Tag: Violência Sexual

  • Mulher de 57 anos é socorrida após relatar estupro em Lucas do Rio Verde

    Mulher de 57 anos é socorrida após relatar estupro em Lucas do Rio Verde

    Uma mulher de 57 anos foi socorrida na noite deste domingo (20) após relatar ter sido vítima de estupro em Lucas do Rio Verde. Segundo informações da guarnição de resgate, o atendimento ocorreu no Pronto Atendimento Municipal (PAM), após a vítima ser inicialmente acolhida por populares em uma igreja da avenida Brasil.

    De acordo com os relatos, a mulher procurou ajuda na Igreja do Evangelho Quadrangular, onde frequentadores a acolheram até a chegada da equipe da Guarda Municipal. A vítima foi então entregue aos cuidados da equipe de resgate.

    A mulher foi avaliada ainda dentro da unidade de resgate. Segundo os socorristas, ela deambulava com auxílio, estava visivelmente confusa, desorientada, apresentava pressão arterial elevada, chorava e demonstrava nervosismo. Ela também relatou dores nos braços e na cabeça, além de apresentar escoriações na face e odor etílico.

    Aos socorristas, a vítima informou que a agressão sexual teria ocorrido nas proximidades da avenida Sergipe, em frente à lanchonete Zero Grau, no bairro Rio Verde. Após o atendimento inicial, ela foi encaminhada ao pronto atendimento médico, conforme os protocolos de regulação de urgência.

    A Polícia Civil deve investigar o caso. Até o momento, não há informações sobre o autor do crime.

  • Construção civil faz ação de combate à violência sexual infantil

    Construção civil faz ação de combate à violência sexual infantil

    Ao menos 700 trabalhadores da construção civil participaram no início da manhã desta quarta-feira (2) de evento educativo e de conscientização da campanha Mãos que Constroem, Protegem, em um canteiro de obras, no bairro de Santo Amaro, região Sul da capital paulista, (SP). A iniciativa do SindusCon-SP e do Instituto Liberta busca sensibilizar os profissionais sobre a importância de identificar e combater a violência sexual contra crianças e adolescentes.

    Uma pesquisa do Instituto Liberta, realizada pelo Datafolha, indica que 68 milhões de brasileiros, ou seja, 32% da população, foram vítimas de violência sexual antes dos 18 anos. No Brasil, são registrados cinco estupros de menores de 14 anos por hora.

    A presidente do Instituto Liberta, Luciana Temer, afirmou que é missão da entidade conscientizar a sociedade sobre o tema.

    “É um problema grave e pouco conhecido e a parceria com as entidades ligadas à construção civil e com os trabalhadores desse setor é muito importante nesse processo. Precisamos quebrar o tabu de falar sobre essa violência e criar caminhos de proteção, que passam pelo fortalecimento de toda a sociedade por meio da informação”, disse.

    Para o presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan, o nível de informação sobre o assunto é muito baixo.

    “As pessoas não falam disso ou falam pouco. Apenas 26% das pessoas molestadas, em algum momento da vida, contam o fato para alguém. Eu me engajei na causa, porque considero que isso é um absurdo, um câncer social. Um mundo em que não temos conhecimento e, se pudemos contribuir para diminuir os casos, vamos fazer”, afirmou.

    A ação foi implantada há duas semanas e todos os dias será realizada. Segundo Estefan, até o momento, já são mais de 2.200 trabalhadores treinados.

    “A capacidade de disseminação de informação no setor é bastante grande. E tem funcionado bastante. É impressionante você ver a fisionomia dos trabalhadores, como eles ficam perplexos quando escutam esses dados.

    Segundo o presidente do Sinduscon-SP, foi aberto um canal de comunicação para as construtoras cadastrarem suas obras para entrar no cronograma de palestras. Todas as construtoras e incorporadoras assinaram um termo de compromisso com a entidade para aderir à campanha. A ação será permanente e o objetivo é levar o tema para todos os canteiros de obra da cidade.

    “É uma causa que abraçamos. E vamos fazer o movimento crescer. Começou pelas construtoras, mas nós pensamos em levar o tema para toda a indústria da construção civil, fabricantes de materiais, projetistas. Será uma campanha grande e longa. O SenconciSP (Serviço Social da Construção), que é o braço social dentro da construção civil ofereceu psicólogos e psiquiatras para as pessoas importunadas e seus familiares.”

  • Filme que conta história de contorcionista debate abuso infantil

    Filme que conta história de contorcionista debate abuso infantil

    Está disponível em cinco plataformas de streaming (NOW, Vivo Play, Microsoft, Google Play e iTunes) o documentário nacional “Apesar de”, que aborda a temática da violência sexual contra meninas. O filme narra a história da contorcionista Georgia Bergamim, abusada sexualmente pelo padrasto dos 8 aos 11 anos de idade.

    O título do longa é inspirado no trecho da obra “Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres” de Clarice Lispector. No livro, a autora discorre sobre a necessidade de seguir em frente. “Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente”.

    Georgia, hoje com 33 anos, conta que reconheceu sua condição de vítima de violência após escutar um relato compartilhado em uma roda de conversa, dez anos atrás. “Nunca me sentia por inteiro nos lugares, com as pessoas. Sempre sentia aquela coisa, um silêncio mesmo, que era um peso gigante”, diz.

    Nessa roda, me veio um gatilho muito forte e decidi que tinha que cavoucar aquilo para cicatrizar.  Não queria mais ficar escondendo debaixo do tapete”, explica.

    A sensação de deslocamento constante acabou sendo amainada à medida em que ela foi narrando as próprias experiências. Primeiro, para pessoas mais próximas, até chegar ao compartilhamento público, na internet. No filme, ela destaca que a arte circense mudou a relação dela com o mundo. “Eu vejo a contorção como o auge do controle do corpo”.

    Uma das cenas de “Apesar de”, mostra a contorcionista gravando um vídeo para as redes sociais no qual ela questiona: “A cada hora, duas crianças com menos de 13 anos são abusadas sexualmente no Brasil. O que que a gente vai fazer com isso?”

    O aceite do convite para rodar o filme teve relação com o modo como Georgia entende que deve reagir. “É como se sentisse que posso colaborar um pouco com o combate, a luta e ser um tipo de inspiração para as pessoas quebrarem o silêncio.”

    A diretora Beatriz Prates lembra que conheceu Georgia por meio da produtora executiva do filme, Luciana Festi. Como matéria-prima do documentário, Beatriz reuniu diversas fotos, vídeos e escritos de Georgia, que, segundo ela, deixam transparecer como a violência a que foi reiteradamente submetida mudou até mesmo sua expressão no rosto. “Tem vários vídeos de aniversários, dos 8 aos 11 anos. Dá para você sentir, vendo o documentário, como o abuso vai mudando a vida daquela criança, o jeitinho de falar. É muito visual, você consegue perceber”, destaca.

    Para a diretora, é necessário haver o comprometimento de todos na educação e proteção de crianças e adolescentes, o que inclui orientá-los sobre violências sexuais, para que consigam ser capazes de discernir sobre abusos e de denunciá-lo caso se vejam diante de alguém que tenta praticá-los.

    A produção foi realizada com o apoio da Cinemateca Brasileira. As fontes de financiamento são o Instituto Beja e o escritório Daniel Law. O documentário contou também com o apoio institucional de organizações como Childhood Brasil, Instituto Liberta e a Coalizão pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes.

    O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) indica que, ao se analisar o período de 2019 a 2022, o último ano examinado foi o que registrou mais casos de estupro de vulnerável, foram quase 49 mil. Segundo o Código Penal, a pena prevista, para quem tiver conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menores de 14 anos é de 8 a 15 anos de reclusão.

    “Apesar de” já foi selecionado para a 8ª Edição do Festival Internacional de Documentários mujerDOC, que ocorrerá na cidade de Sória, na Espanha, a partir de 9 de março, antes mesmo de estrear no Brasil. O festival, promovido pela ONG Mulheres do Mundo, destaca produções que abordam questões de gênero e o papel da mulher na sociedade. O documentário também foi exibido nos festivais  “Bread and Roses”, nos Estados Unidos, e o CineFem, no Uruguai.

     

  • Padrasto é preso após estuprar enteada em São Pedro da Cipa (MT)

    Padrasto é preso após estuprar enteada em São Pedro da Cipa (MT)

    Um homem foi preso em flagrante na noite dessa quinta-feira (9), após estuprar a enteada de 22 anos, que faz uso de medicamento controlado. O crime ocorreu na residência da família, localizada no Jardim Ceará, no município de São Pedro da Cipa (MT).

    Segundo o boletim de ocorrência, a vítima relatou aos policiais que foi arrastada para o quarto pelo padrasto, que a estuprou e a ameaçou, dizendo que a mãe dela permitia o ato. Durante o crime, a vítima conseguiu gravar um vídeo com o celular, o qual foi entregue à Polícia Civil.

    A vítima também informou aos policiais que este não foi o primeiro abuso cometido pelo padrasto. Ela relatou que já havia sido estuprada por ele em outras seis ocasiões.

    A Polícia Militar foi acionada e prendeu o suspeito em flagrante. Ele foi encaminhado para a delegacia, onde foi autuado por estupro de vulnerável. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

  • Mato Grosso intensifica combate à violência sexual contra crianças e adolescentes em operação nacional

    Mato Grosso intensifica combate à violência sexual contra crianças e adolescentes em operação nacional

    A Polícia Civil de Mato Grosso encerrou na última sexta-feira a Operação Hagnos, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com resultados expressivos no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes. Ao longo de um mês, foram atendidas 793 vítimas, resgatadas 13 crianças em situação de vulnerabilidade e presos 166 suspeitos de crimes sexuais.

    A operação, que ocorreu em todo o país, teve como objetivo intensificar as ações de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes, através do cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão, além da realização de palestras e atividades de conscientização.

    Em Mato Grosso, as equipes da Polícia Civil realizaram diligências em todas as 15 regionais, atendendo denúncias, realizando prisões e oferecendo apoio às vítimas.

    Entre os casos mais graves, destaca-se a prisão de um homem de 19 anos em Cáceres, que abusava sexualmente da própria irmã desde os 9 anos de idade. Em Paranaíta, outro homem foi preso por estuprar duas crianças, uma delas sua enteada.

    Números da operação em Mato Grosso:

    • Vítimas atendidas: 793
    • Crianças resgatadas: 13
    • Denúncias recebidas pelo Disque 100: 177
    • Pessoas alcançadas pelas palestras: 5.448
    • Pessoas presas em flagrante: 124
    • Pessoas presas por mandado de prisão: 42
    • Boletins de ocorrência registrados: 2.094
    • Inquéritos concluídos: 466
    • Inquéritos instaurados: 558
    • Medidas cautelares requeridas: 126

    A delegada Mariell Antonini Viana, da Coordenadoria de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e Vulneráveis, destacou a importância da operação para o combate à violência sexual contra crianças e adolescentes. “A Operação Hagnos demonstra o compromisso da Polícia Civil em proteger nossas crianças e adolescentes. Com ações integradas e um trabalho intenso, conseguimos identificar e prender diversos criminosos, além de oferecer apoio às vítimas”, afirmou.

    A Operação Hagnos teve um impacto significativo no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes em Mato Grosso. A prisão dos suspeitos e o atendimento às vítimas são passos importantes para garantir a proteção e a segurança dessas crianças.

  • Mato Grosso: média de 6 crianças e adolescentes estuprados por dia em 2024

    Mato Grosso: média de 6 crianças e adolescentes estuprados por dia em 2024

    Um dado alarmante coloca Mato Grosso em destaque negativo no cenário nacional: uma média de 6 crianças e adolescentes são estuprados por dia no estado, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

    Nos primeiros sete meses de 2024, foram registrados 1.120 casos de estupro, um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2023, quando foram contabilizados 982 ocorrências.

    A violência sexual contra crianças e adolescentes é um problema grave e complexo, que exige atenção especial das autoridades e da sociedade como um todo. Segundo o delegado Vitor Chab, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), a maioria dos casos ocorre dentro do ambiente familiar, com agressores sendo, na maioria das vezes, padrastos, tios ou até mesmo os próprios pais.

    “É uma violência silenciosa”, afirma o delegado. “Muitas vezes, as vítimas têm medo de denunciar por conta do vínculo com o agressor ou por vergonha.”, destacou o delegado ao portal Gazeta Digital.

    Caso do professor de futebol

    Um caso recente, que chocou a sociedade mato-grossense, envolveu um professor de futebol que abusou sexualmente de vários de seus alunos adolescentes. O homem, preso em flagrante no Aeroporto Marechal Rondon, confessou os crimes e revelou ter tido relações sexuais com pelo menos dois dos meninos. Um dos adolescentes chegou a ser aluno do professor desde os 7 anos de idade.

    “Ele demonstra arrependimento, mas, ao mesmo tempo, é frio. É uma pessoa que não pode estar no convívio com a sociedade”, avaliou o delegado Chab.

    Como denunciar

    Diante desse cenário, o delegado faz um apelo para que pais e responsáveis fiquem atentos ao comportamento de seus filhos, especialmente quando estão sob a responsabilidade de outras pessoas. “Qualquer atitude suspeita, a delegacia deve ser procurada”, enfatiza Chab.

    **Denuncie!** A violência sexual contra crianças e adolescentes é crime. O disque 100 é o canal nacional de denúncias de violação de direitos humanos de crianças e adolescentes.

  • Mato Grosso registra aumento alarmante de estupros de menores, com média de 6 casos por dia

    Mato Grosso registra aumento alarmante de estupros de menores, com média de 6 casos por dia

    Mato Grosso vive uma grave crise de violência sexual contra crianças e adolescentes. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) revelam um aumento alarmante no número de casos de estupro, com uma média de 6 ocorrências por dia nos primeiros sete meses de 2024.

    O número total de casos já ultrapassou o registrado em todo o ano de 2023. A Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) registrou 1.120 casos de estupro de janeiro a julho deste ano, contra 982 no mesmo período do ano passado.

    A maioria dos casos ocorre dentro de casa, com agressores sendo, na maioria das vezes, pessoas próximas às vítimas, como padrastos, tios e até mesmo os próprios pais. No entanto, um caso recente chamou a atenção das autoridades: um professor de futebol foi preso após confessar ter abusado sexualmente de pelo menos quatro de seus alunos adolescentes.

    O delegado Vitor Chab, da Deddica, destaca que a violência sexual contra crianças é uma “violência silenciosa” e que muitas vezes as vítimas têm dificuldades em denunciar os abusos. “É fundamental que pais e responsáveis fiquem atentos ao comportamento de seus filhos e denunciem qualquer atitude suspeita”, alerta o delegado.

    O professor de futebol, preso no início da semana, confessou ter abusado sexualmente de pelo menos quatro de seus alunos, com idades entre 15 e 17 anos. Um dos adolescentes chegou a ser aluno do professor por dez anos. O homem chegou a tatuar o rosto de uma das vítimas em seu peito.

    A violência sexual contra crianças e adolescentes é crime. Para denunciar, procure a delegacia mais próxima ou entre em contato com o Disque Denúncia (100). É importante que as vítimas tenham coragem de denunciar, pois o silêncio pode permitir que outros crimes ocorram.

  • Pai é preso em flagrante após estuprar a própria filha de 13 anos em Sapezal

    Pai é preso em flagrante após estuprar a própria filha de 13 anos em Sapezal

    Um homem de 36 anos foi preso em flagrante na última quinta-feira (29) por estuprar a própria filha de 13 anos. As investigações, conduzidas pela Delegacia de Sapezal, com o apoio da Delegacia de Campos de Júlio, apontaram o homem como o principal suspeito dos crimes, que vinham ocorrendo desde que a menina tinha apenas 11 anos.

    De acordo com o boletim de ocorrência, o último estupro ocorreu no último domingo (25.08). Desesperada e com medo, a vítima decidiu contar o que estava acontecendo para uma pessoa de confiança, que prontamente acionou o disque 100. Em depoimento especial, a adolescente relatou que sentia-se ameaçada, temendo que sua irmã, que é acamada e necessita de cuidados especiais em casa, perdesse o tratamento caso o pai fosse preso.

    Diante da gravidade da situação, o Conselho Tutelar imediatamente acolheu a vítima. O delegado Heberth Hugo Montenegro instaurou inquérito policial e representou pela prisão preventiva do suspeito, pedido que foi prontamente atendido pela Justiça.

    Com o mandado de prisão em mãos, as equipes policiais realizaram diligências e conseguiram prender o homem em seu local de trabalho, poucas horas após a expedição do mandado. O preso foi conduzido à delegacia para as providências cabíveis e, posteriormente, colocado à disposição da Justiça.

    A voz da vítima

    Em seu depoimento, a adolescente relatou que os abusos ocorriam dentro de casa e que ela sentia muito medo de denunciar, temendo retaliações contra sua irmã. A história da jovem demonstra a importância de quebrar o silêncio e buscar ajuda em casos de violência sexual, especialmente quando a vítima é menor de idade.

    O papel das autoridades

    A rápida ação da Polícia Civil, do Conselho Tutelar e da Justiça demonstra a importância de uma atuação conjunta para combater a violência sexual contra crianças e adolescentes. A prisão do suspeito é um importante passo para garantir a justiça e a proteção da vítima.

    Reflexões sobre o caso

    Este caso trágico nos lembra que a violência sexual contra crianças e adolescentes é um crime hediondo que causa danos irreparáveis às vítimas e suas famílias. É fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para prevenir e combater esse tipo de crime, oferecendo apoio às vítimas e punindo os agressores com o rigor da lei.

  • Jovem é estuprada após aceitar carona em Mato Grosso

    Jovem é estuprada após aceitar carona em Mato Grosso

    Uma jovem de 24 anos foi vítima do crime após aceitar uma carona de um motociclista desconhecido em Rondonópolis- Mato Grosso. A vítima relatou à polícia que estava saindo de uma tabacaria quando o suspeito se ofereceu para levá-la. Confiando no desconhecido, ela aceitou a carona, mas logo se arrependeu. O homem a levou para uma região de mata, onde cometeu o crime.

    A Polícia Militar foi acionada por volta das 23h30 e, ao chegar ao local, ouviu o relato da vítima. O caso foi registrado e encaminhado para a Polícia Civil, que já iniciou as investigações.

    As autoridades esperam que as imagens das câmeras de segurança da região possam auxiliar na identificação da motocicleta e do suspeito. A Polícia Civil pede a colaboração da população para que qualquer informação que possa levar à identificação do criminoso seja repassada às autoridades.

    Este caso se soma a uma série de outros crimes de violência contra a mulher registrados em Rondonópolis e em todo o estado. A violência sexual é um crime hediondo que causa danos irreparáveis às vítimas e à sociedade como um todo.

    Prevenção e denúncia

    É importante ressaltar a necessidade de que as mulheres se protejam ao máximo, evitando aceitar caronas de desconhecidos, principalmente em locais isolados e durante a noite. Além disso, é fundamental que as vítimas denunciem esses crimes, para que os agressores sejam punidos e outras mulheres sejam protegidas.

  • Violência matou mais de 15 mil jovens no Brasil nos últimos 3 anos

    Violência matou mais de 15 mil jovens no Brasil nos últimos 3 anos

    Nos últimos três anos, mais de 15 mil crianças e adolescentes até 19 anos foram mortos no Brasil de forma violenta. Nesse período, cresceu a proporção de mortes causadas por intervenção policial. As constatações fazem parte da segunda edição do relatório Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, divulgado nesta terça-feira (13) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

    Foram registradas 4.803 mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes em 2021, 5.354 em 2022 e 4.944 em 2023.

    “É um cenário estarrecedor. É realmente um absurdo que a gente perca 15 mil vidas de crianças e adolescentes em três anos”, define a oficial de Proteção contra Violências do Unicef, Ana Carolina Fonseca.

    No entanto, o total real de mortes no país tende a ser maior, uma vez que o estado da Bahia não forneceu dados relativos a 2021.

    O levantamento traz dados de registros criminais como homicídio doloso (quando há intenção de matar), feminicídio, latrocínio (roubo seguido de morte), lesão corporal seguida de morte e mortes decorrente de intervenção policial – esteja ou não o agente em serviço. Também são coletadas informações referentes à violência sexual.

    Para os pesquisadores, esse conjunto de dados é um indicador mais completo para tratar de violência letal a partir dos parâmetros da segurança pública. O FBSP é uma organização não governamental formada por profissionais da área de segurança, acadêmicos e representantes da sociedade civil.

    Ana Carolina Fonseca explicou à Agência Brasil que, apesar de o estudo estar na segunda edição – a primeira inclui dados de 2016 a 2020 –, não há comparação direta entre eles. “A gente não fez essa comparação por haver muitas diferenças na forma como os dados são disponibilizados pelos estados”, justifica.

    Assim como outros tipos de violência que afetam a população brasileira independentemente de idade, a morte violenta de crianças e adolescentes atinge principalmente a população negra, composta por pretos e pardos.

    Nos últimos três anos, 91,6% dos casos de mortes por violência letal de crianças e adolescentes englobaram pessoas de 15 a 19 anos; 82,9% eram pretos e pardos; e 90%, homens.

    Brasília (DF), 13.08.2024 - Arte de gráfico para a matéria da Unicef. Arte/Agência Brasil
    Brasília (DF), 13.08.2024 – Arte de gráfico para a matéria da Unicef. Arte/Agência Brasil

    Fator cor

    De acordo com o levantamento, a taxa de mortes violentas para cada grupo de 100 mil negros até 19 anos é de 18,2, enquanto entre brancos a taxa é de 4,1. Isso equivale dizer que o risco de um adolescente negro, do sexo masculino, ser assassinado no Brasil é 4,4 vezes superior ao de um adolescente branco.

    A oficial de Proteção contra Violências do Unicef aponta o racismo como “ponto importante” por trás desses dados.

    “A gente está falando de uma população que é não é protegida como a branca. Existe uma ideia de que essa vida vale menos que outras”, critica Ana Carolina.

    “O desafio que se coloca é realmente de enfrentar o racismo, que está presente também na ação das forças policiais, na forma como serviços se estruturam para responder a essas mortes, tanto do ponto de vista da prevenção, quanto de investimento de apuração, responsabilizar por essas mortes”, complementa a representante do Unicef.

    Violência policial

    Ao longo dos três anos abrangidos pelo relatório, fica constatado aumento na parcela de mortes de jovens causada por intervenção policial. As intervenções respondiam por 14% dos casos em 2021, proporção que subiu para 17,1% em 2022 e 18,6% em 2023. Isso representa quase uma em cada cinco mortes violentas.

    Enquanto a taxa de letalidade provocada pelas polícias entre habitantes com idade superior a 19 anos é de 2,8 mortes por 100 mil, no grupo etário de 15 a 19 anos chega a 6 mortes por 100 mil habitantes, mais que o dobro (113,9%) da taxa verificada entre adultos.

    “Infelizmente, as vidas jovens negras estão ainda na mira da ação policial”, lamenta Ana Carolina.

    Para os pesquisadores, uma política de redução de homicídios com foco em crianças e adolescentes precisa, em vários estados, necessariamente considerar “o controle do uso da força das polícias”, de acordo com o relatório.

    A oficial do Unicef ressalta que 18 unidades da Federação têm taxa de mortes de pessoas até 19 anos por ação da polícia inferior à média nacional (1,7 por 100 mil). Os maiores índices estão com Amapá (10,9), Bahia (7,4), Sergipe (3,7), Rio de Janeiro (3,1), Mato Grosso (2,9), Pará (2,5), Rio Grande do Norte (2,3) e Espírito Santo (1,9). Goiás não forneceu dados de mortes causadas por intervenção da polícia.

    “A gente precisa olhar para o Brasil, entendendo as diferenças e buscar, justamente, esses locais onde esse uso da força está sendo feito de forma excessivamente letal, que destoa do restante do país”, sugere Ana Carolina.

    Violência urbana

    O relatório indica que, entre os jovens com mais de 15 anos, as mortes totais no país são atreladas a características que sugerem envolvimento com violência armada urbana: mais da metade (62,3%) dos casos acontecem em via pública e por pessoas que a vítima não conhecia (81,5%).

    Ao se comparar dados de vítimas dos sexos masculino e feminino, no universo de pessoas entre 10 e 19 anos, percebe-se que as meninas são mais vítimas de armas brancas e agressões do que meninos. Nos últimos três anos, em torno de 20% das vítimas do sexo feminino morreram por arma branca e 5%, em média, por agressão. Em relação aos indivíduos do sexo masculino, as armas brancas ficaram no patamar de 8% dos casos, e as agressões não chegam a 2%.

    Já em relação ao autor do crime, entre as meninas, 69,8% eram conhecidos das vítimas. Quando se observam os dados das vítimas do sexo masculino, apenas 13,2% foram cometidos por conhecidos.

    Violência infantil

    Em outro recorte, de crianças até 9 anos, o perfil da violência letal é mais associado a contexto de maus-tratos e de violência doméstica, praticada contra essas crianças pelas pessoas mais próximas a elas, segundo a análise do Unicef. Em 2023, quase metade (44,6%) acontece em casa e 82,1% são cometidos por pessoas conhecidas da criança.

    Os analistas do Unicef e do FNSP fazem recomendações de políticas de segurança que podem ajudar o país a combater a violência contra a criança e o adolescente. Entre as orientações estão o controle do uso da força pelas polícias, controle do uso de armamento bélico por civis, enfrentamento do racismo estrutural e melhoria nos sistemas de monitoramento e registros de casos de violência.

    “A importância de estudos como esse é conseguir entender a dinâmica da violência contra cada grupo e entender que cada vida importa. A gente precisa ser capaz de construir uma resposta efetiva que enxergue cada menino e cada menina”, avalia a representante do Unicef.

    Edição: Juliana Andrade

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