Tag: VLT

  • Trens do VLT de Salvador iniciam jornada em Mato Grosso rumo à modernização

    Trens do VLT de Salvador iniciam jornada em Mato Grosso rumo à modernização

    Uma nova etapa na construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Salvador será marcada nesta terça-feira (15). A primeira parte dos 40 trens adquiridos pelo Governo da Bahia para o sistema de transporte urbano dará início à sua jornada em Várzea Grande, no Mato Grosso, com destino à Espanha.

    Os trens, adquiridos por R$ 820 milhões, passarão por um processo de manutenção e adaptação nas instalações da fabricante CAF, em Hortolândia, no interior de São Paulo. As modificações visam atender às necessidades específicas da população de Salvador, incluindo pescadores, marisqueiros e banhistas, tanto no Subúrbio Ferroviário quanto na Orla Atlântica.

    Para acompanhar de perto a saída dos primeiros trens, o diretor de Obras da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), Eracy Lafuente Pereira Maciel, estará presente em Várzea Grande. Outros dois servidores da CTB, Carlos Antônio Araújo Bastos e Vinícius Ivo Tavares Vasconcelos, também acompanharão os trabalhos na fábrica da CAF.

    A expectativa é que os trens estejam prontos para os primeiros testes de circulação na Estação da Calçada no início do segundo semestre de 2025. Cada composição conta com sete vagões, totalizando 280, uma quantidade considerada suficiente para atender à demanda dos três trechos já contratados do VLT: da Calçada à Ilha de São João, de Paripe a Águas Claras e de Águas Claras a Piatã.

    Enquanto isso, em Salvador, os trilhos do VLT já começaram a chegar e a instalação deve iniciar no começo do próximo ano. As empresas responsáveis pela implantação do modal estão finalizando o projeto executivo e montando os canteiros de obras.

  • Bahia compra trens parados em Mato Grosso e garante economia de R$ 350 milhões para o VLT do Subúrbio

    Bahia compra trens parados em Mato Grosso e garante economia de R$ 350 milhões para o VLT do Subúrbio

    Em um movimento que promete revolucionar o transporte público na Bahia, os governos de Mato Grosso e Bahia fecharam um acordo histórico para a compra de 40 composições de trens que estavam parados em Cuiabá há cerca de uma década. Os equipamentos serão utilizados para expandir o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Subúrbio Ferroviário de Salvador.

    A aprovação do projeto de lei que autoriza a compra dos trens ocorreu na última quarta-feira (20), na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), após intensas negociações mediadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O acordo prevê a cessão de até 5% do crédito do Fundef da Bahia para a aquisição dos equipamentos, garantindo uma economia de R$ 350 milhões em comparação com a compra de novos trens de outros fabricantes.

    A chegada dos novos trens à Bahia representa um marco importante para a modernização e expansão do sistema de transporte público da região metropolitana de Salvador. Com a aquisição, o governo baiano espera oferecer um serviço mais eficiente, confortável e sustentável para a população.

    A CAF, fabricante dos trens, será responsável por realizar a revisão e adequação dos equipamentos para atender às especificações técnicas do projeto do VLT do Subúrbio. A previsão é que o primeiro trem esteja em operação em até 12 meses.

    Benefícios para Mato Grosso e Bahia

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    Foto: Eduardo Aiache/GOV BA

    O acordo entre os dois estados é vantajoso para ambas as partes. Enquanto a Bahia garante a expansão do seu sistema de transporte público com um custo significativamente menor, o Mato Grosso libera recursos para a construção de um novo sistema de Bus Rapid Transit (BRT) e encerra uma longa disputa judicial com o consórcio responsável pelos trens parados.

  • VLT: Mato Grosso vai pagar R$ 240 milhões após venda para Bahia

    VLT: Mato Grosso vai pagar R$ 240 milhões após venda para Bahia

    O governo de Mauro Mendes (União Brasil) terá que desembolsar cerca de R$ 240 milhões ao Consórcio VLT e à CAF Brasil como parte de um acordo extrajudicial firmado após a venda dos 280 vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o estado da Bahia.

    A venda dos 40 trens, cada um com sete vagões, para a Bahia foi concretizada por R$ 793 milhões, a ser pago em quatro parcelas anuais pelo governo baiano.

    O acordo foi mediado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e representa um saldo positivo para o estado de Mato Grosso, considerando os valores previstos no contrato original de compra dos vagões.

    O acordo prevê o pagamento em diferentes etapas:

    • Indenização ao Consórcio VLT: R$ 80 milhões, divididos em duas parcelas:
      • R$ 50 milhões no prazo de 30 dias úteis após o pagamento da primeira parcela pela Bahia;
      • R$ 30 milhões no prazo de 30 dias úteis após o pagamento da segunda parcela pela Bahia.
    • Indenização à CAF Brasil: R$ 42,5 milhões, em três parcelas:
      • R$ 14,16 milhões no prazo de 30 dias úteis após a assinatura do acordo;
      • R$ 14,16 milhões no prazo de 30 dias úteis após o pagamento da primeira parcela pela Bahia;
      • R$ 14,16 milhões no prazo de 30 dias úteis após o pagamento da segunda parcela pela Bahia.
      • Bônus adicional: R$ 3 milhões caso a CAF Brasil transporte 30 trens do VLT até 31 de dezembro de 2025 para Hortolândia-SP, sede da empresa. O pagamento será feito em três parcelas, com valores ainda a serem definidos.
    • Transporte dos vagões: O custo do transporte dos vagões para a sede da CAF Brasil em Hortolândia-SP será de R$ 9,8 milhões, pago pelo governo de Mato Grosso. A partir de Hortolândia, os trens seguirão para Salvador, com o custo desse trecho arcado pelo governo da Bahia.
    • Materiais e equipamentos: O contrato prevê ainda o pagamento de até R$ 106 milhões pelo governo de Mato Grosso para a compra de materiais e equipamentos complementares ao VLT que será utilizado pela Bahia.
    • Trilhos e outros insumos: O estado também terá que arcar com os custos de materiais, trilhos, catenárias, cabos, subestações e outros insumos necessários para a estrutura do VLT, já que as peças originais foram descartadas com a construção do BRT.

  • TCU media venda de vagões do VLT de Mato Grosso para a Bahia

    TCU media venda de vagões do VLT de Mato Grosso para a Bahia

    O Tribunal de Contas da União (TCU) está mediando a negociação de vagões do VLT entre Mato Grosso e Bahia. Esta semana, o presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, recebeu os governadores da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e do Mato Grosso (MT), Mauro Mendes (União).

    Na ocasião foi realizada mais uma etapa das negociações para viabilizar o acordo para a compra, pelo governo da Bahia, de 40 vagões de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do governo de MT.

    Os vagões foram adquiridos para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos no período de preparação de Cuiabá como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Porém, o projeto não foi colocado em prática, ficando o material ocioso.

    A Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso) do TCU atua como mediadora do pacto entre os entes, que também envolve os respectivos tribunais de contas estaduais, a procuradoria-geral dos estados, os respectivos Ministérios Públicos de Contas e a fabricante dos veículos.

    Este é o primeiro acordo interfederativo que o TCU ajuda a mediar no país. Caso seja concretizado, os trens e trilhos adquiridos serão destinados ao transporte de passageiros em Salvador.

  • Estrutura do VLT de Cuiabá começa a ser desmontada após abandono

    Estrutura do VLT de Cuiabá começa a ser desmontada após abandono

    Contratado pelo governo de Mato Grosso para construir a infraestrutura necessária ao funcionamento do futuro sistema de transporte rápido por ônibus (BRT) que ligará a capital Cuiabá à cidade vizinha, Várzea Grande, o Consórcio PN Príncipe começou, nesta semana, a retirar os trilhos que darão lugar a um novo corredor viário.

    Os trilhos são fruto de um malsucedido projeto que previa interligar Cuiabá e Várzea Grande por meio de um outro sistema, o de Veículos Leves Sobre Trilhos (VLT). A obra foi iniciada e deveria ter sido concluída antes da abertura da Copa do Mundo de 2014, mas embora tenha consumido cerca de R$ 1 bilhão dos cofres públicos, nunca foi concluída.

    Devido ao atraso e, principalmente, às denúncias de irregularidades no projeto, o governo mato-grossense decidiu rescindir o contrato para construção do VLT ainda em 2017. Três anos depois, com as obras abandonadas, o governador Mauro Mendes decidiu desmontar parte da estrutura recém-construída e substituir o projeto original por outro, que prevê a implementação do BRT.

    Ainda que quase 80% do projeto inicial, do VLT, tenha sido executado, o governo estadual afirma que gastará menos dinheiro público desmontando parte da infraestrutura já instalada e erguendo em seu lugar as obras que o BRT exigem do que se optasse por reparar os estragos causados pelo tempo e concluísse o que falta para o VLT poder operar.

    O governo mato-grossense também defende que a operação do BRT é menos custosa que a do VLT, o que permitirá ao operador cobrar dos usuários uma “tarifa mais acessível”. Ainda segundo o governo estadual, o sistema de ônibus pode ser mais facilmente expandido para atender outras regiões. Além disso, argumenta, o corredor viário que será aberto poderá ser usado pelos outros ônibus, garantindo a melhoria da mobilidade urbana.

    A decisão do governo estadual não foi bem recebida pela prefeitura de Cuiabá, que acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Tribunal de Contas estadual (TCE-MT) para tentar impedir a construção do BRT e garantir a conclusão do VLT.

    O TCE-MT rejeitou o pedido da prefeitura, mas o TCU o acolheu, determinando a suspensão das obras que estavam sendo executadas para trocar os sistemas de transporte público. No entanto, em 20 de dezembro do ano passado, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu não haver motivos para o TCU atuar no processo, já que o empreendimento não conta com verbas públicas federais desde 2017, quando o contrato com o Consórcio VLT foi rescindido e o governo estadual, na sequência, quitou as dívidas de financiamento contraídas com a Caixa Econômica.

    Apesar disso, a prefeitura de Cuiabá segue criticando a substituição do modal de transporte. Membros do Executivo municipal afirmam que o projeto “não possui nenhuma consistência técnica” e apresentaram ao Ministério Público estadual uma denúncia sobre supostas irregularidades na licitação – vale lembrar que, em 2017, ou seja, três anos após iniciar as obras, o ex-governador Silval Barbosa foi investigado e admitiu ao Ministério Público Federal (MPF) ter recebido cerca de R$ 18 milhões do consórcio anteriormente selecionado para instalar o VLT.

    “Não há o menor bom-senso em dizer que o BRT, que está começando do zero, é mais barato que o VLT, que já tinha [mais de] 70% das obras executadas e boa parte dos seus recursos pagos”, afirma o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, defendendo a conclusão do VLT.

    Em nota divulgada neste sábado (11), o Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre) também questionou a opção do governo estadual.

    “O Estado do Mato Grosso já tinha desembolsado vultosos valores com o projeto de VLT (da ordem de R$ 1 bilhão), fruto de uma escolha pública e oficial, adquirindo grande parte da estrutura do modal que atualmente já se encontra projetada e instalada”, aponta a entidade.

    O Simefre lembra ainda que mal haviam iniciado as obras do VLT, o consórcio responsável comprou os trens que seriam usados no sistema. Posteriormente, com o rompimento do contrato, a Justiça decidiu que os vagões, pagos com o dinheiro público destinado à obra, pertenciam ao governo estadual. Desde então, os trens, assim como outros equipamentos adquiridos com recursos públicos, estão parados, demandando manutenção periódica.

    Para o sindicato, o projeto inicial, de instalação do VLT, “poderia e deveria ser finalizado, independentemente de ter havido algum ato de corrupção durante a execução do contrato – os quais certamente não diminuem a relevância e necessidade da obra”.

    Segundo a entidade, a opção pelo BRT, conforme proposta pelo governo estadual, “traz grande insegurança jurídica, tanto para esse projeto específico quanto para futuros projetos de mobilidade no país, que não podem ser modificados ou cancelados aos sabores de decisões políticas sem fundamentos técnicos.”

    A Agência Brasil procurou os representantes da secretaria estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra), mas não conseguiu contato até o fechamento da reportagem.

  • Bolsonaro inaugura estação de VLT em Parnamirim

    Bolsonaro inaugura estação de VLT em Parnamirim

    O presidente Jair Bolsonaro participou na manhã de hoje (30), em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, da inauguração da Estação Cajupiranga, que integra a Linha Branca da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). O evento também marca a conclusão das obras do primeiro trecho da linha férrea da região metropolitana de Natal.

    “Chega de ser governado por pessoas que não acreditam no seu povo, por pessoas que querem o poder pelo poder. Podem ter certeza, os exemplos eu bem tenho demonstrado. Temos um dos presidentes mais democratas da história do Brasil. Um presidente que, inclusive, deu o direito ao seu povo a ter posse de uma arma de fogo. Povo armado jamais será escravizado. E podem ter certeza que, por ocasião das eleições, os votos serão contados no Brasil”, disse Bolsonaro.

    Os trens urbanos do Rio Grande do Norte transportam, em média, 11,6 mil pessoas por dia. O sistema conta com 56,6 quilômetros de linhas férreas e 23 estações.

    O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou que foram investidos R$ 90 milhões na região metropolitana de Natal, em oito estações, três vagões e 30 quilômetros de ferrovias, “a maior infraestrutura ferroviária do Nordeste brasileiro”.

    O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que todas as 23 estações do Rio Grande do Norte têm internet de graça. Ele disse ainda que pretende, até o final de seu mandato, ter disponibilizado internet em todas as escolas do estado.

    Os ministros da Cidadania, João Roma, e do Desenvolvimento Social, Rogério Marinho, deixam hoje (30) os ministérios para se candidatarem nas próximas eleições.

  • Laudo foi falsificado para justificar troca do BRT pelo VLT em 2011

    Laudo foi falsificado para justificar troca do BRT pelo VLT em 2011

    O Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou que a substituição da escolha do BRT pelo VLT, em 2011, feita pela gestão do Governo de Mato Grosso à época, ocorreu por meio de um laudo falsificado.

    A decisão do TCU que confirmou a adulteração foi dada em 2014 pelos ministros Walton Rodrigues, Aroldo Cedraz, Benjamin Zymler, Raimundo Carreiro, José Múcio Monteiro, Bruno Dantas, Marcos Bemquerer Costa e André Luís de Carvalho.

    O esquema foi descoberto pela Procuradoria da República do Distrito Federal, que enviou representação sobre o caso à Corte de Contas.

    De acordo com o MPF, a adulteração ocorreu no bojo de um processo que tramitava no Ministério das Cidades, órgão que estava com a responsabilidade de avaliar se acatava ou não a mudança do BRT pelo VLT para atender às necessidades de mobilidade da Baixada Cuiabana para a Copa do Mundo de 2014.

    Vale lembrar que o próprio ex-governador Silval Barbosa, em sua delação premiada, confirmou que o projeto inicial era implantar o BRT, mas houve a troca de modal para viabilizar recebimento de propina na ordem de R$ 18 milhões.

    O MPF narrou ao TCU que duas servidoras do Departamento de Mobilidade Urbana do Ministério do Ministério das Cidades (Demob), Luiza Vianna e Crsitina Soja, retiraram do processo administrativo uma nota técnica produzida pelo analista de infraestrutura do ministério.

    Nessa nota técnica, o analista se manifestou de forma contrária à alteração do BRT pelo VLT, tendo em vista critérios como a impossibilidade de entregar a obra dentro do prazo e outras irregularidades contidas nas estimativas de custos feitas pelo Governo de Mato Grosso.

    As duas servidoras, que eram chefes do analista, exigiram que ele modificasse a nota técnica para ficar “em sintonia com a decisão do governo”. Como o analista se recusou, elas produziram novo documento favorável ao VLT “e o inseriram no processo em substituição à peça elaborada pelo analista”.

    “Essa nova nota técnica apresenta a mesma numeração da anterior e apresenta data retroativa de 8/9/2011, embora, segundo o Ministério Público, tenha sido produzida posteriormente, em data incerta entre os dias 14 e 26/10/2011”, diz trecho da representação.

    A troca de laudos foi confirmada pelas próprias servidoras durante reunião na Demob, cujo áudio foi levado à mídia. Elas foram advertidas em processo administrativo disciplinar e respondem a uma ação de improbidade pelos fatos.

    Para o ministro relator do caso no TCU, Walton Rodrigues, é “inegável” a gravidade dos ilícitos cometidos pelas servidoras.

    “A nova peça técnica foi preparada pela servidora Cristina Maria e contou com o ‘de acordo’ da servidora Luiza Gomide, no propósito de transparecer o fato desse documento haver sido elaborado pelo Departamento de Mobilidade Urbana antes da decisão que aprovou a nova matriz de responsabilidades para a Copa do Mundo FIFA 2014”.

    Rodrigues registrou que Cristina e Luiza violaram a integridade do processo administrativo e dos motivos que fundamentaram a troca do modal.

    “Tal norma era ou, pelo menos, deveria ser de conhecimento dos agentes públicos, sobretudo por ocuparem cargos de direção e de gerência. Ao terem potencial consciência da ilicitude, era-lhes exigível conduta diversa […] Assim, a subtração de documento avilta o princípio do controle ao ocultar informações essenciais ao exame da regularidade dos atos administrativos, sobretudo em relação aos aspectos da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade”, afirmou.

    O ministro votou por condená-las à multa de R$ 2,4 mil e foi acompanhado pelos demais membros.