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  • Produção de carnes ultrapassa 31 milhões de toneladas em 2024 e atinge novo recorde na série histórica

    Produção de carnes ultrapassa 31 milhões de toneladas em 2024 e atinge novo recorde na série histórica

    A produção de carnes bovina, suína e de aves está estimada em torno de 31,57 milhões de toneladas em 2024. O resultado estimado para o ano anterior é o maior nível já registrado na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e é influenciado pelo auge do abate no processo do ciclo pecuário. E para 2025, a expectativa é que esse volume total se mantenha estável, com uma produção total das três proteínas em 31,56 milhões de toneladas, com incremento na produção de carne suína e de aves. É o que mostra o quadro de suprimento do produto atualizado, nesta segunda-feira (27), pela estatal.

    A produção de suínos segue crescendo e ultrapassa as 5 milhões de toneladas desde 2022. Só no ano passado, foram produzidas cerca de 5,36 milhões de toneladas, maior volume já registrado. Este aumento possibilita uma maior venda ao mercado externo. Foram embarcadas 1,32 milhão de toneladas desta carne, um novo recorde para o país. A elevação nas exportações ocorre mesmo com a menor demanda chinesa. Países como Filipinas (+100%), Chile (+29%), Japão (+131%), Cingapura (+23%) e México (+51%) têm aumentado o percentual de participação entre os principais compradores da carne suína brasileira, seja por aumento de volume ou abertura de novos mercados.

    Cenário semelhante é esperado para 2025. A expectativa é que o volume de carne suína produzida seja ainda maior, com uma projeção de crescimento em 3,1% podendo chegar a 5,53 milhões de toneladas. Este incremento permite o aumento tanto na disponibilidade interna quanto nas vendas externas, projetadas respectivamente em 4,19 milhões de toneladas e 1,36 milhão de toneladas. Caso se confirme será o melhor resultado registrado na série histórica da Companhia.

    O panorama é semelhante para a produção de aves. Com os maiores níveis de produção esperados para o fechamento de 2024, estimado em 15,31 milhões de toneladas, as vendas ao mercado externo registraram leve alta chegando a 5,16 milhões de toneladas, mesmo com menor procura da China pelo produto brasileiro. O envio para o país asiático registrou queda de 18%, saindo de 682 mil toneladas para 561 mil toneladas. A queda foi compensada pelo aumento robusto da demanda de países como México (+23%), Iraque (+18%) e Chile (+44%). Ainda assim, a disponibilidade interna registrada em 2024 ficou acima das 10 milhões de toneladas.

    Para 2025, as boas expectativas se mantêm no mercado de aves. A produção tende a crescer novamente, estabelecendo um novo recorde em torno de 15,66 milhões de toneladas. O cenário para as exportações também é positivo, com uma projeção de crescimento de 2,9%, estimada em 5,31 milhões de toneladas. Mesmo com uma maior venda ao mercado externo, a disponibilidade interna deve se manter em patamar elevado, em torno de 10,35 milhões de toneladas, mantendo o mercado interno abastecido.

    No caso da carne bovina, 2024 foi marcado pelo auge dos abates característico do ciclo pecuário. Com isso, a produção atingiu 10,91 milhões de toneladas, a maior já registrada pela Companhia. Os embarques cresceram em relação a 2023, saindo de 3,03 milhões de toneladas para 3,78 milhões de toneladas. A China continua sendo o maior consumidor, com participação de 46%, seguida dos Estados Unidos com 8% e dos Emirados Árabes Unidos com 4,6%. Estes dois últimos países, respectivamente, aumentaram em 52% e 72% os volumes embarcados do Brasil, em relação a 2023. Com a maior produção, a disponibilidade interna também registrou alta, projetada em torno de 7,19 milhões de toneladas.

    Em 2025, a tendência é que haja o início da reversão do ciclo, com a retenção de fêmeas pelos criadores. Com isso, a estimativa é que a produção seja menor que a registrada no ano anterior, estimada em 10,37 milhões de toneladas. Ainda assim, este é o segundo maior volume de produção já registrado no quadro de bovinos, atrás somente de 2024. As exportações seguem aquecidas, e podem ficar em torno de 3,86 milhões de toneladas, o que resultará em uma disponibilidade interna de aproximadamente 6,58 milhões de toneladas, índice semelhante ao registrado em 2023, mas cuja diminuição prevista em 2025 será equilibrada pelos aumentos produtivos das demais proteínas, mantendo a disponibilidade per capita acima dos 102 kg/habitante/ano.

    Produção de ovos – Já com relação ao quadro de suprimento de ovos, a estimativa da Conab é que a produção para 2024 atinja 45,8 bilhões de unidades de ovos para consumo, alta de 11% em comparação com 2023. Para este ano de 2025 é esperado um novo crescimento, mas em um nível mais moderado, cerca de 4,8%. Com isso é esperada para este ano uma produção em torno de 48 bilhões de unidades, um novo recorde caso se confirme.

  • Produção de grãos 2024/25 é estimada em 322,3 milhões de toneladas com clima favorável para as culturas de 1ª safra

    Produção de grãos 2024/25 é estimada em 322,3 milhões de toneladas com clima favorável para as culturas de 1ª safra

    Os agricultores brasileiros deverão colher 322,3 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25. O resultado equivale a um crescimento de 8,2% frente à produção da safra anterior, ou seja, 24,5 milhões de toneladas a mais a serem colhidas. A nova estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mantém a previsão de recorde na produção na série histórica, caso o resultado se confirme. O bom desempenho acompanha o clima favorável registrado durante o desenvolvimento das culturas de primeira safra. Aliado a isso, a área total semeada está estimada em 81,4 milhões de hectares e deve crescer 1,8% quando comparada com o ciclo 2023/24. Os dados foram divulgados pela Companhia nesta terça-feira (14), durante o anúncio do 4º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25.

    Principal produto cultivado no país, a soja deve registrar uma produção de 166,33 milhões de toneladas, 18,61 milhões de toneladas acima do total produzido na safra anterior. Após um ano de quebra na safra, o atual ciclo tende a recuperar a produtividade média das lavouras. Para esta temporada, é esperado um desempenho médio de 3.509 quilos por hectare, frente a 3.201 kg/ha registrado em 2023/24. O plantio da oleaginosa ocorreu de forma concentrada, principalmente, a partir do final de outubro. Com isso, a colheita também deve ocorrer, em sua maior parte, a partir do final de janeiro. As condições climáticas, no período analisado, vêm favorecendo a cultura até o momento, mas a Conab ainda mantém as atenções para os efeitos do comportamento climático até a finalização dos trabalhos de colheita do grão.

    Com o segundo maior volume de produção, o milho deve registrar uma colheita total de 119,6 milhões de toneladas em 2024/25, 3,3% acima da temporada anterior. Para a primeira safra do cereal é esperada uma redução de 6,4% na área semeada. Por outro lado, a produtividade média deve crescer 4,8%, chegando a 6.062 quilos por hectare. As precipitações frequentes, intercaladas com períodos de sol, favoreceram o desenvolvimento da cultura nas principais regiões produtoras. Com isso, é esperada uma colheita de 22,53 milhões de toneladas. Já os plantios da segunda e terceira safras do grão têm início a partir deste mês e abril, respectivamente.

    No caso do arroz, a semeadura para o ciclo 2024/25 ultrapassa 90% da área total prevista para esta safra nas principais áreas produtoras do país, estimada em 1,75 milhão de hectares, o que representa um crescimento de 8,5%. Além da maior área semeada, a Conab também espera uma recuperação nas produtividades médias das lavouras no país, saindo de 6.584 quilos por hectare para 6.869 kg/ha. Essa combinação de fatores leva a expectativa de um incremento de 13,2% na produção, estimada em 11,99 milhões de toneladas.

    Importante dupla do arroz no prato dos brasileiros, a produção total de feijão também deve registrar crescimento de 4,9%, sendo estimada em 3,4 milhões de toneladas, a segunda maior safra dos últimos 15 anos, perdendo apenas para a temporada 2013/14. O resultado acompanha tanto o incremento de área como de produtividade. Apenas na primeira safra da leguminosa, a colheita tende a apresentar uma elevação de 15,5%, estimada em pouco mais de 1 milhão de toneladas. A colheita deste primeiro ciclo da cultura está em andamento, com 19,4% concluída na primeira semana de janeiro.

    Para o algodão, a Conab prevê um crescimento de 3,2% na área a ser semeada, quando comparada com a última safra, sendo estimada em 2 milhões de hectares. Já a perspectiva é de uma produção de pluma em 3,7 milhões de toneladas, figurando entre as maiores já registradas na série histórica caso o resultado se confirme. Já no caso das culturas de inverno, a colheita da safra 2024 está encerrada. Para o trigo, principal produto cultivado, a produção foi estimada em 7,89 milhões de toneladas, 2,6% abaixo da colhida na safra de 2023. Essa queda foi ocasionada, principalmente, pela redução de 14,2% na área de plantio nos estados da região Sul, aliada ao comportamento climático desfavorável durante todo o ciclo da cultura no Paraná e nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

    Mercado

    Com a quebra de safra de soja verificada no ciclo 2023/24, as exportações da oleaginosa no ano passado atingiram 98,6 milhões de toneladas. Para o farelo, foram comercializadas no mercado externo 22,9 milhões de toneladas e para o óleo 1,35 milhão de toneladas. Já com a recuperação na colheita da soja para este ciclo, a Conab também prevê um aumento nos embarques neste ano. Para a safra 2024/25, as vendas internacionais do grão devem atingir 105,47 milhões de toneladas. As exportações de farelo foram mantidas em 22 milhões de toneladas, e as de óleo em 1,4 milhão de toneladas.

    No milho, a Companhia realizou um ajuste nas exportações do cereal na safra 2023/24, agora estimadas em 38,5 milhões de toneladas. Com um consumo projetado próximo a 83,57 milhões de toneladas, a expectativa é que o estoque final do produto se estabeleça em torno de 2,5 milhões de toneladas. Para a temporada 2024/25, as vendas para o mercado externo estão estimadas em 34 milhões de toneladas, enquanto que o consumo tende a ficar em 86,4 milhões de toneladas. Com o aumento na produção, os estoques tendem a registrar recuperação e fechar em 3,5 milhões de toneladas no final do atual ciclo, garantindo o abastecimento interno, sobretudo do setor de proteína animal.

    Para o arroz, o consumo foi atualizado para 10,5 milhões de toneladas, valor próximo da média de consumo dos últimos 5 anos do setor orizícola. Sobre a balança comercial do produto na safra 2023/24, com os preços internos operando acima das paridades de exportação, na maior parte do período de comercialização, aliado à menor disponibilidade interna e a recomposição produtiva norte-americana, a projeção é de redução dos volumes exportados para 1,5 milhão de toneladas pelo Brasil. Já para a safra 2024/25, em meio à projeção de recuperação produtiva e arrefecimento dos preços para o próximo ano, estima-se um aumento das exportações de arroz brasileiro para 2 milhões de toneladas. Mesmo com a alta nos volumes embarcados, o estoque final no ciclo 2024/25 deve registrar recuperação e estar próximo a 1,28 milhão de toneladas no final de fevereiro de 2026.

  • Programa de Venda em Balcão registra crescimento histórico nas vendas de milho para pequenos criadores

    Programa de Venda em Balcão registra crescimento histórico nas vendas de milho para pequenos criadores

    O Programa de Venda em Balcão (ProVB), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), registrou um aumento significativo em 2024, com a comercialização de 111,9 mil toneladas de milho para pequenos criadores, 70% a mais do que no ano anterior, quando foram vendidas 65,9 mil toneladas. Este é o melhor resultado desde 2020. O crescimento foi impulsionado pelo aumento de aproximadamente 50% no número de criadores atendidos, que passou de 7.924 para 11.886 beneficiários, segundo o balanço divulgado pela Conab.

    O ProVB é uma iniciativa que garante alimentação animal a preços acessíveis para pequenos criadores da agricultura familiar, integrados às cadeias de carnes, leite e ovos. “Buscamos ampliar os pontos de venda e facilitar o acesso por meio de parcerias com os municípios, o que foi essencial para alcançar esses resultados”, afirmou Arnoldo de Campos, diretor de Operações e Abastecimento da Conab.

    Expectativas para 2025: crescimento e melhorias no programa

    Para 2025, a Conab espera comercializar 131,4 mil toneladas de milho, o que representaria um crescimento de 17% em relação a 2024. Segundo Campos, o programa continuará a promover aperfeiçoamentos, como a ampliação de pontos de venda, maior número de clientes atendidos e diversificação de produtos. “O ProVB não apenas apoia pequenos criadores, mas também fortalece um segmento essencial da economia rural, gerando renda e empregos”, explicou o diretor.

    A portaria interministerial publicada nesta semana autoriza a Conab a adquirir até 50 mil toneladas de milho por meio de leilões públicos e destinar R$ 144,2 milhões para a equalização de preços no programa.

    Desempenho regional: Piauí lidera vendas no país

    Entre os estados com melhor desempenho, o Piauí destacou-se ao dobrar as vendas de milho, de 9,85 mil toneladas em 2023 para 19,46 mil toneladas em 2024, representando um crescimento de 98%. O estado ultrapassou o Ceará e assumiu a liderança nacional no volume comercializado. Novos pontos de venda em cidades como São Raimundo Nonato e Piripiri foram determinantes para o aumento, além de mais de 700 novos criadores cadastrados.

    No Rio Grande do Norte, as vendas cresceram 79%, saltando de 9,72 mil toneladas para 17,42 mil toneladas. O resultado reflete o sucesso do Projeto Conab Itinerante, que levou milho para feiras agropecuárias, permitindo que criadores se cadastrassem e adquirissem o produto diretamente nos eventos.

    A Bahia apresentou o maior aumento percentual, com vendas saltando 393%, de 2,34 mil toneladas em 2023 para 11,54 mil toneladas no ano passado. São Paulo também registrou crescimento expressivo, de 37,19 toneladas para 123,34 toneladas, uma alta de 232%.

    Importância estratégica do ProVB para a agricultura familiar

    O ProVB tem papel central na redução dos custos de produção para pequenos criadores, ao fornecer milho a preços competitivos e acessíveis. Além disso, o programa fortalece a segurança alimentar e a cadeia produtiva de alimentos básicos como carnes, leite e ovos. “Medidas como a desburocratização do atendimento e a expansão de pontos de venda são fundamentais para garantir o alcance do programa”, afirmou Sebastião José de Arruda, superintendente da Conab no Rio Grande do Norte.

    Com os avanços previstos para 2025, a Conab reforça o compromisso com o fortalecimento da agricultura familiar e o desenvolvimento sustentável das áreas rurais.

  • Conab realiza leilões de contratos de opção de venda para estimular a produção de arroz no Brasil

    Conab realiza leilões de contratos de opção de venda para estimular a produção de arroz no Brasil

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou a continuidade dos leilões de contratos de opção de venda (COV) com o objetivo de diversificar, estimular e ampliar a produção de arroz no Brasil. Na próxima sexta-feira, dia 20, serão ofertados 16.241 contratos, cada um representando 27 toneladas do grão. O pregão será realizado a partir das 9h (horário de Brasília) por meio do Sistema de Comercialização Eletrônico da Conab (Siscoe).

    O diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Arnoldo de Campos, destacou que, nos últimos 15 anos, a área destinada à produção de arroz foi reduzida devido a problemas de preço, rentabilidade, produtividade e condições climáticas. Ele explicou que o governo utiliza ferramentas para garantir preços mínimos na comercialização e incentivar o cultivo do grão. Nesse sentido, os contratos de opção oferecem ao produtor o direito de vender o arroz para o governo no próximo ano a um preço pré-estabelecido, funcionando como uma espécie de seguro. Caso o mercado pague valores mais altos, o produtor poderá optar por comercializar o produto diretamente, garantindo maior flexibilidade e segurança financeira.

    Serão realizados seis leilões, sendo que os três primeiros serão exclusivos para a agricultura familiar, contemplando produtores rurais e cooperativas que possuem Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ou Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). Os demais leilões serão de ampla concorrência, permitindo a participação de todos os produtores e cooperativas de arroz, inclusive os agricultores familiares. Para participar dos leilões, os interessados devem estar cadastrados no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais (Sican), atender às exigências dos avisos específicos e estar associados a uma Bolsa de Cereais, Mercadorias e/ou Futuros.

    A oferta de contratos contemplará diferentes estados brasileiros, com prazos de vencimento específicos. Para Minas Gerais e Paraná, o vencimento será em 30 de julho de 2025. No caso do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, os contratos vencerão em 30 de agosto do mesmo ano. Já para os estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins, o prazo final será em 30 de outubro de 2025.

    O governo federal destinou R$ 1 bilhão para a operação, permitindo a aquisição de até 500 mil toneladas de arroz longo fino em casca, tipos 1 e 2 da safra 2024/25. Até o momento, a Conab já negociou 2.325 contratos, o que demonstra o interesse dos produtores. A iniciativa busca incentivar o aumento da produção em estados estratégicos, oferecendo segurança de preço e reduzindo a dependência de importações. Além disso, a medida fortalece o setor produtivo nacional e beneficia a agricultura familiar, contribuindo para o equilíbrio da oferta e para a sustentabilidade econômica dos produtores.

  • Nova estimativa da Conab para safra de grãos 2024/25 é de 322,53 milhões de toneladas

    Nova estimativa da Conab para safra de grãos 2024/25 é de 322,53 milhões de toneladas

    A segunda estimativa para a safra de grãos em 2024/25 indica um volume de produção de 322,53 milhões de toneladas, aumento de 8,2% se comparado com o resultado obtido no último ciclo, o que representa cerca de 24,6 milhões de toneladas a mais a serem colhidas. O crescimento reflete uma estimativa de elevação na área plantada e uma expectativa de recuperação na produtividade média das lavouras no país. No geral, os agricultores deverão semear ao longo deste ciclo 81,4 milhões de hectares, ante os 79,9 milhões de hectares cultivados em 2023/24, como mostra o 2º Levantamento de Grãos da Safra 2024/25, divulgado nesta quinta-feira (14) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Já a produtividade deve atingir 3.962 quilos por hectares, aumento de 6,3% quando comparada à temporada passada.

    De acordo com a estimativa da Conab, o maior crescimento é esperado para a área semeada de arroz, que deve passar de 1,6 milhão de hectares em 2023/24 para 1,77 milhão de hectares no atual ciclo. A semeadura já teve início nas principais regiões produtoras e chega a 65% da área, conforme publicado no Progresso de Safra desta semana.Com uma produtividade estimada em 6.814 quilos por hectare, a produção deve ficar acima de 12 milhões de toneladas.

    Para o feijão também é esperada uma recuperação de 3,6% na área cultivada da primeira safra da cultura, estimada em 892,3 mil hectares. Com isso, a produção no primeiro ciclo da leguminosa está prevista em 991,6 mil toneladas. Somando as três safras do grão, a expectativa é de uma safra em torno de 3,3 milhões de toneladas, 1,8% acima do volume obtido em 2023/24.

    Para a soja, as projeções levam para um aumento na área plantada em torno de 2,6%, chegando a 47,36 milhões de hectares destinados à cultura, e recuperação nas produtividades médias das lavouras de 9,6%. Esse cenário aponta para uma produção estimada em 166,14 milhões de toneladas. As condições climáticas, nesse período inicial, vêm favorecendo as atividades de preparo do solo e a semeadura, que já atinge 66,1%, acima do percentual semeado na última safra no mesmo período.

    No caso do milho, a área deve permanecer estável em torno de 21 milhões de hectares. Com estimativa de recuperação nas produtividades, a safra total deve chegar a 119,8 milhões de toneladas. No primeiro ciclo de plantio do cereal, as operações de preparo de solo e semeadura vêm se intensificado, favorecidas pelas boas condições climáticas nas principais regiões produtoras, com o plantio já concluído em 48,7% da área. Nesta primeira safra, é esperado que os produtores destinem 3,77 milhões de hectares para a cultura e a produção fique em torno de 22,8 milhões de toneladas.

    As culturas de inverno começam a entrar nos estágios finais, com a colheita do principal cereal, que é o trigo, respondendo a 79,4% da área semeada. A previsão atual aponta para uma produção de 8,11 milhões de toneladas para o grão, volume estável quando comparado com o ciclo anterior. A redução em relação às primeiras estimativas é ocasionada, principalmente, pelo comportamento climático desfavorável, sobretudo no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

    Mercado – Os preços internos da soja registraram alta em outubro de 2024, impulsionados pela valorização do dólar e pela demanda aquecida. Com o dólar elevado e prêmios de porto positivos, as exportações de soja em grão mantiveram-se em níveis elevados, totalizando 94,2 milhões de toneladas entre janeiro e outubro de 2024. Esse cenário levou a Conab a revisar a estimativa de exportação para a safra 2023/24, que passou de 92,43 milhões para 98 milhões de toneladas, um aumento de 5,56 milhões de toneladas.

    Já no mercado de feijão, o carioca atravessa período de entressafra, com abastecimento dependente da safra do sudoeste de São Paulo. A colheita está acelerada, mas o excesso de chuvas em novembro afetou a qualidade. Com a chegada da nova safra, espera-se um mercado estável, já que a intensificação da colheita em dezembro coincide com um período de menor consumo. Para o feijão preto, a oferta deve aumentar nas próximas semanas com a colheita paranaense, mas a demanda permanece fraca devido à baixa qualidade e à grande diferença de preço em relação ao feijão carioca.

    Para o trigo, as chuvas persistentes no Sul do país têm dificultado a colheita e, para minimizar as perdas, a colheita foi intensificada nos intervalos em que as precipitações cessaram.

    As informações completas sobre o 2° Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 e as condições de mercado destes produtos podem ser conferidos no Portal da Conab.

  • Produção de grãos cresce mesmo com seca histórica em Mato Grosso

    Produção de grãos cresce mesmo com seca histórica em Mato Grosso

    Em um cenário desafiador marcado pela pior seca dos últimos 44 anos, o agronegócio de Mato Grosso demonstra sua resiliência e capacidade de superar obstáculos. De acordo com o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção estadual de grãos deve registrar um crescimento de 4,3%, atingindo a marca de 97,1 milhões de toneladas.

    A soja e o arroz se destacam entre as culturas que impulsionam esse crescimento. A produção de soja deve subir 17%, impulsionada por um aumento de 2,6% na área plantada, que deve chegar a 12,6 milhões de hectares. Apesar do atraso no início das chuvas, os produtores mato-grossenses projetam colher 46 milhões de toneladas da oleaginosa.

    O arroz também apresenta um desempenho expressivo, com um aumento de 40,4% na produção, impulsionado por um crescimento de 39,3% na área plantada. O estado deve colher 474 mil toneladas do cereal, consolidando sua posição como um dos maiores produtores do país.

    Logística como pilares do crescimento em Mato Grosso

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    Para dar suporte a essa produção recorde, o Governo de Mato Grosso tem investido fortemente em infraestrutura.

    A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) já concluiu 3.838 km de asfaltamento em rodovias estaduais e outros 1.033 km estão em construção.

    Além disso, a duplicação da BR-163, um gargalo logístico crucial para o escoamento da produção, está em andamento com investimentos de R$ 7,6 bilhões.

  • Clima adverso reduz em 21,4 milhões de toneladas a safra de grãos

    Clima adverso reduz em 21,4 milhões de toneladas a safra de grãos

    Em sua última projeção da safra 2023/2024, de setembro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica uma produção estimada em 298,41 milhões de toneladas, uma redução de 21,4 milhões de toneladas em relação ao volume obtido no ciclo anterior.

    A diminuição, segundo a companhia, se deve, sobretudo, à demora na regularização de chuvas no início da janela de plantio, aliada às baixas precipitações durante parte do ciclo das lavouras nos estados do Centro-Oeste, além de Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, São Paulo e Paraná.

    Outro fator citado pela Conab, em nota, é o excesso de precipitação registrado no Rio Grande do Sul, principalmente nas lavouras de primeira safra.

    “Os estados paulista e paranaense, além do Mato Grosso do Sul, também apresentaram condições adversas durante o desenvolvimento das culturas de segunda safra. Ainda assim, esta é a segunda maior safra a ser colhida na série histórica”, explica a Conab.

    A área semeada está estimada em 79,82 milhões de hectares, um acréscimo de 1,6% ou 1,27 milhão de hectares sobre 2022/2023. Já a produtividade média das lavouras registra redução de 8,2%, saindo de 4.072 quilos por hectare na temporada passada para 3.739 quilos por hectare.

    Soja

    Dentre as culturas afetadas pelo clima adverso, a Conab destaca a soja, cujo volume total colhido na safra 2023/2024 é estimado em 147,38 milhões de toneladas, uma redução de 7,23 milhões de toneladas em relação ao período 2022/2023.

    “A queda observada se deve, principalmente, ao atraso do início das chuvas, às baixas precipitações e às altas temperaturas nas áreas semeadas entre setembro e novembro, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste e na região do Matopiba [Maranhão, Tocantis, Piauí, Bahia]”, informa.

    Segundo a companhia, esse cenário causou replantios e perdas de produtividade. Apenas em Mato Grosso, principal estado produtor de soja, a produção ficou em 39,34 milhões de toneladas, uma redução de 11,9% em relação ao primeiro levantamento e de 15,7% em relação à safra passada.

    No Rio Grande do Sul, o excesso de chuva também prejudicou a produção da oleaginosa.

    Milho

    Outro produto que, segundo a Conab, também sofreu consequências do clima ao longo do desenvolvimento do cultivo foi o milho. Na primeira safra, as altas temperaturas e chuvas irregulares impactaram importantes regiões produtoras, como Minas Gerais.

    “No segundo ciclo do cereal, o clima foi mais favorável em Mato Grosso e Goiás, por exemplo. Mas em Mato Grosso do Sul, em São Paulo e no Paraná, veranicos ocorridos em março e abril, aliados a altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo.”

    Além do menor desempenho, a companhia identificou redução na área destinada ao cultivo do grão. “Nesse cenário de menor área e produtividade, a colheita total de milho está estimada em 115,72 milhões de toneladas nesta safra, queda de 12,3% do produzido em 2022/2023”.

    Algodão

    A Conab apontou ligeira queda de 1,5% na produtividade do algodão, estimada em 4.561 quilos por hectare de algodão em caroço. A área destinada para a cultura, entretanto, registrou “aumento expressivo” de 16,9%, o que reflete em uma elevação na produção de 15,1%.

    Apenas para a pluma, a companhia estima uma colheita de 3,65 milhões de toneladas, “novo recorde para a série histórica”.

    Arroz e feijão

    O volume colhido para arroz e feijão também é maior nesta safra quando comparado à temporada passada. No ciclo 2023/2024, a produção estimada em 10,59 milhões de toneladas de arroz representa um crescimento de 5,5%.

    “Essa elevação é influenciada, principalmente, pela maior área cultivada no país, uma vez que a produtividade média das lavouras foi prejudicada, reflexo das adversidades climáticas, com instabilidade durante o ciclo produtivo da cultura, em especial no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do grão.”

    No caso do feijão, a safra total estimada é de 3,25 milhões de toneladas, 7% superior à produção de 2022/23. O bom resultado é influenciado, principalmente, pelo desempenho registrado na segunda safra da leguminosa, onde foi registrado um acréscimo de 18,5% na produção, chegando a 1,5 milhão de toneladas”.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Criadores podem comprar via online milho da Conab

    Criadores podem comprar via online milho da Conab

    Comprar milho no Programa de Venda em Balcão (ProVB) vai ficar mais fácil. Nesta segunda-feira (26/8), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) lança o Balcão Digital, um serviço de compra on-line do cereal dos estoques públicos destinado aos pequenos criadores do país. Agora, o criador ou criadora que já possui cadastro no Programa poderá comprar o milho diretamente do seu celular ou computador.

    “O Balcão Digital é mais uma forma de acesso aos estoques públicos que estamos disponibilizando para os pequenos criadores do país. É um sistema que vai melhorar os atendimentos e possibilitar economia para aqueles que utilizam o ProVB, considerando que poderão ir à Conab somente para retirar o produto adquirido. Vale reforçar que esta é apenas mais uma forma de se comprar milho pelo Programa. Os atendimentos presenciais não deixarão de existir”, explica o superintendente de Abastecimento Social, Janderson Maués.

    Por meio do Balcão Digital o cidadão poderá formalizar demandas de compra de milho, emitir a autorização de venda e a Guia de Recolhimento da União (GRU) ou código PIX para pagamentos, e até agendar a retirada do cereal nas unidades da Companhia de forma on-line.

    “A atividade leiteira exige muito tempo da gente. Então, quando a gente tem a facilidade de poder comprar pelo celular, de poder agendar retirada do nosso insumo, isso facilita demais nosso dia a dia. A gente consegue programar melhor e tem mais facilidade para fazer a aquisição. Evita fila para carregar e facilita para programar o frete”, destaca o produtor de leite de Parnaíba (PI), Jean Mendes.

    O objetivo da Companhia com esta ação é oferecer um serviço público de qualidade, economizando tempo e dinheiro do cidadão e tornando as operações mais simples e ágeis. A iniciativa segue as estratégias da Transformação Digital no Setor Público, que busca simplificar a comunicação e a aquisição de produtos, tornando o processo mais eficiente.

    “Esse produto desenvolvido pela área de tecnologia da Conab está na esteira das ações do Plano de Digitalização do Governo Federal. A intenção é tornar a gestão pública mais eficiente, além de ampliar a oferta de serviços digitais para o cidadão, reduzir tempo médio de espera, propiciar maior autonomia e promover a integração com outras bases de informação do governo. Tudo visando o objetivo principal de simplificar e desburocratizar o serviço operacional da Conab” destaca o superintendente de Tecnologia da Informação da Conab, Marcelo Faustino.

    De janeiro a julho deste ano, já foram comercializadas, por meio do ProVB, cerca de 52 mil toneladas de milho, atendendo quase 9 mil criadores cadastrados nos estados em que o Programa é executado pela Companhia.

    O programa é destinado aos pequenos criadores, entre suinocultores, avicultores, bovinocultores, caprinocultores, ovinocultores, bubalinocultores (búfalos), aquicultores e coturnicultores (codornas), que sejam detentores da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP), do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) ou que, embora não a possuam, atendam aos critérios de enquadramento.

    Para participar do ProVB, os criadores devem procurar a Conab e realizar o cadastro no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais e Demais Agentes (Sican), disponível no portal da Companhia. Após a realização da inscrição, o interessado em adquirir o milho comercializado pela Conab deverá entrar em contato, por e-mail ou telefone, com a Superintendência da estatal ou a unidade armazenadora mais próxima para habilitação da documentação enviada. As informações devem estar atualizadas e permitem o acesso mensal aos estoques públicos, de acordo com o tamanho do plantel.

    Como se inscrever

    A inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) é imprescindível para que famílias agricultoras e empreendedores rurais possam acessar as políticas públicas destinadas ao desenvolvimento da Agricultura Familiar.

    O CAF funciona como um mecanismo de identificação e qualificação dos beneficiários da Política Nacional de Agricultura Familiar, incluindo Unidades Familiares de Produção Agrária (UFPA), Empreendimentos Familiares Rurais e Cooperativas. A inscrição no CAF substitui a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP).

    Além dos agricultores familiares, o CAF também abrange Pescadores Artesanais, Aquicultores, Silvicultores, Extrativistas, Assentados, membros de comunidades remanescentes de Quilombos e outras comunidades tradicionais. Ao realizar a identificação e qualificação dessas categorias, o CAF facilita o acesso às políticas públicas que incentivam a geração de renda e o desenvolvimento sustentável da Agricultura Familiar e suas formas associativas.

    Por Conab

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  • Custos logísticos do Agro sobem em julho impulsionados pela colheita do Milho, aponta Conab

    Custos logísticos do Agro sobem em julho impulsionados pela colheita do Milho, aponta Conab

    Os custos logísticos para o agronegócio tiveram um aumento significativo em julho, conforme aponta o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo avanço da colheita da segunda safra de milho, que elevou a demanda por transporte de grãos nas principais rotas do país.

    Em todo o Centro-Oeste, houve um aumento nos preços de transporte de grãos em relação ao mês anterior. No Distrito Federal, por exemplo, as tarifas para o transporte de grãos registraram altas expressivas, especialmente nas rotas que levam a Osvaldo Cruz, em São Paulo, e Imbituba, em Santa Catarina. O aumento nas cotações foi alimentado pela maior demanda por frete, destacando a importância do milho nesse cenário.

    A única exceção a essa tendência foi observada no Paraná, onde a demanda por fretes apresentou uma queda significativa na maioria das rotas, resultando em preços mais baixos. Esse contraste destaca as variações regionais no impacto do avanço da colheita sobre os custos logísticos no país.

  • Safra de grãos dever chegar a 298,6 milhões de toneladas, diz Conab

    Safra de grãos dever chegar a 298,6 milhões de toneladas, diz Conab

    O Brasil deverá produzir um total de 298,6 milhões de toneladas de grãos na safra 2023/2024. A estimativa representa uma queda de 6,6% (ou 21,2 milhões de toneladas), na comparação com a safra anterior (2022-2023). Apesar da redução, o resultado, se confirmado, corresponderá à segunda maior safra já colhida no país.

    Safra de grãos

    De acordo com o 11º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta terça-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a queda se deve principalmente à perda na produtividade média das lavouras do país, decorrente de adversidades climáticas.

    “O efeito de adversidades climáticas sobre o desenvolvimento das culturas, desde o início do plantio até as fases de reprodução das lavouras, provocou situações em que áreas com redução das chuvas desaceleraram o desenvolvimento das plantas, ocorrendo queda da produtividade ou em regiões com aumento da precipitação houve inundações nas áreas de cultivo, o que também tende a reduzir a produtividade”, diz o levantamento.

    Com relação à área cultivada, houve um acréscimo de 1,5%, o que corresponde a 1,18 milhão de hectares a mais, na comparação com a safra passada. A Conab explica que os maiores crescimentos foram observados na soja (1,95 milhão de hectares), seguido do gergelim, algodão, sorgo, feijão e arroz.

    “Já o milho total teve redução de 1,3 milhão de hectares, seguido do trigo e demais cultura de inverno”, acrescentou. A colheita do milho segunda safra está avançada, já seguindo para a finalização. A produção estimada é de 90,28 milhões de toneladas. Semeaduras feitas durante a janela ideal (entre janeiro e meados de fevereiro), obtiveram produtividades “dentro do esperado e até superiores às registradas na última safra”. Isso se deve principalmente à regularidade das chuvas durante o desenvolvimento da cultura.

    “Exceções a esta situação ocorreram no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde veranicos ocorridos em março e abril, aliados a altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo do cereal”, detalhou a Companhia ao informar que houve também redução da área destinada ao plantio de milho na primeira e na segunda safra.

    O total produzido no atual ciclo é de 115,65 milhões toneladas, número que corresponde a uma queda de 12,3%, na comparação com a temporada anterior.

    Algodão, arroz e feijão

    A produção estimada de algodão pluma é de 3,64 milhões de toneladas representa recorde na série histórica da Conab, e um aumento de 14,8% na produção. O resultado se deve às condições climáticas que favoreceram ao desenvolvimento da cultura. Também colaborou para este crescimento o aumento de 16,9% na área semeada

    A colheita de arroz já foi finalizada. Segundo a estimativa da Conab, ela será de 10,59 milhões de toneladas, resultado 5,6% maior do que o volume obtido na safra anterior. O arroz irrigado deverá ficar em 9,74 milhões de toneladas, enquanto a do sequeiro está estimada em 844,8 mil toneladas.

    “O aumento verificado é influenciado pela maior área cultivada no país, já que a produtividade média das lavouras foi prejudicada, reflexo das adversidades climáticas, com instabilidade durante o ciclo produtivo da cultura, em especial no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do grão”, detalhou a Companhia.

    Já no caso do feijão, as três safras da produção devem totalizar 3,26 milhões de toneladas, o que representa aumento de 7,3% na comparação com a safra anterior. A primeira já teve colheita finalizada (942,3 mil toneladas). A segunda safra, estimada em 1,5 milhão de toneladas, foi prejudicada por causa de fatores como falta de chuvas; temperaturas elevadas em alguns estados produtores; e pela incidência de doenças e da mosca-branca. A terceira safra deverá chegar a 812,5 mil toneladas

    Soja e trigo

    Principal grão cultivado no país, a soja deve fechar a atual safra com um total de 147,38 milhões de toneladas produzidas. O resultado representa uma queda de 4,7%, na comparação com o ciclo anterior.

    “Nas áreas semeadas entre setembro e outubro, nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e na região do Matopiba [que compreende os estados do MT, TO, PI e BA], houve alterações no potencial produtivo das lavouras, com os baixos índices pluviométricos e as altas temperaturas, situações que causaram replantios e perdas de produtividade, diferente das áreas com lavouras mais tardias”, informou a Conab.

    Destaque entre as culturas de inverno, o trigo já concluiu sua fase de semeadura na Região Sul, que é maior produtora do cereal no país, que responde por 85% da área cultivada. “No Rio Grande do Sul, após o atraso inicial da semeadura em razão do excesso de chuvas, teve o plantio concluído, assim como as áreas semeadas no Paraná. A expectativa é de uma redução de 11,6% na área destinada ao cereal, estimada em 3,07 milhões de hectares”.

    Edição: Maria Claudia

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