Tag: #violenciadoméstica

  • Em Lucas: Investigadora diz que sociedade pode denunciar violência contra a mulher

    Em Lucas: Investigadora diz que sociedade pode denunciar violência contra a mulher

    O número de casos de violência doméstica segue em alta no município. Diariamente, vários registros são feitos, tanto na Delegacia, quanto no Batalhão de Polícia Militar em Lucas do Rio Verde. Eventuais casos de violência que não chegam ao conhecimento das forças policiais podem e devem ser denunciados pela sociedade.

    Ontem, a Glaci Silva da Costa Lins falou à imprensa sobre uma situação inusitada. Vítima de violência domestica, uma mulher acabou agredida no acesso ao Núcleo de Combate à Violência contra a Mulher. Ela disse que a mulher foi pedir medida protetiva contra o companheiro. Ele a seguiu até a Delegacia, onde agrediu a mulher diante da presença de várias pessoas.

    “A equipe efetuou a prisão em flagrante do agressor. É importante ressaltar que a autoridade policial, mesmo podendo arbitrar fiança, optou por não arbitrar fiança pra que esse agressor possa ver as consequências de sua agressão”, declarou Glaci.

    Ousadia

    Mesmo com a ousadia de agredir a companheira na sede da delegacia, o homem ainda resistiu à prisão. Além de ser enquadrado na Lei Maria da Penha, o suspeito deverá responder por desobediência. “Ele foi bem incisivo, não queria ser preso e aí já começou a gritar. Foi bastante complicada esta prisão”.

    Denúncia anônima

    A investigadora observou que a sociedade pode denunciar eventuais casos de violência, cujas vítimas não têm condições de denunciar.

    “Já houve casos de uma pessoa entrar em contato conosco e pedir ajuda porque a vizinha havia fugido da casa e porque o agressor havia acabado de cometer o crime contra ela”, informou.

    As denúncias podem ser feitas via 190, 197, 153 ou 180.

  • Em Lucas: Titular da delegacia da Mulher de Cuiabá fala sobre prevenção de feminicídios

    Em Lucas: Titular da delegacia da Mulher de Cuiabá fala sobre prevenção de feminicídios

    Representantes de instituições e entidades que atuam na rede de enfrentamento a violência contra a mulher em Lucas do Rio Verde participaram de uma capacitação na tarde desta quarta-feira (04). A atividade faz parte do ‘Agosto Lilás’, mês dedicado ao debate de temas relacionados à violência contra a mulher. A Delegada Titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Cuiabá (MT), Jozirlethe Magalhães Criveletto, participou da capacitação. Ela falou sobre o tema ao público presente.

    Jozirlethe apresentou dados estatísticos sobre a violência contra a mulher no Estado nos últimos três anos. Casos de ameaça, lesão corporal e tentativas de homicídio se mantiveram estáveis no período. Porém, o número de feminicídios teve aumento substancial em 2020, período em que a humanidade passou a conviver com a pandemia de Covid-19.

    “Infelizmente estamos com os números de feminicídio crescendo. Tristemente Lucas do Rio Verde também apresenta três feminicídios só em 2021. Então, pra todos nós que trabalhamos com a temática de violência doméstica, e que já fazemos esse enfrentamento, urge que sejam realizadas ações que sejam realmente efetivas”, assinalou a delegada.

    No entendimento da autoridade policial, a constituição da rede de enfrentamento à violência nos municípios é uma dessas ações que podem auxiliar no combate. A delegada Jozirlethe pontuou que cada membro dessa rede deve fazer seu papel. Cada um deve assumir o compromisso do atendimento às vítimas de violência doméstica no sentido de prevenir o feminicídio. “Vimos que outros crimes que precedem o feminicídio têm diminuído, mas porquê? Porque as vítimas se encontram quase em situação de isolamento ao passo que o feminicídio só aumentou”, lamentou.

    A delegada acrescentou que as mulheres vítimas de violência doméstica têm dificuldade em conseguir acesso a atendimento, encontrando o aparato necessário para efetivar as denúncias.

    Medida protetiva

    Um dos mecanismos presentes na lei brasileira para coibir a violência doméstica é o estabelecimento de medidas protetivas. A decisão da justiça de proibir a aproximação do agressor junto à vítima tem o objetivo de preservar a integridade da vítima. A delegada pontua que, ao contrário do que pensam algumas vítimas de violência doméstica, as medidas protetivas têm ajudado as vítimas. “A nossa experiência é de que mulheres que já requereram medidas protetivas, elas não foram mortas”, declarou.

    A Delegacia de Proteção a Mulher na capital contabiliza de 2 a 3 mil medidas protetivas por ano. No ano passado, os registros de feminicídios registrados em Cuiabá não tiveram como vítimas mulheres que solicitaram medida protetiva. “Então, quando me perguntam sobre a eficácia da Lei Maria da Penha, eficácia da medida protetiva, eu realmente posso comprovar que aquelas pessoas que foram, que buscaram o atendimento dentro da Delegacia da Mulher estão vivas, já romperam o ciclo de violência”, pontuou doutora Jozirlethe.

    A delegada acrescentou que as mulheres que pediram medidas protetivas e voltaram a ser assediadas pelos agressores, conseguiram junto á Delegacia da Mulher, representar pela prisão do agressor.

    Doutora Jozirlethe também citou o trabalho da Patrulha Maria da Penha, outro instrumento importante para o enfrentamento à violência doméstica.

    Agosto Lilás

    O mês de conscientização e combate à violência contra a mulher, em Lucas do Rio Verde, iniciou com palestras junto a integrantes do Poder Público. Até o final de agosto estão previstas outras ações que visam debater o tema.

    De acordo com a Secretária de Assistência Social, Janice Ribeiro, os números da Secretaria de Segurança Pública de casos de violência doméstica cometidos em Lucas do Rio Verde assustam. “Os casos têm aumentado muito e nós temos que fazer algo, fazer estas ações, conversar, dialogar, pra que a gente possa ir amenizando esse problema”, assinalou.

    A secretária espera que, com a inauguração do Núcleo de Atendimento a Violência contra a Mulher, as vítimas procurem apoio. O espaço, que funciona anexo a Delegacia de Polícia Civil, será inaugurado na sexta-feira (06).

    “Será um espaço para acolher as mulheres. Lá elas terão uma pessoa pra acolher, psicóloga, investigadora, tudo isso vai ajudar para que as mulheres sintam coragem, procurem o espaço pra denunciar”, enfatizou.

  • Descumprimento de medidas protetivas levam três homens à prisão em Lucas do Rio Verde

    Descumprimento de medidas protetivas levam três homens à prisão em Lucas do Rio Verde

    Três homens, nomes e idades não informados, foram detidos nesta quinta-feira (15), em Lucas do Rio Verde, por descumprimento de medidas protetivas determinadas pela Justiça. Apesar da determinação judicial de não se aproximarem das vítimas, os suspeitos voltaram a incomodar suas ex-companheiras.

    A investigadora de Polícia, Glaci Silva da Costa Lins, explicou que as vítimas pediram proteção policial. Uma delas recebeu a Patrulha Maria da Penha no último sábado (10).

    “O pessoal da Guarda, que faz esse trabalho importantíssimo aqui em Lucas do Rio Verde, entraram em contato com o Núcleo (de Atendimento a Mulher Vítima de Violência) informando sobre este descumprimento”, esclareceu a investigadora.

    Glaci explica que os agentes de segurança têm um grupo de comunicação permanente, envolvendo as forças de segurança de Lucas do Rio Verde, e a informação do descumprimento foi compartilhada. “A partir desse dia, passamos a monitorar esse cidadão. Durante esses dias todos, ele voltou à casa dela”, assinalou.

    Na madrugada desta quinta-feira, o suspeito voltou à casa da ex-companheira, que estava com uma amiga, e desligou o padrão de energia. A Polícia Militar foi acionada e o homem deixou o local, retornando momentos depois. “E então os policiais tiveram êxito em prender este agressor”.

    Outros casos

    Hoje pela manhã aconteceram as outras prisões. Em um dos casos, o homem que deveria manter distância da ex-companheira voltou a incomodar. A vítima relatou que ele jogou uma pedra em sua casa. “Através de um trabalho integrado, aconteceu a prisão deste suspeito”.

    A outra prisão aconteceu depois que a vítima procurou apoio do núcleo na delegacia. Bastante nervosa, ela relatou o ocorrido. Dois investigadores seguiram ao local indicado pela vítima e prenderam o suspeito.

    “Nós queremos divulgar pra dizer a importância de a vítima nos comunicar todo descumprimento de medida protetiva. As autoridades já falaram que vão pedir prisão. Em Lucas do Rio Verde o agressor não tem mais vez”, ressalta Glaci.

  • Com lei sancionada, município fica impedido de contratar condenados por violência contra mulher

    Com lei sancionada, município fica impedido de contratar condenados por violência contra mulher

    A Prefeitura de Lucas do Rio Verde sancionou a lei Salvina dos Santos Vidal, que proíbe o poder público contratar condenados pela Justiça por violência contra mulher. A lei recebeu o nome da vítima de homicídio ocorrido em 8 de março do ano passado. Salvina Vidal foi encontrada morta em um terreno no bairro Parque das Araras. Ela havia saído para fazer caminhada, foi abordada e violentada por um homem que foi detido dias depois.

    A autora do projeto de lei, vereadora Ideiva Foletto, vê a iniciativa como uma ferramenta a mais no combate a violência de gênero. Com frequência têm registrados casos de violência contra mulheres. Somente nos primeiros seis meses deste ano, foram registrados três casos de feminicídios em Lucas do Rio Verde.

    “É uma ferramenta a mais para tentar inibir a violência doméstica. Acredito que esse projeto de lei Salvina dos Santos Vidal, que dispõe sobre a vedação pela administração pública de contratar ou nomear direta ou indiretamente condenados, que já tenham trânsito em julgado pela lei Maria da Penha vem contribuir. É uma ação a mais para dizer: ‘pare!’ a quem está cometendo esse tipo de violência pra ter consciência que não vai ficar impune, esse monstro que tirou o direito dessa pessoa viver, dessa mulher viver, de realizar sonhos”, pontuou.

  • Profissionais da estrada vão divulgar campanha contra violência de gênero em MT

    Profissionais da estrada vão divulgar campanha contra violência de gênero em MT

    Caminhoneiros e caminhoneiras vão ajudar a difundir a campanha ‘Quebre o ciclo’. A iniciativa do Poder Judiciário de Mato Grosso foi lançada esta semana. Com a ação, o Tribunal de Justiça espera diminuir casos de violência contra a mulher no Estado.

    02 campanha violencia domestica

    Em média, seis mulheres são assassinadas todos os meses em Mato Grosso, vítima especificamente de feminicídio. Os dados da Secretaria de Estado de Segurança Púbica (Sesp).

    Em 2020, Mato Grosso registrou 65 feminicídios, 67% a mais que em 2019, quando ocorreram 39 crimes. Para impedir que esses números cresçam ainda mais em 2021, é necessário que a mulher denuncie as agressões sofridas.

    Para que a campanha ganhe visibilidade pelas estradas brasileiras houve uma parceria entre o TJMT e entidades do segmento rodoviário. A Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC) e com o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Rondonópolis e Região (SETCARR) formalizaram a participação.

    A campanha ganhou dois outdoors com a mensagem da campanha em Rondonópolis (219km a sudeste de Cuiabá). Além disso, os profissionais poderão ter o veículo adesivado para levar a mensagem da campanha, servindo como uma espécie de ‘outdoor’ sobre rodas.

    O material produzido para a campanha, como as notícias do site e vídeos que já começaram a ser veiculados, estão sendo distribuídos nos grupos de WhatsApp dos associados. Com isso, a mensagem está sendo compartilhada com caminhoneiros e caminhoneiras.

    Empresas e instituições que apoiarem a campanha “Quebre o ciclo” receberão do Poder Judiciário Estadual um certificado com o “Selo Amigo da Mulher”. Além da ATC e do SETCARR, também já confirmaram apoio à iniciativa a empresa Rota D’Oeste, o Instituto Farmun e a empresa Rumo.