Tag: Xingu

  • Lideranças indígenas de Mato Grosso levam demandas do Xingu à Funai em Brasília

    Lideranças indígenas de Mato Grosso levam demandas do Xingu à Funai em Brasília

    Lideranças indígenas do povo Xinguano, de Mato Grosso, estiveram na sede da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em Brasília, nesta terça-feira (8), para apresentar suas demandas à presidenta Joenia Wapichana e sua equipe técnica. O encontro faz parte da programação do Abril Indígena, um mês dedicado à valorização e ao fortalecimento das políticas públicas para os povos originários.

    As lideranças xinguanas discutiram propostas para aprimorar a gestão territorial que impactam suas comunidades. Também foram pautas da reunião os encaminhamentos relacionados ao turismo de pesca esportiva na Terra Indígena do Xingu e o fortalecimento dos processos de fiscalização e monitoramento territorial, com a participação da Funai, da Associação Terra Indígena Xingu (ATIX), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de organizações não governamentais que apoiam a causa xinguana.

    Outras demandas apresentadas pelos indígenas de Mato Grosso incluíram melhorias administrativas por parte da Funai para atender as necessidades das comunidades.

    Além da comitiva de Mato Grosso, a presidenta Joenia Wapichana recebeu lideranças de outros estados como Amazonas, Ceará, Pará e Rondônia, para tratar de questões específicas de seus territórios e povos. Em todos os encontros, a presidenta e a equipe técnica da Funai se comprometeram a encaminhar as reivindicações para os setores competentes da instituição para as devidas providências administrativas. A Funai reforça que o diálogo com os povos indígenas é uma prática constante da atual gestão, não se restringindo apenas ao Abril Indígena, mas ocorrendo durante todo o ano com visitas aos territórios tradicionais.

  • Promoção de Segurança Alimentar do Mapa para indígenas será ampliado para povos do Xingu

    Promoção de Segurança Alimentar do Mapa para indígenas será ampliado para povos do Xingu

    O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com lideranças indígenas Yawalapiti da região do Xingu que vieram a Brasília nesta quarta-feira (19) apresentar demandas para melhoria da produtividade no território que vem sofrendo com os efeitos das mudanças climáticas.

    Em Mato Grosso, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já conta com dois projetos de Promoção da Segurança Alimentar para Povos Indígenas, atendendo às etnias Xavante e Tapirapé, por meio da parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), respectivamente.

    Ao todo, são R$ 14 milhões investidos para promoção de segurança alimentar e geração de renda por meio de capacitação de produtores indígenas, do desenvolvimento de áreas produtivas, agregação de valor à cadeia produtiva e manutenção de banco de germoplasma de alimentos tradicionais e da aquicultura.

    Aliado a programas estruturantes do Mapa, que, além da capacitação, realizam estudo e disponibilizam máquinas, equipamentos e insumos para a correção do solo, o ministro ressaltou que as ações poderão ser ampliadas para atender os povos indígenas do Xingu.
    “Vamos trabalhar para que eles possam cultivar, de acordo com a vocação e suas culturas, no melhor aproveitamento da terra para a garantia da segurança alimentar e nutricional desses povos”, explicou Fávaro.

    Isso porque as demandas apresentadas pelos Yawalapati vão ao encontro do programa do Mapa e poderão ser estendidas nos convênios em andamento, atendendo com celeridade aos anseios da região.

  • Setasc capacita servidores de 5 prefeituras da região do Xingu para atuarem no programa SER Família

    Setasc capacita servidores de 5 prefeituras da região do Xingu para atuarem no programa SER Família

    A Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) promoveu, nesta segunda-feira (17.2), uma capacitação para servidores dos municípios de Santa Cruz do Xingu, São José do Xingu, São Félix do Araguaia, Luciara e Canabrava do Norte, com o objetivo de aprimorar o atendimento às famílias beneficiadas pelo programa SER Família.

    A formação buscou alinhar as práticas dos profissionais às diretrizes do programa e assegurar um atendimento mais eficiente e qualificado às famílias em situação de vulnerabilidade social.

    A secretária adjunta de Programa e Projetos Especiais e Atenção à Família (Sappeaf), Juliane Maciel, ressaltou o impacto da capacitação no alcance dos objetivos do SER Família.

    “Investir na qualificação dos nossos profissionais é investir no futuro do programa SER Família. Com um atendimento cada vez mais especializado e alinhado às necessidades das famílias, garantimos que o auxílio chegue a quem realmente precisa, transformando vidas e construindo um futuro melhor para Mato Grosso”, destacou.

    Para a secretária municipal de Assistência Social da Prefeitura de Santa Cruz do Xingú, Daniane Ferreira Lopes, a capacitação é de suma importância para a equipe que gerencia o SER Família.

    “Essa capacitação é de grande importância para a equipe que gerencia o SER Família, tanto a equipe técnica quanto os Agentes Comunitários de Saúde. Com essa formação, podemos aprimorar ainda mais nossos serviços e garantir que as famílias recebam o suporte necessário”, afirmou.

    Franciele Santos, assistente social no município, destacou que a ação promove o aprimoramento do atendimento, esclarece dúvidas e fortalece o trabalho em rede. “Com um conhecimento mais aprofundado sobre o programa, podemos oferecer um suporte ainda melhor para as famílias que mais precisam”, complementou Franciele.

    Participaram da capacitação técnicos de referência, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, auxiliares, agentes de endemias e orientadores sociais.

  • Incêndios devastam o Xingu e ameaçam povos indígenas de Mato Grosso

    Incêndios devastam o Xingu e ameaçam povos indígenas de Mato Grosso

    Uma gigantesca cortina de fogo se alastrou por Mato Grosso, transformando o céu em um cenário apocalíptico. Desde o dia 17 de agosto, as chamas avançam descontroladamente entre os municípios de São José do Xingu e São Félix do Araguaia, colocando em risco a vida de milhares de pessoas, principalmente os povos indígenas do Parque do Xingu.

    Na última quinta-feira (12), a situação se agravou com a formação de uma extensa barreira de fogo, que se estende por cerca de 20 a 30 quilômetros. A fumaça tóxica proveniente das queimadas compromete a qualidade do ar e a saúde da população local, além de causar danos irreparáveis ao meio ambiente.

    A Fepoimt (Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso) alerta que, até o momento, 41 terras indígenas já foram atingidas pelas chamas. A Defesa Civil, por sua vez, informa que cerca de 40 brigadistas estão atuando na região para tentar controlar o fogo, mas a tarefa é árdua e exige um esforço conjunto de diversas instituições.

    A Prefeitura de São José do Xingu, um dos municípios mais afetados, trabalha em conjunto com os brigadistas e o Corpo de Bombeiros para combater as chamas e minimizar os danos. No entanto, as condições climáticas secas e ventos fortes dificultam o trabalho dos bombeiros e agravam a situação.

  • Mato Grosso: MPF investiga construção irregular em aldeia do Xingu para turismo

    Mato Grosso: MPF investiga construção irregular em aldeia do Xingu para turismo

    O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso instaurou um inquérito civil para apurar denúncias de construção irregular de edificações em alvenaria na Aldeia Ipatse Kuikuro, localizada no Parque Indígena do Xingu. A iniciativa visa investigar o empreendimento turístico “Xingu Experience”, que oferece aos visitantes a oportunidade de contato com a cultura indígena e atividades como pesca, sem a devida autorização e licenciamento ambiental.

    Em portaria publicada nesta sexta-feira (30), o procurador da República Guilherme Fernandes Ferreira Tavares destaca que as terras indígenas são destinadas à posse permanente dos povos originários e que qualquer atividade de exploração dessas áreas, incluindo o turismo, deve ser realizada de forma a respeitar seus direitos e o meio ambiente.

    Conforme a Constituição Federal, atos que visem à ocupação, o domínio e a posse de terras indígenas são nulos e extintos. Além disso, uma instrução normativa da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) estabelece que atividades de visitação em terras indígenas devem ser previamente autorizadas pela Funai mediante um Plano de Visitação.

    “As informações colhidas pelo Ibama, pela Funai e pela própria empresa demonstram claramente a ausência de qualquer autorização para a instalação do ‘Xingu Experience’ na Aldeia Ipatse Kuikuro”, afirmou o procurador.

    O empreendimento, que oferece experiências turísticas em inglês, está sendo investigado por realizar construções em alvenaria às margens do Rio Buriti, afluente do Rio Xingu, sem a devida permissão.

    O MPF busca apurar as responsabilidades pelas irregularidades encontradas e tomar as medidas cabíveis para garantir a proteção dos direitos dos povos indígenas e a preservação do meio ambiente.