Tag: violência doméstica

  • Fios tecidos a várias mãos formam Rede de Enfrentamento em Mato Grosso

    Fios tecidos a várias mãos formam Rede de Enfrentamento em Mato Grosso

    “Fui esquentar o leite para o meu filho e ele continuou brigando. Aí eu disse que não aguentava mais aquela vida. Ele pegou um vidro de álcool e falou: Já que você não aguenta mais, vamos ver como será daqui para frente e jogou o líquido em mim. Eu nem me toquei que estava perto do fogão, e o fogo pulou no meu corpo”.

    O relato é de uma vítima de violência doméstica que sofreu por quase 16 anos com agressões e até hoje convive com as marcas físicas e psicológicas.

    “Até então eu estava enfrentando tudo e achava que era forte. A dor física passa, no corpo ficam as cicatrizes, mas passam, o psicológico não. Chega num ponto que você não aguenta mais”, desabafou.

    A.S, 38 anos, mora em Cuiabá, é confeiteira e mãe de dois filhos, uma menina de nove e um menino de 13 anos. Ela conta que há pouco mais de um ano iniciou o acompanhamento com psicólogo e psiquiatra no Espaço de Acolhimento da Mulher. A unidade de atendimento integra a Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, da qual o Ministério Público do Estado de Mato Grosso também faz parte.

    Na Capital, 12 instituições compõem a Rede de Enfrentamento. O trabalho começa com a Polícia Militar, quando a vítima aciona o 190. O atendimento também pode ser prestado mediante procura de uma Base da PM na região onde a violência está acontecendo. Na Polícia Militar, existe a Patrulha Maria da Penha, equipe especializada no acompanhamento de mulheres em situação de violência doméstica e familiar, principalmente para averiguação do efetivo cumprimento das medidas protetivas de urgência.

    Após o atendimento da ocorrência, inicia-se a atuação da Polícia Judiciária Civil. Existem duas unidades de Delegacia especializadas em Cuiabá para o atendimento de mulheres em situação de violência doméstica. São nessas unidades que ocorrem o registro do boletim de ocorrência, a tomada de termo de declarações da vítima e possíveis testemunhas para realização do inquérito policial. Se necessário, também são requeridas medidas protetivas de urgência, encaminhamento à casa de amparo, exame de corpo de delito nos casos em que há agressão física ou crimes sexuais e disponibilização do dispositivo (aplicativo de celular) SOS Mulher MT.

    Após a conclusão da investigação, o inquérito segue para o Ministério Público Estadual para análise e posterior oferecimento de denúncia contra o acusado ou pedido de arquivamento. O MPMT possui um Núcleo com quatro promotorias especializadas no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher na Capital. Conta também com a Ouvidoria das Mulheres.

    Além da análise dos inquéritos, os promotores de Justiça realizam o acompanhamento das medidas protetivas de urgência, promovem atendimento aos cidadãos para orientação, participam das audiências judiciais e são responsáveis por pedir medidas cautelares, incluindo a prisão preventiva. O Núcleo de Promotorias Especializadas atua ainda, como fiscal da lei, nos procedimentos que tratam de pensão alimentícia, divórcio, guarda, entre outros. E desenvolvem campanhas de conscientização e prevenção de crimes de violência doméstica e combate ao feminicídio.

    A Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher é composta ainda pelo Poder Judiciário, que possuem varas especializadas para julgamento dos processos referentes aos crimes cometidos contra mulheres no âmbito doméstico e familiar; e Defensoria Pública do Estado, que atua nos procedimentos relacionados a questões patrimoniais quando a vítima não tem condições financeiras de contratar um advogado e também presta assistência em caso de pedido de soltura do agressor, de revogação das medidas protetivas, entre outras situações.

    O município de Cuiabá integra a Rede com a disponibilização da Casa de Amparo, Espaço de Acolhimento da Mulher e Programa Solidariedade em Ação. Participam também a Secretaria Municipal da Mulher, Secretaria Municipal de Educação, Conselho Tutelar, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e Câmara Temática da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

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    Até 2023, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso pretende assegurar o funcionamento da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher em 10 municípios de Mato Grosso. A seleção das cidades levou em consideração o índice de feminicídio no estado (dados de 2018) e a estrutura da comarca para receber o projeto.

    Foram selecionados Cuiabá, Nova Mutum, Pontes e Lacerda, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, Alta Floresta, Cáceres, Primavera do Leste e Sorriso. Dos 10, seis já estão executando o projeto, sendo que três deles (Cuiabá, Cáceres e Primavera do Leste) estão na etapa final de implantação. As próximas promotorias a iniciarem a execução do projeto são Pontes e Lacerda, Rondonópolis, Tangará da Serra e Sorriso.

    O projeto já é desenvolvido em Várzea Grande, Barra do Garças e Poxoréu. Nas duas primeiras cidades, a iniciativa começou a ser implementada antes de se tornar projeto estratégico no MPMT. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional Estudos de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e Gênero Feminino, promotora de Justiça Gileade Souza Maia, explica que a iniciativa passa pela realização do diagnóstico da violência, articulação, capacitação e a efetiva implantação da rede. Entre os requisitos, estão o foco na atenção social e proteção com aplicação humanizada da Lei Maria da Penha e a qualificação de agentes.

    A iniciativa tem o reconhecimento do Conselho Nacional do Ministério Público com premiações na categoria “Indução de Políticas Públicas”.

    Canais específicos para atendimento às mulheres

    A Ouvidoria do Ministério Público do Estado de Mato Grosso passou a contar, em março de 2022, com canais específicos para atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar contra a mulher. Além do número 127, que funciona das 8h às 18h, existem dois celulares com whatsapp disponíveis: (65) 99259-0913 e 99269-8113. O contato também pode ser efetivado por e-mail: (ouvidoriadasmulheres@mpmt.mp.br) ou pelo site: mpmt.mp.br/ouvidoria.

    Antes de iniciar os atendimentos, integrantes da Ouvidoria, recepcionistas, servidores do Departamento de Comunicação participaram de uma capacitação promovida pelo Centro de Apoio Operacional Estudos sobre Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher sobre “Humanização do atendimento às vítimas de violência de gênero”.

    O papel do Ministério Público no combate à violência doméstica, Lei Maria da Penha, razões, formas e o ciclo da violência, além de conceitos sobre gênero foram alguns dos temas abordados pela coordenadora do CAO, promotora de Justiça Gileade Pereira Souza Maia. A palestrante também detalhou as providências que devem ser adotadas diante do relato da violência doméstica.

    Acolhimento, verificação de segurança da vítima, escuta ativa, coleta de dados e encaminhamento serão as etapas a serem seguidas pelas atendentes. “É preciso ouvir atentamente a vítima, sem julgamentos, entendendo que a história é da vítima e não sua. Além da escuta ativa, é necessário estar atento às necessidades urgentes para encaminhamento aos órgãos que prestam esse atendimento”, orientou a promotora de Justiça.

    A coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, promotora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela abordou aspectos relacionados aos serviços disponibilizados pela rede de atendimento à vítima. “A rede é um sistema formado por vários entes que trabalham de forma autônoma, mas interligados. O Ministério Público faz parte dessa rede de enfrentamento”, explicou.

  • Suspeito de agredir mulher com faca é preso em flagrante

    Suspeito de agredir mulher com faca é preso em flagrante

    Um homem de 43 anos foi preso em flagrante, na noite deste domingo (19.06), por violência doméstica contra uma mulher, de 28 anos, no bairro Jardim Universitário I, em Cáceres (221 km de Cuiabá).

    Segundo informações do boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada, por volta das 22h30, para se irem até o local. Rapidamente, os policiais chegaram na residência e encontraram a vítima com um corte profundo na altura do braço esquerdo, oriundo de um golpe de faca desferido pelo suspeito.

    pm prende em flagrante suspeito de agredir mulher com faca em caceres

    A mulher foi encaminhada até o Hospital Regional pela sua filha. Os policiais flagraram o homem com a faca em mãos e ordenaram para que soltasse a arma. O suspeito apresentava lesões corporais nos lábios e joelhos, que segundo ele, foram causados durante luta corporal com a vítima.

    Os policiais ainda identificaram que na casa se encontravam algumas crianças, que presenciaram a situação e ficaram aos cuidados de uma das vizinhas da vítima. O suspeito foi conduzido à Central de Flagrantes para registro do boletim de ocorrência e demais providências que o caso requer.

    Disque-denúncia  

    A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190, ou disque-denúncia 0800.065.3939.

     

     

  • Rede de Enfrentamento passa por capacitação de nivelamento sobre violência doméstica

    Rede de Enfrentamento passa por capacitação de nivelamento sobre violência doméstica

    As forças de segurança e entidades que compõem a Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres participaram, na manhã desta terça-feira (31), de uma capacitação para nivelamento. O encontro foi no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB subseção Lucas do Rio Verde.

    A cerimônia oficial de abertura contou com a participação da primeira-dama e secretária de Assistência Social, Janice Ribeiro, o secretário de Segurança Pública, coronel Marcos Cunha, agentes da Guarda Civil Municipal que atuam na patrulha Maria da Penha, agentes da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, representante do Ministério Público, OAB, Poder Judiciário e legislativo.

    Durante o dispositivo, as autoridades falaram sobre a necessidade da discussão sobre o tema, além da importância de formação para os agentes que lidam diretamente com a situação de violência doméstica.

    “A violência contra a mulher é sempre preocupante. Por meio da Rede de Enfrentamento, temos equipes que estão todos os dias trabalhando para chegar até essas mulheres que necessitam da nossa ajuda, mas nós precisamos aprender muito mais. Essa capacitação que está sendo oferecida vem ao encontro dessa nossa preocupação” destacou Janice Ribeiro.

    O delegado Eugênio Rudy, responsável pelo Núcleo de Atendimento à Criança, Adolescente, Idoso e Mulher, manifestou apoio à iniciativa de capacitação. “Esses treinamentos são muito importantes. Um servidor qualificado, ele entende melhor o que está fazendo, ele se conscientiza da importância da sua ação e isso reflete no trabalho desenvolvido”.

    O comandante do 14° Comando Regional, coronel Fernando, disse que o trabalho em defesa da mulher deve ser prioridade e por isso a região passa por essas capacitações. Ele ainda destacou o trabalho integrado pelas instituições. “É muito interessante que as instituições estejam preparadas, caminhando juntas num caminho em que as estratégias sejam as mesmas, que tenham os mesmos focos, na questão do acolhimento, na defesa das mulheres em estado de vulnerabilidade”.

    A Prefeitura de Lucas do Rio Verde integra a regra da Rede de Enfrentamento com as secretarias de Assistência Social, Segurança Pública e Saúde.

  • Homem é preso por violência doméstica e tráfico de drogas em Cuiabá

    Homem é preso por violência doméstica e tráfico de drogas em Cuiabá

    A Polícia Militar prendeu um homem, de 19 anos, pelos crimes de violência doméstica e tráfico de drogas, na tarde desta terça-feira (15.03), em Cuiabá. No local, o suspeito foi flagrado realizando ameaças contra a vítima, de 17 anos, e em revista, os policiais encontraram 84 porções de pasta base de cocaína.

    Por volta de 12h, a equipe do 3º BPM foi acionada via Ciosp para verificar uma situação de violência doméstica, no bairro Eldorado. Em um conjunto de quitinetes, escutaram uma discussão em uma das casas. Ao se aproximarem, encontraram o suspeito dizendo que ligaria para membros de uma organização criminosa pedindo autorização para agredir a vítima.

    A equipe adentrou a casa, deteve o suspeito e localizou a vítima dentro do banheiro. Ao conduzirem o homem, os policiais encontraram uma porção de substância análoga a cocaína em cima de um fogão. Questionado sobre a droga, o criminoso apontou outros lugares na residência, onde guardava o restante dos entorpecentes, totalizando 84 porções. A PM também encontrou uma tornozeleira em nome de uma outra pessoa, que não foi localizada.

    Em entrevista com a vítima, a adolescente afirmou que havia terminado o relacionamento com o suspeito e que estava na residência por conta de ter sofrido um acidente. A vítima ainda confirmou que o suspeito teria lhe ameaçado e ligado para uma organização criminosa pedindo autorização para agredi-la, além de ter apertado seus braços, empurrando seu corpo e feito ameaças.

    Diante dos fatos, o suspeito recebeu voz de prisão e foi encaminhado para à Central de Flagrantes para registro da ocorrência e demais providências, junto com o material apreendido.

    Disque-Denúncia 

    A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190, ou disque-denúncia 0800.065.3939.

     

  • Projeto torna obrigatório botão de alarme em apartamentos para casos de violência doméstica

    Projeto torna obrigatório botão de alarme em apartamentos para casos de violência doméstica

    O Projeto de Lei 43/22 obriga condomínios a disponibilizarem por apartamento, um sistema eletrônico, via interfone ou aparelho similar, com botão de alarme para acionar a portaria do prédio em casos de ocorrência de violência doméstica contra mulheres, crianças, adolescentes, idosos ou pessoas com deficiência.

    Em análise na Câmara dos Deputados, a proposta foi apresentada pelo deputado Alexandre Frota (PSDB-SP). Para ele, a colocação do dispositivo por si só já inibe o agressor de atitudes violentas.

    “Fazer com que a comunidade que mora em um mesmo condomínio tome para si a segurança de seus moradores é uma tarefa social interessante, pois prevenirá a ocorrência de tais abusos”, afirmou.

  • Policiais ensinam técnicas de defesa pessoal à vítimas de violência doméstica

    Policiais ensinam técnicas de defesa pessoal à vítimas de violência doméstica

    “Dar as mãos e construir um alicerce juntas”. Foi com essa frase que as alunas definiram o ‘1º Curso de Defesa Pessoal para Mulheres de Campo Verde’, iniciativa da 8º CIPM do município de Campo Verde voltada para as mulheres vítimas de violência e que possuem medida protetiva.

    A iniciativa aconteceu no último final de semana, nos dias 11 e 12 de dezembro, no Ginásio Platão, onde a Polícia Miitar ofereceu, gratuitamente, um treinamento de autodefesa e artes marciais à 15 mulheres atendidas através do Programa de Policiamento Patrulha Maria da Penha.

    “As participantes que possuem medida protetiva foram convidadas através da Patrulha, que faz a visita e o acompanhemento dessas mulheres. O objetivo é prepará-las para que tenham uma noção básica de autodefesa, caso o marido retorne ou tente agredi-lá, ou ate mesmo numa situação de rua, caso sofram algum tipo de assédio”, explicou o tenente-coronel Anderson Luiz da Silva, comandante da 8ª CIPM de Campo Verde.

    As mulheres receberam instruções de defesa pessoal e luta corporal com o professor e mestre José Roberto Teruel, faixa-preta em karatê, krav maga, jiu-jitsu e pankration, num treinamento intensivo que durou 10 horas. “Elas tiveram um aproveitamento muito bom e absorveram bem os ensinamentos. Estão preparadas para enfrentar uma situção no dia a dia. Quando surgir um agressor, elas têm condições de se defenderem, disse o professor.

    Além dos ensinamentos voltados à defesa pessoal, as alunas destacaram o resgate da confiança e da autoestima, e o fortalecimento e união das mulheres durante as aulas, estreitando ainda mais o vínculo entre as participantes.

    “De alguma forma, passei a ter um pouco mais de segurança e confiança em mim.  Agora me sinto preparada para me defender ou pedir ajuda quando precisar. Passamos por tantas situações constrangedoras, ter esse momento de construção coletiva, esse alicerce, foi extremamente gratificante”, destacou a dona de casa, Mariana Lenita Nassarden, que foi uma das alunas do 1º Curso de Defesa Pessoal.

    Diante do aproveitamento do grupo e do sucesso do curso, o comandante do 8º CIPM já projeta uma nova edição da atividade para o ano de 2022. “As alunas participaram com muito afinco. Sob a nossa ótica, foi muito proveitoso, tanto que já estamos pensando em realizar a segunda edição deste módulo de defesa pessoal para o início do ano que vem”, concluiu o comandante da 8ª CIPM de Campo Verde, Anderson Luiz da Silva.

     

  • Combate ao desmatamento ilegal será ampliado, diz ministro da Justiça

    Combate ao desmatamento ilegal será ampliado, diz ministro da Justiça

    Inicialmente voltada para o combate a incêndios florestais, a Operação Guardiões do Bioma será ampliada para combater o desmatamento ilegal, disse hoje (23) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. Em entrevista à Voz do Brasil, ele anunciou o reforço no efetivo da operação, que buscará reprimir os crimes ambientais nos biomas da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal por meio da articulação entre órgãos locais e nacionais.

    Sem detalhar em quanto será ampliado o número de agentes (policiais militares, bombeiros e policiais federais), o ministro disse que a operação buscará responsabilizar e punir quem destrói o meio ambiente e acabar com as organizações criminosas, em parceria com a Polícia Federal. “Isso é muito importante, não só o trabalho preventivo, mas também o trabalho repressivo com investigação e com responsabilização dos autores desses crimes”, declarou.

    O ministro apresentou estatísticas sobre a Operação Bioma, que começou em agosto. Segundo Torres, desde o início da operação, foram controlados 17 mil focos de incêndio na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal, com o envolvimento de cerca de 8 mil bombeiros e policiais militares. Até agora, foram gastos R$ 60 milhões com a operação. “Pudemos realmente fazer um combate preventivo que diminuiu muito o número de queimadas e o reflexo dessas queimadas em nossos biomas”, afirmou.

    Enem

    Em relação à edição de 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cuja primeira etapa foi aplicada no último domingo (21), Torres disse que a não ocorrência de fraudes foi resultado do trabalho da Secretaria de Operações Integradas, que coordena em nível nacional a escolta das provas para impedir vazamentos. Todo o processo é acompanhado pelos Ministérios da Justiça e da Educação, pela Polícia Federal e pelas polícias estaduais.

    Por meio do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, que integra os trabalhos dos órgãos de segurança (locais e nacionais), as forças de segurança coordenam as operações em nível nacional. “Ali, a gente tem contato com as pessoas e pode acessar imediatamente qualquer problema que envolva qualquer agência. Fica fácil de atender isso, de disparar qualquer meio necessário em qualquer lugar do Brasil. Isso facilita muito o trabalho e possibilita coordenar essas grandes operações num país continental como o nosso”, disse.

    Crime organizado

    O ministro ressaltou que a articulação entre as forças de segurança e a integração entre o governo federal e os estados também têm sido usada no enfrentamento ao crime organizado. Segundo Anderson Torres, desde o início do governo, o Fundo Nacional de Segurança Pública repassou R$ 2,2 bilhões aos estados para investimentos em tecnologia, em veículos e no treinamento das polícias. Na avaliação do ministro, o governo federal consegue executar operações integradas simultâneas, em todo o Brasil, com as 27 Polícias Civis e Militares.

    Torres citou operações recentes, como a Operação Égide, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, que em dois meses prendeu mais de 3 mil pessoas e confiscou mais de 70 toneladas de drogas e mais de R$ 1 milhão nas rodovias do estado do Rio de Janeiro. A Operação Narco Brasil, a maior ação de combate ao narcotráfico realizada no país, apreendeu mais de 4 mil armas apreendidas, confiscou mais de R$ 6 milhões em bens e mais de 530 toneladas de drogas. No Nordeste, a Operação Cangalha prendeu mais de 1,5 mil membros de grupos criminosos em dois meses.

    Segundo o ministro, a atual estratégia de combate ao crime organizado prevê o estrangulamento financeiro dos grupos criminosos, por meio da apreensão de bens e da realização de leilões. “Isso que a gente fala que é descapitalizar o crime, dar prejuízo para o crime. Trazer esses bens do crime organizado, leiloar e usar os recursos no combate ao crime”, destacou.

    Apenas neste ano, disse Torres, o governo promoveu cerca de 200 leilões de bens apreendidos, como veículos, barcos e fazendas, que renderam mais R$ 250 milhões para os cofres públicos, contra uma média de seis leilões por ano em governos anteriores. “A gente utiliza o que tem de utilizar, vende o resto e compra armamento, investe na polícia, descentraliza os recursos”, explicou.

    Fronteiras

    Em relação às fronteiras, o ministro da Justiça e Segurança Pública informou que o governo também busca integrar os órgãos federais e estaduais na vigilância de 16,7 mil quilómetros de fronteira seca. Torres citou a Operação Vigia, que envolve não apenas forças de segurança, mas órgãos como Receita Federal e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

    Sobre a política de acolhimento aos imigrantes, o ministro destacou que a Operação Acolhida recebe venezuelanos que chegam a Roraima. Em parceria com o Ministério da Defesa, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, o Ministério da Justiça e Segurança Pública participa da distribuição dos imigrantes pelo país. Torres também destacou a concessão de vistos humanitários temporários para refugiados afegãos, acolhendo algumas juízas mulheres daquele país.

    Idosos e mulheres

    Segundo o ministro, o combate à violência contra mulheres e idosos é uma das prioridades da pasta. A Operação Vetus 2, que começou em 15 de outubro e teve o resultado divulgado na semana passada, atendeu mais de 17 mil idosos em 35 dias, o que equivale a 480 casos diários de violência contra idosos. A operação resgatou 167 vítimas e prendeu mais de 400 pessoas por abandono de incapaz, maus tratos, tortura e apropriação indébita.

    No combate à violência contra a mulher, a Operação Maria da Penha, disse o ministro, prendeu mais de 14 mil pessoas acusadas de violência doméstica e atendeu mais de 120 mil mulheres vítimas do descumprimento de medidas protetivas. A pasta está discutindo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos a elaboração de uma estratégia nacional de combate à violência doméstica.

    Consumidores

    Anderson Torres também citou o trabalho da Secretaria de Defesa do Consumidor, que elaborou uma lista de dicas para o consumidor não cair em fraudes na Black Friday. Sobre a Força Nacional de Segurança Pública, o ministro lembrou que os policiais têm contribuído com a Operação Guardiões do Bioma e com crises no sistema penitenciário. “É o braço armado do Ministério da Justiça que atua muito nessas ações específicas, quando o governo federal é chamado para ajudar”, declarou.

    Assista, na íntegra, A Voz do Brasil:

  • Agosto Lilás: Capacitação aborda métodos de combate e prevenção à violência doméstica

    Agosto Lilás: Capacitação aborda métodos de combate e prevenção à violência doméstica

    A primeira semana da campanha Agosto Lilás, mês de conscientização ao combate à violência doméstica, iniciou com compromissos através da Secretaria de Assistência Social de Lucas do Rio Verde. Nesta quarta (04), aconteceu o segundo evento para marcar a data, através de uma capacitação para Forças de Segurança no Enfrentamento à Violência Doméstica, Familiar e de Gênero, ministrada pela delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher de Cuiabá (MT), Jozirlethe Magalhães Criveletto.

    A capacitação foi destinada aos profissionais da Assistência Social do Município, polícias Militar e Civil, Patrulha Maria da Penha, Judiciário, Câmara dos Vereadores, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e demais envolvidos da Rede de Enfrentamento à Violência Contra Mulher.

    A secretária de Assistência Social, Janice Ribeiro, exaltou a importância de palestras e capacitações para o Município abordando o tema violência doméstica. “Há dois meses nossa equipe foi à Cuiabá, conhecemos a Delegacia da Mulher e queremos concretizar este sonho em nossa cidade. A vinda da delegada Jozirlethe vai acrescentar na troca de ideias e qualificar a Rede de Enfrentamento. É uma oportunidade de diálogo e discutirmos juntos os problemas que nós temos na nossa sociedade e, a partir daí, melhorarmos ainda mais os serviços oferecidos”, explica a secretária.

    Durante a palestra, a delegada abordou sobre os tipos de violência mencionados na Lei Maria da Penha (física, moral, psicológica, patrimonial e sexual), explicou sobre termos técnicos voltados aos profissionais e sobre o ciclo da violência, método utilizado para identificar se uma mulher está sofrendo violência psicológica e física do marido em ambiente doméstico, que é dividido em três etapas: aumento de tensão, ataque violento e a ‘Lua de Mel’.

    Segundo Jozirlethe, a Delegacia da Mulher de Cuiabá trabalha com uma média de mais de duas mil medidas protetivas por ano. “Em 2020, no período da pandemia, infelizmente, nós tivemos feminicídios em Cuiabá, mas nenhum foi das nossas vítimas que pediram medidas protetivas na delegacia. Quando me perguntam sobre a eficácia da Lei Maria da Penha, da medida protetiva, eu realmente posso comprovar com esses dados que aquelas pessoas que buscaram o atendimento dentro da Delegacia da Mulher, estão vivas”, ressalta.

    As ações do Município foram apresentadas à palestrante, que elogiou os trabalhos e pretende contribuir com parcerias. “Vejo que aqui em Lucas do Rio Verde um grande esforço tem sido feito para aprimorar essa rede, para que as mulheres daqui se sintam protegidas e com coragem para denunciar. Desde os  psicólogos, patrulha Maria da Penha e outros setores que auxiliam. Vejo que tem sido um excelente trabalho e bons frutos virão”.

    Agosto Lilás

    A primeira atividade da semana aconteceu com uma palestra no pátio da Secretaria de Infraestrutura e Obras do Município para os trabalhadores homens do local, na segunda-feira (01).

    O próximo evento ocorrerá na sexta-feira (06), com a inauguração do Núcleo de Atendimento à Criança, Adolescente, Idoso e à Mulher, instalado dentro da Delegacia da Polícia Civil, com a presença de autoridades e imprensa.

     

     

  • Polícia Civil deflagra operação contra autores de violência doméstica na Capital

    Polícia Civil deflagra operação contra autores de violência doméstica na Capital

    Vinte e nove ordens judiciais relacionadas a crimes de violência doméstica foram cumpridas pela Polícia Civil, entre os dias 12 a 16 julho, na “Operação Artemis”, deflagrada pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá.

    Os mandados judiciais, sendo 27 de busca e apreensão domiciliar e dois de prisão, foram expedidos pelas Varas de Violência Doméstica da Capital, após representações da Polícia Civil, na fase do pronto atendimento à vítima ou em inquérito policial, em razão de indícios de o agressor possuir arma de fogo.

    As diligências da Operação Artemis foram realizadas durante toda semana, dando cumprimento as 27 ordens de busca e apreensão e os dois mandados de prisão expedidos pela 1ª e 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.

    As ações foram realizadas na zona rural e urbana da Capital em busca de armas de fogo e outros materiais relacionados aos crimes praticados., resultando na apreensão de 18 munições calibre 38, 10 munições calibre 12, uma munição calibre 765 e uma espingarda análoga a de pressão.

    Os trabalhos contaram com a participação de todo o efetivo de investigadores da Delegacia da Mulher de Cuiabá, além de quatro escrivães e quatro delegados da unidade.

     

  • Governo do Estado e Judiciário lançam ferramentas para quebrar o ciclo da violência doméstica

    Governo do Estado e Judiciário lançam ferramentas para quebrar o ciclo da violência doméstica

    As mulheres que vivenciam situação de violência doméstica e familiar terão, a partir desta terça-feira (22.06), mais duas ferramentas para quebrar o ciclo da violência. Trata-se do aplicativo ‘SOS Mulher MT – Botão do Pânico’ e do ‘site Medida Protetiva On-line’, ambos desenvolvidos pela Polícia Civil de Mato Grosso, em parceria com o Poder Judiciário do Estado e da Secretaria de Segurança Pública (Sesp).

    A cerimônia de lançamento contará com a presença do governador Mauro Mendes e demais autoridades, e será realizada às 14h30 do dia 22 de junho, de forma híbrida, ou seja, parcialmente presente no Auditório Gervásio Leite, localizado no TJ-MT, bem como pelo canal oficial do Judiciário no YouTube.

    O aplicativo permitirá que a mulher tenha acesso ao Botão do Pânico, um pedido de socorro no formato virtual, quando o agressor descumprir a medida protetiva. Ao acionar o botão, em 30 segundos o pedido chega ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).  O Ciosp enviará a viatura mais próxima, em socorro à vítima.

    É importante ressaltar que o Botão do Pânico está disponível para mulheres que moram nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres e Rondonópolis, onde já tem unidades do Ciosp. Também é necessário lembrar que para ter acesso à ferramenta, um juiz precisa autorizar a liberação, que é solicitada no momento em que a vítima requere a medida protetiva.

    Para as mulheres das demais cidades o aplicativo oferece as demais funcionalidades, como canal de denúncias, solicitação de medida protetiva e telefones de emergência.

    Já o site ‘Medida Protetiva Online’ permite que a mulher vítima de violência possa solicitar o serviço sem a necessidade se deslocar até uma delegacia. Mulheres de todo o estado podem solicitar medida protetiva online, pelo site ou pelo aplicativo SOS Mulher. Assim que a vítima preenche todos os dados, a medida protetiva será analisada por um delegado que, na sequência envia para um juiz para análise do pedido. A medida protetiva já é integrada ao Processo Judicial eletrônico (PJe), de forma ágil e segura, com resposta à vítima em poucas horas.

    A imprensa poderá acompanhar a solenidade através das redes sociais do Governo do Estado e no Instagram da Polícia Civil @pcmt_oficial.