Tag: violência

  • Mulher é socorrida em estado gravíssimo após ser esfaqueada pelo ex-marido

    Mulher é socorrida em estado gravíssimo após ser esfaqueada pelo ex-marido

    Uma mulher foi encaminhada para o Hospital São Lucas em estado gravíssimo após ter sido atingida por golpes de faca. O ex-marido é o autor da tentativa de feminicídio e foi preso em flagrante pela Polícia Militar (13º Batalhão).

    O crime aconteceu por volta das 20h00, na Avenida São Paulo, em frente ao terminal rodoviário de Lucas do Rio Verde.

    A vítima foi atingida por diversos golpes, sendo que o mais grave foi no pescoço. Equipe do Corpo de Bombeiros (13ªCBM) a conduziu em estado grave para a unidade de saúde.

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    De acordo com a Polícia Militar, o homem, após atacar a ex-companheira, foi segurado por populares que presenciaram o crime, até a chegada da PM.

    O agressor foi encaminhado para a Delegacia Judiciária Civil, onde está sob custódia da polícia.

    O atual estado clinico da mulher não foi confirmado.

  • Família é feita refém durante roubo em Rondonópolis

    Família é feita refém durante roubo em Rondonópolis

    Uma família foi feita de refém durante um roubo a residência, na noite de quarta-feira (10), no bairro Cidade Salmen, em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá). Os criminosos fugiram com vários pertences e até o momento, somente o carro e 3 celulares das vítimas foram localizados.

    Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por volta das 22h para atender uma denúncia de roubo. No local, uma das vítimas relatou que no final da tarde foram abordados por dois indivíduos com os rostos encobertos e armados.

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    A dupla anunciou o assalto e rendeu todos da família, incluindo um casal, duas crianças e um adolescente. Eles tomaram vários itens da casa, como joias, aparelhos eletrônicos e dinheiro. Segundo uma testemunha, um dos bandidos era chamado o tempo todo de “Lacoste”.

    Para causar pânico, a dupla ainda disparou um tiro dentro da casa, atingindo uma porta. Para fugir, levaram o Fiat Toro da família, que foi encontrada horas depois em um local sem iluminação com a chave na ignição, além de 3 aparelhos celulares.

    Os criminosos até o momento não foram identificados. A ocorrência foi registrada e o caso será investigado pela Polícia Civil.

    Ocorrência durou cerca de 2 horas

    As vítimas relataram que os criminosos permaneceram na casa por cerca de duas horas. Durante esse tempo, eles ameaçaram as vítimas e as obrigaram a entregar todos os seus pertences.

    As crianças, que têm 10 e 12 anos, ficaram muito assustadas com a situação. Uma das vítimas, que não quis se identificar, disse que nunca passou por uma experiência tão traumática.

    Polícia Civil investiga o caso

    A Polícia Civil investiga o caso e está trabalhando para identificar e prender os criminosos. As vítimas foram encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo de delito.

  • Criminosos invadem casa e matam homem em São José do Rio Claro (MT)

    Criminosos invadem casa e matam homem em São José do Rio Claro (MT)

    Um homem de 38 anos, identificado pelo nome de Denival Sebastião da Silva, foi morto a tiros após três criminosos invadirem sua casa. O crime foi registrado por volta das 22h40 da noite dessa segunda-feira (08) no bairro Jardim Arco Íris, em São José do Rio Claro (MT).

    Após arrombar a porta, os suspeitos efetuaram diversos disparos contra a vítima. O serviço de resgate foi imediatamente chamado, entretanto, ao chegar ao local, constatou a morte de Denival Sebastião da Silva.

    Testemunhas relataram que os agressores eram três indivíduos que fugiram em um veículo de cor branca, mesmo após buscas da equipe policial, não foi possível localizá-los.

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    As autoridades policiais procederam com a preservação da cena do crime, aguardando a chegada da Polícia Judiciária Civil de São José do Rio Claro, que iniciou os protocolos de investigação. A perícia técnica foi aguardada no local para os procedimentos necessários.

    Um boletim foi devidamente elaborado e encaminhado via Sistema de Registro de Ocorrências Policiais (SROP) para a Delegacia de Polícia Judiciária Civil de São José do Rio Claro, a fim de providenciar as medidas cabíveis diante do ocorrido.

    Homicídio em Canarana

    Na madrugada desta terça-feira (09), a Polícia Militar de Canarana (MT) registrou um boletim de ocorrência, relatando sobre a morte de Waldivino Rodrigues dos Santos Freitas, 33 anos.

    O crime aconteceu em frente a casa da vítima, no bairro União, por volta das 05h20 da manhã.

    Segundo informações, a vítima foi chamada na frente da sua residência e quando abriu a janela, foi atingida por disparos de arma de fogo, foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

    A equipe de saúde foi acionada e constatou o óbito da vítima.

    A Polícia Civil esteve no local e investiga o crime

  • Idoso é morto com 16 disparos de pistola em Rondonópolis (MT)

    Idoso é morto com 16 disparos de pistola em Rondonópolis (MT)

    Na manhã desta quinta-feira, 21 de dezembro de 2023, a cidade de Rondonópolis foi palco de um homicídio chocante no bairro Jardim Brasília. Hélio José de Souza, um respeitado morador de 64 anos, foi brutalmente assassinado em frente à sua residência.

    De acordo com informações da Polícia Civil, o crime ocorreu por volta das 6 horas da manhã. Hélio estava tranquilo na porta de sua casa quando dois homens a bordo de uma motocicleta modelo Broz se aproximaram. Em um ato terrível e covarde, um dos indivíduos efetuou múltiplos disparos de arma de fogo contra a vítima.

    A perícia realizada no local revelou a brutalidade do ataque, indicando que cerca de 16 disparos de calibre 9MM foram efetuados contra Hélio. Infelizmente, os ferimentos foram fatais, e a vítima não resistiu, vindo a óbito no local do crime.

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    O corpo de Hélio José de Souza foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para procedimentos de necropsia, enquanto a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Rondonópolis assume as investigações para esclarecer os detalhes e encontrar os responsáveis por esse ato brutal.

    A comunidade do bairro Jardim Brasília, bem como a cidade de Rondonópolis como um todo, estão consternadas com essa tragédia. Hélio era conhecido por sua integridade e envolvimento ativo na comunidade local, deixando um vazio imensurável entre amigos, familiares e vizinhos.

    Enquanto as autoridades seguem com as investigações, a população clama por justiça e por respostas sobre esse ato de violência inexplicável. O homicídio de Hélio José de Souza destaca a urgência de medidas para combater a violência e garantir a segurança de todos os cidadãos.

    A comoção e a revolta diante desse triste episódio demonstram a necessidade de unir esforços em prol da segurança e da paz em Rondonópolis, honrando a memória daqueles que foram vítimas da violência injustificada.

  • Criminosos invadem casa e atiram em quatro pessoas em Sorriso; três morrem

    Criminosos invadem casa e atiram em quatro pessoas em Sorriso; três morrem

    Uma onda de violência atingiu mais uma vez a cidade de Sorriso-MT, na noite de segunda-feira (18). Dessa vez, o palco da violência foi o bairro Benjamim Raiser, quando indivíduos armados invadiram uma residência de esquina no cruzamento entre a Marginal Direita Otavio Souza Cruz com a Rua Rio Grande do Sul, resultando na execução de três pessoas e deixando outra gravemente ferida.

    Ao receber o alerta, as autoridades policiais se deslocaram para o local e se depararam com uma cena chocante: dois homens e uma mulher foram encontrados sem vida, enquanto uma quarta vítima, também do sexo feminino, estava gravemente ferida e foi prontamente encaminhada ao Hospital Regional de Sorriso, lutando pela vida.

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    Até o momento, a identidade das vítimas não foi confirmada pelas autoridades. Os corpos foram encontrados em diferentes áreas da residência, indicando a brutalidade do ataque. Um dos corpos estava visível da rua, outro no corredor e o terceiro em um dos quartos da casa.

    A comunidade local foi abalada pelos relatos de múltiplos disparos que ecoaram pela vizinhança no momento do crime, gerando pânico e consternação entre os moradores.

    As equipes da Politec, Polícia Civil e Militar estão mobilizadas no local, realizando os procedimentos técnicos e investigativos para esclarecer os detalhes desse ato violento que chocou a cidade de Sorriso.

    Enquanto a investigação está em andamento, a população aguarda ansiosamente por respostas e clama por justiça diante dessa violência que abalou a tranquilidade do bairro Benjamim Raiser.

  • Um em cada quatro jovens relata ter sofrido violência no Brasil

    Um em cada quatro jovens relata ter sofrido violência no Brasil

    Os brasileiros de 15 a 29 anos estão mais sujeitos à violência física, psicológica e sexual. Mais de um quarto dos jovens (27%) afirmou ter sido vítima algum tipo de agressão no intervalo de 12 meses que antecederam a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/IBGE) de 2019.

    Naquele ano, a taxa de violência para essa faixa etária (307,52 casos/100 mil pessoas) foi 2,07 vezes maior quando comparada à da população adulta. No caso de adolescentes entre 15 e 19 anos, o dado é mais grave: 397 casos para cada 100 mil habitantes.

    “Em todas as regiões do Brasil, a faixa etária dos jovens-adolescentes (15 aos 19 anos) forma o principal grupo de vítima de violência”, descreve o relatório Panorama da Situação de Saúde dos Jovens Brasileiros de 2016 a 2022: Intersecções entre Juventude, Saúde e Trabalho, divulgado na tarde desta segunda-feira (11) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

    Além dos dados da PNS, o dossiê compila informações da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar Contínua (Pnad/IBGE) e traz resultados inéditos a partir de bases de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). À época das pesquisas, a população de 15 a 29 anos correspondia a 49 milhões de pessoas (23% dos brasileiros).

    O estudo foi feito por duas áreas da Fiocruz – a Coordenação de Cooperação Social da Presidência e o Laboratório de Educação Profissional em Informações e Registros em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Além das situações de violência, o panorama trata de condições de trabalho; impactos na saúde mental e mortalidade.

    De acordo com o diagnóstico, a possibilidade de um homem jovem morrer é quatro vezes maior do que uma mulher – taxas de mortalidade de 80,3% e 19,7%, respectivamente. Entre os homens jovens, a proporção de pretos e pardos que morrem precocemente (68%) é mais do que o dobro dos brancos (29%).

    “Dentre as principais causas de óbitos destacam-se fortemente as causas externas, relacionadas a violências e acidentes de trânsito. É na juventude que se encontram as mais altas taxas de mortalidade por causas externas.”

    Trabalho e saúde

    O dossiê da Fiocruz aponta que 70,1% dos jovens entre 18 e 24 anos são mão de obra ocupada ou buscando emprego. As condições de trabalho, no entanto, são mais voláteis do que nos estratos mais velhos: estão mais expostos à informalidade e à rotatividade, têm jornadas mais extensas, mas com salários menores, e contam com menos proteção social.

    “O trabalho faz parte da vida da juventude do Brasil. Eles trabalham muito, mas em condições piores”, resume a socióloga Helena Abramo, responsável pelo panorama. A pesquisadora assinala que, além da intensa atividade, há “sobreposição de trabalho e estudo” – metade dos que estudam também trabalha. No caso das mulheres, essas são ainda mais impactadas em razão do histórico acúmulo das tarefas domésticas e cuidados com a família, iniciado ainda na juventude.

    A carga de trabalho tem impacto na saúde de ambos os sexos. “Quase metade (46,6%) dos jovens ocupados com mais de 18 anos estiveram expostos, ao menos uma vez nos últimos 12 meses que antecederam a pesquisa, a algum fator que poderia afetar sua saúde no trabalho. Essa estatística equivale a mais de um quarto (28%) de todos os jovens brasileiros”, alerta o dossiê.

    Os “jovens do sexo masculino apresentam as maiores taxas e o maior volume de internações”. Mais de 54% dos jovens internados foram do sexo masculino, aponta o documento, sublinhando que “transtornos mentais foram a primeira causa de internação entre homens jovens”. Esquizofrenia, psicose, uso de múltiplas drogas e outras substâncias psicoativas e uso de álcool estão entre as principais causas.

    Acidentes de trabalho

    O Panorama da Situação de Saúde dos Jovens Brasileiros ainda contabiliza que, entre 2016 e 2022, foram notificados 1.045.790 acidentes de trabalho em todo o país. Quase um terço dos episódios envolveu jovens de 15 a 29 anos, 345.441 dos acidentados.

    Os jovens entre 20 e 29 anos foram os que apresentaram maior vulnerabilidade a acidentes de trabalho. Oito de cada dez acidentados (78%) são homens. “As ocupações mais relacionadas aos acidentes estão na indústria, nos serviços e no comércio”, descreve o documento.

    De acordo com a Fiocruz, os dados compilados no panorama servirão como subsídios para formulação de políticas de saúde voltadas para a juventude. Para Helena Abramo, a sistematização das ações pode ajudar a preencher uma lacuna na atuação do Estado. “Temos um certo acúmulo de informações sobre a adolescência, e um número razoável de ações em cursos para outros segmentos”.

    Edição: Juliana Andrade
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  • Três em cada 4 mulheres já sofreram violência no deslocamento

    Três em cada 4 mulheres já sofreram violência no deslocamento

    Passaram por violência em deslocamentos nas cidades 74% das mulheres brasileiras, segundo a pesquisa Percepções e Experiências das Mulheres quando se Deslocam pelas Cidades. O estudo foi realizado pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, em parceria com a Uber.

    As situações de violência mais vivenciadas são as cantadas e os olhares insistentes, relatadas por 60% das mulheres. O sequestro-relâmpago foi mencionado por 32%, a importunação sexual por 27%, a discriminação por 17% e o racismo por 14%. Passaram por agressão física 12%, e estupro, 7%.

    Os deslocamentos a pé têm a maior incidência de violência, de acordo com a pesquisa. Relataram estar se deslocando dessa forma 55% das que sofreram sequestro-relâmpago, 56% das que sofreram racismo e 50% das que foram estupradas. Nos ônibus, 56% disseram que se deslocavam dessa forma quando passaram por importunação sexual e 28% quando foram sequestradas. No caso dos estupros, 33% das mulheres sofreram esse tipo de situação ao se mover de carro particular.

    Medidas de segurança

    Para evitar a violência, 94% das mulheres disseram que evitam passar por locais escuros, 89% tentam não sair à noite e 86% pedem para ser esperadas em casa ou que aguardem notícias ao chegar ao destino.

    O medo ao se deslocar é citado por 97% das mulheres, que temem que situações de violência aconteçam ou se repitam. Mesmo assim, a maioria (55%) das mulheres sai de casa ao menos cinco vezes por semana, sendo que 34% vão às ruas todos os dias.

    A maior parte das mulheres (59%) faz deslocamentos à noite e 8%, na madrugada, ainda que a manhã seja o período do dia com mais saídas (87%).

    A segurança é a maior preocupação das mulheres ao se moverem nas cidades, citado por 88%, à frente do tempo (77%) e custo (72%).

    Para elaboração da pesquisa, foram ouvidas 1,6 mil mulheres, maiores de 18 anos, em todo o país. As entrevistas foram realizadas nos meses de setembro e outubro de 2023.

    Edição: Juliana Andrade
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  • Número de estupros aumenta 14,9% no Brasil, com 34 mil em seis meses

    Número de estupros aumenta 14,9% no Brasil, com 34 mil em seis meses

    A cada 8 minutos, uma menina ou mulher foi estuprada no primeiro semestre deste ano no Brasil, maior número da série iniciada em 2019 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Foram registrados 34 mil estupros e estupros de vulneráveis de meninas e mulheres de janeiro a junho, o que representa aumento de 14,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

    Os dados compilados pelo Fórum, divulgados nesta segunda-feira (13), apontam ainda que os feminicídios e homicídios femininos cresceram 2,6% no período, em comparação ao mesmo período de 2022. Foram 722 mulheres vítimas de feminicídio – quando o crime ocorre por razões de gênero. Mais 1.902 foram assassinadas e tiveram os casos registrados como homicídio. A entidade avalia que os números mostram que o estado brasileiro segue falhando na tarefa de proteger suas meninas e mulheres.

    O resultado, segundo o FBSP, está na contramão da tendência nacional dos crimes contra a vida. “Recentemente, o Monitor da Violência, publicação do G1 com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o NEV-USP, mostrou que os crimes contra a vida caíram 3,4% no país no primeiro semestre deste ano. Ou seja, embora o país tenha tido êxito na redução da violência letal no período, os assassinatos de mulheres apresentaram crescimento”, aponta o relatório divulgado hoje.

    Para Isabela Sobral, supervisora do núcleo de dados do FBSP, a Lei Maria da Penha é um mecanismo importante para prevenir o assassinato de mulheres. “A lei coloca o instrumento da medida protetiva de urgência, que é fundamental para prevenir a violência contra a mulher e o feminicídio. É importante que essa ferramenta seja de fato utilizada. Em diversos estados, existem estudos que mostram que as mulheres que são vítimas de feminicídio, em sua maioria, não possuíam medida protetiva de urgência contra o seu agressor”, disse.

    “Isso tem que ser feito pelo fortalecimento da rede de atendimento, que vai acolher essa mulher em situação de violência, oferecer opções para ela que muitas vezes ela não tem ou sente que não tem. A gente precisa capacitar as polícias para fazer um atendimento adequado dessa mulher. É muito importante que elas estejam capacitadas para fazer isso da forma adequada e apresentar esses instrumentos, como a medida protetiva de urgência, que são fundamentais para a proteção dessa mulher”, acrescentou.

    Isabela Sobral ressalta ainda a necessidade de que os policiais estejam capacitados para investigar e identificar casos de feminicídio entre os homicídios adequadamente, já que há diferença considerável na classificação do crime entre os estados.

    “A respeito dos feminicídios, essa classificação depende de uma interpretação da autoridade policial, já que estamos falando de registros policiais nesse levantamento. Quem faz essa classificação é o delegado nesse primeiro momento e, após a investigação. Tem estados que têm percentuais acima de 70% de feminicídios registrados em relação ao total de homicídios de mulheres e outros estados um percentual de apenas 20%”, apontou.

    Subnotificação

    Os dados de violência compilados correspondem aos registros de boletins de ocorrência em delegacias de Polícia Civil de todo o país. Como há subnotificação de casos de violência sexual, os números de estupro podem ser ainda maiores.

    “Cabe ressaltar que os estupros são um tipo de crime geralmente, tipicamente, muito subnotificados por motivos diversos, seja porque a mulher tem medo de registrar ou porque não compreende que aquilo pelo que passou se tratou de um estupro ou porque se trata de uma criança ou uma pessoa vulnerável que não consegue identificar ou que tem medo, não consegue falar, confia naquele autor”, disse Sobral.

    Estudo recente do Ipea sobre a prevalência de estupro no Brasil, com dados de 2019, estimou que apenas 8,5% dos estupros que ocorrem no país são registrados pelas polícias e 4,2% pelos sistemas de informação da saúde. “Se assumirmos este mesmo percentual de casos notificados para este ano, temos cerca de 425 mil meninas e mulheres que sofreram violência sexual nos primeiros seis meses de 2023”, apontou o relatório do FBSP.

    A supervisora do núcleo de dados do FBSP acrescenta que a maior parte dos autores de estupros são pessoas conhecidas das vítimas e que a maior parte também dessas vítimas são vulneráveis. Em relação a tipificação nos boletins de ocorrência, 74,5% dos casos de estupro registrados no primeiro semestre do ano foram de estupro de vulnerável. Isso significa que as vítimas tinham menos de 14 anos ou eram incapazes de consentir, seja por enfermidade, deficiência mental ou qualquer outra causa que não pode oferecer resistência.

    Edição: Aline Leal
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  • Idoso é encontrado morto em circunstâncias suspeitas em Mato Grosso

    Idoso é encontrado morto em circunstâncias suspeitas em Mato Grosso

    Na noite de segunda-feira, 11 de setembro, uma ocorrência trágica abalou a comunidade do bairro Tancredo Neves, em Cuiabá, Mato Grosso. O idoso de 79 anos, foi encontrado morto em sua residência sob circunstâncias alarmantes. Este artigo visa fornecer um relato detalhado do incidente, com base em informações da Polícia Militar e testemunhas oculares.

    A Polícia Militar foi acionada por volta das 20h40 após vizinhos descobrirem o corpo do idoso em sua casa. A equipe de resposta rápida confirmou a morte do idoso, notando que seus pés estavam amarrados e que havia evidências claras de violência física. Adicionalmente, sinais de enforcamento foram observados, intensificando o mistério em torno das circunstâncias do falecimento.

    Uma testemunha informou que ao retornar do trabalho por volta das 22h, notou que o portão e a porta da residência estavam abertos. Ao entrar para verificar o bem-estar do idoso, a testemunha encontrou o corpo da vítima, dando início ao processo de investigação policial.

    A cena do crime foi isolada para facilitar os trabalhos da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Politec. Até o momento, não foram divulgadas informações adicionais sobre possíveis suspeitos ou motivações para o crime.

    Este é um caso em desenvolvimento, e novas informações serão atualizadas à medida que forem disponibilizadas pelas autoridades competentes.

    O trágico acontecimento deixou a comunidade do bairro Tancredo Neves em estado de alerta e preocupação. Moradores locais estão sendo encorajados a tomar precauções adicionais até que mais informações sejam reveladas sobre este caso desconcertante.

     

  • Incra notifica ocupantes de terras do quilombo de Mãe Bernadete

    Incra notifica ocupantes de terras do quilombo de Mãe Bernadete

    O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) publicou nesta quarta-feira (23) no Diário Oficial da União edital com a notificação dos 44 proprietários ou ocupantes identificados dentro do Quilombo Pitanga dos Palmares, onde Maria Bernadete Pacífico, a Mãe Bernadete, foi assassinada na semana passada. O processo de notificação desses proprietários se arrastava há quase seis anos no Incra.

    Segundo o órgão, “uma vez que restaram infrutíferas as tentativas de identificação e notificação de todos os ocupantes, proprietários ou não constantes do perímetro do território quilombola de Pitanga de Palmares”, decidiu-se notificar esses proprietários por meio de edital. Com isso, os ocupantes ou proprietários desses imóveis rurais terão 90 dias para contestar a demarcação definida pelo Incra.

    A demora na titulação do território do Quilombo Pitanga dos Palmares tem sido apontada pelos quilombolas e suas lideranças locais como a origem da violência contra a comunidade, que viu as suas duas principais lideranças assassinadas a tiros em um intervalo de seis anos. Em 2017, o filho de Bernadete, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, o Binho do Quilombo, foi morto a tiros enquanto deixava os filhos na escola.

    Responsável pela titulação dos quilombos, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) passou mais de 5 anos e 9 meses tentando notificar os proprietários ou posseiros identificados dentro do território a ser demarcado. A fase de notificação é a fase seguinte a de publicação do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) no Diário Oficial da União, o que foi feito em novembro de 2017.

    Por meio da assessoria, o Incra justificou que a demora na notificação dos imóveis que estão no Quilombo Pitanga dos Palmares foi causada tanto pela complexa situação fundiária do local, “especialmente por se tratar de área na Região Metropolitana de Salvador”, quanto pela  dificuldade de atuação dos servidores causada tanto pela pandemia, quanto principalmente “pelas restrições orçamentárias impostas à política de regularização dessas áreas pelo governo anterior”.

    Terminada a fase de contestações, o órgão pode ingressar com pedido de desapropriação das propriedades, que depende de disponibilidade orçamentária, segundo informou o órgão. A indenização pela terra desapropriada é paga em dinheiro e pelo valor de mercado.

    “Após a conclusão do processo de desapropriação – que compete ao Poder Judiciário – e a transferência do domínio da terra para o Incra, o instituto poderá emitir documento de titulação”, informou, em nota.

    Segundo a Associação dos Servidores da Reforma Agrária da Bahia, o setor do Incra da Bahia que trabalha com a titulação de quilombos possuí apenas sete servidores para mais de 380 processos de regularização fundiária e mais de 220 processos de desapropriação de imóveis rurais. Realidade que dificulta o trabalho do órgão.

    A entidade de servidores acrescenta que o Incra ainda não tem uma diretoria própria para tratar da regularização dos quilombos e que, nas superintendências regionais, não há setor específico institucionalizado para tratar do tema.

    Segundo os dados do recente censo do IBGE, a Bahia é o estado da federação com a maior população quilombola do pais, contando com mais de 600 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Palmares.

    Edição: Juliana Cézar Nunes