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  • HMC: Espaço de Acolhimento da Mulher completa 4 anos

    HMC: Espaço de Acolhimento da Mulher completa 4 anos

    O Espaço de Acolhimento da Mulher do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), que completou quatro anos na última terça-feira (16), recebe uma média de cinco vítimas de violência doméstica, por mês, encaminhadas pela Defensoria Pública Estadual (DPMT).

    A estimativa é de que aproximadamente 240 vítimas já foram direcionadas pela Defensoria para obter serviços específicos na unidade, como assistência social, médica ou psicológica.

    De acordo com a defensora pública Rosana Leite, o espaço vem desenvolvendo um trabalho de extrema importância para as mulheres vítimas de violência desde a sua implantação, em 2020.

    “Estive presente na inauguração, que aconteceu de forma híbrida, por conta da Covid-19. O espaço foi pensado pela própria Maria da Penha, que deu nome à Lei 11.340/2006, quando esteve em Mato Grosso, no ano de 2019”, revelou.

    Segundo a Prefeitura de Cuiabá, mais de 1.400 mulheres já passaram pelo local desde julho de 2020 e já foram realizados mais de 25 mil atendimentos de psicologia, psiquiatria, assistência social e suporte jurídico.

    “O atendimento multidisciplinar por lá oferecido tem sido de muita valia para as mulheres vítimas das muitas violências. Portanto, o adoecimento delas é uma realidade. O Nudem diariamente encaminha mulheres vítimas de violência para atendimento nesse espaço”, afirmou a coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher da DPMT.

    O espaço foi o primeiro do Brasil dentro de uma unidade de saúde pública, de acordo com a Prefeitura, e serviu como modelo para o projeto de lei 2.221/2023, que ampliou esse serviço a todos os equipamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) do país.

    “A devolutiva das mulheres quanto ao atendimento realizado é muito satisfatória. Seria muito importante se tivéssemos mais espaços como esse em outros municípios de Mato Grosso”, sustentou a defensora.

    No espaço, as vítimas encaminhadas, ou que procuram a unidade por conta própria, recebem assistência integral, de segunda a segunda, 24 horas por dia, por meio de uma equipe multidisciplinar.

    “Essa unidade surgiu de um anseio da Maria da Penha, que nos contou sobre a falta desse tipo de espaço em todo o Brasil para acolher as mulheres que chegam violentadas nos hospitais públicos, abaladas psicologicamente e expostas a julgamentos”, contou a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro.

     Os atendimentos no espaço ocorrem em três situações diferentes:

    Atendimento emergencial: destinado às mulheres agredidas que necessitam de atendimento médico especializado. Neste caso, a vítima pode procurar o espaço, que oferece discrição e isolamento para minimizar os impactos psicológicos da agressão.

    Atendimento referenciado: ocorre quando os órgãos públicos, como a Defensoria Pública e Centros Especializados de Assistência Social, solicitam o acolhimento da vítima para serviços específicos, como assistência social, atendimento jurídico, médico ou psicológico.

    Atendimento voluntário: quando a vítima procura espontaneamente os serviços oferecidos pelo espaço. Este é considerado um dos perfis mais importantes, pois um dos principais objetivos é incentivar a mulher a denunciar o agressor e conhecer seus direitos.

  • Guarda Civil Municipal socorre adolescente vítima de cárcere privado em Lucas do Rio Verde

    Guarda Civil Municipal socorre adolescente vítima de cárcere privado em Lucas do Rio Verde

    Uma adolescente de 16 anos, foi socorrida pela Guarda Civil Municipal de Lucas do Rio Verde, após ficar sob cárcere privado e sofrer ameaças do ex-marido.

    A vítima relatou que morava no município do Sorriso e o agressor a trouxe a força para Lucas do Rio Verde, onde o homem iniciou as agressões.

    A menor relatou ainda que o agressor ainda teria agredido com um golpe de faca, um ex-namorado dela, no município de Sorriso.

    Ao avistar a viatura da GCM, quando estava nas proximidades do viaduto, a menor solicitou socorro, após conseguir se livrar do agressor.

    A equipe da GCM, composta pelos agentes Adauto e Pavanelo, imediatamente localizou o suspeito e o deteve.

    A vítima foi encaminhada ao Conselho Tutelar, onde permaneceu à disposição até a chegada de seus familiares.

    O agressor foi preso e levado para a Delegacia de Polícia Civil, onde responderá pelos crimes de cárcere privado, lesão corporal e ameaça.

  • MPMT capacita colaboradores de shopping sobre Sinal por Ajuda

    MPMT capacita colaboradores de shopping sobre Sinal por Ajuda

    Em mais uma ação da campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher “Juntos por Elas”, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso promove treinamento para colaboradores do Pantanal Shopping, nesta quarta-feira (17), das 9h às 10h. Destinada às equipes de segurança e serviços gerais do estabelecimento, a capacitação visa a orientá-los sobre a utilização do Sinal por Ajuda e a como proceder quando uma mulher precisar de proteção.

    O treinamento será ministrado pela equipe multiprofissional do Núcleo das Promotorias de Justiça no Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá, composta por assistente social, psicóloga e assessora jurídica.

    O sinal é conhecido como #SignalForHelp e significa: “Preciso de ajuda, violência baseada em gênero”. Ele foi criado por uma agência de publicidade canadense para uma ONG de proteção a mulheres no país, a Canadian Women’s Foundation, em 2020. De lá pra cá, o gesto se popularizou em todo o mundo. O Sinal por Ajuda é feito em etapas: a vítima levanta a mão com a palma voltada para fora, depois leva o polegar ao centro e fecha os outros dedos sobre ele, encapsulando-o para dizer que se sente “presa ou confinada”.

    Conforme a subprocuradora-geral de Justiça Administrativa, Claire Vogel Dutra, o MPMT está estimulando o uso do sinal por meio da distribuição de adesivos com orientações a serem fixados em banheiros femininos de bares, restaurantes, academias e shoppings, bem como capacitando os funcionários dos estabelecimentos a acolher possíveis vítimas e a como protegê-las. Esse trabalho está sendo desenvolvido em todo o Estado. Ela acrescenta que essa é mais uma ação da campanha “Juntos por Elas”, lançada em março deste ano pelo MPMT com o slogan “A violência começa quando o respeito acaba”.

    Alcance

    Além da Capital, diversas comarcas de Mato Grosso já se engajaram na campanha e fixaram os adesivos em locais públicos e de grande circulação. Em Água Boa, os adesivos foram colocados em um posto de combustível, um supermercado e no Hospital Regional. Em Aripuanã, na sede da Promotoria, na Delegacia e no Hospital Municipal. Em Juína, na Promotoria, na Secretaria Municipal de Saúde e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas.

    Em Colíder, os adesivos foram fixados na Promotoria, no Hospital Regional, e no Centro de Saúde Sesp, enquanto que em Arenápolis estão na sede da Promotoria, no Fórum e na Delegacia, e em São José do Rio Claro em lojas de supermercado. Em Santo Antônio de Leverger, eles foram colocados próximo a pontos de ônibus, de táxi, mercadinhos, lotérica, e em um restaurante. Peixoto de Azevedo também aplicou os adesivos em locais estratégicos.

  • Roda de conversa destaca importância do combate à violência doméstica

    Roda de conversa destaca importância do combate à violência doméstica

    Mato Grosso ocupa primeiro lugar no ranking de feminicídios do Brasil, com registro de 46 casos ao longo de 2023, o correspondente a 2,5 mulheres mortas para cada grupo de 100 mil habitantes, bem maior que a taxa nacional, cuja média foi de 1,4 mulheres. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e foram destacados durante a “Roda de Conversa – Prevenção e Enfrentamento da Violência Doméstica contra Magistradas e Servidoras”, realizada nesta quarta-feira (10.07), pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), por meio da Ouvidoria da Mulher.

    Aproximadamente 150 pessoas participaram do evento. Durante a abertura, a presidente do Tribunal, desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, ressaltou a importância de promover essas discussões no ambiente institucional. “Temos nos preocupado com essa temática e trabalhado junto a magistrados, magistradas, servidores, servidoras, e público externo também, por meio de campanhas que buscam a conscientização sobre o assunto. Nós temos que estar bem conosco primeiro para conseguirmos desenvolver nossas funções e ninguém vive bem em um ambiente de violência. Agradeço às palestrantes pela disponibilidade, à Ouvidoria da Mulher, que coordenou o evento e a todos e todas que participaram”.

    A ouvidora eleitoral do TRE-MT, juíza Suzana Guimarães Ribeiro, traçou um histórico dos avanços dos direitos das mulheres. “Tivemos muitas conquistas e, mesmo assim, temos uma sub-representação das mulheres na política. Apesar de sermos 53% do eleitorado do país, temos apenas 15% de mulheres nas Câmaras dos Deputados, 12% no Senado e 12% nas Prefeituras. E, quando assumem um cargo, ainda temos que lidar com atos de assédio ou violência. Nesse sentido, destaco que o TRE-MT criou a Ouvidoria da Mulher, que visa identificar os tipos de violência, quais as vítimas, ratificar as políticas de prevenção e promover a conscientização e reconhecimento de direitos. É preciso fortalecer uma política feminista antissexista, dialógica, com pessoas de todos os gêneros e de todas as cores. Mais mulheres na política significa mais democracia e, consequentemente, menos violência”, acrescentou.

    Representando a vice-presidente e corregedora regional eleitoral do TRE-MT, a diretora da Escola Judiciária Eleitoral (EJE-MT), juíza Ana Cristina Silva Mendes, frisou que a violência é cultural e cíclica. “Antigamente, se dizia que a mulher tinha que dar conta da família, mas tivemos muitas mulheres que fizeram a diferença e lutaram para que a Lei Maria da Penha fosse de fato implementada, por exemplo. São muitas as mulheres, magistradas e promotoras que já sofreram violência, mas este assunto ainda é um tabu. Precisamos desse espaço de fala, pois o momento é de conquista e de dizer não à violência doméstica e familiar contra a mulher”.

    O evento também contou com a presença da vice-ouvidora da mulher do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT-23), juíza Tatiana de Oliveira Pitombo, representando a presidente do órgão, desembargadora Adenir Alves da Silva Carruesco. “Agradeço a oportunidade de participar e representar a presidente, que salientou a importância deste evento. Estou aqui para ouvir e aprender, e é assim que conseguimos combater a violência doméstica e familiar”, afirmou, destacando que o TRT-23 alcançou a paridade de gênero na composição do Tribunal Pleno.

    Tipos de violência

    A juíza da 2 Vara de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá, Tatyana Lopes de Araújo Borges, foi a primeira a abordar o assunto, trazendo a trajetória de luta de Maria da Penha, que inspirou a lei de proteção às mulheres que leva seu nome. “Até a aprovação da lei, foi uma trajetória de luta e busca por justiça que durou 19 anos. Temos que compreender que as vítimas não são só as mulheres, mas toda a família é afetada. Não existe apenas a violência física, que é a mais falada porque é visível, há também a violência psicológica, sexual, patrimonial, enfim, são várias formas. É preciso buscar ajuda e conhecer as medidas que podem ser tomadas”.

    Para além do ambiente doméstico, a juíza da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá, Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, apontou que a violência não é um problema só das mulheres e da família. “A violência doméstica incide sobre 25 a 50% das mulheres na América Latina, e é um problema que afeta o PIB (Produto Interno Bruto) do país, os custos são da ordem de 14,2% do PIB, o que representa US$ 168 bilhões. Um em cada cinco dias de falta ao trabalho de uma mulher é decorrente da violência sofrida em casa e a cada cinco anos de violência doméstica, a mulher perde um ano de expectativa de vida. Além disso, uma mulher agredida por seu companheiro, em geral, recebe salário inferior ao de uma trabalhadora que não é vítima de violência doméstica”, elencou.

    Fechando a roda de conversa, a juíza da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá, Hanae Yamamura de Oliveira, destacou que a violência doméstica é democrática. “Ela atinge todas as mulheres, de todas as classes sociais, de todas as raças. Pensando nos casos envolvendo magistradas e servidoras, o Tribunal de Justiça (TJMT) criou um Núcleo de Atendimento, por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher, que leva o nome da ex-servidora Thays Machado, que foi vítima de feminicídio recentemente. É um espaço de acolhimento e acompanhamento exclusivo, que já atendeu, só no primeiro semestre deste ano, 96 mulheres que atuam no Judiciário de Mato Grosso”.

  • Violência doméstica em Lucas do Rio Verde: Homem é preso após tentar matar a esposa

    Violência doméstica em Lucas do Rio Verde: Homem é preso após tentar matar a esposa

    Na noite de ontem (30), uma mulher foi vítima de violência doméstica e teve sua vida colocada em risco pelo companheiro, em Lucas do Rio Verde.

    A ação rápida da Polícia Militar, Guarda Civil Municipal e Cavalaria culminou na detenção do suspeito e na apreensão de duas armas de fogo na residência do mesmo.

    O caso foi denunciado pelo médico plantonista do Pronto Atendimento Municipal (PAM), que atendeu a vítima já sedada na sala de medicação. Segundo informações colhidas no local, a sobrinha da vítima relatou que o agressor havia tentado tirar a vida da mulher e que havia armas na residência.

    Diante da gravidade da situação, uma equipe composta por policiais militares, guardas civis municipais e cavaleiros se dirigiu à residência do suspeito.

    Na ação, o agressor foi detido e duas armas de fogo foram apreendidas: uma espingarda CBC 5.5 de pressão e uma espingarda CBC 5.5 calibre 22 com cinco munições intactas.

    O agressor foi conduzido à Delegacia de Polícia Judiciária Civil (DPJC) para as devidas providências. A investigação do caso segue em andamento para que a justiça seja feita.

  • Pesquisa aborda percepção da violência contra a mulher em Lucas do Rio Verde

    Pesquisa aborda percepção da violência contra a mulher em Lucas do Rio Verde

    O Unilasalle de Lucas do Rio Verde divulgou na última semana os resultados de uma pesquisa sobre a “Percepção da Violência contra a Mulher em Lucas do Rio Verde”. O levantamento oferece uma visão detalhada sobre como os acadêmicos dos cursos de graduação do Unilasalle/Lucas e os moradores locais percebem a violência contra a mulher.

    Este projeto teve início em 2021, quando o Núcleo de Pesquisa e Pós-graduação do Unilasalle submeteu ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) uma proposta de pesquisa dentro da linha de estudo “Identidade e Linguagens na Educação”.

    Formado por membros da reitoria, docentes e acadêmicos bolsistas do Programa de Iniciação Científica, o grupo de pesquisa dedicou-se a discutir, refletir e realizar ações coordenadas sobre a temática da violência contra a mulher no município de Lucas do Rio Verde.

    A primeira fase da pesquisa, conduzida em 2021, foi aplicada em locais de grande circulação, como supermercados e empresas, com o objetivo de captar a percepção dos moradores sobre o fenômeno da violência. A pesquisa contou com 246 respondentes, dos quais 91,1% reconheceram a existência de violência contra a mulher na cidade, e 63,4% afirmaram ter presenciado alguma situação de violência.

    A nova fase da pesquisa, intitulada “Identificando a Percepção da Violência contra a Mulher”, visou explorar como os acadêmicos dos cursos do Unilasalle Lucas percebem a violência contra a mulher na cidade de Lucas do Rio Verde.

    Entre os objetivos da pesquisa, destacam-se a identificação de como os acadêmicos entendem o fenômeno da violência contra a mulher na região, os fatores apontados para explicá-lo, e a correlação de fatores biológicos, econômicos, sociais, ambientais e afetivos com o fenômeno.

    Além disso, a pesquisa buscou avaliar a influência da pandemia de Covid-19 na violência contra a mulher e comparar as percepções atuais com os dados coletados em 2022, incluindo uma análise interinstitucional.

    Segundo a instituição de ensino, os resultados desta pesquisa são fundamentais para entender as dinâmicas da violência contra a mulher em Lucas do Rio Verde e para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e combate a essa problemática social. A divulgação desses dados visa não apenas informar a comunidade acadêmica e a população local, mas também fomentar um debate mais amplo e aprofundado sobre as raízes e as possíveis soluções para a violência contra a mulher na região.

    Números

    O primeiro levantamento, feito em 2021, e aplicado em locais de grande circulação como supermercados e empresas, teve como objetivo identificar a percepção dos munícipes sobre o fenômeno da violência. Esta pesquisa contou com 246 respondentes, dos quais 91,1% afirmaram existir violência contra a mulher em Lucas do Rio Verde, e 63,4% relataram ter presenciado alguma situação de violência contra a mulher.

    As maiores incidências de ações de violência presenciadas foram humilhações/xingamentos (48,0%), violência moral (47,6%) e violência física (45,9%). Destaca-se que 5,7% dos respondentes afirmaram ter presenciado feminicídio. Os índices relativos aos “padrões culturais machistas” (44,1%) foram significativos, seguidos pelo “abuso de bebidas alcoólicas” (23,2%) e “causas culturais de desigualdade de tratamento social da mulher” (8,5%).

    Já em 2022, o grupo de pesquisa realizou uma nova etapa, culminando em novembro com a aplicação de um formulário Google Forms direcionado à comunidade acadêmica do Unilasalle, visando conhecer a percepção sobre o fenômeno. Participaram 300 acadêmicos, dos quais 283 afirmaram existir violência contra a mulher em Lucas do Rio Verde e região, e 191 já presenciaram algum tipo de violência, sendo as mais recorrentes a violência moral (152 casos), psicológica e humilhação/xingamento (130 casos).

    Diante dos dados identificados nas duas pesquisas, o grupo de pesquisa percebeu a necessidade de uma nova etapa para atualizar a percepção sobre a violência contra a mulher, considerando os impactos biopsicossociais da pandemia. Em 2020, ano do decreto da pandemia, o estado registrou índices significativos de violência contra a mulher. Em 2021, houve uma redução nos registros, com a lesão corporal diminuindo em mais de 11% e mantendo uma queda de 7% em 2021, segundo dados da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso.

    Em Lucas do Rio Verde, o Núcleo de Atendimento à Criança, Adolescente, Idoso e Mulher foi inaugurado em setembro de 2021, atendendo demandas de violência de gênero pela Delegacia Geral. Assim, não foram apresentados dados específicos de registros de violência contra a mulher em Lucas, mas sim dados gerais do estado.

    Terceira etapa

    A coleta de dados ocorreu entre 22 e 24 de abril de 2024, utilizando um questionário estruturado disponibilizado via Google Forms, acessível por QR Code. Toda a comunidade acadêmica foi convidada a participar. Dos 1.423 convidados, 592 responderam ao questionário.

    Os resultados indicaram que, mesmo com as medidas de combate à violência, a violência contra a mulher ainda é uma realidade presente. Fatores como padrões culturais machistas, abuso de bebidas alcoólicas e desigualdade de tratamento social são apontados como causadores da violência. A pandemia por Covid-19 contribuiu significativamente para o aumento dos casos, aproximando vítimas e agressores devido ao distanciamento social.

    Os números e a pesquisa detalhada podem sem obtidos no site do Unilasalle de Lucas do Rio Verde.

  • Homem preso em flagrante por tentativa de feminicídio em Lucas do Rio Verde

    Homem preso em flagrante por tentativa de feminicídio em Lucas do Rio Verde

    Na noite de ontem (04), um homem foi preso em flagrante pela Guarda Civil Municipal (GCM) por tentativa de feminicídio contra sua companheira, no bairro Jaime Seitti Fugi. em Lucas do Rio Verde. A ocorrência foi registrada por volta das 20h.

    Segundo informações da Guarda Civil Municipal, a vítima acionou a guarnição via 153, após o companheiro chegar em casa alterado e usando uma faca, tentou matá-la.

    O comandante da GCM, Tenente Jotta Lima, comentou o caso: “Infelizmente, aí, mais uma ocorrência de uma tentativa de feminicídio, onde um cidadão chegou, enfurecido a sua residência e passou a discutir com a sua companheira. Não contente, em poder de uma faca, tentou aí tirar a vida da mesa. Deslocamos rapidamente até o local, onde encontramos a vítima, graça a Deus, sem nenhum ferimento. O cidadão recebeu a voz de prisão”, explicou Tenente Jotta Lima.

    O homem preso foi encaminhado para a Delegacia Judiciária Civil, onde está à disposição da Justiça. Com ele foram apreendidos um facão e uma faca de mesa, que serão periciados.

  • Mulher morre após dar entrada em hospital com lesões pelo corpo em Cuiabá

    Mulher morre após dar entrada em hospital com lesões pelo corpo em Cuiabá

    Uma mulher de 27 anos deu entrada no Hospital Municipal de Cuiabá na manhã desta sexta-feira (31), desacordada e com diversas lesões pelo corpo.

    A vítima, que não resistiu aos ferimentos e faleceu, foi levada ao hospital pelo marido, que nega qualquer tipo de agressão e afirma que ela caiu em casa e ingeriu um produto de limpeza.

    Segundo informações da Polícia Civil, que investiga o caso, a vítima foi inicialmente atendida na UPA do Verdão, onde foi medicada e liberada.

    No entanto, seu estado de saúde piorou e ela precisou ser levada ao HMC, onde faleceu. O marido da vítima apresentava lesões nas mãos, possivelmente causadas por unhas, o que levanta suspeitas de agressão.

    Familiares da vítima relataram à polícia que o casal tinha um histórico de brigas e violência doméstica. Diante das informações divergentes e das marcas no corpo do marido, ele foi detido e encaminhado para o Plantão de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual de Cuiabá, onde prestará depoimento e aguardará as medidas cabíveis.

    O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que busca esclarecer as circunstâncias da morte de Juliana e determinar se houve agressão por parte do marido.

  • Mãe e três filhos são resgatados de cárcere privado e maus-tratos em Poconé

    Mãe e três filhos são resgatados de cárcere privado e maus-tratos em Poconé

    Poconé, MT – Uma mulher de 23 anos e seus três filhos, com idades entre 11 meses e 4 anos, foram resgatados de cárcere privado na última segunda-feira (13), no distrito de Cangas, em Poconé (a 104 km de Cuiabá). A ação foi realizada por policiais militares, após a vítima denunciar o caso.

    Segundo a mulher, que não teve sua identidade revelada, ela era mantida em cárcere privado pelo marido, que a agredia física e psicologicamente, além de deixá-la e seus filhos sem alimento quando ficava bravo com a família.

    A vítima relatou ainda que o suspeito a obrigava a entregar o valor do “Bolsa Família” que as crianças recebiam. Ela também disse que estava proibida pelo marido de voltar para sua família, no estado de Mato Grosso do Sul, e que não tinha mais condições emocionais de continuar vivendo no local.

    Resgate e acolhimento

    Ao tomar conhecimento da situação, a Polícia Militar se dirigiu ao local e resgatou a mulher e seus filhos. A equipe também prestou apoio à vítima, que estava bastante abalada emocionalmente.

    Com a ajuda da Secretaria Municipal de Assistência Social de Poconé, as vítimas foram acolhidas em um abrigo temporário e receberam todo o suporte necessário. A secretaria também providenciou passagens para que a mulher e seus filhos pudessem retornar para sua família em Mato Grosso do Sul.

    Investigação e medidas cabíveis

    O suspeito não estava na residência no momento da ação policial, mas já foi identificado e responderá a um inquérito por cárcere privado, agressão física, agressão psicológica e crime contra a assistência social. A vítima também requereu medida protetiva de urgência contra o suspeito.

    Este caso é um triste lembrete da violência doméstica que ainda assola muitas mulheres no Brasil. É importante que as vítimas denunciem os crimes para que os agressores sejam punidos e para que as mulheres e seus filhos recebam o apoio necessário.

    Se você ou alguém que você conhece está sofrendo violência doméstica, procure ajuda.

  • Homem é agredido com garrafa e caco de vidro pela ex-companheira em Nova Mutum

    Homem é agredido com garrafa e caco de vidro pela ex-companheira em Nova Mutum

    Um homem de 31 anos foi ferido após ser agredido fisicamente por sua ex-companheira na noite desta quarta-feira (01), por volta das 21h20, em uma residência no bairro Bela Vista, em Nova Mutum.

    Segundo a vítima, ambos ingeriam bebida alcoólica quando ele pediu para que sua ex-companheira fosse embora. Ela, em estado de exaltação, pegou uma garrafa de cerveja e o golpeou na cabeça. Em seguida, com a garrafa quebrada, cortou a barriga da vítima.

    O Corpo de Bombeiros foi acionado e socorreu a vítima, encaminhando-a ao Hospital Regional Hilda Strenger Ribeiro. O homem apresentava um inchaço na região da testa e um corte na região da barriga.

    A Polícia Militar também esteve no local e colheu informações sobre o caso. A suspeita evadiu-se antes da chegada das guarnições. O estado de saúde da vítima não foi divulgado.