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  • Cuidados com pets no verão: prevenção contra viroses

    Cuidados com pets no verão: prevenção contra viroses

    As altas temperaturas do verão e o aumento no fluxo de pessoas nas praias favorecem a disseminação de viroses, impactando a saúde de humanos e animais de estimação. Com sintomas como diarreia, vômitos, náuseas e febre, o norovírus tem se destacado em surtos recentes, levantando dúvidas sobre a possibilidade de contaminação entre espécies.

    Especialistas alertam para riscos de doenças virais em cães durante a estação

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    Na coluna dessa semana vamos mostra que com os cuidados adequados, é possível reduzir os riscos de contaminação e garantir o bem-estar dos animais de estimação durante o período de veraneio. Segundo Fabiana Volkweis, professora de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), doenças virais podem afetar cães, causando sintomas semelhantes aos apresentados por humanos.

    Apesar de viroses poderem ocorrer em qualquer estação do ano, no verão a exposição dos animais a ambientes compartilhados, como praias e parques, aumenta o risco de contágio, especialmente entre filhotes ou animais não vacinados.

    A orientação é manter o protocolo vacinal dos cães atualizado. Filhotes necessitam de um cronograma específico de imunização para garantir proteção adequada contra vários vírus. Até a conclusão do esquema vacinal, deve-se evitar passeios e o contato com outros animais, reduzindo a exposição a patógenos.

    Além das viroses, a alimentação dos animais requer atenção redobrada durante as férias. Mudanças na dieta, como o consumo de carnes gordurosas de churrasco, alimentos temperados ou chocolates, podem desencadear distúrbios gastrointestinais. Outro risco está associado à dirofilariose, doença parasitária transmitida pela picada de mosquitos infectados, que pode comprometer o sistema circulatório dos animais. O acompanhamento veterinário é recomendado antes de levar cães ao litoral.

    Cuidados com pets no verão: prevenção contra viroses

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    A hidratação também exige atenção. A qualidade da água e da comida deve ser monitorada, pois a má conservação pode levar à intoxicação alimentar dos pets. Trocar a água regularmente e evitar que o cão beba água do mar são medidas recomendadas para prevenir problemas de saúde. Para amenizar o calor, é possível oferecer alternativas como água de coco ou picolés desenvolvidos especificamente para cães.

    Caso o animal apresente diarreia, o primeiro passo é observar a frequência e a intensidade dos sintomas. Episódios isolados podem ser tratados com reforço na hidratação e manutenção da alimentação habitual. No entanto, se o quadro persistir, é recomendável buscar avaliação veterinária, uma vez que sintomas gastrointestinais podem indicar desde intoxicação alimentar até doenças mais graves.

    A presença de mosquitos em regiões litorâneas também representa um fator de risco para os animais. Vetores como pernilongos e borrachudos podem transmitir doenças como leishmaniose e dirofilariose. Para prevenção, estão disponíveis coleiras repelentes, medicamentos tópicos e produtos específicos para pets. A utilização de repelentes naturais pode ser uma opção, desde que sua eficácia seja avaliada por um profissional.

  • Guarujá declara surto de virose gastrointestinal

    Guarujá declara surto de virose gastrointestinal

    A situação em Guarujá, município localizado no litoral paulista, pode ser definida como surto por conta dos casos de gastroenterite que atingiram a população nos últimos dias, informou a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. No município de Praia Grande, há um aumento do número de casos das doenças diarreicas, mas ainda não está confirmado que se trata de um surto.

    “Neste momento, temos considerado sim a utilização do termo surto para definir a situação em Guarujá, visto que nós temos a informação do volume de pessoas [atendidas] que já caracteriza surto”, disse a diretora da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar da Secretaria de Estado da Saúde, Alessandra Lucchesi, em entrevista à Agência Brasil.

    Ela explicou que é preciso ainda a confirmação de algumas informações por parte do município para entender a extensão do surto, e se ele abarca a cidade inteira ou apenas alguns bairros específicos.

    Além de Guarujá, a pasta acompanha a situação dos atendimentos em Praia Grande. “É outro município que apresentou um aumento no número de casos de gastroenterite, mas as informações ainda estão sendo averiguadas pelo município para entender se há ocorrência de algum surto ou não”, disse.

    No momento, ainda não é possível fazer uma comparação com o ano anterior para analisar um possível aumento. Isso porque o acompanhamento das doenças diarreicas tem um fechamento por semana epidemiológica.

    “A contagem dos dias difere um pouco do ano-calendário. Acredito que na segunda-feira a gente consiga reunir as informações, não só desses municípios, mas do estado inteiro, para gerar os comparativos”, disse Alessandra. Ela acrescenta que, pela sazonalidade da doença, já é esperado que, no início de ano, haja um aumento do número de casos.

    Investigação

    Para identificar a origem dos casos, que podem ter transmissão hídrica ou alimentar, Alessandra Lucchesi explica que é feito um inquérito epidemiológico com as pessoas adoecidas para identificar se, em algum momento, houve consumo de alimento em comum em determinado local. Há ainda investigação relacionada à água.

    “Nesse contexto do litoral, a gente verifica tanto a qualidade da água do mar, tanto a água própria para consumo humano. Investigam-se quais foram as possíveis fontes de água que foram utilizadas, se foi a água do sistema de abastecimento público, se foi água de poço, se foi alguma outra água que foi adquirida. Todas essas questões, elas ainda estão em processo de investigação”, mencionou a diretora. A secretaria e os municípios estão em processo de coleta não apenas de amostras das fontes de água, mas das amostras de fezes dos pacientes para análise.

    A partir disso, o material é encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz para processamento. A pesquisa é feita tanto para vírus quanto bactérias e parasitas. “Se for alguma bactéria, a gente leva mais ou menos dez dias para conseguir ter esse resultado. Se for vírus ou parasita, o resultado sai muito mais rápido.”