Categoria: VAGAS DE EMPREGO

  • Governo abre 3,4 mil novas vagas para Mais Médicos

    Governo abre 3,4 mil novas vagas para Mais Médicos

    Os médicos interessados em aderir ao programa Mais Médicos podem se inscrever a partir desta segunda-feira (5). O novo edital do programa foi lançado pelo Ministério da Saúde na sexta-feira (2), com 3.174 vagas.

    A iniciativa tem o objetivo de fortalecer a atenção primária à saúde levando médicos até as regiões prioritárias, remotas, de difícil acesso e de alto índice de vulnerabilidade, onde há escassez ou ausência desses profissionais.

    Os trabalhadores do Mais Médicos integram as equipes de Saúde da Família e oferecem atendimento e acompanhamento mais próximos da população.

    A meta do Ministério da Saúde é chegar a 28 mil profissionais até o fim de 2025.

    Distribuição

    No edital deste 41º ciclo do programa, a oferta das vagas do programa considerou o cenário atual de distribuição de profissionais no país, conforme dados do estudo Demografia Médica 2025, que aponta a proporção de médicos por habitante nas diferentes regiões do país.

    Do total de vagas (3.174), 3.066 serão distribuídas entre 1.620 municípios e 108 destinadas a 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

    As vagas do novo edital contemplam, em sua maioria, regiões vulneráveis de municípios de pequeno porte (75,1%), médio porte (11,1%) e grande porte (13,8%). As vagas disponibilizadas está publicada na página eletrônica, no link Quadro de Vagas.

    O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também publicou em sua rede social as localidades nas cinco regiões do país que terão vagas do programa federal.

    Perfil do profissional

    As oportunidades no 41º ciclo do Mais Médicos estão distribuídas entre três perfis profissionais:

    1. médicos formados no Brasil com registro no registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) ou com diploma revalidado no Brasil;

    2. médicos brasileiros formados no exterior (intercambista brasileiro);

    3. médicos estrangeiros com habilitação para o exercício da medicina no exterior (intercambista estrangeiro).

    O Ministério da Saúde esclarece que para os dois últimos perfis, é obrigatória a aprovação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), um treinamento específico para atuação em situações de urgência, emergência e no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de trabalho.

    A documentação e as demais condições exigidas para os médicos brasileiros com registro no Brasil e para os intercambistas (brasileiros e estrangeiros) estão descritas no site. Entre elas: estar em situação regular na esfera criminal perante a justiça estadual e federal no Brasil, do local em que reside ou residiu nos últimos 6 (seis) meses; estar em situação regular com as obrigações militares, se o médico for sexo masculino; estar em situação regular na justiça eleitoral, se for brasileiro.

    Inscrição

    Os profissionais médicos devem realizar as adesões ao programa, por meio do Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP) entre 5 e 8 de maio.

    No ato da inscrição no SGP, o médico candidato deverá anexar declaração de próprio punho, datada e assinada, atestando que, se estrangeiro, possui conhecimento da língua portuguesa e, independentemente da nacionalidade, tem ciência das regras de organização do SUS, bem como dos protocolos e diretrizes clínicas no âmbito da atenção primária à saúde.

    No exercício das atividades pelo Mais Médicos, os profissionais médicos brasileiros e estrangeiros terão direito a benefícios descritos no site do programa, como de bolsa formação, ajuda de custo, auxílios. Eles poderão permanecer no programa por até 48 meses, sem vínculo empregatício de qualquer natureza.

    Cadastro reserva

    Neste novo chamamento público para adesão e renovação de vagas do Mais Médicos, o Ministério da Saúde criou a possibilidade de cadastro reserva do programa.

    Esse mecanismo oferece flexibilidade e agilidade na reposição de profissionais pelos municípios e DSEIs, logo que a necessidade for identificada.

    Com isso, 2.450 municípios brasileiros e oito Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) que já haviam preenchido vagas em editais anteriores puderam ingressar no cadastro reserva do da política pública.

    Mais Médicos

    O Programa Mais Médicos garante assistência a mais de 63 milhões de brasileiros em todo o país. Atualmente, são 24,9 mil médicos, atuando em 4,2 mil municípios, o equivalente a 77% do território nacional. Os profissionais trabalham identificados com coletes verdes.

    Dentre essas localidades, 1,7 mil apresentam altos índices de vulnerabilidade social.  Do total de médicos em atividade pelo programa federal, 601 deles atuam em Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

    O Ministério da Saúde espera que a política pública, lançada em julho de 2013, gere impactos positivos nas comunidades atendidas, como a ampliação do acesso aos serviços de saúde na atenção primária, a redução do tempo de espera por atendimento com a utilização do prontuário eletrônico do SUS (e-SUS APS), além de avanços significativos na saúde indígena.

  • Operações do BNDES impulsionam a criação de 2,3 milhões de empregos no País

    Operações do BNDES impulsionam a criação de 2,3 milhões de empregos no País

    A atuação do BNDES impacta anualmente cerca de 2,3 milhões de empregos, sendo 2 milhões graças aos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), principal fonte de financiamento da instituição. Este é um dos resultados da primeira edição do Relatório Anual de Emprego que o Banco vai lançar no primeiro semestre de 2025.

    O documento, que considera os empregos nas empresas apoiadas pelo banco e na sua cadeia de fornecimento em 2023, mostra as estatísticas e estimativas sobre os postos de trabalho criados devido à atuação do BNDES, com destaque para os resultados da aplicação com os recursos do FAT.

    “O FAT foi criado para gerar emprego. Esse é o seu principal produto e essa é uma das principais entregas do BNDES para a sociedade. Sob a orientação do presidente Lula, o BNDES é hoje um grande motor de geração de emprego no país. Estamos falando de emprego de qualidade, com carteira assinada e direitos trabalhistas assegurados, e para empresas de todos os tamanhos”, afirma Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

    “Para se ter ideia, um terço desses 2,3 milhões de empregos é gerado em micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). O crédito do BNDES faz a economia girar. As empresas investem e novas vagas de emprego são abertas.”

    Mercadante também destaca o aumento do percentual de empregos gerados pelo BNDES na indústria e na infraestrutura. “Em 2023, 34% dos empregos gerados pelo apoio do BNDES estavam na indústria, contra 26% em 2019. Na infraestrutura, quase dobrou. Passamos de 10% para 18% dos empregos gerados neste setor, no mesmo período”, conta Mercadante.

    As empresas apoiadas pelo BNDES são responsáveis por 1,6 milhão de empregos, considerando os últimos dados disponíveis, que são de 2023. Deste total, 1,3 milhão foram por meio de recursos do FAT.

    A cadeia de fornecimento dos empreendimentos apoiados pelo BNDES gera um impacto adicional de cerca de 700 mil empregos, dos quais pouco mais de 620 mil com recursos do FAT. Somados as empresas apoiadas e a cadeia de fornecimento, a aplicação de recursos do FAT pelo BNDES teve um impacto de cerca de 2 milhões de empregos. O restante foi impactado por ações do banco com o uso de recursos de outras fontes.

    “O FAT é estratégico para o financiamento do investimento produtivo e para o desenvolvimento nacional, especialmente da política industrial do governo do presidente Lula”, afirma Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego.

    Do total de empregos impactados – 2,3 milhões -, cerca de 20% estão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Além disso, só os setores de construção civil e de máquinas e equipamentos foram responsáveis pela geração de cerca de 200 mil e 50 mil postos de trabalho, respectivamente.

    Os dados nas empresas apoiadas são coletados, majoritariamente, a partir do Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego, enquanto os empregos na cadeia de fornecedores são estimados por meio de um modelo insumo-produto.

  • Fim da escala 6×1 e redução de jornada são temas do 1º de Maio em SP

    Fim da escala 6×1 e redução de jornada são temas do 1º de Maio em SP

    Como já é tradição em São Paulo, o Dia do Trabalhador será celebrado com manifestações promovidas pelas centrais sindicais. Uma das maiores comemorações será na Praça Campos de Bagatelle, em Santana, na zona Norte da capital. Haverá eventos também na avenida Paulista e em São Bernardo do Campo.

    O ato na Praça de Bagatelle tem por lema Por um Brasil mais justo: solidário, democrático, soberano e sustentável, promovido pela Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores e Pública Central do Servidor. A Central Única dos Trabalhadores participará como convidada.

    O evento da Praça Campos de Bagatelle começa às 11h, com o ato político previsto para às 11h. As principais bandeiras de luta apresentada no evento são redução da jornada; não redução salarial; fim da carestia; isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil; menos juros, mais empregos; igualdade salarial entre homens e mulheres (Lei 14.111); aposentadoria digna; defesa do meio ambiente; contra o feminicídio; mais saúde e segurança no trabalho.

    Além do ato político, estão previstos sorteios e shows gratuitos. Com cerca de três milhões de cupons distribuídos, 10 carros Polo Track, zero km, da Volkswagen, serão sorteados. Os artistas convidados são Fernando e Sorocaba, Edson e Hudson, grupo Pixote, Marília Tavares, Thaeme e Thiago, Thales Lessa, Sampa Crew, Fátima Leão, Nando Moreno e Gustavo Moura e Rafael.

    São Bernardo

    No Paço Municipal de São Bernardo, os sindicatos da região do ABC celebram a data sob o slogan 1º de Maio no ABC: 100 anos de lutas e conquistas. O evento tem início às 10h, com final previsto para às 18h. Assim como o ato da capital, a celebração na cidade do ABC terá várias atrações musicais, como os artistas Belo, Mc Hariel, Pixote e Tiee, entre outras.

    As reivindicações dos trabalhadores da região são: isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, isenção de IR sobre participação nos lucros e resultados, redução da jornada de trabalho sem redução salarial, fim da escala 6×1 e redução das taxas de juros.

    O evento contará com entrada solidária de 2kg de alimentos não perecíveis, que serão destinados ao Fundo de Solidariedade de São Bernardo do Campo e a entidades da região do ABC.

    Paulista

    Na Avenida Paulista, a partir das 10h, a CSP-Conlutas e outras organizações convocaram trabalhadores para um ato em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Segundo os organizadores, “a manifestação será um chamado à resistência e à luta por direitos, marcada pela independência de governos e patrões”.

    A principal bandeira do ato é o fim da escala 6×1 e redução da jornada de trabalho, mas os sindicalistas querem também a revogação imediata do arcabouço fiscal, das reformas trabalhistas e da previdência social, o fim das privatizações e a prisão dos golpistas do 8 de janeiro, sem anistia.

  • Mais de 32 milhões são autônomos informais ou trabalham sem carteira

    Mais de 32 milhões são autônomos informais ou trabalham sem carteira

    Cerca de 32,5 milhões de trabalhadores brasileiros atuam como autônomos de modo informal (ou seja, sem CNPJ) ou são empregados sem carteira assinada no setor privado, segundos dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa 31,7% dos 102,5 milhões de empregados no país.

    Esses números, referentes ao primeiro trimestre deste ano, não consideram os 4,3 milhões trabalhadores domésticos sem carteira assinada, os 2,8 milhões de trabalhadores do setor público sem carteira nem os 816 mil empregadores sem CNPJ.

    Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, observam-se aumentos tanto no número absoluto de autônomos informais e trabalhadores de setor privado sem carteira (32,3 milhões) quanto na sua proporção em relação ao total da população ocupada (31,5%).

    Em cinco anos, o contingente de trabalhadores nessas situações cresceu quase 10%, já que, no primeiro trimestre de 2020, eles somavam 29,7 milhões.

    Os dados mostram a dimensão da precarização das relações de trabalho no país. O enfrentamento ao subemprego, à informalidade, à terceirização e ao trabalho intermitente é uma das reivindicações da Pauta da Classe Trabalhadora, um documento assinado conjuntamente por oito centrais sindicais e entregue na última terça-feira (29) ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

    Uma das faces da precarização das relações entre empresas e o trabalhador é a chamada “plataformização do trabalho”, ou seja, o uso de mão de obra por empresas de internet, sem que haja qualquer vínculo trabalhista entre eles.

    Brasília (DF), 29/04/2025 - O presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com dirigentes das centrais sindicais, realizado no Palácio do Planalto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

    Dirigentes das centrais sindicais entregam ao presidente Lula a Pauta da Classe Trabalhadora 2025 – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

    Aplicativos

    É o caso das plataformas de entrega e de transporte por aplicativo, que usam trabalhadores autônomos para executar o serviço contratado por um cliente. A aprovação de um projeto de lei complementar que regulamente os direitos trabalhistas, previdenciários e sindicais dos trabalhadores mediados por plataformas no transporte de pessoas é outra reivindicação da pauta entregue ao presidente Lula na terça-feira.

    Nesta quinta-feira (1º), Dia do Trabalhador, manifestantes fazem um ato em São Paulo contra a precarização das relações de trabalho e o que eles chamam de “exploração das empresas de aplicativo”.

    Os trabalhadores por conta própria sem CNPJ somam 19,1 milhões, segundo o IBGE, quase um em cada cinco pessoas ocupadas no país.

    “A grande maioria dos entregadores, para não dizer todos, não tem um controle da jornada de trabalho. A empresa só paga pelo tempo que ele fica disponível [trabalhando] e, para fazer, em tese, o salário que um CLT [empregado formal, protegido pelas leis trabalhistas] faz em oito horas, ele tem que ficar 14 horas, 16 horas à disposição da empresa”, afirma o presidente da Federação Brasileira dos Motociclistas Profissionais (Febramoto), Gilberto Almeida.

    O rendimento médio mensal de um empregado com carteira assinada (R$ 3.145) é, segundo o IBGE, 51% maior do que aquele do trabalhador por conta própria sem CNPJ (R$ 2.084).

    “A plataformização do trabalho representou claramente uma precarização do trabalho. Comparando a ocupação de motoristas e entregadores antes e depois da introdução da das plataformas, você percebe justamente uma menor renda, mais horas trabalhadas e menor contribuição previdenciária, ou seja, essas ocupações eram menos precárias antes da introdução dessas plataformas de aplicativos”, destaca o técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Sandro Sacchet de Carvalho.

    A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa empresas do setor, considera que o trabalho intermediado por plataformas de mobilidade e entregas “é uma realidade nova proporcionada pela tecnologia”. “Embora tenha características diferentes das relações trabalhistas tradicionais regidas pela CLT, não se configura como uma atividade profissional menos digna do que qualquer outra”, destaca nota divulgada pela entidade.

    A associação destaca que há 2,2 milhões de pessoas trabalhando sob essa modalidade de emprego em todo o Brasil e que, segundo uma pesquisa do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), a maioria delas aponta a flexibilidade de horários como o principal atrativo da atividade em apps, seguida dos ganhos obtidos.

    A Amobitec ressalta que, nesse modelo de relação de trabalho, os profissionais parceiros prestam serviço em condição similar ao de autônomos e defende a regulamentação dessas novas formas de trabalho.

    “Há urgência em se avançar em uma regulamentação do trabalho por aplicativos para que, respeitando-se as características de autonomia e flexibilidade do modelo de negócio, os trabalhadores tenham acesso a benefícios previdenciários básicos, como auxílio-doença e aposentadoria. Cada vez mais um número maior de trabalhadores recorre às plataformas para obter renda”, diz o diretor executivo da Amobitec, André Porto.

    A Ifood, uma das empresas que usam a mão de obra de trabalhadores autônomos intermediada por plataforma de tecnologia, afirma que “o trabalho baseado em aplicativos é uma fonte complementar de renda para grande parte dos entregadores”. “Segundo pesquisa Cebrap/Amobitec, com dados de 2022, quase a metade dos entregadores afirmou estar exercendo outra ocupação (48%), sendo 50% destes com carteira assinada, ou seja, já têm contrato de trabalho no modelo CLT”, informa a empresa por meio de nota.

    São Paulo (SP), 29/09/2023 - Concentração da 1ª greve dos entregadores por aplicativos em frente a sede da SindimotoSP, no Brooklin. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

    Plataformas de entrega e de transporte por aplicativo usam trabalhadores autônomos para executar o serviço contratado pelos clientes – Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

    Ainda de acordo com a empresa “os entregadores cadastrados no iFood são trabalhadores independentes que podem usar o aplicativo para gerar renda com autonomia e flexibilidade. Eles podem ligar e desligar o aplicativo a seu critério, a qualquer momento, decidir o local onde oferecerão seus serviços, rejeitar entregas que não considerem favoráveis, sem penalidade, e escolher a rota de entrega mais adequada. Os entregadores podem trabalhar para aplicativos concorrentes sem qualquer exclusividade e, como trabalhadores autônomos, devem arcar com os custos da atividade”.

    O pesquisador do Ipea Sandro Carvalho explica que já havia uma tendência de aumento da precarização das relações de trabalho mesmo antes do surgimento dos aplicativos de celular. Há muitos empregados informais, por exemplo, em segmentos não relacionados a plataformas tecnológicas, como os setores da construção e de alojamento e alimentação.

    “A precarização é uma tendência que vem sendo observada, com maior ou menor intensidade, desde os anos 90. A precarização do trabalho é justamente a institucionalização de formas de subemprego, tornar as formas precárias de trabalho cada vez mais oficiais. Isto é, transformar essas formas de trabalho em algo não ilegal”, explica Carvalho.

    Pejotização

    Nem todos os trabalhadores autônomos são informais. Muitos possuem CNPJ, apesar de representarem uma parcela bem menor dentro do universo daqueles que trabalham por conta própria.

    De acordo com o IBGE, 6,8 milhões trabalham no país como pessoa jurídica (PJ). É o caso de muitos profissionais liberais que têm seus próprios escritórios ou consultórios, por exemplo.

    ”Trabalhadores altamente qualificados como médicos, advogados e até alguns jornalistas podem até preferir ser PJ, porque assim vão pagar menos imposto e eles podem obter, de forma privada, os benefícios associados a uma carteira de trabalho. Eles podem pagar uma previdência privada, pagar um seguro de saúde privado etc.”, afirma Carvalho.

    O problema, segundo o pesquisador, é quando a “pejotização”, ou seja, a contratação de um empregado como PJ em vez de assinar sua carteira de trabalho, é usada pela empresa para cortar custos trabalhistas. Isso, em geral, ocorre com trabalhadores “não tão qualificados”, afirma Carvalho.

    “A maioria dessa ‘pejotização’ representa uma perda de direitos associada à carteira de trabalho. Então ela gera um crescimento forte da insegurança do trabalhador no emprego. A pessoa pode ser demitida de forma mais fácil, sem direito às verbas indenizatórias, sem direito ao acesso ao seguro-desemprego. E fica mais difícil dizer quem é o responsável em caso de risco de acidente, porque você está tratando uma contratação de serviço. E isso não consegue ser compensado por um maior salário”, ressalta o pesquisador do Ipea.

    Ele destaca que a reforma trabalhista, de 2017, facilitou a “pejotização”, ao permitir que trabalhadores autônomos tenham apenas um demandante, no caso o seu empregador.

    “Fica difícil separar ou tentar determinar exatamente que um trabalhador autônomo na verdade tem um vínculo empregatício com determinada empresa, se você permitir, por exemplo, que trabalhadores autônomos tenham só uma pessoa que contrata o seu serviço.”

    Entrevistada pela Agência Brasil em abril deste ano, a vice-coordenadora nacional da Coordenadoria Nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), Priscila Dibi Schvarcz, afirmou que a “pejotização” é uma fraude em relação ao emprego.

    “[A prejotização] consiste em contratação de trabalhador subordinado por meio de pessoa jurídica, com o intuito de ocultar o vínculo empregatício por meio da formalização contratual autônoma. Trata-se, portanto, de um mecanismo voltado a mascarar vínculo empregatício por meio da formalização contratual autônoma”, afirma a procuradora.

    A questão da “pejotização” está sendo analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em abril, o ministro do STF Gilmar Mendes decidiu suspender todos os processos relacionados a essa questão que estejam tramitando na Justiça, até que a Suprema Corte decida sobre o assunto.

    Reivindicações

    A Pauta da Classe Trabalhadora 2025, entregue nesta semana ao presidente Lula, traz outras 24 reivindicações, além das já citadas regulamentação dos trabalhos mediados por aplicativos e o enfrentamento à informalidade. Entre elas estão a recuperação do poder de compras de aposentados e pensionistas, valorização do salário mínimo, fortalecimento do FAT e do FGTS, redução da jornada de trabalho sem diminuição do salário e fim da escala 6×1.

    Em seu perfil na rede social Instagram, o presidente Lula registrou o recebimento da pauta. “Nosso governo tem raízes nessa luta e estará sempre com as portas abertas para o diálogo com aqueles que fazem a roda da economia girar”, afirmou o presidente.

    Apesar de o número de trabalhadores autônomos informais e daqueles sem carteira assinada no setor privado representar quase um terço da população ocupada no país, o IBGE vem registrando aumentos no total de empregos com carteira assinada no setor privado.

    Dados divulgados nesta semana mostram que o total de trabalhadores com carteira assinada está em um patamar recorde. No primeiro trimestre deste ano, havia 39,4 milhões de empregados nessa situação, o maior volume para um trimestre desde 2012, quando a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) começou a ser realizada pelo IBGE.

  • Taxa de desemprego no primeiro trimestre é a menor para o período em 13 anos

    Taxa de desemprego no primeiro trimestre é a menor para o período em 13 anos

    A taxa de desocupação chegou a 7,0% no trimestre encerrado em março de 2025, uma variação positiva de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2024. No entanto, essa taxa ainda está abaixo dos 7,9% registrados no mesmo trimestre móvel de 2024. Além disso, foi a menor taxa de desocupação para esse período desde o início da série histórica, posto ocupado anteriormente pelo trimestre encerrado em março de 2014, quando atingiu 7,2%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A alta da desocupação na comparação trimestral foi puxada pelo aumento no número de pessoas em busca de trabalho, a chamada população desocupada, que cresceu 13,1% frente ao trimestre encerrado em dezembro de 2024, um aumento de 891 mil pessoas em busca de trabalho. Apesar da alta, a população desocupada permanece 10,5% abaixo do contingente registrado no mesmo trimestre móvel de 2024.

    Também contribuiu para o aumento da taxa de desocupação a redução da população ocupada do País. Esse contingente recuou em 1,3 milhão de pessoas (-1,3%) na comparação trimestral, embora permaneça 2,3% acima do número de trabalhadores encontrados pela pesquisa no primeiro trimestre de 2024 (2,3 milhões a mais).

    “O bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos trimestres não chega a ser comprometido pelo crescimento sazonal da desocupação. Mesmo com expansão trimestral, a taxa de desocupação do 1º trimestre de 2025 é menor que todas as registradas nesse mesmo período de anos anteriores”, destaca a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

    Apesar da redução da população ocupada, o número de trabalhadores com carteira assinada não teve variação significativa na comparação com o trimestre móvel anterior (encerrado em dezembro), permanecendo em 39,4 milhões.

    Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) caiu 5,3% (menos 751 mil pessoas) em relação ao último trimestre de 2024. “A retração da ocupação no primeiro trimestre ocorreu principalmente no emprego sem carteira relacionado à Construção, Serviços Domésticos e Educação”, complementa Beringuy.

    Contingente de ocupados não cresceu em nenhum grupo de atividade

    O contingente de ocupados, segundo os grupamentos de atividade, frente ao trimestre imediatamente anterior, mostrou que não houve crescimento em nenhum grupamento. Houve redução em Construção (5,0%, ou menos 397 mil pessoas), Alojamento e alimentação (3,3%, ou menos 190 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,6%, ou menos 297 mil pessoas) e Serviços domésticos (4,0%, ou menos 241 mil pessoas).

    Já na comparação com o trimestre encerrado em março de 2024, foi observado aumento em Indústria Geral (3,3%, ou mais 431 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,1%, ou mais 592 mil pessoas), Transporte, armazenagem e correio (4,4%, ou mais 253 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,1%, ou mais 518 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,0%, ou mais 713 mil pessoas).

    Por outro lado, houve redução em Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (4,2%, ou menos 334 mil pessoas) e Serviços domésticos (3,5%, ou menos 208 mil pessoas).

    Rendimento médio do trabalho renova recorde da série histórica

    O rendimento médio das pessoas ocupadas chegou a R$ 3.410, novo recorde na série iniciada em 2012, com alta de 1,2% no trimestre e de 4,0% na comparação anual. Entre os grupamentos de atividade investigados pela pesquisa, a comparação com o trimestre encerrado em dezembro de 2024 mostra aumento no rendimento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (4,1%, ou mais R$ 85) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,2%, ou mais R$ 145), sem variações significativas nos demais grupamentos.

    Frente ao primeiro trimestre de 2024, houve altas no rendimento da Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,5%, ou mais R$ 111) Construção (5,7%, ou mais R$ 141) Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,1%, ou mais R$ 189) Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,1%, ou mais R$ 189) e Serviços domésticos (3,6%, ou mais R$ 45). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

    Mais sobre a pesquisa

    A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

    Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. Em julho de 2021, houve a volta da coleta de forma presencial. É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante.

    Consulte os dados da PNAD no Sidra . A próxima divulgação da PNAD Contínua Mensal, referente ao trimestre encerrado em abril, será no dia 29 de maio.

  • Desemprego de 7% no 1º trimestre é o menor já registrado desde 2012

    Desemprego de 7% no 1º trimestre é o menor já registrado desde 2012

    O Brasil fechou o primeiro trimestre de 2025 com taxa de desocupação de 7%. Esse patamar fica acima do registrado no trimestre anterior, encerrado em dezembro (6,2%), no entanto, é o menor para os meses de janeiro a março em toda a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012.

    O recorde anterior era de 2014, quando a taxa de desocupação no período marcou 7,2%. Em 2024, o índice era de 7,2%.

    Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30). O IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo.

    Na metodologia do IBGE, pessoas que não trabalham, mas que também não buscam vagas não entram no cálculo de desempregados.

    De acordo com a pesquisa, a alta da desocupação na passagem do quatro trimestre de 2024 para o primeiro de 2025 é explicada pelo aumento no número de pessoas que buscaram emprego, que cresceu 13,1%, representando 7,7 milhões à procura de vaga (891 mil a mais que no período terminado em dezembro). No entanto, quando a comparação é com o mesmo período de 2024, houve redução de 10,5% nesse contingente.

    De acordo com a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o resultado revela comportamento sazonal, “de modo geral, observado nos primeiros trimestres de cada ano”.

    Setores

    Em relação ao número de ocupados, as reduções mais significativas entre o fim de 2024 e o dado apurado em março pertencem aos seguintes setores:

    – construção (menos 397 mil pessoas);

    – alojamento e alimentação (menos 190 mil pessoas);

    – administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (menos 297 mil pessoas);

    – serviços domésticos (menos 241 mil pessoas);

    Carteira assinada

    Adriana Beringuy considera que a redução da ocupação no primeiro trimestre (menos 1,3 milhão de pessoas) não comprometeu negativamente o cenário do mercado de trabalho brasileiro.

    “Embora tenha havido retração da ocupação, essa retração não comprometeu o contingente de empregados com carteira assinada”.

    O número de trabalhadores com carteira assinada não teve variação significativa na comparação com o trimestre encerrado em dezembro e chega a 39,4 milhões, renovando um recorde.

    Segundo Adriana, o patamar é sinal de “sustentabilidade” do mercado de trabalho. De acordo com a pesquisadora, o panorama do emprego é mais resistente a sofrer efeitos do cenário macroeconômico, como os juros altos, utilizados para esfriar a economia em momentos de inflação alta.

    A taxa de informalidade, que contempla a população sem carteira assinada, marcou 38% no trimestre encerrado em março – a menor desde o terceiro trimestre de 2020 (também 38%). A mais baixa já registrada foi de 36,5% no segundo trimestre de 2020.

    Rendimento

    A pesquisa mostra ainda que o rendimento médio mensal dos trabalhadores foi de R$ 3.410, renovando recorde que pertencia ao trimestre encerrado em fevereiro (R$ 3.401). Esses valores são reais, ou seja, já aplicados os efeitos da inflação.

    A massa de rendimentos, o conjunto de dinheiro que os trabalhadores recebem para girar a economia ou poupar, ficou em R$ 345 bilhões, bem perto do maior já registrado (R$ 345,2 no último trimestre de 2024).

  • Concurso: Polícia Federal divulga edital com 192 vagas

    Concurso: Polícia Federal divulga edital com 192 vagas

    A Polícia Federal publicou o novo edital do concurso público para provimento de 192 vagas e formação de cadastro reserva. Os cargos são para níveis médio e superior do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal, com salários que chegam a R$ 11.070,93. As oportunidades são para atuação em diversas unidades da PF espalhadas pelo país, incluindo Brasília e capitais dos estados.

    As inscrições começam nesta terça-feira, 29 de abril, e vão até o dia 21 de maio. As provas objetivas e discursivas estão previstas para ocorrerem no dia 29 de junho de 2025. Confira a íntegra do edital no site da banca Cebraspe.

    TAXAS E ISENÇÃO — O valor da taxa de inscrição é de R$ 110 para nível superior e de R$ 90 para nível médio. A data final para pagamento da taxa é 23 de maio. Existem duas possibilidades de isenção da inscrição: integrantes do CadÚnico e doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde. Já o prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição começa também nesta terça (29) e vai até 5 de maio.

    Confira o total de vagas por cargo:

    Nível médio:

    • Agente administrativo: 100 vagas

    Nível superior:

    • Administrador: 6
    • Assistente Social: 13
    • Contador: 9
    • Enfermeiro: 3
    • Estatístico: 4
    • Farmacêutico: 2
    • Médico Clínico: 11
    • Médico Ortopedista: 5
    • Médico Psiquiatra: 19
    • Nutricionista: 1
    • Psicólogo Clínico: 4
    • Psicólogo Organizacional: 2
    • Técnico em Assuntos Educacionais (TAE) da área de Pedagogia: 10
    • Técnico em Comunicação Social: 3

    Desse total, 20% são reservadas para candidatos negros e 5% aos candidatos com deficiência. Também há previsão de cadastro de reserva.

    CONHECIMENTOS — As provas vão avaliar os conhecimentos e habilidades dos candidatos. Serão 50 questões de conhecimentos básicos e 70 de conhecimentos específicos, de caráter eliminatório e classificatório, além da discursiva. Para nível superior, as provas serão aplicadas no turno da manhã e, para nível médio, no turno da tarde.

    O concurso será composto por:

    • Provas objetivas
    • Prova discursiva
    • Avaliação biopsicossocial (para candidatos com deficiência)
    • Procedimento de heteroidentificação (para candidatos negros)

    A jornada de trabalho será de 40 horas semanais para a maioria dos cargos de nível superior e para Agente Administrativo e de 20 horas semanais para médicos (Clínico, Ortopedista e Psiquiatra). As remunerações variam conforme o cargo, já incluindo gratificações, auxílios e benefícios.

    • Nível superior: até R$ 11.070,93 para Estatístico e de R$ 8.583,55 para os demais
    • Nível médio: R$ 7.444,80

    REQUISITOS — Os candidatos deverão possuir diploma de nível médio ou de graduação superior, conforme o cargo escolhido. Para os cargos de nível superior, também pode ser exigido registro no respectivo conselho profissional. Além disso, para assumir o cargo os aprovados deverão ter idade mínima de 18 anos completos, nacionalidade brasileira ou portuguesa (nos termos do Estatuto de Igualdade), regularidade com as obrigações eleitorais e militares e aptidão física e mental para o cargo.

    LOTAÇÃO — De acordo com o edital, os candidatos aprovados serão lotados em qualquer unidade da Polícia Federal situada no estado correspondente à localidade de vaga escolhida no momento da inscrição, conforme necessidade da Administração. A localidade onde o candidato realizará a prova não influencia a definição de sua lotação após a aprovação.

    O prazo de validade do concurso será de dois anos, a partir da data da homologação do resultado final, e poderá ser prorrogado, uma única vez, por igual período.

    CRONOGRAMA
    Certame : Polícia Federal
    Banca : Cebraspe
    Vagas : 192
    Inscrições : 29 de abril a 21 de maio
    Taxa de inscrição : R$ 110 para nível superior e R$ 90 para nível médio
    Solicitação para isenção da taxa : 29 de abril a 5 de maio de 2025
    Provas : 29 de junho de 2025

  • General Carneiro (MT) abre concurso para Fiscal de Tributos com salário de R$ 2.500,00

    General Carneiro (MT) abre concurso para Fiscal de Tributos com salário de R$ 2.500,00

    A Prefeitura de General Carneiro, no Estado de Mato Grosso, divulgou a abertura de um novo concurso público destinado ao preenchimento de uma vaga para o cargo de Fiscal de Tributos. A oportunidade é voltada para candidatos com ensino superior completo.

    Como participar

    As inscrições estarão abertas das 7h do dia 5 de maio até as 23h59 do dia 25 de maio de 2025.

    Para se inscrever, os interessados deverão acessar o site do Instituto Atame e preencher o formulário eletrônico. A taxa de inscrição é de R$ 150,00.

    Relacionamos:

    Candidatos que atendam aos critérios estabelecidos no edital poderão solicitar a isenção da taxa entre os dias 5 e 7 de maio.

    Etapas do processo seletivo

    O concurso será composto por duas fases:

    • Prova objetiva escrita: marcada para o dia 8 de junho de 2025, com questões de Língua Portuguesa, Conhecimentos Gerais e Conhecimentos Específicos relativos ao cargo de Fiscal de Tributos.
    • Avaliação de títulos: fase classificatória para os candidatos aprovados na prova escrita.

    Validade do concurso

    O certame terá validade de dois anos a partir da data da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período, a critério da administração municipal.

    Resumo do concurso

    • Órgão: Prefeitura de General Carneiro (MT)
    • Cargo: Fiscal de Tributos
    • Escolaridade: Ensino Superior completo
    • Vagas: 1 vaga
    • Salário: R$ 2.500,00
    • Inscrições: 5 a 25 de maio de 2025
    • Prova objetiva: 8 de junho de 2025
    • Taxa de inscrição: R$ 150,00

    Esta é uma excelente oportunidade para quem possui ensino superior e deseja ingressar no serviço público em Mato Grosso. Fique atento aos prazos e requisitos do edital e garanta sua participação!

    Boa sorte aos candidatos!

  • Concursos no Mato Grosso oferecem salários de até R$ 13 mil: confira as vagas!

    Concursos no Mato Grosso oferecem salários de até R$ 13 mil: confira as vagas!

    Se você está em busca de uma oportunidade no setor público, atenção: na semana de 21 a 27 de abril de 2025, mais de três concursos públicos estão com editais abertos no Mato Grosso, totalizando 46 vagas em órgãos municipais, estaduais e federais.

    As oportunidades abrangem diversas áreas, como saúde, educação, segurança e administração, com salários que podem chegar a R$ 13.288,85, dependendo do cargo e da instituição.

    Veja abaixo todos os detalhes sobre os concursos disponíveis e como realizar sua inscrição:

    Concursos abertos no Mato Grosso (21 a 27 de abril)

    Prefeitura de Barra do Bugres (PMBB)

    • Vagas: 17 vagas
    • Inscrições: até 12/05/2025
    • Salário: até R$ 3.036,00

    Lista de vagas:

    • Agente Comunitário de Saúde – 17 vagas
    • Agente de Combate a Endemias – 17 vagas

    Universidade Federal de Rondonópolis (UFR)

    • Vagas: 11 vagas
    • Inscrições: até 02/05/2025
    • Salário: até R$ 13.288,85

    Lista de vagas:

    • Professor do Magistério Superior – 11 vagas

    Prefeitura de Boa Esperança do Norte (PMBEN)

    • Vagas: 18 vagas
    • Inscrições: até 27/04/2025
    • Salário: até R$ 4.850,00

    Lista de vagas:

    • Professor Pedagogia – 4 vagas
    • Professor História – 1 vaga
    • Monitor de Oficinas – Artes Visuais – 1 vaga
    • Monitor de Oficinas – Balé – 1 vaga
    • Monitor de Oficinas – Capoeira – 1 vaga
    • Monitor de Oficinas – Fanfarra e Percussão – 1 vaga
    • Monitor de Oficinas – Teclado – 1 vaga
    • Monitor de Oficinas – Teatro – 1 vaga
    • Monitor de Oficinas – Violão e Cordas – 1 vaga
    • Monitor de Oficinas – Danças Regionais – 1 vaga
    • Professor das Escolinhas de Iniciação Esportiva – 3 vagas

    Como se inscrever nos concursos?

    Cada edital possui seu próprio procedimento de inscrição. É importante acessar o site oficial de cada órgão para conferir os requisitos, prazos e taxas, além de outras informações específicas do processo seletivo.

    Fique atento às datas e documentações exigidas para garantir sua participação!

    Com salários que podem ultrapassar R$ 13 mil e oportunidades em diversas áreas, os concursos públicos no Mato Grosso nesta semana representam excelentes chances para quem busca estabilidade e desenvolvimento profissional.

    Não perca o prazo de inscrição e prepare-se! O serviço público pode ser o caminho para uma carreira sólida e cheia de conquistas.

  • Pejotização: análise do STF pode ampliar hipóteses, diz especialista

    Pejotização: análise do STF pode ampliar hipóteses, diz especialista

    O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu na segunda-feira (14) todos os processos na Justiça sobre a legalidade da chamada “pejotização”, em que empresas contratam prestadores de serviços como pessoa jurídica, evitando criar uma relação de vínculo empregatício formal.

    Isso significa que todos os processos, em qualquer estágio ou instância, ficam parados até que o plenário do Supremo julgue o mérito, ou seja, alcance um entendimento definitivo sobre o tema. Não há prazo para isso acontecer. Na maioria das vezes, a espera pode demorar anos.

    Segundo a Associação Nacional dos Procuradores e das Procuradoras do Trabalho (ANPT), somente em 2024 foram abertas cerca de 460 mil ações sobre reconhecimento de vínculo trabalhista. O número exato de processos paralisados ainda deve ser informado ao Supremo por todos os tribunais do país.

    A suspensão nacional de processos é uma medida de grande impacto, que costuma ser usada com contenção, e ocorre quando o Supremo começa a receber centenas ou milhares de recursos sobre um mesmo assunto. Os ministros então selecionam um desses casos para que receba o status de repercussão geral, isto é, para que seu desfecho oriente toda a Justiça na resolução de um problema polêmico. Enquanto isso, todos os demais precisam aguardar.

    Especialistas ouvidos pela Agência Brasil apontam que a suspensão nacional dos casos sobre pejotização é positiva no sentido de sanar a grande insegurança jurídica em torno do reconhecimento do vínculo trabalhista. Por outro lado, a corrente majoritária do Supremo tende a ampliar as hipóteses aceitas para a contratação de prestadores de serviço como pessoas jurídicas, o que pode prejudicar a aplicação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), avaliam alguns dos entrevistados.

    Insegurança jurídica

    O professor de Direito do Trabalho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rodrigo Carelli, destaca que o fenômeno da pejotização é alvo de preocupação há décadas e em todo o mundo, não só no Brasil. Desde 2006, por exemplo, que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda a todos os países-membro, incluindo o Brasil, que combatam as relações de trabalho disfarçadas de outras relações contratuais.

    “Não há nenhuma novidade nas relações de trabalho quanto a isso”, disse Carelli.

    No Brasil, a controvérsia sobre a pejotização se agravou a partir de 2018, quando o Supremo validou um dispositivo da reforma trabalhista e liberou a terceirização para as atividades-fim das empresas, e não somente para áreas de apoio como limpeza e vigilância, por exemplo. Desde então, começaram a chegar à Corte milhares de reclamações de empresas em busca de derrubar o reconhecimento de vínculos trabalhistas, alegando que a justiça trabalhista estaria considerando fraudulentos contratos regulares de prestação de serviços. A maior parte dos ministros tem concedido os pedidos das empresas.

    “O que o STF está fazendo é uma confusão entre terceirização e pejotização”, avaliou Carelli. “A doutrina em todo mundo sempre reconheceu que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Mesmo que se autorize a terceirização de atividades-fim, isso não permite mascarar a relação de trabalho formal”, afirmou.

    Previsibilidade

    Para o pesquisador, ao derrubar decisões da Justiça do Trabalho sobre reconhecimento de vínculo, o Supremo “dá um incentivo para as empresas descumprirem as normas trabalhistas”. Ele critica que alguns ministros apontem o julgamento sobre terceirização como uma espécie de “salvo conduto” para a retirada de direitos do trabalhador. “A gente vê um quadro que vai causar impactos drásticos na sociedade brasileira”, afirmou.

    Para o advogado trabalhista Mauricio Pepe, sócio do escritório Dias Carneiro, contudo, a suspensão nacional de processos e a repercussão geral do tema da pejotização podem ser “uma oportunidade de obtenção de posicionamento mais claro por parte do Supremo Tribunal Federal sobre a validade dos contratos de prestação de serviços especializados”. Para o defensor, que atua sobretudo representando empresas, o que a Corte busca é dar uma espécie de freio de arrumação sobre o tema. “Não se pode simplesmente presumir a existência de fraude ou simulação, como infelizmente vem ocorrendo em muitos casos analisados pela Justiça do Trabalho”.

    Pepe acrescenta que, a seu ver, “tanto trabalhadores quanto empresários terão maior segurança jurídica, previsibilidade e uniformidade nas decisões judiciais, reduzindo o risco de interpretações divergentes entre diferentes instâncias”.

    A advogada Elisa Alonso, sócia da RCA Advogados, também vê um “alívio momentâneo” para as empresas, que sustentam que as diferentes formas de contratação são algo “vital para viabilizar operações, reduzir custos e adaptar a prestação de serviços às dinâmicas modernas de mercado”.

    A defensora reconhece, porém, que há inúmeros casos em que a contratação por meio de pessoa jurídica esconde uma verdadeira relação de emprego, com subordinação, habitualidade, onerosidade e pessoalidade, mas sem o reconhecimento formal dos direitos decorrentes da CLT. “Nestes casos, a pejotização se converte em instrumento de precarização, privando o trabalhador de acesso a férias, 13º salário, FGTS, verbas rescisórias e previdência social adequada”.

    Nesse embate entre liberdade de contratação e proteção ao trabalhador, “as empresas tendem a ganhar previsibilidade e fôlego na defesa de seus modelos de gestão, enquanto trabalhadores poderão enfrentar o risco de enfraquecimento da malha protetiva assegurada pela legislação trabalhista”, ponderou Elisa Alonso.

    Trabalhador enfraquecido

    Para além de uma possível perda de direitos, uma eventual permissividade maior para a contratação de trabalhadores como pessoa jurídica deve afetar também o poder de barganha na hora de negociar os próprios contratos, avalia o economista Nelson Marconi, coordenador do curso de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

    Isso porque a pejotização faz, por exemplo, com que os trabalhadores se desconectem uns dos outros e não possam se organizar coletivamente para negociar melhores salários e condições.

    “Quando você flexibiliza muito o mercado de trabalho, fica mais difícil para os trabalhadores estabelecer negociações com as empresas”, frisou o economista.

    Marconi é também um dos autores de um estudo que estima qual seria o impacto fiscal do avanço da pejotização no país. Segundo o artigo, publicado no ano passado, entre a aprovação da terceirização das atividades-fim com a reforma trabalhista, em 2017, e o fim de 2023, a União pode ter deixado de arrecadar R$ 89 bilhões que teriam sido pagos caso profissionais autônomos registrados como microempreendores tivessem sido contratados com carteira assinada.

    Na hipótese do avanço da pejotização transformar cerca da metade dos trabalhadores formais brasileiros em prestadores de serviço contratados como pessoa jurídica, as perdas podem superar os R$ 300 bilhões pelos próximos anos, conclui o estudo.