Categoria: TECNOLOGIA

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  • Hackathon em Mato Grosso: Maratona de inovação busca soluções para saúde pública

    Hackathon em Mato Grosso: Maratona de inovação busca soluções para saúde pública

    A cidade de Cáceres (Mato Grosso) sedia, a partir desta sexta-feira (11), a segunda edição do HackaMT – edição Pantanal, uma maratona de inovação promovida pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci). O evento reúne programadores, designers e empreendedores com o objetivo de desenvolver soluções voltadas para a saúde pública do município.

    A maratona tecnológica acontece até domingo (13) na Casa do Daveron, sede da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura (Sematur). A programação inclui palestras, oficinas, dinâmicas e rodas de conversa, com foco em estimular a criatividade dos participantes para resolver desafios reais da região.

    Cerca de 100 inscritos foram organizados em equipes multidisciplinares, que terão o fim de semana para propor soluções inovadoras para a Secretaria Municipal de Saúde. A coordenadora do evento, Mari Borges, destaca que o tema desta edição é uma resposta direta às necessidades sociais da cidade.

    A proposta vencedora receberá financiamento por meio de cinco Bolsas de Desenvolvimento Tecnológico (BDT-3), com valor total de R$ 91,2 mil, para execução do projeto ao longo de 12 meses.

    O HackaMT – edição Pantanal é realizado em parceria com instituições como a Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Prefeitura de Cáceres, Almáz Inovação e Parque Tecnológico Mato Grosso. O evento já passou por cidades como Água Boa, Querência e Nova Mutum, sempre adaptando o tema aos desafios locais.

  • Economia criativa mira crescimento e contraponto à IA

    Economia criativa mira crescimento e contraponto à IA

    Em uma época de crescente preocupação com o futuro do emprego no cenário de desenvolvimento da inteligência artificial (IA), artesões reunidos em uma feira no Rio de Janeiro apostam na criatividade humana para geração de renda e participação na economia.

    “Contra a criatividade do ser humano, não tem para ninguém. Sempre estão renovando, inventando, o artesanato é tudo”, diz a artesã Andreia Pugliese, que trabalha com a fabricação de laços. Ela tinha acabado de sair de uma oficina de pintura em couro quando conversou com a Agência Brasil sobre como via o futuro do artesanato e da IA.

    Andreia estava acompanhada da também artesã Cátia Benigno, que não vê a IA como uma adversária.

    “A inteligência artificial veio para somar e não para tomar lugares. É o novo, assusta, mas não vai tomar o lugar da nossa inteligência, da nossa criatividade. Então, não tem que ter medo”, diz ela, que trabalha com biscuit – massa de modelar feita de porcelana fria – e pintura em tecido.

    Rio de Janeiro (RJ), 09/04/2025 - A artesã Andréia Pugliese participa da Feira Rio Artes para capacitação e negócios em economia criativa, no Centro de Convenções Expomag, centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

    A artesã Andréia Pugliese participa da Feira Rio Artes para capacitação e negócios em economia criativa Tânia Rêgo/Agência Brasil

    As duas participaram nesta quarta-feira (9) do primeiro dia da Feira Rio Artes 2025, que vai até domingo (13), no Centro de Convenções Expomag, região central do Rio de Janeiro.

    O evento reúne expositores de várias cidades fluminenses, espaço para comercialização e oficinas voltadas à economia criativa, ramo que concentra atividades como artesanato, design, moda, artes cênicas e decoração.

    7 milhões de empregos

    Um levantamento feito pelo Observatório Nacional da Indústria, núcleo de inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontou que a economia criativa representava 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) – total de produtos e serviços produzidos no país – em 2023.

    Ainda de acordo com o estudo, no fim de 2022, a economia criativa empregava 7,4 milhões de pessoas e deve elevar esse contingente para 8,4 milhões até 2030. Isso representa expectativa de que um a cada quatro empregos criados nos próximos anos seja em setores e ocupações ligadas à criatividade. A pesquisa inclui nesse ramo atividades como publicidade e tecnologia da informação (TI).

    O coordenador da Rio Artes, Roberto Santos, define a economia criativa como todas as pessoas que desenvolvem atividades e transformam “algum insumo em um produto comercializável, com a sua própria característica”. É uma ligação entre os valores econômico e criativo.

    Rio de Janeiro (RJ), 09/04/2025 - Começa a Feira Rio Artes para capacitação e negócios em economia criativa, no Centro de Convenções Expomag, centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Feira Rio Artes para capacitação e negócios em economia criativa, no Rio de Janeiro Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Valorizar os produtos

    Para o coordenador, “é um campo muito grande a ser conquistado ainda”. Ele acredita que a feira é um espaço para circulação de conhecimento que leve à valorização do trabalho do artesão. Uma das formas é a partir do esforço de agregar valor aos produtos.

    “A gente ensina procedimentos para os artesãos de como valorizar, precificar sua arte, de comprar melhor o seu insumo, de como embalar o seu trabalho. Isso tudo é um custo do artesão, e ele tem que colocar esse custo”, diz.

    “Tem artesão que, às vezes, diz que vende muito, mas quando vai fechar a conta, ele pagou para vender”, constata.

    Roberto Santos compartilha da ideia de que a IA não é uma ameaça para o setor de economia criativa. “A produção acontece através das mãos das pessoas”, afirma.

    “Eu não vou ter um robô fazendo artesanato. Eu acho que as ferramentas da inteligência artificial podem agregar a impulsionar a economia criativa, mas não ser fator decisivo dentro da economia criativa”.

    A feira conta com a participação da Secretaria estadual de Cultura e Economia Criativa, Serviço Social do Comércio (Sesc), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

    Meio ambiente

    Um dos espaços de exposição e comercialização era ocupado pela Federação do Artesanato do Rio de Janeiro (Faerj), que reúne 1,5 mil artesões de associações espalhadas por quase todo o estado.

    Além de tesoureira da federação, a artesã Cintia Miller vendia itens de crochê, bolsas, peças de vestuário, adereços, itens de decoração e bijuterias. A Faerj se dedica a articular com autoridades políticas públicas voltadas à profissão de artesão.

    “A nossa luta é justamente por isso, valorizar o trabalhador manual”, conta. “Com essa questão da inteligência artificial, eu acho que muita gente vai perder o emprego em outros setores, mas eu acredito que no artesanato ela não afete tanto”, prevê.

    Rio de Janeiro (RJ), 09/04/2025 - Cintia Miller, artesã e representante da FAERJ - Federação do Artesanato do Estado do Rio de Janeiro, participa da Feira Rio Artes para capacitação e negócios em economia criativa, no Centro de Convenções Expomag, centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Cintia Miller participa da Feira Rio Artes, no Rio de Janeiro Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Em um mundo com grande preocupação com a conservação do meio ambiente, ela destaca o papel do artesanato como atividade econômica que preserva o planeta.

    “Temos pessoas que fazem seu trabalho artesanal, fazem escultura com aquilo que vai para o lixo. Para a gente, é tudo matéria-prima”, diz, enquanto aponta no estande a miniatura de um barco feito com madeira descartada e uma bolsa confeccionada a partir do que um dia foi câmara de ar de pneus.

    Projeto de Lei

    Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 2.732/2022, apresentado em novembro de 2022. O texto institui a Política Nacional de Desenvolvimento da Economia Criativa (PNDEC).

    A matéria prevê incentivos ao setor, como parcerias entre empresas e universidades para qualificação profissional e desenvolvimento de infraestrutura para os setores criativos.

    Com base em dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o texto de justificativa do PL destaca a crescente relevância do setor para a economia, saltando de 2,09% do PIB em 2004 para 2,91% em 2020.

    O PL já passou pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e agora está na Comissão de Cultura.

  • “93% dos domicílios brasileiros contam com banda larga fixa no país”, afirma Ministério das Comunicações

    “93% dos domicílios brasileiros contam com banda larga fixa no país”, afirma Ministério das Comunicações

    Atualmente, 93% dos domicílios brasileiros já contam com acesso à banda larga fixa. O dado foi apresentado pelo secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Hermano Tercius, nesta terça-feira (8/4), durante o lançamento da Agenda Institucional 2025 da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint).

    Segundo ele, além das políticas públicas eficazes implementadas pelo governo, o avanço da conectividade no país também é resultado do trabalho realizado por pequenos provedores de internet, que têm desempenhado um papel fundamental na expansão dos serviços — especialmente em áreas mais afastadas dos grandes centros.

    Ainda durante o encontro, o secretário falou sobre a ampliação do serviço e a atuação estratégica dos pequenos provedores na missão de conectar a população brasileira, em especial nas regiões rurais, ribeirinhas e remotas.

    “Em 2015, o Brasil tinha apenas 57% dos seus domicílios com disponibilidade para o serviço de banda larga fixa — ou seja, um gap de 42,5%. A atuação crescente dos provedores de internet contribuiu para as políticas públicas e para o objetivo do Ministério das Comunicações de fomentar o setor e reduzir esse gap para apenas 7% dos domicílios ainda sem disponibilidade de serviços”, destacou Tercius.

    A Agenda Institucional 2025 da Abrint apresentou as principais demandas e pautas prioritárias do mercado dos Provedores de Pequeno Porte (PPPs) ao Congresso Nacional, além de fortalecer o diálogo institucional sobre conectividade e a expansão da banda larga no Brasil.

    De acordo com dados da Abrint, os provedores regionais conectam mais de 60% dos domicílios brasileiros, detêm mais de 80% de market share e lideram a oferta de internet fixa em mais de cinco mil cidades do país, somando mais de 25 milhões de acessos.

    Por meio da Agenda Institucional, a Abrint reforça sua missão de desenvolver e defender o mercado dos provedores regionais junto aos parlamentares, de forma transparente e objetiva.

    Sobre o setor

    Existem mais de 20 mil provedores de internet em atividade no país — a maioria de pequeno e médio portes —, com mais de 23 milhões de pontos de acesso. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), há pelo menos um provedor em operação em todas as cidades brasileiras, responsáveis por mais de 54% do mercado de banda larga fixa no Brasil.

  • Ministério da Justiça inicia envio de notificações para celulares roubados ou furtados

    Ministério da Justiça inicia envio de notificações para celulares roubados ou furtados

    O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) começou a enviar notificações a celulares com alerta de bloqueio emitido por roubo, furto ou perda, por meio do Programa Celular Seguro. A partir de agora, as mensagens serão encaminhadas por meio do WhatsApp pelos números 2025-3003 ou 2025-3000 (perfis verificados do MJSP) assim que um novo chip for instalado nos aparelhos com restrição.

    “O objetivo central desse novo programa é restituir o celular roubado ou furtado à vítima e, ao mesmo tempo, descobrir e combater os criminosos que comercializam, que vendem esse celular, na grande maioria das vezes fazendo uma nova vítima, que é a pessoa que comprou o celular de boa-fé”

    Manoel Carlos de Almeida Neto
    Secretário-executivo do MJSP

    Após receber a mensagem, que informará a existência do alerta de bloqueio, o cidadão deverá acessar o site www.gov.br/celularseguro para ter as orientações necessárias. Em seguida, será preciso comparecer a uma delegacia de Polícia Civil para regularizar a situação. Se a pessoa que estiver com o celular não apresentar a nota fiscal, nem comprovar que foi ela quem emitiu o alerta, terá que devolver o aparelho.

    O envio das notificações será automático, desde que o titular da linha que teve o celular roubado, furtado ou perdido tenha solicitado o bloqueio no chamado Modo Recuperação.

    “O objetivo central desse novo programa é restituir o celular roubado ou furtado à vítima e, ao mesmo tempo, descobrir e combater os criminosos que comercializam, que vendem esse celular, na grande maioria das vezes fazendo uma nova vítima, que é a pessoa que comprou o celular de boa-fé”, explica o secretário-executivo do MJSP, Manoel Carlos de Almeida Neto.

    CADASTRO NACIONAL — Já disponível no Celular Seguro, o Cadastro Nacional de Celulares com Restrição pode ser utilizado por qualquer usuário para consultar se o telefone móvel que está comprando possui registro de roubo, furto ou extravio, auxiliando na decisão de compra.

    Para a consulta, o usuário precisará informar o IMEI, que é o número de “chassi” do aparelho, que pode ser obtido facilmente, conforme indicado ao final do texto.

    “Entendemos que toda pessoa tem o direito de saber se o aparelho usado que for adquirir é limpo, sem notícia de roubo, furto ou extravio. O sistema é composto pelas bases de dados do Celular Seguro, com cerca de 2,6 milhões de cadastros, e da Agência Nacional de Telecomunicações [Anatel], com 16 milhões, além dos boletins de ocorrência dos estados”, explica.

    CONSULTE O CADASTRO — Qualquer pessoa pode acessar o cadastro dentro do aplicativo Celular Seguro. Para verificar se um telefone móvel tem algum tipo de restrição, é preciso escolher a opção Celulares com Restrição na tela inicial. Ao clicar, o usuário pode digitar o IMEI com 15 números ou clicar em Ler Código de Barras. Ao escolher essa última opção, a câmera do telefone abrirá automaticamente.

    No outro telefone, aquele com o IMEI consultado, o cidadão deve digitar no teclado numérico (como se fosse fazer uma ligação) o seguinte código: *#06#. Em seguida, aparecerá na tela o número do IMEI do telefone, com um código de barras. Basta apontar a câmera do primeiro telefone para a tela deste outro que está sendo adquirido para conferir. Se não houver nenhuma restrição, a informação aparecerá na tela, e o aparelho poderá ser comprado sem problemas.

    Lembre-se que aparelhos com mais de um chip têm mais de um IMEI. É necessário consultar todos os IMEIs do aparelho que está sendo adquirido.

  • IA criada por brasileiros avalia risco de agravamento da hanseníase

    IA criada por brasileiros avalia risco de agravamento da hanseníase

    Pesquisadores brasileiros da Escola de Medicina e Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) desenvolveram um sistema de inteligência artificial (IA) que calcula os riscos da hanseníase evoluir para quadros com complicações graves, que podem deixar sequelas permanentes. Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a doença afeta o sistema nervoso e a pele e tem cura, mas é crônica, infecciosa e contagiosa.

    Para elaborar o Sistema Especialista para Previsão de Risco de Ocorrência de Estados Reacionais em Hanseníase (Separeh), foram utilizadas técnicas de mineração de dados e inteligência artificial, em que algoritmos avaliam um grande conjunto de informações disponíveis em um banco de dados.

    Foi mobilizado para o projeto um conjunto de informações clínicas, sociodemográficas, genéticas, laboratoriais e de histórico familiar de quatro amostras populacionais brasileiras, de todas as regiões do país, totalizando 1,4 mil pacientes.

    Segundo o professor da Escola de Medicina e Ciências da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Marcelo Távora Mira, o usuário não precisa inserir todas as informações listadas no Separeh, já que há dados que não existem nos centros de atendimento primário à saúde, como os dados genético-moleculares.

    “O cálculo de risco será realizado de qualquer forma; a diferença é que, quanto mais informações são fornecidas, maior é a sensibilidade e a especificidade do sistema, que podem atingir, respectivamente, 85,7% e 89,4%”, disse Mira.

    O Separeh é uma plataforma online que pode ser acessada gratuitamente por qualquer pessoa. Desde sua implantação, o site já recebeu cerca de 6,5 mil acessos, de mais de 45 países.

    Complicações da hanseníase

    Existem dois tipos de quadros graves, chamados de estados reacionais. Um deles é a Reação Tipo 1 (RT1) ou Reação Reversa (RR), que tem como principal característica o aparecimento súbito de lesões cutâneas inflamatórias novas ou piora de lesões preexistentes.

    O segundo tipo é a Reação Tipo 2 (RT2) ou Eritema Nodoso Hansênico (ENH), que desencadeia uma reação imunológica após um grande número de bacilos da hanseníase morrer e se decompor gradualmente.

    “Os estados reacionais da hanseníase são graves e imprevisíveis, podendo acontecer mesmo depois da conclusão do tratamento pelo paciente. Se essas complicações não forem diagnosticadas e tratadas imediatamente, podem levar a danos neurais permanentes”, explicou o professor da PUC-PR

    Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, em 2022, foram registrados 174 mil casos de hanseníase no mundo. O Brasil estava em segundo lugar no ranking global em número de novas ocorrências, atrás apenas da Índia.

    Participaram do projeto professores e estudantes do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da PUCPR, com colaboração interna do Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGIa) e do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia em Saúde (PPGTS) e externa de pesquisadores de instituições como Universidade de Brasília (UnB), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Lauro de Souza Lima e Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), entre outras.

  • Nove em cada dez brasileiros contam com acesso à telefonia móvel

    Nove em cada dez brasileiros contam com acesso à telefonia móvel

    Nove em cada 10 brasileiros possuem acesso à telefonia móvel, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O índice expressivo marca o Dia das Telecomunicações, celebrado em 5 de abril, e destaca o papel do Ministério das Comunicações na ampliação do acesso e na melhoria dos serviços de telefonia em todo o país. Entre os avanços promovidos, está a expansão da internet banda larga de qualidade, que tem incluído digitalmente milhões de brasileiros.

    “O Brasil tem potencial para crescer ainda mais na área das telecomunicações. Os números de expansão da internet mostram que estamos no caminho certo, mas ainda há brasileiros com comunicação precária. Neste dia tão especial, precisamos lembrar dos desafios que ainda precisam ser superados para que, no futuro, possamos comemorar o acesso de todos os brasileiros a uma internet de qualidade”, afirmou Juscelino Filho.

    Ainda de acordo com o levantamento, a grande maioria da população com acesso à telefonia móvel reside em capitais e regiões metropolitanas. Os dados indicam também que 4.363 municípios brasileiros já possuem infraestrutura de fibra óptica — o que significa mais velocidade, estabilidade e eficiência energética para essas localidades.

    O secretário de Telecomunicações, Hermano Tercius, destacou a importância da data para celebrar a expansão dos serviços de comunicação no Brasil. Segundo ele, o país possui uma grande extensão territorial e áreas de difícil acesso, o que representa um desafio para os prestadores de serviço. Sobre essas regiões, o secretário declarou que “não falta trabalho para que a conectividade chegue com qualidade”.

    “Temos que comemorar, mas conscientes de que ainda existe um percentual de domicílios brasileiros que precisam de acesso. Trabalhamos todos os dias para ampliar a comunicação a todas as pessoas, sem deixar nenhum brasileiro para trás. Esse é o nosso desafio. O principal deles é levar conectividade de forma satisfatória e, ao mesmo tempo, evoluir em outros indicadores da conectividade significativa, como o letramento digital”, completou Tercius.

    Outro número importante para o setor é a chegada da tecnologia 5G a 1,3 mil municípios brasileiros. O avanço faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê a implantação do 5G nos 5,5 mil municípios do país. O Novo PAC também inclui a expansão da tecnologia 4G para 6,8 mil distritos, vilas e áreas rurais.

    Sobre a data

    O Dia das Telecomunicações é celebrado no Brasil em 5 de abril, enquanto a comemoração internacional ocorre em 17 de maio. A data é um lembrete não apenas da importância do setor na vida dos brasileiros, mas também dos desafios para garantir que todas as regiões, especialmente as mais carentes, contem com a estrutura adequada para levar informação com qualidade e de forma democrática.

    Telecomunicações não significam apenas levar infraestrutura digital, mas também promover educação e orientação. Ainda há muitos brasileiros com acesso limitado a dispositivos eletrônicos, o que dificulta o consumo pleno de informações e serviços digitais.

  • Instituto Clima e Sociedade lança edital para projetos que usam IA

    Instituto Clima e Sociedade lança edital para projetos que usam IA

    O Instituto Clima e Sociedade (iCS) lançou o edital Desafio IA Natureza & Clima para incentivar o desenvolvimento de novos usos de tecnologias digitais, entre elas a inteligência artificial (IA), que mitiguem a emissão de gases de efeito estufa, conservem a biodiversidade e promovam maior resiliência dos ecossistemas.

    Com o apoio do Google.org, instituição filantrópica do Google que doou R$ 18 milhões, o iCS vai selecionar até nove projetos para desenvolver soluções para a natureza e o clima. Podem participar organizações e entidades privadas sem fins lucrativos; universidades, institutos e centros de pesquisa públicos ou privados sem fins lucrativos.

    O edital foca em três pilares: agricultura regenerativa, bioeconomia e reversão da perda da biodiversidade no Brasil. A iniciativa tem respaldo técnico do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS). Cada projeto poderá receber um valor mínimo de R$ 1,8 milhão. As inscrições ficarão abertas até o dia 22 de abril.

    De acordo com o edital, cada organização proponente pode apresentar apenas um projeto para seleção. No entanto, no caso de universidades, considera-se a organização proponente como sendo o laboratório ou departamento específico responsável pela implementação do projeto. Dessa forma, é permitida a inscrição de mais de um projeto por universidade, desde que submetido por instâncias distintas da instituição. Para os demais casos, se a organização proponente enviar mais de um projeto, só será considerado o que tiver sido enviado por último.

    “Precisamos aproveitar as soluções tecnológicas disponíveis e estimular a inovação de outras possibilidades para avançar no cumprimento da agenda climática, que a cada dia se torna mais urgente. A inteligência artificial pode e deve ser utilizada a nosso favor. O iCS pretende, com esse edital, apresentar soluções concretas e escaláveis em agricultura regenerativa, bioeconomia e conservação e restauração florestal no Brasil”, afirma a diretora executiva do iCS, Maria Neo.

    Segundo o iCS, essa é a maior doação já feita pelo Google.org para projetos de sustentabilidade na América Latina. O processo de seleção será composto por quatro etapas: triagem técnica e legal; pré-seleção pelo júri de 14 a 21 projetos – que passarão então a uma mentoria de quatro semanas –; e seleção final pelo júri de cinco a sete projetos. Adicionalmente, o iCS poderá selecionar diretamente dois projetos. O anúncio dos projetos pré-selecionados será feito até o dia 12 de junho. O anúncio final dos selecionados está marcado para o dia 26 de setembro.

    “A tecnologia tem um enorme potencial para acelerar soluções climáticas e promover o uso sustentável dos recursos naturais. Com o apoio do Google.org, queremos incentivar projetos que combinam inovação e impacto ambiental positivo, contribuindo para desafios urgentes, como a conservação da biodiversidade e a agricultura regenerativa. Estamos entusiasmados para acompanhar essa iniciativa e ver como os projetos selecionados poderão transformar essas áreas e gerar benefícios duradouros para o Brasil e o mundo”, destaca a diretora de Marketing do Google no Brasil, Maia Mau.

    Pilares estratégicos

    As três áreas de foco foram escolhidas com base em sua relevância estratégica e potencial impacto:

    • Reversão da perda da biodiversidade: o Brasil se comprometeu a restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030. No entanto, 7 milhões de hectares de florestas secundárias atualmente em regeneração natural estão sob risco de desmatamento. O setor tem o potencial de criar mais de 5 milhões de empregos, remover 4,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera e gerar R$ 776,5 bilhões em receita líquida;
    • Bioeconomia: o iCS considerou a perspectiva promissora de ter a natureza como centro do desenvolvimento, de forma sustentável. Projetos nesse campo podem gerar 833 mil empregos até 2050 e contribuir para a preservação de mais 81 milhões de hectares de florestas em pé;
    • Agricultura Regenerativa: essa abordagem pode contribuir para reduzir as emissões em 25,7% até 2035, em comparação com 2020. Além disso, oferece uma solução para converter pastagens degradadas em áreas agrícolas sustentáveis, prevenindo o desmatamento ilegal. A agricultura regenerativa permite maior produtividade sem aumento do desmatamento, integrando melhorias na produção com esforços de conservação.

    “O uso de inteligência artificial e outras tecnologias pode ajudar o Brasil a atingir suas metas de redução de gases de efeito estufa (66% até 2030 e emissões líquidas zero até 2050), garantindo, ao mesmo tempo, benefícios inclusivos para comunidades e agricultores que dependem do uso da terra e da agricultura”, diz o Instituto Clima e Sociedade.

    Sobre o iCS

    O Instituto Clima e Sociedade (iCS) é uma organização filantrópica que apoia o enfrentamento das mudanças climáticas com foco no Brasil, por meio do emprego de um rol amplo de abordagens e ferramentas. Estas compreendem desde o suporte institucional e financeiro a organizações sem fins lucrativos ao apoio ao desenvolvimento de pesquisas técnicas e científicas, passando pela formação de redes e capacitação em diferentes segmentos econômicos.

  • WhatsApp anuncia fim do suporte para celulares antigos a partir de abril de 2025

    WhatsApp anuncia fim do suporte para celulares antigos a partir de abril de 2025

    A Meta, empresa controladora do WhatsApp, anunciou que a partir de 1º de abril de 2025, o aplicativo deixará de funcionar em diversos celulares antigos. A medida, que visa garantir a segurança e o desempenho da plataforma, afetará principalmente dispositivos com sistemas operacionais Android anteriores à versão 5 e iOS anteriores à versão 12.

    Impacto nos usuários

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    Imagem decorativa

    A decisão da Meta impactará um número significativo de usuários que ainda utilizam modelos mais antigos de smartphones. Entre os aparelhos afetados, destacam-se alguns modelos da Samsung, como o Galaxy Core, Galaxy Trend Lite, Galaxy Ace 2, Galaxy S3 Mini, Galaxy Trend II e Galaxy X Cover 2.

    Para saber se o seu celular será afetado, é necessário verificar a versão do sistema operacional instalada no dispositivo. Caso a versão seja inferior a Android 5 ou iOS 12, o aparelho não será mais compatível com o WhatsApp a partir de abril de 2025.

    Medidas preventivas

    Para evitar a perda de dados importantes, como mensagens, fotos e vídeos, a Meta recomenda que os usuários afetados façam backup de seus arquivos antes do fim do suporte. A empresa também enviará notificações diretas aos usuários afetados, alertando-os sobre a necessidade de atualização ou substituição do dispositivo.

    Recomendações:

    • Verifique a versão do sistema operacional do seu celular.
    • Faça backup de seus dados do WhatsApp.
    • Considere a atualização ou substituição do seu dispositivo, se necessário.
    • Mantenha o sistema operacional do seu celular sempre atualizado.
  • Brasil ocupa 15º lugar em ranking de publicações acadêmicas sobre IA

    Brasil ocupa 15º lugar em ranking de publicações acadêmicas sobre IA

    O Brasil conta com 144 unidades de pesquisa relacionadas à inteligência artificial (IA), o que coloca o país como um dos principais polos de IA na América Latina. O levantamento consta em documento divulgado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), lançado na quinta-feira (27). Segundo o estudo, a produção científica brasileira sobre IA coloca o Brasil na 15ª posição no ranking mundial de publicações acadêmicas na área, conforme dados de 2000 a 2022. A pandemia fez o país despencar no ranking, caindo para 20º lugar.

    Chamado O Panorama Brasileiro da Ciência, Tecnologia e Inovação em Inteligência Artificial, o estudo tem como objetivo mostrar o avanço brasileiro no campo da IA, abordando temas como políticas e regulação, estimativas de investimentos públicos e privados, mapa dos centros de pesquisa, além de dados sobre o conhecimento científico e tecnológico desenvolvido no país.

    O estudo aponta que a maior parte das unidades de pesquisa de inteligência artificial do Brasil se encontra nas regiões Sudeste e Nordeste. São Paulo lidera com 41 unidades. O estado do Amazonas, na Região Norte, vem na sequência, com 22 unidades. Os estados do Rio de Janeiro, com 14 unidades; Minas Gerais, com 13, e Pernambuco, com dez, também têm um papel substancial nas pesquisas.

    “Esse padrão reflete não apenas as tendências históricas de investimento, mas também os esforços recentes de políticas voltadas ao fortalecimento das capacidades regionais”, apontou o CGEE, organização não governamental (ONG) que desenvolve estudos e projetos com foco em temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação.

    Entre outros dados, o documento aponta ainda que os investimentos públicos em pesquisas e ações relacionadas a IA no Brasil devem alcançar R$ 22 bilhões até 2028. Segundo o levantamento, para cada real investido pelo setor público em IA, o setor privado contribui com R$ 3,34.

    Segundo CGEE, isso evidencia o potencial da IA como multiplicadora e catalisadora de desenvolvimento tecnológico e econômico no país. Em especial, o documento mostra que existem iniciativas em IA com atuação relevante em setores como ciências da vida, energia e agricultura.

    “A indústria e a manufatura lideram com 30 unidades, seguidas de perto pelo setor de saúde, com 25. Os aplicativos corporativos e de gerenciamento respondem por 20 unidades, enquanto a mobilidade e a logística são o foco de 15 unidades”, contabiliza o CGEE.

    Na avaliação do centro, a liderança dos setores de indústria e manufatura; e de saúde demonstra tanto a centralização geográfica quanto a priorização do domínio estratégico. Além disso, esse padrão “sugere o desenvolvimento de ecossistemas regionais de inovação em que a proximidade geográfica facilita a troca de conhecimento e a colaboração entre instituições acadêmicas, indústria e governo.”

    *Texto atualizado neste sábado, 29 de março, às10h35, para correção de erro de informação do CGEE autor do estudo

  • China acelera avanço em IA com Manus, um agente autônomo não supervisionado

    China acelera avanço em IA com Manus, um agente autônomo não supervisionado

    A corrida pela inteligência artificial autônoma ganhou um novo capítulo com o lançamento do Manus, desenvolvido pela Butterfly Effect. O sistema se diferencia por sua capacidade de operar sem assistência humana, realizando tarefas de forma independente. O avanço coloca a China em posição de destaque no setor e reforça a tendência de IA autossuficientes.

    Nos testes realizados pelo benchmark GAIA, que avalia a resolução de problemas reais, o Manus superou plataformas renomadas como as da OpenAI. Sua performance demonstrou avanços significativos, consolidando-se como um marco na evolução da IA generativa.

    O funcionamento do sistema segue um fluxo estruturado: o usuário envia uma solicitação via chat, que é dividida em subtarefas e distribuída entre agentes especializados. O Manus executa as ações, integra os resultados e aprimora continuamente suas respostas, garantindo um processo autossuficiente.

    Os diferenciais do Manus

    China acelera avanço em IA com Manus, agente autônomo não supervisionado
    Imagem ilustrativa

    Entre suas funcionalidades, o sistema é capaz de criar sites, planejar viagens, analisar o mercado financeiro e desenvolver materiais educacionais. Diferente de assistentes tradicionais, que precisam de comandos a cada etapa, o Manus trabalha de forma independente e se adapta ao comportamento do usuário ao longo do tempo. Mesmo sem conexão com a internet, ele continua operando.

    Uma das grandes inovações do Manus é sua capacidade multimodal, o que significa que pode lidar simultaneamente com textos, imagens e códigos. Além disso, ele se conecta a navegadores, editores de código, bancos de dados e APIs, permitindo interação com diversos sistemas.

    Desde seu lançamento, o Manus tem sido utilizado para executar aproximadamente 50 tarefas em paralelo, incluindo monitoramento de redes sociais, análise de transações financeiras e automação de conteúdo. Especialistas afirmam que sua precisão supera a do Deep Research, da OpenAI, e que sua tecnologia pode moldar o futuro da IA nos próximos anos.

    Os empecilhos e o que vem por aí

    Entretanto, o sistema ainda enfrenta desafios. Usuários relataram que ele pode entrar em ciclos repetitivos e apresentar dificuldades em decisões mais complexas. Além disso, sua dependência de modelos externos, como Claude Sonnet e Qwen, levanta questões sobre sua total autonomia. O aspecto da segurança também preocupa especialistas, já que, sem limites adequados, o acesso a dados sensíveis pode representar riscos.

    Curiosamente, ao contrário de muitas inovações chinesas que surgem em grandes instituições como a Universidade de Tsinghua, o Manus foi testado em uma universidade menor. Isso sugere uma descentralização no desenvolvimento de IA e ampliação do acesso a diferentes perfis acadêmicos e profissionais.

    Ainda restrito a um grupo seleto de usuários, o Manus reflete a crescente aposta chinesa em agentes de IA autônomos. Com essa evolução, especialistas recomendam que profissionais interessados acompanhem a tendência e busquem qualificação em IA generativa, preparando-se para o futuro dessa tecnologia revolucionária.