O YouTube Music pode estar ganhando um novo recurso com inteligência artificial (IA) para buscar músicas por voz. De acordo com rumores recentes, o serviço de streaming de música do Google estaria preparando a função “Pergunte pela Música”.
Lembra daquela função “Cantarolar para buscar” que usa IA para identificar músicas? O “Pergunte pela Música” seria a próxima inovação e, pelo que parece, utilizaria um chatbot com IA para permitir que você peça músicas de forma natural, como se estivesse conversando com alguém.
Esse recurso foi encontrado durante uma análise detalhada do aplicativo YouTube Music para Android, na versão 7.06.53. O código do aplicativo indica o desenvolvimento dessa nova ferramenta baseada em IA. Vários trechos do código sugerem que o recurso ainda está em fase de testes.
Shazam + IA no Youtube?
O próprio nome da função e um aviso inicial na tela revelam sua natureza. O aviso diz: “As respostas geradas por IA são experimentais. A qualidade e precisão podem variar. Não insira informações confidenciais ou pessoais sobre você ou outras pessoas.” Além disso, há menção a um botão de envio, sugerindo interação do usuário.
Embora a funcionalidade exata ainda não esteja clara, a presença de respostas geradas por IA e um aviso inicial indicam que o recurso poderia funcionar como um chatbot. Você poderá fazer perguntas sobre músicas, artistas e álbuns de maneira natural, e a IA fornecerá informações e possivelmente links para músicas e álbuns relevantes.
O YouTube Music já possui alguns recursos baseados em IA, como a busca por áudio (pelo ícone de onda no canto superior direito) e a capa de playlist gerada por IA que cria imagens para as playlists personalizadas. Se o “Pergunte pela Música” for implementado, representaria o primeiro recurso de IA abrangente da plataforma.
Vale ressaltar que essas análises de aplicativos costumam revelar recursos que podem estar longe de serem lançados ou nunca serem disponibilizados. Às vezes, os desenvolvedores deixam códigos de recursos não lançados ou abandonados dentro do aplicativo, tornando prematuro confirmar se o “Pergunte pela Música” estará disponível para os usuários.
O YouTube, uma das plataformas de entretenimento mais populares da atualidade, oferece um modelo freemium, com conteúdo suportado por anúncios para usuários que assistem gratuitamente, e uma assinatura Premium que elimina anúncios e oferece alguns recursos adicionais.
Embora a empresa tenha tomado medidas rigorosas contra usuários que bloqueiam anúncios, parece que aqueles que tentam obter assinaturas Premium por preços baixos também estão na mira da empresa.
VPN e preços regionais: Uma brecha na segurança do Youtube
O YouTube trava uma guerra contra os bloqueadores de anúncios há alguns anos, notávelmente encerrando o projeto Vanced e, mais recentemente, considerando a injeção de anúncios no lado do servidor para deter os usuários que bloqueiam anúncios. No entanto, o YouTube é legalmente proibido de anunciar em alguns países, e usar VPNs para falsificar locais parece ser um método popular para evitar anúncios do YouTube sem mexer em bloqueadores e detectores.
Uma estratégia semelhante também parece funcionar para pessoas que assinam o YouTube Premium para obter conteúdo legítimo sem anúncios. Como o preço da assinatura da plataforma varia de acordo com a região, alguns espectadores tentavam economizar dinheiro usando um serviço de VPN para falsificar sua localização ao se inscrever no Premium.
Posts no Reddit que discutem esse hack explicam que as assinaturas Premium são cobradas a preços mais baixos prevalentes no local falsificado, e com um grau razoável de sucesso.
Para ter uma ideia mais precisa de como os preços mudam ao redor do mundo, vamos analisar alguns exemplos:
Países com preços mais baixos:
Índia: R$ 18,90 por mês
Turquia: R$ 24,90 por mês
Argentina: R$ 32,90 por mês
Filipinas: R$ 35,90 por mês
Ucrânia: R$ 39,90 por mês
Países com preços mais altos:
Suíça: R$ 59,90 por mês
Dinamarca: R$ 56,90 por mês
Noruega: R$ 54,90 por mês
Islândia: R$ 54,90 por mês
Estados Unidos: R$ 52,90 por mês
Fatores que influenciam o preço:
Poder de compra local: O YouTube considera o poder de compra médio de cada país para definir o preço do Premium. Em países com menor poder de compra, o preço tende a ser mais baixo.
Estratégias regionais: O YouTube também leva em conta suas estratégias de crescimento em cada região. Em alguns casos, pode oferecer preços mais baixos para atrair novos assinantes.
Leis fiscais: Leis fiscais locais também podem influenciar o preço final do Premium.
Observações importantes:
Os preços mencionados são aproximados e podem sofrer alterações.
O YouTube oferece planos individuais, familiares e para estudantes, com preços diferentes para cada tipo.
Alguns países podem ter promoções ou ofertas especiais que alteram o preço temporariamente.
Quebrando as regras: Cancelamentos e novas medidas
No entanto, uma série de posts recentes no Reddit revela que o YouTube está cancelando abruptamente assinaturas Premium mais baratas iniciadas usando VPNs. Um Redditor chegou ao ponto de entrar em contato com o suporte ao cliente para obter uma explicação, à qual o YouTube disse que o assinante havia “se mudado” para um local diferente daquele em que se inscreveu.
Especificamente, esse assinante usou uma VPN da Ucrânia para se inscrever no Reino Unido, e o YouTube provavelmente notou a mudança de local identificável por diferentes endereços IP e assinaturas de dispositivo associadas à mesma conta do Google.
Embora pagar uma taxa mais barata possa parecer ético em comparação com o bloqueio de anúncios, os clientes que enfrentam o cancelamento abrupto da conta podem reiniciar sua assinatura pagando localmente.
Para evitar o uso indevido dessa brecha, o YouTube agora exige que você use um cartão local para se inscrever no Premium, evitando assim que as pessoas se inscrevam em uma VPN ucraniana usando um cartão americano. Parece infalível no papel, mas a eficácia dos métodos da empresa só se revelará a longo prazo.
O YouTube está testando um novo recurso chamado “Notas”, que permitirá aos espectadores adicionar informações e contexto aos vídeos da plataforma. A funcionalidade, similar às Notas da Comunidade do X (antigo Twitter), visa combater a desinformação e auxiliar na compreensão do conteúdo pelos usuários.
Inicialmente, o piloto estará disponível apenas para usuários mobile nos EUA e em inglês. A fase de testes servirá para avaliar a efetividade da ferramenta e identificar possíveis falhas, como notas irrelevantes ou informações incorretas.
Um número limitado de usuários com canais em boas condições no YouTube será convidado a participar da fase de testes. Gradualmente, a funcionalidade será disponibilizada para o restante da plataforma.
Para garantir a qualidade das notas, o YouTube contará com a avaliação de especialistas terceirizados e dos próprios usuários. As notas mais bem avaliadas serão exibidas abaixo dos vídeos, com a opção de serem marcadas como “úteis”, “parcialmente úteis” ou “inúteis”.
O algoritmo do YouTube utilizará essas avaliações para determinar quais notas serão publicadas e para aprimorar o sistema ao longo do tempo. A empresa ainda definirá se o recurso será implementado oficialmente após a fase de testes.
Que melhorias o Notas pode trazer ao Youtube?
Combate à desinformação: O YouTube espera que as Notas contribuam para a redução da desinformação na plataforma, especialmente durante o ano eleitoral de 2024 nos EUA. Ao permitir que os usuários adicionem contexto aos vídeos, a ferramenta pode auxiliar na identificação de conteúdo falso ou enganoso.
Ampliação do contexto: As Notas também podem ser utilizadas para fornecer informações adicionais sobre os vídeos, como a data de gravação, o contexto histórico ou a explicação de termos técnicos. Essa funcionalidade pode ser útil para espectadores que não estão familiarizados com o tema abordado no vídeo.
Engajamento da comunidade: O recurso Notas tem o potencial de aumentar o engajamento da comunidade do YouTube, incentivando a participação dos usuários na criação e avaliação de conteúdo. Essa interação pode contribuir para a construção de uma plataforma mais informativa e confiável.
Desafios: A implementação do recurso Notas também apresenta alguns desafios. Um deles é garantir a qualidade das informações adicionadas pelos usuários, evitando a proliferação de desinformação ou conteúdo impróprio. Outro desafio é moderar o conteúdo das notas de forma eficiente, sem comprometer a liberdade de expressão dos usuários.
O futuro das Notas: O sucesso do piloto do YouTube com as Notas dependerá da capacidade da plataforma em superar esses desafios e garantir que o recurso seja utilizado de forma responsável e construtiva. Se bem implementado, as Notas podem se tornar uma ferramenta valiosa para combater a desinformação, ampliar o contexto dos vídeos e aumentar o engajamento da comunidade.
Ponderando o uso responsável da comunidade
O YouTube apresenta o recurso Notas como uma ferramenta promissora para combater a desinformação e enriquecer a experiência do usuário. A iniciativa, que se assemelha às Notas da Comunidade do X (antigo Twitter), abre caminho para a colaboração entre os usuários na criação de um ambiente mais informativo e confiável na plataforma.
No entanto, é crucial ponderar o uso responsável dessa ferramenta para garantir que ela cumpra seu propósito de forma eficaz. A moderação de conteúdo se torna um desafio fundamental, exigindo um equilíbrio entre a liberdade de expressão dos usuários e a necessidade de combater a proliferação de informações falsas ou enganosas.
Para garantir o sucesso do recurso Notas, o YouTube deve estabelecer diretrizes claras e transparentes para a avaliação das notas, contando com a participação ativa da comunidade na identificação e sinalização de conteúdos impróprios. Além disso, a plataforma deve investir em mecanismos de inteligência artificial que auxiliem na moderação de conteúdo, sem comprometer a autonomia dos usuários.
Ao promover o uso responsável da ferramenta Notas, o YouTube pode fortalecer seu compromisso com a construção de uma comunidade engajada, informada e confiável. Através da colaboração entre a plataforma e seus usuários, é possível criar um ambiente digital mais propício à troca de conhecimentos, à produção de conteúdo de qualidade e à promoção de uma cultura de informação responsável.
O YouTube está testando um novo método de inserção de anúncios chamado SSAI (Server-Side Ad Insertion), que coloca os anúncios diretamente no fluxo do vídeo, antes mesmo de chegar ao seu dispositivo. Essa mudança, embora pareça simples, cria um obstáculo significativo para ferramentas como o SponsorBlock, que dependem de timestamps precisos para identificar e pular segmentos de anúncios.
A situação do Youtube
Créditos: Youtube
Tradicionalmente, os anúncios eram inseridos no lado do cliente (seu dispositivo) em pontos predefinidos do vídeo. O SponsorBlock utiliza timestamps coletados pela comunidade para marcar e pular esses segmentos de anúncios. No entanto, com o SSAI, os anúncios são inseridos no lado do servidor (nos servidores do YouTube), antes mesmo de o vídeo chegar ao seu dispositivo. Isso desloca o conteúdo original do vídeo, alterando os timestamps originais e tornando-os imprecisos.
Para combater esse problema, o SponsorBlock implementou uma medida temporária: detectar envios de usuários que estão usando navegadores afetados pelo SSAI e rejeitá-los. Essa ação evita que o banco de dados do SponsorBlock seja preenchido com timestamps incorretos.
No entanto, essa é apenas uma solução paliativa. A longo prazo, o SponsorBlock e a comunidade de usuários precisam encontrar maneiras de se adaptar ao SSAI. Algumas soluções possíveis incluem:
Adaptação da Comunidade: A comunidade do SponsorBlock pode se organizar para coletar timestamps específicos para vídeos afetados pelo SSAI. Isso criaria um sistema de timestamps de duas partes: um para a versão pré-SSAI e outro para a versão SSAI.
Detecção de SSAI: O SponsorBlock pode explorar maneiras de detectar SSAI no lado do cliente. Isso pode envolver a análise do comportamento de reprodução de vídeo ou a comunicação com os servidores do YouTube. Se o SSAI for identificado, a ferramenta poderá ajustar seu processamento de acordo.
Colaboração com o YouTube: O cenário ideal seria a colaboração entre o SponsorBlock e o YouTube. O YouTube poderia fornecer algum sinal ou metadado dentro do fluxo de vídeo para indicar a presença e a duração dos anúncios inseridos no lado do servidor. Isso permitiria que o SponsorBlock ajustasse os timestamps com precisão.
A polêmica em torno do SSAI e o futuro dos SponsorBlocks
A introdução do SSAI pelo YouTube certamente gerará controvérsia, e as implicações para o SponsorBlock e para a comunidade de usuários em geral são multifacetadas. Vamos analisar alguns dos pontos que provavelmente alimentarão o debate:
Impacto na Experiência do Usuário:
Frustração com Anúncios: O SSAI pode tornar os anúncios mais difíceis de pular, pois os timestamps tradicionais do SponsorBlock não funcionarão mais. Isso pode gerar frustração entre os usuários que dependem da ferramenta para evitar anúncios intrusivos.
Preocupações com Privacidade: Alguns usuários podem levantar preocupações sobre a coleta e o uso de dados pelo YouTube com o SSAI. A inserção de anúncios no lado do servidor pode gerar mais oportunidades para o YouTube coletar dados sobre o comportamento de visualização dos usuários, o que pode levar a preocupações com privacidade.
Efeitos no SponsorBlock:
Futuro Incerto: A viabilidade do SponsorBlock a longo prazo pode ser questionada se o SSAI se tornar a norma. A comunidade precisará se adaptar significativamente para encontrar maneiras de contornar os desafios impostos pelo SSAI.
Potencial Divisão: A comunidade do SponsorBlock pode se dividir entre aqueles que defendem a adaptação ao SSAI e aqueles que resistem à mudança e buscam alternativas. Isso pode fragmentar a comunidade e enfraquecer o impacto geral do SponsorBlock.
Possíveis Respostas:
Diálogo com o YouTube: É crucial que o SponsorBlock e a comunidade se engajem em um diálogo aberto com o YouTube para entender melhor as motivações por trás do SSAI e explorar soluções potenciais que beneficiem tanto a plataforma quanto os usuários.
Desenvolvimento de Soluções Alternativas: A comunidade de desenvolvedores pode buscar alternativas ao SponsorBlock que sejam menos afetadas pelo SSAI. Isso pode incluir ferramentas que utilizem diferentes métodos para identificar e pular anúncios.
Empoderamento do Usuário: É importante que os usuários estejam cientes das implicações do SSAI e das ferramentas disponíveis para gerenciar sua experiência de visualização. O SponsorBlock e outras ferramentas semelhantes podem continuar a ter um papel importante em dar aos usuários mais controle sobre o que assistem e como assistem.
O SSAI é uma mudança significativa que terá um impacto no YouTube, no SponsorBlock e na comunidade de usuários em geral. A controvérsia em torno dessa mudança é inevitável, e o futuro do SponsorBlock dependerá da capacidade da comunidade de se adaptar e encontrar soluções inovadoras. O diálogo aberto com o YouTube, o desenvolvimento de soluções alternativas e o empoderamento do usuário serão essenciais para navegar nesse novo cenário e garantir que a experiência de visualização de vídeos permaneça agradável e livre de interrupções indesejadas.
Você já se perguntou como vazam informações confidenciais sobre jogos antes dos anúncios oficiais? Um vazamento inusitado da nintendo, recentemente esclarecido por um banco de dados interno do Google obtido pela 404 Media, mostra como um simples erro humano pode ter estragado a surpresa para a Nintendo.
Tudo começou com um post misterioso no Reddit em junho de 2017. Um usuário publicou um tópico intitulado “Novo jogo Yoshi (provavelmente Woolly World 2) será anunciado para Switch”. O que chamou a atenção foi a imagem anexada: uma captura de tela mostrando miniaturas de um vídeo intitulado “Yoshi para Nintendo Switch – Trailer Oficial do Jogo – Nintendo E3 2017”. A URL na barra de endereços começava com “www.admin.youtube.com”, indicando acesso por meio de uma conta administrativa do Google.
Na legenda, o usuário afirmava: “Meu amigo trabalha no Google e me enviou esta foto. É um vídeo que já está no canal da Nintendo e será publicado após a revelação.”
A fonte do vazamento do game da Nintendo
Créditos: Divulgação / Nintendo
O banco de dados interno do Google, que registra potenciais problemas de privacidade e segurança por seis anos, revelou os bastidores dessa história. De acordo com o documento, um funcionário (ou possivelmente um contratado temporário) do Google acessou o canal privado da Nintendo no YouTube usando privilégios administrativos. Esse indivíduo, possivelmente sem a intenção de causar danos, baixou o vídeo do novo jogo Yoshi e compartilhou a informação com um amigo.
Curiosamente, o banco de dados classifica o incidente como “não intencional”. O resumo do relatório indica: “Ex-TVC [contratado temporário] baixou vídeo com conta administrativa e compartilhou recurso não lançado da Nintendo com amigo. Entrevista interna concluiu que não foi intencional. Comunicação reativa enviada.”
Embora o vazamento tenha sido acidental, ele certamente frustrou os planos da Nintendo de revelar o jogo Yoshi’s Crafted World (lançado em 2019) em um evento próprio. O caso também levanta questões sobre segurança de dados e acesso de terceiros a contas corporativas.
Vazamentos de jogos: drama ou erro humano?
Créditos: SurfShark
Vazamentos de informações sobre jogos nem sempre envolvem espionagem cibernética ou ataques maliciosos. O caso do vazamento do jogo Yoshi mostra como erros humanos simples podem ter consequências significativas. Documentos internos do Google revelam que, entre 2013 e 2018, a empresa identificou ” milhares ” de incidentes relacionados a privacidade e segurança no YouTube.
Embora a declaração posterior do Google à 404 Media confirme a veracidade do banco de dados, é importante ressaltar que a gigante da tecnologia afirma ter resolvido todos os incidentes relatados na época.
Esse vazamento serve como um lembrete da importância de protocolos robustos de segurança e acesso a dados confidenciais, tanto para empresas quanto para indivíduos. Afinal, às vezes, um clique no lugar errado pode estragar a surpresa para milhões de fãs.
Repercussões do vazamento e lições aprendidas
Créditos: SurfShark
O vazamento acidental do trailer de Yoshi em 2017 repercutiu entre os fãs da Nintendo, gerando especulações e discussões online. Embora não tenha causado grandes prejuízos financeiros, o incidente certamente afetou a estratégia de marketing planejada pela Nintendo para o anúncio oficial do jogo.
Além do impacto direto na Nintendo, o vazamento levantou questões sobre as práticas de segurança do Google e o acesso de funcionários e contratados a dados confidenciais de terceiros. O incidente serviu como um alerta para a empresa reforçar seus protocolos de controle de acesso e treinamento de funcionários para lidar com informações sensíveis.
Segurança de dados na era digital
À medida que a indústria de games se expande e a expectativa dos fãs por novidades aumenta, o sigilo em torno dos projetos se torna cada vez mais importante. Vazamentos de informação podem prejudicar campanhas de marketing, gerar desinformação e até mesmo afetar o valor das ações das empresas.
O caso do vazamento do jogo Yoshi serve como um exemplo para outras empresas do setor de games e plataformas online. Investir em segurança de dados, implementar protocolos rígidos de acesso e treinar funcionários para manusear informações confidenciais são medidas essenciais para evitar vazamentos acidentais ou intencionais.
Por outro lado, o incidente também levanta discussões sobre a ética do compartilhamento de informações vazadas. Embora a curiosidade dos fãs da Nintendo tenha sido compreensível, disseminar informações confidenciais pode ter consequências negativas para as empresas desenvolvedoras.
Olhando para o futuro: transparência e inovação
Créditos: Divulgação / Nintendo
Vazamentos de informação, quer sejam acidentais ou propositais, são um desafio constante na era digital. No entanto, a transparência e a comunicação proativa por parte das empresas podem ajudar a minimizar os danos.
Além de reforçar a segurança de dados, as empresas do setor de games podem se beneficiar de uma estratégia de comunicação mais aberta com o público. Investir em eventos de revelação online, trailers enigmáticos e interação com a comunidade de fãs pode ajudar a manter o interesse e a expectativa em alta, mesmo diante de possíveis vazamentos.
Afinal, a indústria de games se alimenta da criatividade e da capacidade de surpreender. Ao investir em segurança de dados, comunicação transparente e inovação, as empresas do setor podem garantir que a magia dos jogos chegue aos fãs da maneira certa: na hora certa.
Embora o banco de dados do Google classifique o vazamento como “não intencional”, vale a pena explorar as possíveis implicações jurídicas do caso.
De acordo com especialistas em direito digital, o vazamento pode configurar duas situações:
Violação de sigilo comercial:
A Nintendo detém direitos autorais sobre o jogo da Nintendo e a revelação antecipada do trailer poderia ser considerada uma violação de sigilo comercial. Isso porque a empresa planejava uma estratégia de marketing específica para o anúncio oficial, e o vazamento potencialmente prejudicou essa estratégia.
Violação de contrato:
É provável que o Google possua contratos com seus funcionários e fornecedores terceirizados que estipulam cláusulas de confidencialidade. Ao acessar e compartilhar informações confidenciais da Nintendo, o indivíduo responsável pelo vazamento pode ter violado esses contratos.
Nesse cenário, a Nintendo poderia tomar ações legais contra o Google, buscando indenização pelos possíveis danos causados pelo vazamento. No entanto, é importante ressaltar que o sucesso de uma ação judicial dependeria de diversos fatores, como a comprovação dos danos e a identificação precisa do responsável pelo vazamento.
O papel do usuário que divulgou a informação
O papel do usuário do Reddit que divulgou a informação vazada também merece consideração. Embora o vazamento em si possa ter sido acidental, a disseminação deliberada de informações confidenciais pode ter implicações éticas e legais, estas não são incomuns em empresas que prezam tanto pelos seus IPs como a própria Nintendo.
Ética: Compartilhar informações confidenciais pode prejudicar as estratégias de marketing das empresas e diminuir a expectativa dos fãs em relação aos anúncios oficiais.
Legal: Dependendo da legislação local, a disseminação de informações confidenciais obtidas de maneira ilícita pode configurar crimes como receptação qualificada.
Prevenção e boas práticas
O vazamento acidental do jogo game da Nintendo em 2017 serve como um alerta para empresas, funcionários, fornecedores e fãs. Para minimizar a ocorrência de vazamentos no futuro, algumas medidas podem ser implementadas:
Empresas:
Investir em sistemas robustos de segurança de dados, implementar protocolos rígidos de acesso a informações confidenciais e treinar funcionários e fornecedores para lidar com esse tipo de informação.
Funcionários e fornecedores:
Seguir à risca os contratos de confidencialidade e adotar o bom senso no uso de privilégios de acesso.
Fãs:
Abster-se de compartilhar informações confidenciais vazadas e valorizar a estratégia de marketing planejada pelas empresas. Ao adotar essas boas práticas, todos os envolvidos na indústria de games podem contribuir para um ambiente mais transparente, ético e seguro. Afinal, a magia dos jogos deve ser revelada na hora certa, da forma certa, para que a experiência dos fãs seja a mais positiva possível.
Outros incidentes na indústria:
1. Cyberpunk 2077 (2020): Um dos vazamentos mais notórios da história recente dos games, este caso expôs grande parte do conteúdo do jogo antes mesmo de seu lançamento oficial. Imagens, vídeos e até mesmo o código-fonte do jogo caíram na internet, gerando expectativas altíssimas que, no fim, não foram correspondidas. O resultado: críticas negativas, frustração entre os jogadores e um grande baque na reputação da CD Projekt Red, desenvolvedora do game.
2. The Last of Us Part II (2020): A trama complexa e emocionalmente carregada de The Last of Us Part II também foi vítima de um vazamento crucial. Detalhes importantes da história, incluindo spoilers de eventos chave e a morte de um personagem central, vazaram antes do lançamento, estragando a experiência para muitos jogadores que queriam se surpreender com a narrativa. A Naughty Dog, desenvolvedora do jogo, se viu obrigada a confirmar a veracidade dos spoilers e lidar com a frustração dos fãs que tiveram a experiência de jogo prejudicada.
3. Grand Theft Auto VI (2022): A Rockstar Games, conhecida por seu sigilo em torno de seus projetos, também não escapou dos vazamentos. Imagens e vídeos de uma versão em desenvolvimento de Grand Theft Auto VI, o aguardado próximo capítulo da série GTA, vazaram online, gerando grande repercussão e especulações sobre o conteúdo do título. O vazamento, além de prejudicar o efeito surpresa do anúncio oficial, levantou preocupações sobre a segurança dos dados da Rockstar e o impacto que o incidente poderia ter no desenvolvimento do jogo.
4. Pokémon Sword and Shield (2019): As informações oficiais sobre os novos Pokémon que seriam introduzidos em Sword and Shield, a próxima geração da franquia Pokémon, estavam sendo guardadas a sete chaves pela Nintendo. No entanto, um vazamento massivo expôs todos os novos monstrinhos antes mesmo da data oficial de revelação, gerando reações mistas entre os fãs. Alguns ficaram empolgados em conhecer os novos Pokémon com antecedência, enquanto outros lamentaram a perda da surpresa e da emoção da descoberta gradual.
5. Final Fantasy VII Remake (2020): A Square Enix também teve que lidar com um vazamento de informações importantes sobre Final Fantasy VII Remake, a tão esperada reimaginação do clássico RPG. Imagens e detalhes da história do jogo vazaram online, gerando debates acalorados entre os fãs sobre as mudanças que estavam sendo feitas no material original. O vazamento, embora tenha gerado empolgação, também trouxe consigo preocupações sobre o impacto que as mudanças poderiam ter na experiência final do jogo.
6. Among Us (2020): O sucesso estrondoso de Among Us, jogo de dedução social online, também foi acompanhado por um vazamento de dados. Informações confidenciais dos jogadores, como nomes, e-mails e até mesmo senhas, foram expostas online, colocando em risco a segurança e a privacidade da comunidade do jogo. A InnerSloth, desenvolvedora do game, teve que agir rapidamente para solucionar o problema e implementar medidas de segurança mais robustas para proteger seus jogadores.
7. Fortnite (2018): Um hacker invadiu os sistemas da Epic Games, desenvolvedora de Fortnite, e obteve acesso a dados de milhões de jogadores. O vazamento incluiu informações como nomes, endereços de e-mail e até mesmo senhas, além de detalhes sobre os hábitos de jogo dos jogadores. A Epic Games foi alvo de críticas por sua falha em proteger os dados de seus usuários e teve que implementar medidas de segurança mais rígidas para evitar futuros incidentes.
8. The Elder Scrolls V: Skyrim (2011): Antes mesmo de seu lançamento oficial, Skyrim já era vítima de vazamentos. Imagens, vídeos e até mesmo a versão completa do jogo vazaram online, o que poderia ter prejudicado as vendas do título. No entanto, a Bethesda, desenvolvedora do jogo, conseguiu transformar o limão em limonada e usar o vazamento como uma oportunidade de marketing, gerando ainda mais empolgação em torno do lançamento.
Navegando na era digital: a importância de cuidar dos seus dados
A história do vazamento acidental do jogo da Nintendo em 2017 serve como um lembrete crucial da importância de protegermos nossos dados na era digital. Seja como indivíduos ou como empresas, lidar com informações confidenciais exige cuidado, responsabilidade e a implementação de medidas de segurança adequadas.
No mundo dos games, vazamentos podem prejudicar campanhas de marketing, gerar desinformação e até mesmo afetar o valor das ações das empresas. No entanto, o impacto vai além do setor de jogos. A disseminação de dados confidenciais pode ter consequências graves para qualquer pessoa ou organização, desde roubo de identidade até danos à reputação.
Para garantir a segurança de nossas informações e navegar com responsabilidade no mundo digital, é fundamental tomar algumas medidas:
Informar-se: Estar ciente dos riscos e das melhores práticas de segurança de dados é crucial para tomar decisões conscientes.
Proteger dispositivos: Utilizar antivírus, firewalls e senhas fortes para proteger seus dispositivos contra acessos não autorizados.
Manter o software atualizado: Instalar atualizações de segurança regularmente para corrigir vulnerabilidades e proteger seus dados.
Cuidado com links e anexos: Evite clicar em links suspeitos ou baixar anexos de e-mails desconhecidos, pois podem conter malwares ou vírus.
Compartilhar com cautela: Pense duas vezes antes de compartilhar informações pessoais online, especialmente em redes sociais.
Fique atento a golpes: Desconfie de ofertas ou solicitações de dados pessoais que pareçam estranhas ou fora do comum.
Exija transparência: Ao fornecer seus dados a empresas ou plataformas online, exija saber como seus dados serão utilizados e protegidos.
Lembre-se: seus dados são valiosos e merecem cuidado. Ao tomar medidas preventivas e se informar sobre as melhores práticas de segurança, você pode navegar na era digital com mais tranquilidade e proteger sua privacidade.
A segurança de dados é um compromisso de todos. Ao trabalharmos juntos, podemos criar um ambiente online mais seguro e confiável para todos.
Exclusivo (04/06/2024): O YouTube se encontra em meio a uma crise de segurança sem precedentes após uma série de vazamentos de conteúdos confidenciais, como a apresentação completa do State of Play da Sony, antes da data oficial de lançamento. A situação gerou enorme frustração entre empresas e usuários, e mobilizou o Google a tomar medidas imediatas para conter os danos e evitar futuros incidentes.
Segredos em risco: Vazamentos de dados ameaçam indústria e confiança na plataforma
Créditos: SurfShark
Vazamentos recorrentes revelam falhas na segurança! Fontes internas confirmam que o YouTube está investigando a fundo a origem dos vazamentos, que se tornaram recorrentes na plataforma. Em 2022, códigos de vale-presente foram indevidamente divulgados antes da publicação do vídeo, e em 2017, informações confidenciais da Nintendo vazaram antes da E3. Estes incidentes demonstram falhas na segurança do YouTube, que expõem informações confidenciais e colocam em risco a reputação da plataforma.
Ameaça à indústria de entretenimento:
Os vazamentos representam uma séria ameaça à indústria de entretenimento, pois comprometem as estratégias de empresas como a Sony e diminuem o impacto de seus anúncios. A divulgação antecipada de informações confidenciais diminui o elemento surpresa e pode levar à perda de interesse do público. As empresas investem tempo e recursos na criação de apresentações e anúncios impactantes, e os vazamentos frustram esses esforços, causando prejuízos financeiros e reputacionais.
Medidas urgentes para restaurar a confiança:
O Google precisa agir com rapidez e transparência para identificar a falha na segurança e implementar medidas robustas para evitar novos vazamentos. A comunicação clara com os usuários é essencial para restaurar a confiança na plataforma. A empresa deve detalhar as medidas que está tomando para garantir a segurança da informação e evitar que incidentes semelhantes se repitam.
O futuro do YouTube em jogo:
O futuro do YouTube depende da sua capacidade de garantir a segurança da informação e proteger a confidencialidade dos seus parceiros. A empresa precisa agir com firmeza para recuperar a confiança dos usuários e garantir a sustentabilidade da plataforma. A falha em tomar medidas eficazes pode levar à perda de usuários e parceiros, comprometendo o futuro do YouTube como principal plataforma de compartilhamento de vídeos.
Na era digital, onde grande parte da nossa vida transita online, os dados se tornaram um ativo de valor inestimável. No entanto, a crescente frequência de vazamentos de dados coloca em risco a segurança e a privacidade de indivíduos, empresas e até mesmo da sociedade como um todo. Compreender os perigos dessa prática é crucial para tomar medidas preventivas e proteger-se contra seus impactos negativos.
Impactos nos Indivíduos:
Roubo de identidade: Dados pessoais como nome, CPF, endereço e informações financeiras podem ser utilizados para fins fraudulentos, como abertura de contas bancárias em nome da vítima, realização de compras com cartões de crédito roubados ou até mesmo para solicitar empréstimos.
Danos à reputação: Informações confidenciais, como fotos íntimas ou conversas privadas, podem ser vazadas e utilizadas para chantagear, difamar ou constranger a vítima, causando danos à sua reputação e vida pessoal.
Discriminação: Dados sensíveis como histórico médico ou orientação sexual podem ser usados para discriminar indivíduos em processos de seleção de emprego, concessão de crédito ou acesso a serviços.
Assédio e perseguição: Informações pessoais podem ser usadas para identificar, localizar e perseguir a vítima, causando sofrimento psicológico e até mesmo colocando sua segurança em risco.
Impactos nas Empresas:
Perda de clientes e parceiros: A exposição de dados confidenciais de clientes ou parceiros pode abalar a confiança na empresa, levando à perda de clientes, parceiros de negócios e reputação no mercado.
Prejuízos financeiros: Vazamentos de dados podem resultar em multas milionárias por violação de leis de proteção de dados, além de custos com remediação do problema, notificação de clientes afetados e perda de receita.
Interrupção das operações: Ataques cibernéticos que exploram dados vazados podem levar à indisponibilidade de sistemas, interrupção das operações e perda de produtividade.
Danos à imagem da marca: A má gestão de dados e a ocorrência de vazamentos podem prejudicar a imagem da marca, dificultando a captação de novos clientes e parceiros.
Impactos na Sociedade:
Erosão da confiança nas instituições: A recorrência de vazamentos de dados de órgãos públicos e empresas pode levar à perda de confiança nas instituições e na capacidade do governo de proteger seus cidadãos.
Aumento da criminalidade: Dados vazados podem ser utilizados para fins criminosos, como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
Ameaça à liberdade de expressão: O medo de ter seus dados expostos pode levar à autocensura e à inibição da livre expressão, especialmente em regimes autoritários.
Desigualdade digital: O acesso desigual à informação e à tecnologia pode aprofundar as desigualdades sociais e dificultar o acesso à justiça para os mais vulneráveis.
Como se proteger dos perigos dos vazamentos de dados:
Créditos: NordPass
Adote senhas fortes e exclusivas: Utilize senhas complexas e diferentes para cada conta online e evite reutilizá-las.
Mantenha seus softwares atualizados: Instale atualizações de segurança regularmente para corrigir falhas que podem ser exploradas por hackers.
Tenha cuidado com links e anexos suspeitos: Evite clicar em links ou abrir anexos de emails ou mensagens de remetentes desconhecidos, pois podem conter malwares.
Utilize antivírus e firewall: Mantenha um antivírus e firewall atualizados para proteger seu dispositivo contra ameaças online.
Fique atento às comunicações da sua empresa: Monitore as comunicações da sua empresa sobre vazamentos de dados e siga as instruções para se proteger.
Denuncie atividades suspeitas: Se você suspeitar de um vazamento de dados, notifique a empresa ou órgão responsável o mais rápido possível.
Os perigos dos vazamentos de dados são reais e podem ter consequências graves para indivíduos, empresas e a sociedade como um todo. É fundamental tomar medidas preventivas para proteger seus dados e se manter informado sobre os riscos e as melhores práticas de segurança da informação.
Lembre-se: a segurança de seus dados é uma responsabilidade de todos.
O WhatsApp introduziu um recurso muito esperado que permite que os usuários saltem para frente e para trás em vídeos.Os usuários agora podem desfrutar de maior controle sobre a reprodução de vídeo no aplicativo sem ter que depender da barra de progresso para pular para as seções dos videoclipes que desejam ver.Atualmente, o recurso está acessível apenas a alguns usuários beta como parte da atualização beta do Android com a versão 2.23.24.6.
O recurso é semelhante ao encontrado no YouTube
A nova funcionalidade de pular vídeo do WhatsApp permite que os usuários percorram os vídeos tocando duas vezes no lado esquerdo ou direito da tela, semelhante ao YouTube. De acordo com a captura de tela compartilhada pelo WABetaInfo, os usuários poderiam encaminhar ou retroceder o vídeo por 10 segundos usando os controles de toque direito e esquerdo.Este design torna fácil e intuitivo para usuários que já estão familiarizados com a navegação de vídeos na popular plataforma de compartilhamento de vídeos.
O WhatsApp pode lançar o recurso na versão estável em breve
O recurso de pular vídeo não apenas economiza tempo, mas também melhora a navegação de conteúdo para usuários do WhatsApp. Ele permite que os usuários retornem sem esforço a pontos específicos em um vídeo ou contornem seções menos pertinentes, fornecendo uma camada de conveniência muito necessária que anteriormente faltava na plataforma.Embora seja uma funcionalidade bastante menor, simplifica a interação do usuário com o conteúdo de vídeo compartilhado no WhatsApp. Podemos esperar que o recurso seja lançado na versão estável em um futuro próximo.
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de Estado se revezaram nesta terça-feira (28) em audiência pública na defesa da regulação das redes sociais, com algum grau de responsabilização das empresas que as ofertam ao público.
De outro lado, advogados de bigtechs como Google e Meta – donas de redes e aplicativos como YouTube, Instagram, Facebook e WhatsApp – contestaram a iniciativa, argumentando que isso não garantirá uma internet mais segura no Brasil. Eles defenderam que um ambiente digital mais saudável poderá ser alcançado com o aprimoramento da autorregulação já existente.
O tema está sendo debatido em audiência pública convocada pelos ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, que são relatores de dois recursos que tratam do uso abusivo das redes sociais e pedem a remoção de conteúdos. “Esse é um tema de interesse de toda a sociedade”, afirmou Fux em sua fala de abertura.
A questão de fundo dos processos é saber se trechos do Marco Civil da Internet estão de acordo com a Constituição, em especial o Artigo 19 da lei, que trata da remoção de conteúdo mediante ordem judicial. A audiência pública começou nesta terça pela manhã e segue até amanhã (29).
Na prática, contudo, as discussões englobam também os projetos de lei que tramitam no Congresso para regular as redes sociais e a proteção da democracia no ambiente digital. Tais iniciativas, principalmente o chamado Projeto de Lei (PL) das Fake News, ganharam impulso após os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília.
“Creio que é muito importante que o Congresso Nacional, de forma célere, delibere, para que tenhamos parâmetros legais para a atividade de plataformas digitais no Brasil, inspirados nas boas experiências internacionais”, disse o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do projeto de lei, na abertura da audiência.
Além de ministros do Supremo e de governo, bem como os representantes das plataformas, que também falaram durante a abertura dos trabalhos, está prevista a participação ainda de representantes do Ministério Público, da Associação Nacional de Jornais (ANJ), da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Uma das falas mais incisivas durante a manhã foi a do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, que é também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e trabalhou com proximidade junto às plataformas de redes sociais para garantir a segurança das eleições gerais de 2022.
“Não é possível continuarmos achando que as redes sociais são terra de ninguém, sem responsabilização alguma. Não é possível que só por serem instrumentos, depositárias das comunicações, [as plataformas] não tenham nenhuma responsabilidade”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes. “O modelo atual está falido”, completou.
Moraes lembrou dos atentados do 8 de janeiro contra as sedes do Três Poderes, em Brasília, que teriam sido coordenados via redes sociais, e disse que foram um resultado da falência de tal modelo. O ministro Luís Roberto Barroso também disse haver consenso a respeito dos problemas das redes, que nos moldes atuais ameaçam democracias e a dignidade de indivíduos, tornando-se “instrumentos do extremismo político”.
“Todo o mundo democrático está debatendo como lidar com este problema sem afetar com a liberdade de expressão”, disse Barroso.
Gilmar Mendes, que já vem defendendo publicamente a responsabilização das redes sociais, disse que episódios como os de 8 de janeiro “de alguma forma guardam conexão direta com esse uso abusivo da internet”. “É claro que o sistema jurídico precisa encontrar meios e modos de lidar com essa temática”, acrescentou.
Ministros de governo
Em sua vez, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o governo tem posição “opinativa” no assunto, uma vez que caberá ao Judiciário e ao Legislativo deliberar sobre o tema, mas que muito tem a contribuir a partir de debates internos e que não se furtará em opinar. “Somos pagos para isso”, afirmou.
Dino abriu seu raciocínio defendendo limites às manifestações nas redes sociais e que isso não é um ataque a direitos fundamentais. “A liberdade de expressão não está em risco quando se regula. Ao contrário, defender a liberdade de expressão é regulá-la”, afirmou ele. Por esse motivo, “não há nada de exótico, ou de heterodoxo ou de pecaminoso, neste tribunal ou no Congresso, em discutir regulação do conteúdo da liberdade de expressão”, acrescentou o ministro.
Ele disse que o governo possui três frentes de debate internamente, com sugestões de regras ligadas ao direito do consumidor, à responsabilização civil “ponderada e proporcional” das plataformas de redes sociais que permitam abusos, e também questões relativas à transparência e auditabilidade de algoritmos.
“Não tratamos apenas de modelo de negócios. Nós estamos falando do controle das subjetividades na sociedade, nós estamos falando do controle do espaço publico, e do controle do discurso politico da sociedade, para muito além de hábitos de consumo”, disse Dino.
O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, fez coro com Dino. “O debate sobre o regime de responsabilidades dos provedores de aplicativos ou ferramentas de internet está absolutamente na ordem do dia. E há uma grande convergência nesse sentido”, destacou.
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, manifestou o mesmo entendimento e destacou ser necessário um trabalho de reorientação e educação midiática em defesa da democracia.
”O problema é muito mais complexo do que simplesmente estabelecer regulação ou balizas burocrático-institucionais, nós sabemos disso”, frisou. Ele acrescentou, contudo, ser necessário “assumir essa tarefa de colocar um freio institucional [no abuso das redes], que permita uma reorientação cultural e ideológica de toda a sociedade”.
Dino e Almeida mencionaram também o ataque ocorrido ontem (27) em uma escola na zona oeste de São Paulo, onde um aluno de 13 anos esfaqueou e matou uma professora de 71 anos, além de ferir outros docentes e colegas. Eles ligaram o acontecimento à liberdade encontrada nas redes para a disseminação de discursos de ódio.
Plataformas
Em nome da multinacional de tecnologia Meta – dona de Instagram, Facebook e WhatsApp – o advogado Rodrigo Ruf Martins argumentou ser falsa a ideia de que uma maior responsabilização civil das plataformas vá resultar num ambiente mais seguro para a internet brasileira.
Ele argumentou que os termos de uso das redes sociais da empresa, por exemplo, já preveem a remoção de conteúdos ligados a crimes como pedofilia e violação de direitos autorais e trouxe números segundo os quais a empresa promove a retirada voluntária de milhões de publicações de suas plataformas, sem que seja necessária nenhuma atuação do Estado.
O defensor também mencionou a parceria da Meta com o TSE, que resultou na remoção de publicações nocivas ao processo eleitoral, entre outras medidas, e afirmou, com base nos números apresentados, “que não houve omissão da empresa no combate aos conteúdos violadores durante as eleições de 2022 e também no 8 de janeiro”.
“É preciso deixar muito claro que a integridade é uma parte extremamente relevante do modelo de negócios. Afinal os anunciantes jamais buscariam ligar suas marcas a conteúdos indesejados ou investir em plataformas que permitissem essa espécie de vale-tudo online dentro delas”, afirmou Ruf Martins.
Ele citou quais seriam algumas das maiores ameaças à internet brasileira, na visão da Meta: a edição de medidas executivas que restrinjam o poder de moderação das plataformas, em nome da liberdade de expressão; projetos legislativos que preveem uma espécie de imunidade para autoridades nas redes; o acúmulo de ações judiciais que pedem a liberação de conteúdos moderados pelas plataformas.
O advogado-sênior do Google, Guilherme Cardoso Sanches, também ressaltou que a empresa remove milhões de conteúdos anualmente de suas plataformas, sem que para isso seja preciso nenhuma legislação adicional e decisão judicial. “Só no Brasil, em 2022, o YouTube removeu mais de 1 milhão de vídeos que violaram politicas sobre desinformação, discurso de ódio, violência, assédio, segurança infantil, entre outros”, pontuou.
“Responsabilizar as plataformas como se elas próprias fossem responsáveis pelos conteúdos que elas hospedam levaria a um dever genérico de monitoramento de todo o conteúdo produzido pelas pessoas, desnaturando completamente o ambiente plural da internet”, disse o defensor.
Entre outros argumentos, Cardoso Sanches acrescentou que a atuação do Judiciário se faz necessária em casos limítrofes, em que haja dúvida a respeito da legalidade do conteúdo. Para o Google, criar leis e regras adicionais levará, na prática, não a uma maior celeridade na remoção de conteúdo, pelo contrário, pois restringirá a liberdade de autorregulação das plataformas.
“Além de ser o certo a fazer, agir responsavelmente faz bem para os negócios“, afirmou o advogado. “Conteúdos ilícitos e danosos não nos trazem reais benefícios econômicos. Na verdade sabemos que esse tipo de conteúdo corrói a confiança das pessoas, do público e dos anunciantes. Por conta disso que nós dedicamos tempo e recursos consideráveis para minimizar esse tipo de conteúdo em nossas plataformas”, acrescentou.
O canal Monark do influenciador Bruno Aiub foi bloqueado na noite desta terça-feira (8).
Nesta madrugada de quarta-feira (9), o influenciador publicou em seu Twitter um e-mail recebido do YouTube, que explica sobre o bloqueio no Brasil. “Informamos que o YouTube recebeu uma denúncia por motivos jurídicos relacionada à sua conta. Após análise, seu canal foi bloqueado no site do YouTube deste país: Brasil”, diz o texto.
Não foi o YouTube que censurou meu canal, foi o judiciário, isso se chama censura estatal, não tem outro nome. É censura sim e é errado. Se você ta defendendo isso só porque não gosta de mim, você simplesmente está entregando a SUA liberdade e SEUS direitos motivado pelo ódio. pic.twitter.com/jsbuLT6lLl
Em outra publicação, ele afirma que está sendo alvo de censura do Supremo Tribunal Federal (STF). “Quantos dias até a polícia vir na minha casa? Alexandre de Moraes age como um ditador”, escreveu.
Monark tem constantes publicações se manifestando contra a suspensão de perfis por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O influenciador diz que o Brasil vive sob “uma ditadura do Judiciário”.
Ele já se envolveu em outras polêmicas, quando estava no Estúdios Flow foi demitido, ele defendeu a existência de um partido nazista reconhecido por lei no Brasil – o que é ilegal. A fala repercutiu, com críticas e perda de patrocínios pelo programa. E culminou na demissão de Monark.
Após a repercussão da fala, Monark publicou vídeos pedindo desculpas à comunidade judaica. Ele justificou que “estava bêbado” e pediu perdão pela “insensibilidade”.
Neste domingo (08/05), é dia de jogo do Flamengo, e a bola vai rolar às 11h com transmissão ao vivo pelo Premiere, o jogo da 5ª rodada do Campeonato Brasileiro entre Flamengo e Botafogo.
O jogo do Flamengo acontece no Mané Garrincha, na capital federal. Com três atuações ruins, apesar das vitórias sobre Universidad Católica e Altos o Flamengo chega para o duelo com cinco pontos, os mesmos que Botafogo também conquistou até hoje.
Onde assistir o jogo do Flamengo x Botafogo?
O jogo terá transmissão ao vivo e você pode assistir pelo canal fechado Premiere, para todo o Brasil
Como ver o jogo do Flamengo x Botafogo online
O globo esportes transmite em tempo real.
ESCALAÇÕES PROVÁVEIS
FLAMENGO (Técnico: Paulo Sousa) Hugo Souza; Pablo, David Luiz e Filipe Luís; Isla, Willian Arão, João Gomes, Everton Ribeiro, Arrascaeta e Bruno Henrique; Gabigol.
BOTAFOGO (Técnico: Luís Castro) Gatito; Saravia, Kanu (Klaus), Cuesta, Daniel Borges; Oyama, Patrick de Paula (Tchê Tchê), Chay; Gustavo Sauer, Erison e Victor Sá.