Tag: violência doméstica

  • Grávida de seis meses foi vítima de agressão por cantor em Nova Mutum

    Grávida de seis meses foi vítima de agressão por cantor em Nova Mutum

    Nova Mutum, MT – Um cantor sertanejo conhecido da região, cujo nome não foi divulgado, foi preso em flagrante na manhã de quarta-feira (1º) por violência doméstica contra sua esposa grávida, em Nova Mutum (a 264 km de Cuiabá).

    Segundo a Polícia Militar, a vítima, grávida de seis meses, preparou um café da manhã para o marido e o levou na cama. No entanto, ele não gostou de ser acordado e reagiu com extrema violência.

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    Grávida de seis meses foi vítima de agressão por cantor em Nova Mutum

    O cantor deu um chute na barriga da esposa, jogou a bandeja no chão, a empurrou para fora do quarto e trancou a porta. Desesperada, a vítima pulou a janela para escapar e acionou a PM.

    Os policiais encontraram o cantor dentro do quarto e o questionaram sobre o crime. Ele alegou que se irritou facilmente devido ao uso de medicamentos para dormir, tomados horas antes.

    No local, a PM encontrou um prato quebrado e alimentos espalhados pelo chão, evidências da agressão. Diante das provas e do relato da vítima, o cantor foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia para as medidas cabíveis.

    Este caso chocante levanta importantes questões sobre a violência doméstica e a necessidade de proteção das mulheres, especialmente durante a gestação.

    Agressões físicas e psicológicas contra mulheres grávidas são crimes graves e devem ser denunciadas.

    Se você presenciar ou sofrer qualquer tipo de violência doméstica, ligue para 180.

  • Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica recebe capacitação do projeto “Casa de Eurídice”

    Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica recebe capacitação do projeto “Casa de Eurídice”

    A Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica de Lucas do Rio Verde participou de capacitação nesta quarta-feira (17), no Auditório do Paço, para a implantação do projeto “Casa de Eurídice”, que oferece suporte integral 24 horas às vítimas, com assistentes sociais, psicólogos e uma rede de apoio completa, que será disponibilizada a todos os municípios de forma on-line.

    A iniciativa é da primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes e leva o nome de sua mãe, através do projeto apresentado pela Polícia Judiciária Civil (PJC).

    A delegada Jannira Laranjeira, coordenadora estadual da Coordenadoria de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres e Vulneráveis, ministrou a capacitação. “Queremos ampliar o atendimento à mulher vítima de violência doméstica e que a justiça seja efetivada desde o atendimento policial, porque temos a consciência que o enfrentamento à violência doméstica precisa ser trabalhado em rede, já que cada mulher tem suas necessidades que precisam ser identificadas no primeiro atendimento”, explicou a delegada.

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    (Foto: Ascom Prefeitura/Anderson Lippi)

    “A violência doméstica é preocupante não apenas em um município, mas no país inteiro. Portanto, novas ações e novas ferramentas sempre somam com a nossa luta contra esse mal, para inibir a ação do agressor. Agradeço ao Governo do Estado por mais uma iniciativa. Com certeza vamos abraçar a causa”, integrou a secretária de Assistência Social e Habitação, Janice Ribeiro.

    No dia 16 de abril, o efetivo da Polícia Judiciária Civil de Lucas do Rio Verde recebeu a capacitação totalmente online. A ferramenta conta com atendimento virtual multidisciplinar: orientação jurídica com advogados credenciados; apoio psicológico por meio de plantão social via WhatsApp; assistência social e inserção produtiva por meio de cursos de qualificação, a exemplo do programa “SER Família Capacita”.

    Com informações Secom/MT

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  • Com feminicídios em alta no Rio, pesquisadoras pedem mais investimento

    Com feminicídios em alta no Rio, pesquisadoras pedem mais investimento

    Na semana passada, uma mulher de 39 anos foi morta depois de atacada pelo ex-companheiro e de ter o corpo incendiado em uma plataforma de trem na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Ela fugiu pelos trilhos e chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu. Após o crime, o homem cometeu suicídio jogando-se da Ponte Rio-Niterói.

    No dia seguinte, outra mulher sofreu queimaduras durante uma discussão com o companheiro em Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense. O homem jogou álcool no quarto do casal e ateou fogo. A mulher precisou ser hospitalizada após as chamas atingirem cabelo, braços, costas e pernas.

    Os dois crimes, praticados com requintes de crueldade, foram registrados em um momento em que as estatísticas oficiais indicam aumento significativo de casos e de tentativas de feminicídio no estado do Rio de Janeiro. Segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ), nos dois primeiros meses do ano passado, ocorreram 16 feminicídios e 53 tentativas, totalizando 69 casos. No mesmo período deste ano, foram registrados 20 casos e 82 tentativas de feminicídio, somando 102 registros, com alta de 47,8%.

    Chamam a atenção os dados de fevereiro de 2024, último mês com estatísticas públicas até o momento. Os registros mostram recorde de tentativas de feminicídio desde 2018, primeiro ano da série histórica divulgada pelo ISP-RJ. Foram 47 casos. Até então, o mês com maior número de ocorrências desse tipo era março de 2019, quando houve 42 anotações.

    Em nota, o governo do Rio afirma que o combate à violência contra a mulher é prioridade e destaca que a Polícia Civil conta com 14 delegacias de Atendimento à Mulher em todo o estado. Segundo a nota, nos últimos anos, 100% das investigações de feminicídios ocorridos na região metropolitana do Rio de Janeiro levaram à elucidação do crime.

    “A Polícia Civil atua de forma integrada com a Polícia Militar no enfrentamento à violência doméstica, familiar e de gênero. Durante o mês de março, no escopo da Operação Átria, as instituições prenderam 819 pessoas por violência contra mulher, e cerca de 13 mil medidas protetivas de urgência foram solicitadas”, acrescenta a nota.

    Punição não é o bastante

    Para pesquisadoras ouvidas pela Agência Brasil, o Estado precisa investir mais para alterar essa realidade. Elas consideram importante punir os criminosos, mas ressaltam a necessidade de ir além, ampliando as campanhas preventivas e educativas e garantindo acesso a serviços de acolhimento para mulheres em situação de violência.

    “Falta prevenção. Estamos apostando muito na punição. É importante punir, mas não vamos mudar o cenário sem campanhas públicas regulares, sem ações de educação nas escolas”, diz a socióloga Jacqueline Pitanguy, pesquisadora e coordenadora da organização não governamental (ONG) Cepia.

    Jaqueline lamenta que o governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro, tenha descontinuado políticas públicas de abrangência nacional. “O conflito é inevitável nas relações humanas, mas precisamos mostrar para as pessoas que há outras formas de resolvê-los sem que se recorra à violência”.

    A coordenadora do Observatório Latino-americano de Justiça em Feminicídio e do Grupo de Pesquisa sobre Violência de Gênero da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Cristiane Brandão, manifesta-se na mesma linha. “Temos que atuar em muitas esferas, e não exclusivamente pelo direito penal ou pelo sistema de justiça criminal.”

    Segundo Cristiane, é preciso trabalhar com a educação, inclusive no médio e longo prazos. E também promover esses outros espaços que vão além da delegacia. “Promover os centros de referência como um espaço de acolhimento, de escuta sensível, de atendimento humanizado. Que se garanta um atendimento de forma integrada, levando ao fortalecimento dessa mulher”, acrescenta.

    Nem todo homicídio que tem uma mulher como vítima se enquadra como feminicídio, crime que foi tipificado no Brasil em 2015. Ele é caracterizado como o assassinato que envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Quando o ato não é consumado, ele é tratado como tentativa de feminicídio.

    Campanhas preventivas e educativas devem contribuir para desconstruir a estrutura patriarcal que fundamenta a sociedade brasileira, diz Jaqueline. “Os homens sempre foram colocados em posição de domínio, e as mulheres, de subalternidade em diferentes esferas da vida, inclusive nas relações afetivas. Esta é uma carga histórica e secular de conformação da identidade masculina como dominante.”

    De acordo com Cristiane, isso está presente também em formas de violência patrimonial, quando o homem controla o dinheiro ou impede a mulher de trabalhar. “Está presente no controle da vida da mulher, em que ela tem que obedecer, fazer do jeito que o homem falou, usar a roupa que ele quer. A violência doméstica é uma violência em grande parte de repetição e de correção.”

    A socióloga lembra que, no passado, a legislação do país sobre costumes era extremamente conservadora. As mulheres precisavam se casar virgens, e o adultério era crime. Segundo Jacqueline Pitanguy, a ideia de que não há chefe ou hierarquia na sociedade conjugal foi uma conquista na Constituinte de 1988. Esse lugar de dominação não é apenas um dado cultural, estava presente nas nossas leis. E hoje se vê isso ser frequentemente reafirmado, inclusive por meio de algumas interpretações religiosas, acrescenta.

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    Sem quedas consecutivas

    A série histórica divulgada pelo ISP-RJ mostra que, desde 2018, nunca houve queda do número de feminicídios por dois anos consecutivos. Em 2020, houve redução, seguida por um aumento em 2021. Em 2022, um novo crescimento, que gerou o maior pico em um período de cinco anos: foram 111 registros. Embora os casos tenham voltado a cair em 2023, os números já divulgados dos primeiros meses de 2024 indicam que, provavelmente, haverá nova alta.

    “Um dado importante a considerar é a pandemia de covid-19, porque houve uma baixa em 2020. Os registros diminuíram nesse período, mas isso não significa que a violência tenha diminuído. Pesquisas mostraram isso claramente. As vítimas tiverem menos acesso a hospitais e delegacias, enfim, às instâncias de segurança, de justiça e de saúde, onde são acolhidas. E, consequentemente, isso afetou os registros”, observa Jacqueline.

    Ela destaca também que é alta a subnotificação dos dados envolvendo a violência contra a mulher. O problema ocorre em todas as classes e em famílias de diferentes raças. “E reverbera entre casais negros, brancos, azuis. Mas acontece que algumas mulheres são mais vulneráveis porque têm menos recursos para enfrentar a situação. Na periferia, muitas vezes, não conseguem ter a proteção do Estado. Mulheres brancas de classe média podem, por exemplo, recorrer a advogados particulares e, às vezes, resolvem a situação sem fazer registro formal. Isso acontece.”

    Critério

    Para Cristiane Brandão, há um problema de critério nas estatísticas oficiais produzidas com base em registros policiais: os casos de feminicídio ou de tentativa de feminicídio quase sempre são atrelados apenas a ocorrências de violência doméstica ou violência no âmbito de relações afetivas, especialmente quando há tentativa de rompimento dessa relação. Dessa forma, assassinatos em que a discriminação à condição de mulher ocorre em outros contextos não são enquadrados, gerando subnotificação.

    Cristiane cita estudos realizados sobre o cenário observado na década de 1990 em Ciudad Juárez, uma cidade mexicana situada na fronteira com os Estados Unidos. Na época, foram registrados diversos casos de morte violenta de mulheres. “Tivemos ali, nesse momento histórico, a implantação de empresas voltadas para a maquiagem e para a confecção, que passaram a usar mulheres como mão de obra. E, quando as mulheres passam a ocupar o espaço público, disputar o mercado de trabalho, surgem conflitos”, explica.

    A socióloga destaca ainda que os dados do ISP-RJ mostram uma realidade parcial. “Talvez fosse mais correto dizer que houve aumento de feminicídios íntimos. O olhar do sistema de justiça criminal é muito voltado para o reconhecimento do feminicídio apenas quando se tem uma relação doméstica ou familiar. Esses casos representam de 98% a 99% dos processos sobre feminicídio que tramitam nos tribunais de justiça do Brasil.”

    *Colaborou Fabiana Sampaio, repórter da Rádio Nacional do Rio de Janeiro

    Edição: Nádia Franco

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  • Violência doméstica: Justiça determina que filho de Lula deixe apartamento onde mora

    Violência doméstica: Justiça determina que filho de Lula deixe apartamento onde mora

    O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu medida protetiva à médica Natália Schincariol, que registrou boletim de ocorrência por violência doméstica contra Luís Cláudio Lula da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão determina que Luís Cláudio deixe o apartamento onde vive com Natália e não faça contato nem se aproxime a menos de 200 metros da ex-mulher.

    A ocorrência foi registrada na Delegacia da Mulher de São Paulo nessa terça-feira (2) e um inquérito policial foi instaurado. Segundo Natália, os dois vivem em união estável há dois anos. Ela relatou que foi agredida por Luís Cláudio com uma cotovelada em janeiro deste ano e que sofre agressões verbais e violências de natureza psicológica e moral.

    Natália afirmou ainda que não fez a denúncia antes por ter sido intimidada por Luís Cláudio, em razão do cargo ocupado pelo pai do ex-companheiro.

    “Diante de possível situação de vulnerabilidade da mulher, verifico a presença de requisitos legais para a concessão das medidas protetivas previstas no art. 22, da Lei nº 11.340/2006 [Lei Maria da Penha]”, diz a decisão judicial.

    Em nota publicada nas redes sociais, a defesa de Natália afirmou que confia nas instituições responsáveis pela condução do processo para que “a verdade prevaleça e que a justiça seja feita”.

    “Como inúmeras mulheres em todo o Brasil, [Natália] enfrentou uma série de adversidades que culminaram em agressões das mais variadas, conforme registrado em boletim de ocorrência. Além disso, apesar de a física ser a mais conhecida e disseminada nos veículos de informação, as violências psicológica e moral são tão danosas quanto”, diz a nota, acrescentando que Natália não pretende obter qualquer vantagem financeira com tal exposição.

    Também nas redes sociais, Luís Cláudio publicou nota de sua defesa que diz que as declarações de Natália são “fantasiosas” e que serão tomadas todas as medidas legais pertinentes. “As mentiras são enquadráveis nos tipos dos delitos de calúnia, injúria e difamação, além de responder por reparação por danos morais”, diz.

    Edição: Aécio Amado

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  • Homem é preso pela PM após tentar invadir casa da ex-mulher com facão em Nova Mutum

    Homem é preso pela PM após tentar invadir casa da ex-mulher com facão em Nova Mutum

    Um homem de 46 anos foi preso pela Polícia Militar (PM) na noite deste domingo (31) após tentar invadir a casa da ex-mulher com um facão em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá.

    A vítima acionou a PM após o homem tentar pular o muro de sua residência para agredi-la. Quando a guarnição chegou ao local, o suspeito já havia se evadido.

    A vítima relatou que o ex-marido já havia entrado na casa mais cedo para agredi-la, portando uma faca de cabo amarelo. Ela conseguiu fugir na ocasião.

    Enquanto a PM conversava com a vítima, o suspeito retornou à residência com um facão em mãos. Ao avistar os militares, ele empreendeu fuga, sendo perseguido e abordado.

    O homem, que também estava com uma faca menor na cintura, foi contido, algemado e colocado na viatura. Durante a abordagem, ele partiu para cima dos policiais e os ameaçou, dizendo: “Vocês vão se ver comigo, eu sei como funciona, vocês vão se dar mal”.

    Diante dos fatos, o indivíduo foi encaminhado à Delegacia Judiciária Civil para as devidas providências.

  • Briga familiar termina com fuga de homem que ameaçou parente com arma de fogo em Nobres

    Briga familiar termina com fuga de homem que ameaçou parente com arma de fogo em Nobres

    Uma briga familiar em um residência no Bairro Recanto dos Pássaros, em Nobres (MT), terminou com a fuga de um homem que ameaçou um parente com uma arma de fogo na noite dessa sexta-feira (29). A Polícia Militar foi acionada e apreendeu a arma, uma espingarda calibre 32, com duas munições intactas.

    Segundo o relato da equipe do Grupo de Apoio do 7º BPM, os policiais foram acionados para atender a uma ocorrência de desinteligência familiar com ameaças e uso de arma de fogo. Ao chegarem ao local, o suspeito, de 37 anos, já havia se evadido

    Os familiares relataram que o suspeito e a vítima de 35 anos, não se dão bem desde uma desavença anterior. Na noite dessa sexta-feira, os dois novamente se desentenderam e o homem teria pegado a arma de fogo para ameaçar a vítima. Ele foi contido por familiares, mas conseguiu fugir antes da chegada da polícia.

    A mãe do suspeito e sogra da vítima, relatou que não sabia se a arma era legalizada e se o filho tinha registro e porte para posse. Após diálogo com a equipe policial, os familiares resolveram entregar a arma de fogo.

    A espingarda calibre 32, com número de série ilegível, e as duas munições intactas foram apreendidas e encaminhadas para a Delegacia de Polícia. As partes foram orientadas a procurar a delegacia para registrar a ocorrência e dar seguimento ao caso.

  • Homem tenta matar cunhada a facadas em Nova Mutum e é preso pela PM

    Homem tenta matar cunhada a facadas em Nova Mutum e é preso pela PM

    Um homem de 33 anos foi preso em flagrante pela Polícia Militar (PM) na noite deste domingo (24), após tentar matar sua cunhada de 38 anos a facadas, no bairro Flor do Pequi I, em Nova Mutum (MT).

    O motivo do crime ainda é desconhecido. Segundo informações da PM, a vítima saiu de casa correndo após um desentendimento com o suspeito. Ele a perseguiu, a derrubou no chão e a esfaqueou no pescoço, pulso direito e supercílio esquerdo.

    Uma testemunha presenciou a agressão e interveio, mandando o homem parar. A filha do suspeito também chegou ao local e conseguiu tomar a faca dele. Em seguida, o agressor fugiu.

    O Corpo de Bombeiros foi acionado e socorreu a vítima ao Hospital Regional Hilda Strenger Ribeiro. A PM também foi informada e realizou diligências para localizar o suspeito.

    Ele foi encontrado em um veículo VW Gol branco em frente à casa de seu pai. O homem foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia Judiciária Civil para as devidas providências.

    Segundo a PM, a vítima foi submetida a cirurgia para suturar os ferimentos, que apresentavam pedaços de vidro em seu interior. O estado de saúde dela não foi divulgado.

    O homem foi autuado por homicídio doloso (com intenção de matar) e está à disposição da Justiça.

  • Debate em Mato Grosso aponta desafios no combate à violência doméstica

    Debate em Mato Grosso aponta desafios no combate à violência doméstica

    A Comissão de Direitos Humanos realizou uma audiência pública nesta sexta-feira no município de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, para discutir o combate à violência doméstica. Especialistas presentes defenderam a necessidade de aprimorar a legislação que pune os agressores, porém, também sugeriram ações em outras áreas para reduzir os casos de violência contra a mulher. Mais informações com o repórter Alexandre Campos.

    A audiência pública proposta pela senadora Margareth Buzetti, do PSD, teve como objetivo discutir o cenário da violência contra a mulher e as possíveis mudanças nas leis para enfrentá-lo. Buzetti, representante de Mato Grosso, é autora de dois projetos nesse sentido. Um deles visa tornar o feminicídio um crime autônomo e hediondo, com pena de 20 a 40 anos. O outro projeto busca prevenir esses crimes tornando público o cadastro nacional de pessoas condenadas por pedofilia e estupro em primeira instância. Para Buzetti, é crucial que a proteção das informações judiciais seja voltada para a mulher, não para o agressor.

    Durante a audiência, em Lucas do Rio Verde, Buzetti compartilhou dados do DataSenado sobre a violência contra a mulher no Brasil, destacando que 48% das entrevistadas já foram vítimas de violência praticada por homens, sendo que 30% dessas agressões ocorreram até os 19 anos. Em 2023, Mato Grosso registrou 46 casos de feminicídio, sendo que apenas 8 vítimas não contavam com medidas protetivas. Esses números evidenciam a importância de buscar ajuda do estado diante de ameaças.

    A delegada-geral da Polícia Civil do estado, Daniela Maidel, ressaltou a eficácia das medidas protetivas e encorajou as mulheres a denunciarem casos de violência. Para Maidel, procurar ajuda é significativo e necessário para enfrentar a violência doméstica.

    Gileade Pereira, promotora de justiça, alertou para a gravidade das “pequenas agressões” que precedem o feminicídio, enfatizando a necessidade de interromper esse ciclo de violência desde o início. Na visão dela, a tolerância com essas pequenas agressões reforça a crença do agressor de que ele possui controle sobre a mulher, alimentando a tragédia do feminicídio.

    Os participantes também debateram a importância da educação na mudança da cultura machista, a interiorização de políticas de proteção às mulheres, como o botão antipânico e a patrulha Maria da Penha, além da capacitação dos profissionais envolvidos no atendimento às vítimas. Destacou-se também a necessidade de envolvimento dos homens nos debates sobre violência doméstica para promover uma sociedade mais igualitária.

  • Operação Átria: Polícia Civil prende homem por violência doméstica e apreende armas em MT e GO

    Operação Átria: Polícia Civil prende homem por violência doméstica e apreende armas em MT e GO

    A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (13) a Operação Átria, em combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, no município de Gaúcha do Norte (MT). A ação resultou na prisão de um homem por crimes sexuais e violência doméstica, além da apreensão de diversas armas de fogo e munições em suas propriedades em Mato Grosso e Goiás.

    Na fazenda do investigado em Gaúcha do Norte, a equipe policial encontrou armas de fogo e munições de calibres 38 e 9 mm. Dois funcionários foram detidos em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e posse irregular de arma de fogo de uso restrito.

    O dono da fazenda foi preso no interior de Goiás, onde também possui propriedade. Na ação, com apoio da Polícia Civil goiana, foram apreendidos dois fuzis 556, uma espingarda calibre 12, uma pistola 9 mm e um revólver, além de diversas munições.

    Segundo o delegado de Gaúcha do Norte, Gabriel Conrado, o proprietário rural responde por crimes sexuais, porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo, ameaça e lesão corporal, inclusive contra a própria filha.

    “Com base em elementos da investigação, representamos ao Poder Judiciário pelas buscas e pela prisão preventiva do investigado”, explica o delegado.

    No alojamento dos funcionários na fazenda em Gaúcha do Norte, foram encontradas dezenas de estojos deflagrados de calibre 38 e munições intactas do mesmo calibre. Em outro ponto da propriedade, foram localizadas munições calibre 9mm e um estojo de pistola Taurus.

    Com dois funcionários que trabalhavam no campo, foram apreendidos o revólver calibre 38 e a pistola calibre 9 mm dentro de seu veículo. Ambos foram informados dos mandados de busca e assumiram a posse das armas.

    A Operação Átria é realizada pela Polícia Civil em todo o país durante o mês de março, com o objetivo de intensificar o combate à violência contra a mulher.

  • Violência doméstica é tema de palestra para mulheres em Lucas do Rio Verde

    Violência doméstica é tema de palestra para mulheres em Lucas do Rio Verde

    Violência doméstica contra a mulher: Feminicídio e os fatos de risco e violência psicológica foi tema de palestra realizada no auditório do Paço Municipal, na tarde desta segunda-feira (11). A ação é uma realização da Delegacia de Polícia Judiciária Civil de Lucas do Rio Verde, por meio do Núcleo de atendimento as vítimas de violência doméstica, com apoio de Assistência Social de Habitação.

    O evento contou com a palestra da delegada de polícia do estado de Mato Grosso, que tematizou situações como orientações práticas sobre o atendimento à vítima de violência doméstica, Lei Maria da Penha, o que configura a violência doméstica e familiar contra a mulher, medidas protetivas que a vítima pode requerer liminarmente, entre outros assuntos.

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    (Foto: Ascom Prefeitura/Andrew Aragão)

    “No mês de março sempre nos preocupamos sobre o que podemos oferecer a mais do que já oferecemos, então nós, enquanto secretaria, nos reunimos com a Rede de Enfrentamento e Combate a Violência Contra a Mulher e felizmente temos uma rede comprometida, fortalecida e participativa com as causas da violência, hoje tivemos uma palestra que nos servirá de auxílio para continuar servindo à população”, explica primeira-dama e secretária de Assistência Social e Habitação, Janice Ribeiro.

    No encontro também foram abordados assuntos o papel das pessoas para prevenir a violência doméstica.

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    (Foto: Ascom Prefeitura/Andrew Aragão)

    Violência doméstica

    “É um evento voltado a conscientização, faz parte das ações que o núcleo vem implementando no decorrer de março, mês da mulher. Não podemos trazer números isolados, mas conscientizar o máximo de pessoas, e também dar conhecimento as vítimas que o núcleo em Lucas existe para acolhimento, atendimento, temos toda uma rede integrada e que a mulher pode procurar ajuda”, pontua delegada da Polícia Judiciária Civil de Lucas do Rio Verde, Ana Terra.

    A Delegada Judá Marcondes se mostrou entusiasmada com a cidade e pontuou que muitas mulheres espalhadas em Mato Grosso, ainda não tem conhecimento de ações e as medidas que podem ser um auxílio para identificar o crime.

    “Estou aqui para trazer conhecimento e, entre os fatores que analisamos, observamos que boa parte das mulheres vítimas de feminicídio tinha conhecimento de que elas estavam vivenciando violência dentro de casa, e também sabemos que 80% das mulheres que sofreram violência, nunca pediram medida protetiva e para nós são dados alarmantes. Lucas tem uma inclinação para esse tema e vemos uma primeira-dama atuante, juntamente com a rede de enfrentamento em que a Polícia e Prefeitura buscam o enfrentamento para tal crime”, pontua delegada de polícia do estado de Mato Grosso.

    A delegada do estado também destacou a operação nacional denominada como Átria, que está sendo realizada em Mato Grosso e segue até o dia 29 de março, como foco a busca de suspeitos de feminicídio, ameaça, lesão corporal, estupro, importunação, perseguição (stalking), descumprimento de medidas protetivas, entre outros crimes.

    Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher

    O núcleo foi instalado dentro da delegacia da Polícia Civil com objetivo de atendimento humanizado das mulheres em situação de violência. O espaço conta com psicólogos e demais profissionais capacitados, com sensibilidade para tratar as vítimas de agressões físicas e psicológicas.

    Uma das vantagens é a celeridade que o serviço oferece. Através do núcleo, a mulher realiza o Boletim de Ocorrência e logo recebe atendimento psicossocial e jurídico, procedimentos que sem o Núcleo podem demorar alguns dias.

    O Núcleo tem a função de proporcionar atendimento interdisciplinar e humanizado às mulheres em situação de violência (doméstica ou não), ambiente acolhedor e confortável, interromper o ciclo da violência, inserir a mulher na rede local, aumentar a sensação de segurança da mulher, proteger a integridade física e psicológica da mulher e de seus filhos.

    Denuncie

    O número de emergência em situações graves e que exigem socorro imediato é o 190. Para registrar qualquer denúncia, basta ligar para 197, 180 e 181. Todas as denúncias são sigilosas.

    Em Lucas do Rio Verde, denúncias podem ser feitas através do 197 (Polícia Civil), 190 (Polícia Militar) ou 153 Guarda Civil Municipal

    As denúncias também podem ser registradas presencialmente nas delegacias de Mato Grosso ou qualquer delegacia do município em que a vítima mora.

    Audiência Pública

    No dia 15 de março, às 14h (horário de Mato Grosso), no auditório da Câmara de Vereadores, a população está convidada a participar da audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, presidida pela senadora Margareth Buzetti em parceria com a Prefeitura de Lucas do Rio Verde, em nome da primeira-dama e secretária de Assistência Social Janice Ribeiro e Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde, pela presidente da Câmara, Sandra Barzotto.

    O tema abordado será “Você não está sozinha. Debatendo o combate à violência doméstica”.

    A audiência pública será transmitida pela TV Senado e contará com demais autoridades nacionais, estaduais e locais.

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