    O aumento no volume de escoamento da safra de grãos pressionou a demanda por transporte e provocou alta nos fretes rodoviários em Mato Grosso na última semana. De acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a maioria das rotas registrou elevação nos preços.

    Entre os destaques estão a rota com origem em Campo Novo do Parecis (MT) e destino a Porto Velho (RO), que ficou cotada a R$ 256,67 por tonelada, com alta de 2,24%. Já o trajeto de Diamantino (MT) até Rondonópolis (MT) apresentou variação ainda mais expressiva, com acréscimo de 6,01%, sendo cotado a R$ 139,38 por tonelada.

    O cenário reflete o ritmo acelerado das entregas de soja e milho, típicas deste período, o que eleva a disputa por caminhões disponíveis e, consequentemente, os custos logísticos. A tendência é que os valores continuem voláteis nas próximas semanas, dependendo do fluxo da safra e da capacidade de atendimento do setor de transporte.

  • Produção de grãos é estimada em 330,3 milhões de toneladas na safra 2024/25

    Produção de grãos é estimada em 330,3 milhões de toneladas na safra 2024/25

    Com a colheita das culturas de primeira safra em fase adiantada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vem confirmando a perspectiva de uma safra recorde de grãos na temporada 2024/25, agora estimada em 330,3 milhões de toneladas. O volume, se confirmado, além de ser o maior já registrado na série histórica da Conab, representa um crescimento de 32,6 milhões de toneladas quando se compara com o ciclo 2023/24. Os dados estão no 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 divulgado nesta quinta-feira (10) pela Companhia.

    O incremento estimado pela estatal se deve tanto a uma maior área plantada, prevista em 81,7 milhões de hectares, com incorporação de 1,7 milhão de hectares em relação à 2023/24, quanto às condições climáticas favoráveis registradas na primeira safra nas principais regiões produtoras. As perspectivas positivas para o clima também dão suporte para o desenvolvimento das culturas na segunda safra. Neste cenário, é esperada uma recuperação da produtividade em 8,6%, estimada em 4.045 quilos por hectares.

    Dentre os produtos cultivados, a soja deve registrar o maior volume já colhido no país. Nesta safra, a Conab prevê uma produção de 167,9 milhões de toneladas, resultado 20,1 milhões de toneladas superior à safra passada. O Centro-Oeste, principal região produtora do grão, deve registrar um novo recorde na produtividade média das lavouras com 3.808 quilos por hectare, superando o ciclo 2022/23. Em Mato Grosso a colheita já chega a 99,5% da área semeada com a produtividade média chegando a 3.897 quilos por hectares, a maior já registrada no estado mato-grossense. Cenário semelhante é visto em Goiás, onde os trabalhos de colheita já atingem 97% da área com uma produtividade de 4.122 kg/ha.

    Com a colheita da soja avançada, o plantio do milho 2ª safra está próximo de ser finalizado. A produção total do cereal, somados os três ciclos da cultura, está estimada em 124,7 milhões de toneladas em 2024/25, crescimento de 9 milhões de toneladas em relação ao ciclo passado. Só na segunda safra do grão é esperada uma colheita de 97,9 milhões de toneladas, resultado de uma maior área plantada, estimada em 16,9 milhões de hectares, combinado com uma recuperação de 5,5% na produtividade média prevista em 5.794 quilos por hectare.

    A colheita de arroz também segue em bom ritmo, com mais de 60% da área plantada já colhida. As condições climáticas nas principais regiões produtoras, até o momento, são favoráveis para o desenvolvimento da cultura. Aliado ao manejo adotado pelos agricultores, a produtividade média deve registrar recuperação de 7,2%, estimada em 7.061 quilos por hectare. A área também deve crescer em torno de 7%, chegando a 1,72 milhão de hectares. Com isso, a produção deve registrar uma alta de 14,7%, chegando a 12,1 milhões de toneladas.

    No caso do feijão, o aumento previsto na produção é de 2,1% , podendo chegar a 3,3 milhões de toneladas somadas as 3 safras da leguminosa. A elevação acompanha a melhora na produtividade média das lavouras, que sai de 1.135 quilos por hectare para 1.157 quilos por hectare, uma vez que a área se mantém estável em 2,86 milhões de hectares.

    Para o algodão, a expectativa de produção recorde vem se confirmando. O plantio está concluído com estimativa de área em 2,1 milhões de hectares, crescimento de 6,9% sobre a safra 2023/24. Já para a produção de pluma é esperada uma colheita de 3,9 milhões de toneladas, 5,1% acima do volume produzido na safra anterior.

    Mercado

    Neste levantamento, a Companhia ajustou as estimativas de consumo de milho na safra 2024/25, uma vez que a produção total do cereal foi reajustada para 124,7 milhões de toneladas. Com isso, a nova expectativa é de um volume de 87 milhões de toneladas consumidas no mercado interno. Já as exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas. Mesmo com o aumento no consumo interno, o estoque final deve chegar a cerca de 7,4 milhões de toneladas do grão. Cenário semelhante é encontrado para o algodão, em que o aumento na produção possibilita um incremento tanto no consumo quanto no estoque de passagem da fibra.

  • Custo da safra de soja 2025/26 em Mato Grosso sobe 1,16% em janeiro, impulsionado por insumos

    Custo da safra de soja 2025/26 em Mato Grosso sobe 1,16% em janeiro, impulsionado por insumos

    O custeio da safra de soja 2025/26 em Mato Grosso apresentou um aumento de 1,16% no mês de janeiro, alcançando uma projeção de R$ 4.051,33 por hectare. Os dados, divulgados pelo projeto Custo de Produção Agrícola de Mato Grosso (CPA-MT), indicam que a elevação foi impulsionada, principalmente, pelo aumento nos preços dos insumos, com destaque para as sementes.

    As despesas com sementes registraram um avanço significativo de 6,30% em comparação ao mês anterior, tornando-se o principal fator de pressão sobre os custos gerais da produção agrícola. Esse aumento reflete tanto a valorização do insumo no mercado quanto os desafios enfrentados pelos produtores para garantir a aquisição de material de qualidade.

    Apesar da alta recente, o estudo aponta que o custo das sementes ainda se mantém 8,95% abaixo do valor registrado na safra 2024/25. Esse recuo no comparativo anual sugere que, embora haja oscilações pontuais, os produtores ainda enfrentam um cenário de insumos mais acessíveis do que no ciclo anterior.

    O CPA-MT realiza monitoramentos constantes dos custos de produção no estado, oferecendo um panorama essencial para o planejamento do setor agrícola. As variações nos preços de insumos como sementes, fertilizantes e defensivos impactam diretamente na rentabilidade do produtor e na competitividade da safra mato-grossense, que segue sendo um dos principais pilares do agronegócio brasileiro.

  • Produtores relatam preocupação com a colheita de soja na região Leste de Mato Grosso

    Produtores relatam preocupação com a colheita de soja na região Leste de Mato Grosso

    Na terceira semana da série MT Clima e Mercado, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) percorreu a região leste de Mato Grosso, visitando cinco cidades para mostrar a realidade das lavouras.

    Em depoimentos, produtores destacaram os desafios enfrentados devido às condições climáticas, que impactaram o plantio e preocupa a colheita da soja. O produtor de Água Boa, César Giacomolli comentou sobre as fortes chuvas que prejudicaram o início do plantio da soja.

    “As primeiras chuvas foram muito fortes, de até 100 milímetros, atrapalharam um pouco no início, mas depois normalizou. E agora estamos monitorando as lavouras, porque a umidade sempre traz pragas e doenças fúngicas “.

    Já em Canarana, o delegado Fabian Gross enfrentou o excesso de chuvas, o que comprometeu parte da produção.

    “Estamos em um período de muita chuva, em especial no mês de novembro, agora estamos na segunda semana de dezembro, abriu um sol, mas passamos um sufoco na época do plantio muito grande”, disse ele.

    O atraso no plantio gerou ainda preocupações em diversas cidades da região, como em Confresa e Querência, onde os produtores temem problemas na colheita.

    “Acho que basicamente Mato Grosso inteiro sofreu com o atraso de plantio inicial. O ano passado foi um plantio que começou um pouco mais cedo, parando devido ao clima seco, mas esse ano foi um plantio contínuo, isso nos proporcionou uma janela de plantio curta. Agora estamos preocupados com a chuva na colheita”, afirmou o delegado do núcleo Araguaia-Xingu, Sávio Barbosa.

    Já em Querência, o delegado da Aprosoja-MT, Luis Paulo Anese destacou o risco de congestionamento nos armazéns.

    “Estamos com medo na colheita de ter um gargalo nos armazéns por causa do excesso de umidade, se as chuvas que estão previstas lá em fevereiro se concretizarem, estamos com medo de ter problema lá na frente na colheita”, declarou o produtor.

    Em Porto Alegre do Norte, o produtor e delegado coordenador do núcleo Araguaia-Xingu, Reginaldo Brunetta, também compartilhou sua preocupação com a logística e a armazenagem.

    “A gente tem problemas que tiram o sono, principalmente logística e armazenagem, devido a esse atraso de plantio, o que aconteceu foi um acúmulo de plantio no período muito curto, então isso preocupa muito a logística e o processamento desses grãos no armazém”.

    A série MT Clima e Mercado tem sido fundamental para que produtores de todo o país compreendam os desafios enfrentados em Mato Grosso. Atrasos no plantio podem afetar a área destinada à segunda safra e até levar a uma aposta em outras culturas, como sorgo e gergelim.

    Diego Dallasta, vice-presidente leste e Lauri Pedro Jantsch, também vice-presidente leste destacaram a importância da série para os produtores.

    “A gente era carente de informações acerca de todas as regiões do estado, então a Aprosoja MT com o passar dos anos, vai criando esse vínculo maior ainda com todos os produtores de todo o Brasil, e dando um respaldo maior de informações para o produtor rural, e para toda a sociedade em geral”, destacou Diego Dallasta.

    Já Lauri completou sobre a importância de entender a situação das lavouras. “É muito importante para nós produtores sabermos a real situação das lavouras de todo o estado, e assim termos um panorama geral de toda a safra, acho um trabalho muito importante esse trabalho que a Aprosoja está fazendo”, disse ele.

    Na próxima segunda-feira (16.12), a equipe da Aprosoja MT seguirá para a região oeste, marcando a última semana da terceira edição da série.

  • Nova estimativa da Conab para safra de grãos 2024/25 é de 322,53 milhões de toneladas

    Nova estimativa da Conab para safra de grãos 2024/25 é de 322,53 milhões de toneladas

    A segunda estimativa para a safra de grãos em 2024/25 indica um volume de produção de 322,53 milhões de toneladas, aumento de 8,2% se comparado com o resultado obtido no último ciclo, o que representa cerca de 24,6 milhões de toneladas a mais a serem colhidas. O crescimento reflete uma estimativa de elevação na área plantada e uma expectativa de recuperação na produtividade média das lavouras no país. No geral, os agricultores deverão semear ao longo deste ciclo 81,4 milhões de hectares, ante os 79,9 milhões de hectares cultivados em 2023/24, como mostra o 2º Levantamento de Grãos da Safra 2024/25, divulgado nesta quinta-feira (14) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Já a produtividade deve atingir 3.962 quilos por hectares, aumento de 6,3% quando comparada à temporada passada.

    De acordo com a estimativa da Conab, o maior crescimento é esperado para a área semeada de arroz, que deve passar de 1,6 milhão de hectares em 2023/24 para 1,77 milhão de hectares no atual ciclo. A semeadura já teve início nas principais regiões produtoras e chega a 65% da área, conforme publicado no Progresso de Safra desta semana.Com uma produtividade estimada em 6.814 quilos por hectare, a produção deve ficar acima de 12 milhões de toneladas.

    Para o feijão também é esperada uma recuperação de 3,6% na área cultivada da primeira safra da cultura, estimada em 892,3 mil hectares. Com isso, a produção no primeiro ciclo da leguminosa está prevista em 991,6 mil toneladas. Somando as três safras do grão, a expectativa é de uma safra em torno de 3,3 milhões de toneladas, 1,8% acima do volume obtido em 2023/24.

    Para a soja, as projeções levam para um aumento na área plantada em torno de 2,6%, chegando a 47,36 milhões de hectares destinados à cultura, e recuperação nas produtividades médias das lavouras de 9,6%. Esse cenário aponta para uma produção estimada em 166,14 milhões de toneladas. As condições climáticas, nesse período inicial, vêm favorecendo as atividades de preparo do solo e a semeadura, que já atinge 66,1%, acima do percentual semeado na última safra no mesmo período.

    No caso do milho, a área deve permanecer estável em torno de 21 milhões de hectares. Com estimativa de recuperação nas produtividades, a safra total deve chegar a 119,8 milhões de toneladas. No primeiro ciclo de plantio do cereal, as operações de preparo de solo e semeadura vêm se intensificado, favorecidas pelas boas condições climáticas nas principais regiões produtoras, com o plantio já concluído em 48,7% da área. Nesta primeira safra, é esperado que os produtores destinem 3,77 milhões de hectares para a cultura e a produção fique em torno de 22,8 milhões de toneladas.

    As culturas de inverno começam a entrar nos estágios finais, com a colheita do principal cereal, que é o trigo, respondendo a 79,4% da área semeada. A previsão atual aponta para uma produção de 8,11 milhões de toneladas para o grão, volume estável quando comparado com o ciclo anterior. A redução em relação às primeiras estimativas é ocasionada, principalmente, pelo comportamento climático desfavorável, sobretudo no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

    Mercado – Os preços internos da soja registraram alta em outubro de 2024, impulsionados pela valorização do dólar e pela demanda aquecida. Com o dólar elevado e prêmios de porto positivos, as exportações de soja em grão mantiveram-se em níveis elevados, totalizando 94,2 milhões de toneladas entre janeiro e outubro de 2024. Esse cenário levou a Conab a revisar a estimativa de exportação para a safra 2023/24, que passou de 92,43 milhões para 98 milhões de toneladas, um aumento de 5,56 milhões de toneladas.

    Já no mercado de feijão, o carioca atravessa período de entressafra, com abastecimento dependente da safra do sudoeste de São Paulo. A colheita está acelerada, mas o excesso de chuvas em novembro afetou a qualidade. Com a chegada da nova safra, espera-se um mercado estável, já que a intensificação da colheita em dezembro coincide com um período de menor consumo. Para o feijão preto, a oferta deve aumentar nas próximas semanas com a colheita paranaense, mas a demanda permanece fraca devido à baixa qualidade e à grande diferença de preço em relação ao feijão carioca.

    Para o trigo, as chuvas persistentes no Sul do país têm dificultado a colheita e, para minimizar as perdas, a colheita foi intensificada nos intervalos em que as precipitações cessaram.

    As informações completas sobre o 2° Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 e as condições de mercado destes produtos podem ser conferidos no Portal da Conab.

  • Safra 2024/2025: Produção de grãos deve alcançar 323,3 milhões de toneladas

    Safra 2024/2025: Produção de grãos deve alcançar 323,3 milhões de toneladas

    As perspectivas para a safra brasileira de grãos 2024/2025 indicam crescimento de 8,3% da produção em comparação com a safra 2023/2024, com estimativa de serem colhidas 323,3 milhões de toneladas. A área plantada e a produtividade deverão crescer 2% e 1,4%, respectivamente. As informações são da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab.

    Esses e outros dados constam na 15ª edição do Informativo Agropecuário, o documento, editada pela equipe da Embrapa Rondônia, apresenta dados sobre a estimativa da safra de grãos no estado, divulgados pela Conab no 12º levantamento da safra de grãos 2023/2024, em setembro deste ano, bem como informações sobre a produção de outros produtos agropecuários, tais como café, mandioca, banana, peixes, carne e leite. As informações estão disponíveis na 15ª edição e podem ser acessadas no endereço embrapa.br/rondonia/informativo-agropecuario.

    Produção em números

    No que diz respeito à safra 2023/2024, o 12º e último levantamento desta safra pela Conab indica que a produção de grãos alcançou 298,4 milhões de toneladas, redução de 6,7% (21,4 milhões de toneladas) na comparação com a safra 2022/2023.

    Em Rondônia a produção de grãos na safra 2023/2024 foi 10,5% maior do que a obtida na safra anterior, tendo sido colhidas pouco mais de quatro milhões de toneladas, com incremento de 8,5% da área plantada, que ultrapassou um milhão de hectares.

    Soja

    Com relação à produção de grãos a soja continua sendo a principal cultura agrícola do estado, com área plantada de 643,2 mil hectares e produção estimada de quase 2,3 milhões de toneladas, 12% maior do que a colhida na safra 2022/2023.

    Arroz

    Impulsionada pelo aumento dos preços nos últimos anos, a safra de arroz teve crescimento de 12,7%, tendo sido colhidas, conforme estimativa da Conab, 138,5 mil toneladas do cereal, em uma área de 41,2 mil hectares.

    Milho

    A produção de milho, considerando duas safras, atingiu 1,7 milhão de toneladas, favorecida por melhores condições climáticas na comparação com a safra anterior.

    Para Calixto Rosa Neto, analista da Embrapa Rondônia e membro da equipe de elaboração do Informativo, o crescimento da produção de grãos em Rondônia deve-se, principalmente, ao avanço das áreas de produção de soja para as regiões central e norte do estado, principalmente para os municípios de Porto Velho, Machadinho  d’Oeste, Rio Crespo e Candeias do Jamari.

    Café

    Mudanças, pela Conab, na metodologia de apuração da área plantada com café, devido ao ajuste nas estimativas de área total, em razão do trabalho de mapeamento do parque cafeeiro que a referida instituição vem fazendo no estado, implicou na redução de estimativa da produção na safra 2024, estimada em 2,5 milhões de sacas, 16,4% menor do que a obtida na safra 2023.Cabe destacar que condições climáticas desfavoráveis também contribuíram para essa queda na produção.

    Mandioca

    A produção de mandioca, que na safra 2024 deve ser maior do que a da safra 2023, e da banana, que deve decrescer na comparação com a safra 2023. No caso da mandioca, a produção deve aumentar de 375,5 mil para 411,8 mil toneladas, 9,7% maior; já a banana deve apresentar redução de 1%, devendo ser produzidas nesta safra 82,2 mil toneladas, 800 toneladas a menos do que a obtida em 2023.

    Pecuária

    A produção pecuária mostra dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, um indicativo sobre o rebanho bovino do estado em 2023 que contava com 18,2 milhões de cabeças, com destaque para Porto Velho, com quase 1,8 milhão de animais dessa espécie, vindo em seguida Nova Mamoré, Jaru e Ariquemes.

    A produção de leite foi de 644,2 milhões litros, tendo sido ordenhadas 354,7 mil vacas. Machadinho d’Oeste, com 38,2 milhões de litros e Jaru, com 36,6 milhões, foram os principais produtores de leite em 2023, seguidos dos municípios de Porto Velho, Ouro Preto do Oeste e Nova Mamoré.

    VBP

    O Valor Bruto da Produção Agropecuária de Rondônia em 2024, calculado pela equipe do Setor de Prospecção e Avaliação de Tecnologia da Embrapa Rondônia (SPAT), está estimado em 22,2 bilhões de reais, com destaque para bovinos, soja, café e milho.

    Exportações 

    As exportações de carne bovina in natura, soja e milho de Rondônia, de janeiro a agosto deste ano, geraram juntas receitas de US$ 1,7 bilhão, com destaque para a soja, cujo volume exportado no período foi de 2,1 milhões de toneladas.

    O documento reúne informações coletadas em diversas fontes de dados oficiais,  que permitem o acesso aos dados de maneira agregada e suas respectivas análises. Além disso, as fontes consultadas também estão disponíveis no documento. Os dados apresentados foram obtidos de fontes secundárias, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Emater-RO, entre outros.

  • Comercialização de milho em Mato Grosso avança com melhora nos preços

    Comercialização de milho em Mato Grosso avança com melhora nos preços

    A comercialização do milho da safra 2023/24 em Mato Grosso alcançou 69,70% da produção esperada em agosto de 2024, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). O avanço mensal de 11,61 pontos percentuais reflete a melhora nos preços disponíveis no estado, que motivou os produtores a fecharem novos contratos de venda.

    Em relação à safra futura (2024/25), os negócios também mostraram crescimento, com um aumento de 4,07 pontos percentuais em comparação a julho de 2024. Ao final de agosto, 11,36% da produção estimada para a próxima temporada já havia sido comercializada. Assim como na safra atual, as vendas futuras foram impulsionadas pela valorização dos preços do cereal, que se apresentaram mais favoráveis, incentivando os produtores a anteciparem suas negociações.

    Este cenário evidencia um mercado dinâmico, onde os produtores buscam aproveitar as oportunidades de venda em momentos de alta nos preços, garantindo maior segurança e rentabilidade para suas operações.

  • Colheita de milho da safra 2023/24 avança em Mato Grosso

    Colheita de milho da safra 2023/24 avança em Mato Grosso

    A colheita de milho em Mato Grosso avançou significativamente na última semana, com um progresso de 15,84 pontos percentuais, atingindo 37,57% da área total estimada até o dia 21 de junho. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os trabalhos de campo para a safra 2023/24 estão 18,33 pontos percentuais à frente em comparação ao mesmo período da safra anterior e 10,16 pontos percentuais acima da média dos últimos cinco anos.

    Dentre as regiões do estado, a Oeste registrou o maior avanço semanal, com um incremento de 20,80 pontos percentuais, alcançando 46,56% das áreas colhidas até o momento. A região Nordeste também teve um progresso notável, avançando 17,19 pontos percentuais e chegando a 29,42% de áreas colhidas. No entanto, a região Médio-Norte continua a liderar, com 49,11% das áreas já colhidas.

    Para as próximas semanas, é esperado que os trabalhos de colheita continuem acelerando, aproximando-se da máxima histórica. Com a intensificação dos trabalhos, a atenção agora se volta para os rendimentos das áreas colhidas e, principalmente, para a média final da temporada 2023/24.