Tag: violência contra mulher

  • Autópsia revela que adolescente grávida foi mutilada enquanto ainda estava viva em Cuiabá 

    Autópsia revela que adolescente grávida foi mutilada enquanto ainda estava viva em Cuiabá 

    O exame de necropsia realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) no corpo da adolescente Emelly Azevedo Sena, de 16 anos, grávida de nove meses, confirmou que a jovem morreu devido a um choque hipovolêmico hemorrágico, causado por grandes ferimentos no abdômen para a retirada do feto. A perícia constatou que Emelly ainda estava viva no momento em que o bebê foi extraído de seu ventre.

    Além disso, o laudo revelou múltiplas lesões contundentes na vítima, incluindo marcas de agressões na face e no olho direito, possivelmente causadas por socos. A adolescente também foi encontrada com os punhos e pés amarrados com cabos de internet, indicando que foi imobilizada durante o crime brutal.

    Detalhes da perícia 

    As informações foram divulgadas pela Diretora Metropolitana de Medicina Legal, Alessandra Carvalho Mariano, em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (14), na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública. O Diretor-Geral da Politec, Jaime Trevizan Teixeira, também detalhou as investigações em andamento.

    Segundo Trevizan, exames de DNA estão sendo realizados para confirmar o vínculo genético entre o bebê e a vítima, além de análises de vestígios encontrados no local do crime. Um exame toxicológico foi solicitado para verificar se Emelly foi dopada antes de ser morta. Foram coletadas amostras sob as unhas da jovem para determinar se ela tentou se defender do agressor.

    “A perícia aplicou o reagente químico luminol para identificar vestígios de sangue na residência onde a vítima foi morta. Coletamos amostras para análise e identificamos sulcos nas mãos e no pescoço, indicando possível uso de instrumento constrictor. Além disso, encontramos sacolas plásticas, possivelmente usadas para abafar o som”, afirmou o diretor da Politec.

    Destreza na execução do crime

    O que mais chamou a atenção dos peritos foram duas incisões precisas em formato de “T” no abdômen da vítima, demonstrando que o assassino possuía conhecimento técnico na realização do procedimento.

    “O que podemos afirmar com certeza é que a vítima morreu após perder todo o sangue do corpo. As aberturas foram feitas de forma precisa, preservando camadas da pele, órgãos internos e o útero, onde ainda havia vestígios placentários, confirmando que ela era puérpera”, explicou Alessandra Carvalho.

    Investigação em andamento

    Os laudos periciais serão finalizados e entregues à Polícia Civil no prazo de 30 dias, contendo um relatório detalhado sobre todos os vestígios analisados.

    “Estamos montando um quebra-cabeça. Existem diversos exames ainda em andamento, e as investigações precisam avançar para que possamos cruzar informações técnicas e chegar ao desfecho desse caso”, concluiu Trevizan.

  • Lei do Feminicídio completa 10 anos com impunidade como desafio

    Lei do Feminicídio completa 10 anos com impunidade como desafio

    A Lei do Feminicídio completou dez anos de vigência neste domingo (09). Sancionada em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff, a norma inseriu no Código Penal o crime de homicídio contra mulheres no contexto de violência doméstica e de discriminação.

    Em outubro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.994/24 e ampliou a pena para quem comete o crime. A punição, que variava entre 12 a 30 anos de prisão, passou para mínimo de 20 e máximo de 40 anos.

    De acordo com números do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), o Brasil registra cerca de 1 mil assassinatos de mulheres por ano. O banco de dados é mantido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a partir de informações enviadas pelos estados à pasta. Até outubro de 2024, foram registrados no país 1.128 mortes por feminicídio no país.

    No Judiciário, também foi registrado um volume alarmante de processos envolvendo feminicídios. No ano passado, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) registrou 8,3 mil processos sobre o assassinato de mulheres. Em 2023, existiam 7,4 mil processos.

    As movimentações processuais relacionadas a medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha também foram alvo de análise pelo CNJ. Houve 827,9 mil procedimentos desse tipo em 2024.

    De acordo com o CNJ, surgiram no Judiciário brasileiro, no mesmo período, 959,2 mil novos casos de violência doméstica. O número é equivalente a 2,6 novas ações diárias.

    Para ampliar o monitoramento da atuação do Judiciário no combate à violência contra a mulher, o Conselho vai lançar na terça-feira (11) um novo painel eletrônico sobre os processos envolvendo violência doméstica.

    Com a nova plataforma será possível verificar a atuação individual das varas especializadas em violência doméstica e das unidades judiciárias com competência exclusiva para atuar nesse tipo de processo.

    São Paulo (SP), 08/03/2025 - Ato unificado pelo dia internacional de luta da mulher, com o tema São Paulo (SP), 08/03/2025 – Ato unificado pelo Dia Internacional de Luta da Mulher. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

    Dia da Mulher

    Neste sábado (08), Dia Internacional da Mulher, diversos atos pelo país pediram o reconhecimento do direito das mulheres. Entre as pautas reivindicadas, o combate efetivo ao feminicídio.

    Feminicídio zero

    Na semana passada, durante o Carnaval, o Ministério das Mulheres lançou a campanha Feminicídio Zero na Sapucaí. A campanha contou também com o apoio dos ministérios da Igualdade Racial e da Saúde.

    Feminicídio Zero é uma mobilização nacional permanente do Ministério das Mulheres, que conta com diferentes frentes de atuação com comunicação ampla e popular, implementação de políticas públicas e engajamento de influenciadores.

    Pequim+30

    A Organização das Nações Unidas Mulheres (ONU Mulheres) publicou um relatório que relata retrocessos nos direitos das mulheres. O documento mostra o balanço da jornada de 159 dos 189 países signatários da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim. As ações dos países membros da ONU serão analisada em Nova York, nos próximos dias, em uma sessão especial da organização, que contará com a participação do Brasil.

  • Homem é preso por agredir ex-companheira e violar medidas protetivas em Mato Grosso

    Homem é preso por agredir ex-companheira e violar medidas protetivas em Mato Grosso

    A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu um homem em flagrante nesta quinta-feira (09/01) após ele agredir gravemente sua ex-companheira em Cuiabá. O caso foi registrado pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher.

    De acordo com informações, o suspeito descumpriu medidas protetivas que o proibiam de se aproximar da vítima, invadindo sua casa. Durante a ação, ele cortou os fios da geladeira e do gás, além de ameaçar a vítima de morte e agredi-la fisicamente.

    Após ser acionada, a Polícia Civil realizou diligências que resultaram na captura do agressor. Ele foi levado para a delegacia, autuado em flagrante pelos crimes de ameaça, lesão corporal e descumprimento de medidas protetivas. O homem está à disposição da Justiça.

    Fonte: Assessoria Polícia Civil-MT

  • Polícia Civil Intensifica Buscas por Suspeito de Feminicídio em Mato Grosso

    Polícia Civil Intensifica Buscas por Suspeito de Feminicídio em Mato Grosso

    A Polícia Civil de Mato Grosso está à procura de um homem acusado de um feminicídio brutal que ocorreu em setembro de 2024, na zona rural de Ipiranga do Norte. A vítima foi levada ao hospital pelo próprio autor do crime, que alegou tentativa de suicídio antes de fugir.

    De acordo com as investigações, o autor jogou combustível na vítima e a incendiou. A filha da vítima denunciou o crime, revelando um histórico de agressões, incluindo uso de arma de fogo e ameaças.

    O delegado Bruno França Ferreira afirmou que o suspeito possui um histórico de desprezo pelo sexo feminino e destacou a brutalidade do crime.

    Buscas por justiça

    Nesta quarta-feira, 8 de janeiro, a Polícia realizou buscas em Matupá, mas não localizou o suspeito. Informações sobre seu paradeiro podem ser enviadas para os contatos da Polícia Civil.

    O suspeito também é investigado por outros homicídios cometidos em Peixoto de Azevedo, reforçando a gravidade de seu histórico criminal.

    Fonte: Secom-MT

  • A cada 24 horas, ao menos oito mulheres foram vítimas de violência

    A cada 24 horas, ao menos oito mulheres foram vítimas de violência

    No ano de 2023, ao menos oito mulheres foram vítimas de violência doméstica a cada 24 horas. Os dados referem-se a oito dos nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança (BA, CE, MA, PA, PE, PI, RJ, SP).

    A informação consta do novo boletim Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver, divulgado nesta quinta-feira (7). Ao todo, foram registradas 3.181 mulheres vítimas de violência, representando um aumento de 22,04% em relação a 2022, quando Pará e Amazonas ainda não faziam parte deste monitoramento.

    Ameaças, agressões, torturas, ofensas, assédio, feminicídio. São inúmeras as violências sofridas que não começam ou se esgotam nas mortes registradas. Os dados monitorados apontaram 586 vítimas de feminicídios. Isso significa dizer que, a cada 15 horas, uma mulher morreu em razão do gênero, majoritariamente pelas mãos de parceiros ou ex-parceiros (72,7%), que usaram armas brancas (em 38,12% dos casos), ou por armas de fogo (23,75%).

    “A mobilização contra o feminicídio e outras formas de violência salva vidas. Nós já perdemos mulheres demais, e ainda perderemos. É a denúncia incansável que preservará a vida de tantas outras”, disse a jornalista Isabela Reis, que assina o principal texto desta edição do relatório.

    Estados

    O novo boletim ampliou a área de monitoramento. Pela primeira vez, o Pará está entre as regiões mapeadas, ocupando a quinta posição no ranking entre os oito estados com 224 eventos de violência contra mulheres. No contexto da Região Amazônica, estão as desigualdades sociais e o garimpo, que agravam essas dinâmicas violentas, segundo o relatório.

    Na comparação com 2022, os dados mostram São Paulo como o único estado a ultrapassar mil eventos de violência – alta de 20,38% (de 898 para 1.081). Em seguida vem o Rio de Janeiro, que registrou 13,94% (de 545 para 621) a mais que no ano anterior. Já o Piauí, embora registre menos casos em números absolutos, é o estado que registrou a maior taxa de crescimento: quase 80% de alta em um ano (de 113 para 202).

    Também no Nordeste, com 319 casos de violência, Pernambuco registrou 92 feminicídios. A Bahia lidera em número de morte de mulheres (199), o Ceará é o estado com maior registro de transfeminicídios (7) e o Maranhão lidera os crimes de violência sexual/estupro (40 ocorrências).

    Metodologia

    Os dados são produzidos a partir de um monitoramento diário do que circula nas mídias sobre violência e segurança. As informações coletadas de diferentes fontes são confrontadas e registradas em um banco de dados que posteriormente é revisado e consolidado.

    O monitoramento da Rede de Observatórios permite que crimes que têm evidências mas não são tipificados pela polícia, como violência contra mulheres (lesão corporal, ameaças e outros), possam ser nomeados corretamente. Dessa forma, é possível reduzir a subnotificação comum a esses casos e produzir análises mais seguras sobre o que ocorre na realidade, complementando e enriquecendo os dados oficiais.

    Edição: Denise Griesinger

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  • MPRJ: 25% dos casos de violência contra mulher ocorrem na internet

    MPRJ: 25% dos casos de violência contra mulher ocorrem na internet

    Cerca de 25% das denúncias de violência contra mulher recebidas pelo Ministério Público do Rio Janeiro (MPRJ) em 2023 apontam que os casos ocorreram em ambiente virtual, segundo a coordenadora da Ouvidoria da Mulher do MPRJ, Dina Maria Furtado de Mendonça Velloso. Do início do ano até agora, a Ouvidoria da Mulher recebeu 1.626 denúncias, sendo que 411 estavam relacionadas à violência cibernética.

    “Dentro desse universo de violência contra a mulher, a cibernética é muito expressiva”, afirmou a promotora de Justiça, ao participar de oitiva nesta segunda-feira (21) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Combate à Violência Cibernética contra as Mulheres da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

    A coordenadora acredita que o número de casos é maior, pois muitas vítimas têm medo de denunciar. Ela cita que, em julho de 2023, dos 8.073 expedientes atendidos pela Ouvidoria do MPRJ, apenas 125 tratavam de violência contra mulheres. Os canais de denúncia são site, e-mail e Sala Lilás. A ouvidoria realiza também campanhas itinerantes, que são presenciais, quando é identificado o aumento de relatos de mulheres. Segundo ela, o MPRJ estuda medidas para que as mulheres se sintam seguras a denunciar sob anonimato.

    A presidente da CPI, deputada Martha Rocha (PDT), defende que os profissionais responsáveis pelo primeiro atendimento às vítimas passem por capacitação. “É necessário uma interlocução entre as áreas da saúde e educação para que o profissional da emergência médica, no momento em que recebe uma mulher com indícios de automutilação, possa ter a sensibilidade para encaminhá-la ao tratamento psicológico e mostrar que ela pode ter sido vítima de violência cibernética”, explicou.

    A relatora da comissão, deputada Índia Armelau (PL), abordou os perigos da exposição de crianças e adolescentes em redes sociais, mesmo com autorização dos pais e responsáveis. De acordo com ela, há depoimentos de influencers que deixaram de publicar conteúdos na internet após receberem mensagens de ódio. “Fico muito preocupada com as crianças que são expostas, principalmente no que diz respeito à pedofilia e pornografia infantil”.

    * Com informações da Alerj

    Edição: Carolina Pimentel

  • Combate à violência contra mulher resulta em 3.541 inquéritos policiais instaurados na Capital

    Combate à violência contra mulher resulta em 3.541 inquéritos policiais instaurados na Capital

    O combate à violência contra as mulheres, realizado pela Polícia Civil por meio da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM), ficou evidenciado com os mais de 3,5 mil inquéritos policiais instaurados na unidade no ano de 2021. A maioria dos procedimentos instaurados na delegacia está relacionada à violência doméstica e familiar, sendo 309 por descumprimento de medidas protetivas impostas pela Lei Maria da Penha.

    No ano de 2021, foram 3.541 inquéritos policiais instaurados, 4.761 oitivas elaboradas, 116 representações judiciais e 17 prisões. Aproximadamente 2,2 mil medidas protetivas recebidas pela Delegacia da Mulher de Cuiabá foram requeridas por vítimas atendidas no Plantão 24h de Vítimas de Violência Doméstica e Sexual, além de 682 requeridas na própria Especializada, gerando o número aproximado de 3 mil medidas protetivas requeridas nesta capital. Todo montante fica sob responsabilidade da Delegacia de Defesa da Mulher quanto a Instauração das Investigações, incidentes processuais e conclusão dos Inquéritos.

    A delegada titular da Delegacia da Mulher de Cuiabá, Jozirlethe Magalhães Criveletto, explica que o descumprimento de medidas protetivas ocorre quando o autor ao ser notificado das medidas requeridas pela vítima, insiste em não obedecê-la, muitas vezes praticando novos crimes, além do descumprimento da decisão judicial. Quando os agressores insistem nas ameaças, nas perseguições, violam os domicílios para promover ofensas, agressões e outros crimes, abre-se a possibilidade da autoridade policial representar pela prisão preventiva do autor, para que permaneça restringida a sua liberdade haja vista o perigo que oferece à integridade física e psicológica da vítima.

    “Nesse sentido, o trabalho realizado pela Delegacia da Mulher é sempre um trabalho de muita responsabilidade com a celeridade no encaminhamento das Medidas Protetivas e, posteriormente, do Inquérito Policial, em decorrência do alto risco de um mal mais grave para a maioria das vítimas que recorre à unidade”, disse a delegada.

    Além dos procedimentos instaurados na unidade, foram concluídos 3.303 inquéritos policiais com encaminhamento ao Judiciário, fazendo necessário o empenho de toda uma estrutura de servidores, equipamentos públicos e uma Rede de Atendimento  que pode fornecer suporte e fomentar o engajamento sólido de combate à violência contra a mulher estabelecido na Capital.  “Hoje vemos que todos os seguimentos de atendimento às vítimas de violência doméstica não somente se empenham na sua atividade fim, mas trabalham juntas na prevenção dos casos”, frisou Jozirlethe.

    Vida nova

    Buscando não só o combate à violência, mas também oferecer uma nova visão de futuro para as vítimas, atualmente, a Delegacia da Mulher de Cuiabá trabalha em alguns projetos, como  dinâmicas em grupo para vítimas de violência sexual às quartas-feiras, o Projeto DEDM Solídária que leva informações às comunidades de mulheres juntamente com distribuição de roupas e alimentos, bem como o Projeto Cestas de Esperança produzido em Parceria com o Grupo Mulheres do Brasil de Cuiabá.

    Nova Estrutura

    O ano de 2021 também foi marcado pela inauguração da nova estrutura da Delegacia da Mulher de Cuiabá, instalada em um novo prédio, ofertando muito mais conforto, dignidade e melhores condições de atendimento não só aos servidores, mas à população de mulheres que necessitam dos serviços da unidade.

    O novo prédio tem uma área total de 1,6 mil metros quadrados, sendo 975 metros de área construída para acomodar os cartórios de quatro delegados, além do cartório central, sala de investigadores, atendimento psicossocial, sala de espera para vítimas, um amplo estacionamento, entre outros ambientes. O prédio é uma construção nova e recebeu as adaptações necessárias para abrigar a unidade policial, inclusive com a construção de celas.

    A nova estrutura da unidade especializada conta com um espaço amplo e adaptado para melhor atendimento e acolhimento a vítimas de violência doméstica e familiar, além de proporcionar um ambiente adequado de trabalho para os servidores. O prédio está localizado na Avenida Carmindo de Campos, 2.109, bairro Jardim Paulista (esquina com a Rua Bahia), próximo ao Banco do Brasil.

     

  • Creas de Lucas do Rio Verde conscientiza público masculino sobre violência contra a mulher

    Creas de Lucas do Rio Verde conscientiza público masculino sobre violência contra a mulher

    Para ampliar o debate sobre a violência de gênero, a Secretaria de Assistência Social de Lucas do Rio Verde, através do Creas, iniciou o projeto “Precisamos Falar”, que consiste em grupos reflexivos que debatem a respeito da violência contra a mulher, em alusão à Campanha Agosto Lilás. O ponto crucial do projeto é o público-alvo: homens.

    O primeiro encontro foi realizado na quinta-feira (12) e contou com a participação de 26 homens de diversas idades.

    “Achamos importante ampliar a discussão da violência de gênero para outros setores da sociedade a fim de conscientizar um número cada vez maior de pessoas para lutar contra as altas taxas de feminicídio”, enfatiza o coordenador do Creas, Williton Martinelli.

    O projeto consiste em três encontros de até 50 minutos onde são discutidos temas como: papel de gênero, machismo, mudanças de paradigmas, relacionamento abusivo, rede de proteção à mulher, entre outros.

    Inicialmente foi aplicado um questionário com os participantes e depois uma dinâmica em que eles colocavam no papel quais características definem um homem e uma mulher. Por fim, ocorreu a discussão sobre os temas propostos com pontuações feitas pelos participantes.

    “Esperamos que esses grupos gerem reflexões e que a longo prazo possam se efetivar com a mudança de comportamento em nossa sociedade”, analisou Daniely Hurtado de Arruda, assistente social.

    Os próximos encontros terão as datas divulgadas em breve. Empresas que queiram desenvolver o projeto junto aos funcionários, devem procurar a coordenação do Creas para acertar os detalhes como local e data.

    O Creas de Lucas do Rio Verde está localizada na Av. Bahia, bairro Jardim das Palmeiras. Telefone: 3548-2565.

     

  • Políticas de enfrentamento à violência contra a mulher resultam na redução de casos de feminicídios

    Políticas de enfrentamento à violência contra a mulher resultam na redução de casos de feminicídios

    Tratada com prioridade pela atual gestão, as políticas de enfrentamento à violência contra a mulher, desenvolvidas pelo Governo do Estado, têm auxiliado na redução dos índices de violência contra este público. Após uma série de entregas e inaugurações, Mato Grosso começa a apresentar resultados, exemplo disso é a redução de 30% nos casos de feminicídio no primeiro semestre deste ano.

    Além disso, quase todos os índices de violência contra a mulher também diminuíram, entre eles lesão corporal (-8%), assédio sexual (-7%), estupro (-4%) e ameaça (-3%).

    A Patrulha Maria da Penha é um exemplo de política que auxilia no combate à violência contra a mulher. Em 2020 o programa acompanhou 1.366 mulheres vítimas de violência doméstica e que possuíam medidas protetivas decretadas pelo Poder Judiciário. Inclusive, de acordo com o balanço do último ano, não houve registro de feminicídio entre as mulheres assistidas pelo programa. Atualmente, 21 cidades são atendidas pela iniciativa.

    O Estado possui atualmente oito delegacias especializadas para atendimento às mulheres, localizadas nas principais cidades polos de Mato Grosso. Três delas foram entregues recentemente: uma em Primavera do Leste, que ainda não tinha este tipo de unidade; Sinop, que ganhou uma nova estrutura dentro do novo complexo da Polícia Judiciária Civil (PJC) e Cuiabá, que ganhou uma nova unidade, entregue no mês passado.

    Além das delegacias especializadas, também foi entregue em setembro do ano passado, o Plantão da Mulher 24 horas, que funciona em Cuiabá. Idealizado pela primeira-dama Virginia Mendes, o espaço atende vítimas de violência doméstica e familiar, além de vítimas de crimes contra a dignidade sexual.

    Um estudo do Observatório de Segurança Pública, vinculado à Adjunta de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) apontou que 79% das vítimas de feminicídios em Mato Grosso não possuíam registros anteriores de violência doméstica, ou seja, nunca tinham feito boletim de ocorrência contra o agressor.

    Foi necessário então focar em campanhas de incentivo a denúncias, além de criar ferramentas que pudessem quebrar o medo e o silêncio das vítimas. Com isso, em parceria com o Poder Judiciário, o Estado lançou o aplicativo SOS Mulher, em que a vítima acessa o botão do pânico e outras funções disponíveis, como telefones de emergência, denúncias e delegacia virtual, e a medida protetiva online, que pode ser solicitada pelo site: sosmulher.pjc.mt.gov.br.

    A Sesp-MT lançou ainda nesta semana o site E-Denúncias, que pode ser realizado para qualquer tipo de denúncia, inclusive de violência doméstica e sexual. O diferencial é que a denúncia pode ser feita anonimamente, com espaço para anexos como fotos, vídeos, áudios, etc. O site pode ser acessado pelo link: https://portal2.sesp.mt.gov.br/e-denuncias.

    Ainda há os disque-denúncias 197 (Capital) e 181 (interior) ou 190 para ocorrências em andamento. Eles funcionam 24 horas por dia, sete dias da semana.

    “Apesar de já vermos uma redução significativa no número de feminicídios, sabemos que ainda há muito para se trabalhar. As políticas públicas implementadas pelo Governo de Mato Grosso terão reflexo no futuro e a tendência é que tenhamos mais reduções daqui para frente”, avaliou o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante.

  • Marido ameaça matar a mulher com revólver e é preso na capital

    Marido ameaça matar a mulher com revólver e é preso na capital

    Marido %C3%A9 preso pela PM por amea%C3%A7ar matar a mulher com rev%C3%B3lver em Cuiab%C3%A1 2020 09 21 11:22:17Ontem, domingo(20.09) a Polícia Militar prendeu um homem de 57 anos por ter ameaçado matar a própria esposa.

    O fato aconteceu no bairro Jardim Guanabara, em Cuiabá. Com o suspeito, a PM apreendeu um revólver e munições.

    Segundo informações repassadas ao CenárioMT, por volta das 6h30, policiais militares foram acionados via 190 para atender uma ocorrência de violência doméstica. A denúncia relatava que o homem estava ameaçando a esposa com uma arma de fogo.

    A polícia chegou até a residência no bairro Jardim Guanabara e encontrou a vítima que disse que o marido estava no quarto. A equipe da PM verbalizou com o suspeito para que ele se saísse do cômodo da casa e entregasse o revólver.

    O suspeito disse para a polícia que arma estava escondida atrás de um aparelho de televisão.  Os policiais apreenderam o revólver calibre 32  com quatro munições intactas e deteve o homem em flagrante.

    A vítima relatou que constantemente é ameaçada com o revólver  pelo marido e pelo filho. A PM conduziu o suspeito e a vítima até a Delegacia da Mulher.

    Outro caso de violência contra mulher

    Homem não aceita fim do relacionamento e mata a ex-esposa a tiros em Mato Grosso

    Uma mulher de 31 anos foi brutalmente assassinada a tiros pelo ex-marido. O crime ocorreu na noite do último domingo (20) em Cuiabá.

    Segundo informações, a vítima decidiu se separar do homicida há cerca de dois meses, porém o mesmo não aceitou o término do relacionamento. Na data do assassinato, a mulher estava trabalhando em uma lanchonete, quando foi surpreendida pelo ex-marido.

    https://www.cenariomt.com.br/mato-grosso/cuiaba/homem-nao-aceita-fim-do-relacionamento-e-mata-a-ex-esposa-a-tiros-em-mato-grosso/