Tag: violência contra a mulher

  • A cada 4 horas uma mulher é vítima de violência no Brasil

    A cada 4 horas uma mulher é vítima de violência no Brasil

    A cada 4 horas uma mulher é vítima de violência no Brasil. Em 2022, foram mais de 2.400 casos registrados, sendo que quase 500 foram feminicídios, ou seja, a cada dia ao menos uma mulher morreu apenas por ser mulher. Os dados são da Rede de Observatórios da Segurança.

    Formas de salvar as vidas e de acolher essas mulheres estão sendo debatidas nesta segunda-feira (17) e terça-feira (18) no 1° Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira, em Brasília.

    A Casa presta atendimento humanizado e integrado às mulheres vítimas de violência. São oferecidos, por exemplo, serviços de acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; acesso à Justiça, ao Ministério Público e à Defensoria Pública.

    No encontro são trocadas experiências sobre o trabalho realizado na Casa da Mulher e também atualizadas as diretrizes e protocolos de atendimento.

    “Para que não tenhamos cada local com uma casa isolada, sozinha, nós precisamos ter uma linha de atendimento, uma linha da qualidade, da efetividade do resultado, enquanto uma política nacional que vai dar conta de respaldar a vida das mulheres e garantir segurança no atendimento”, explicou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

    “Estamos falando de mulheres indígenas, negras, de periferia, quilombolas e ribeirinhas que estão em todos os lugares onde a violência também está muito presente. Então é muito importante essa adequação, esse olhar especial para essa diversidade. Não podemos mais pensar em uma casa com atendimento de forma padronizada”, disse a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara sobre a importância do acolhimento diferenciado.

    O governo federal anunciou em março a construção de 40 novas Casas da Mulher. Na Bahia, serão quatro, com investimento de R$ 47 milhões, nas cidades de Feira de Santana, Itabuna, Irecê e Salvador, com previsão de serem inauguradas em outubro.

    Já na Paraíba, serão construídas outras duas, uma em João Pessoa e outra em Patos, com investimentos de R$ 30 milhões.

    As sete unidades em funcionamento estão localizadas em Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, São Paulo, Boa Vista, São Luís e na cidade de Ceilândia, no Distrito Federal.

    Edição: Fernando Fraga

  • Bancos lançam programa de prevenção à violência contra mulher

    Bancos lançam programa de prevenção à violência contra mulher

    A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e entidades sindicais de bancários, como o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, lançaram nesta segunda-feira (10), na capital paulista, o Programa Nacional de Iniciativas de Prevenção à Violência Contra a Mulher.

    O projeto é uma reivindicação das trabalhadoras da categoria para o combate à violência de gênero e contra a desigualdade entre homens e mulheres no trabalho. A iniciativa foi incorporada à convenção coletiva do setor, como a Cláusula 86, que estabelece a realização de ações por meio de institutos de referência, contratados para conscientização e prevenção à violência contra a mulher.

    Os institutos Maria da Penha, Papo de Homem, e Mee Too Brasil darão treinamento, consultoria e aconselhamento para os representantes indicados pelas entidades sindicais e integrantes dos grupos técnicos de diversidade da Febraban.

    “Para nós, é importante essa cláusula sobre a questão da violência. Mas, ao mesmo tempo, sempre traz uma tristeza. Tristeza por nós termos de debater, em pleno século 21, uma política de combate à violência contra mulher”, destacou a presidenta do Sindicato dos Bancários de SP, Ivone Silva.

    “Nós queremos uma sociedade que realmente seja igualitária. Que eu, enquanto o indivíduo, possa ser o que eu quiser ser, inclusive estar em cargos que hoje, realmente, são muito masculinos”, acrescentou.

    Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as mulheres ganham, no mercado de trabalho, em média, 21% menos que os homens. Na categoria bancária, a desigualdade é mais aprofundada: a remuneração delas é 22,2% menor que a média dos colegas do sexo masculino. No recorte racial, a remuneração da mulher preta é, em média, 40,6% inferior à do homem bancário branco.

    Canais de apoio

    De acordo com o programa iniciado hoje, as instituições bancárias se comprometeram a implementar canais de apoio para encaminhamento e tratamento, em sigilo, de questões relativas à violência contra a mulher. Também assumiram o compromisso de enviar comunicado interno às lideranças e demais funcionários com o objetivo de informar sobre violência doméstica e as condutas a serem adotadas.

    “Nós precisamos que a sociedade, como um todo, discuta a violência contra as mulheres. Os números têm mostrado, na verdade, a dura a realidade das mulheres. Em 2021, a cada sete horas uma mulher sofria feminicídio no país. Em 2022, passou a ser a cada seis horas. Nós temos o desafio de não permitir que isso continue”, disse a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, que participou do evento de maneira online.

    “O feminicídio é um crime evitável. Nós podemos evitar de ele acontecer. Precisamos ter as medidas cabíveis e necessárias para que elas não sejam mortas”, acrescentou.

    O presidente da Febraban, Isaac Sidney Menezes Ferreira, ressaltou que a violência contra as mulheres não dá sinais de regressão e precisa de um enfrentamento permanente. “A Febraban participa desse evento e o faz com preocupação e com a certeza de que o enfrentamento à violência contra mulher deve ser perene e algo que envolva a todos. O avanço, infelizmente, da violência contra mulher ainda é um problema social, eu diria crítico”, disse, em participação online.

    “Nós estamos longe de termos sinais de regressão dessa situação. A orientação e o diálogo, portanto, é que vão nos direcionar. São fundamentais para a construção de relações mais igualitárias de gênero e também para que nós possamos promover as mudanças que são necessárias em relação a essa situação gravíssima de violência contra mulher”, acrescentou.

    De acordo com a Febraban, atualmente, 48% dos bancários são mulheres, enquanto no mercado de trabalho esse percentual é de 40%. Segundo a entidade, no setor, as mulheres ocupam cerca de 40% das posições de liderança, também superior à média do Brasil, que é de 35%.

    Edição: Juliana Andrade

  • Fios tecidos a várias mãos formam Rede de Enfrentamento em Mato Grosso

    Fios tecidos a várias mãos formam Rede de Enfrentamento em Mato Grosso

    “Fui esquentar o leite para o meu filho e ele continuou brigando. Aí eu disse que não aguentava mais aquela vida. Ele pegou um vidro de álcool e falou: Já que você não aguenta mais, vamos ver como será daqui para frente e jogou o líquido em mim. Eu nem me toquei que estava perto do fogão, e o fogo pulou no meu corpo”.

    O relato é de uma vítima de violência doméstica que sofreu por quase 16 anos com agressões e até hoje convive com as marcas físicas e psicológicas.

    “Até então eu estava enfrentando tudo e achava que era forte. A dor física passa, no corpo ficam as cicatrizes, mas passam, o psicológico não. Chega num ponto que você não aguenta mais”, desabafou.

    A.S, 38 anos, mora em Cuiabá, é confeiteira e mãe de dois filhos, uma menina de nove e um menino de 13 anos. Ela conta que há pouco mais de um ano iniciou o acompanhamento com psicólogo e psiquiatra no Espaço de Acolhimento da Mulher. A unidade de atendimento integra a Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, da qual o Ministério Público do Estado de Mato Grosso também faz parte.

    Na Capital, 12 instituições compõem a Rede de Enfrentamento. O trabalho começa com a Polícia Militar, quando a vítima aciona o 190. O atendimento também pode ser prestado mediante procura de uma Base da PM na região onde a violência está acontecendo. Na Polícia Militar, existe a Patrulha Maria da Penha, equipe especializada no acompanhamento de mulheres em situação de violência doméstica e familiar, principalmente para averiguação do efetivo cumprimento das medidas protetivas de urgência.

    Após o atendimento da ocorrência, inicia-se a atuação da Polícia Judiciária Civil. Existem duas unidades de Delegacia especializadas em Cuiabá para o atendimento de mulheres em situação de violência doméstica. São nessas unidades que ocorrem o registro do boletim de ocorrência, a tomada de termo de declarações da vítima e possíveis testemunhas para realização do inquérito policial. Se necessário, também são requeridas medidas protetivas de urgência, encaminhamento à casa de amparo, exame de corpo de delito nos casos em que há agressão física ou crimes sexuais e disponibilização do dispositivo (aplicativo de celular) SOS Mulher MT.

    Após a conclusão da investigação, o inquérito segue para o Ministério Público Estadual para análise e posterior oferecimento de denúncia contra o acusado ou pedido de arquivamento. O MPMT possui um Núcleo com quatro promotorias especializadas no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher na Capital. Conta também com a Ouvidoria das Mulheres.

    Além da análise dos inquéritos, os promotores de Justiça realizam o acompanhamento das medidas protetivas de urgência, promovem atendimento aos cidadãos para orientação, participam das audiências judiciais e são responsáveis por pedir medidas cautelares, incluindo a prisão preventiva. O Núcleo de Promotorias Especializadas atua ainda, como fiscal da lei, nos procedimentos que tratam de pensão alimentícia, divórcio, guarda, entre outros. E desenvolvem campanhas de conscientização e prevenção de crimes de violência doméstica e combate ao feminicídio.

    A Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher é composta ainda pelo Poder Judiciário, que possuem varas especializadas para julgamento dos processos referentes aos crimes cometidos contra mulheres no âmbito doméstico e familiar; e Defensoria Pública do Estado, que atua nos procedimentos relacionados a questões patrimoniais quando a vítima não tem condições financeiras de contratar um advogado e também presta assistência em caso de pedido de soltura do agressor, de revogação das medidas protetivas, entre outras situações.

    O município de Cuiabá integra a Rede com a disponibilização da Casa de Amparo, Espaço de Acolhimento da Mulher e Programa Solidariedade em Ação. Participam também a Secretaria Municipal da Mulher, Secretaria Municipal de Educação, Conselho Tutelar, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e Câmara Temática da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

    Projeto estratégico contempla municípios polosWhatsApp Image 2022 09 15 at 12 07 55

    Até 2023, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso pretende assegurar o funcionamento da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher em 10 municípios de Mato Grosso. A seleção das cidades levou em consideração o índice de feminicídio no estado (dados de 2018) e a estrutura da comarca para receber o projeto.

    Foram selecionados Cuiabá, Nova Mutum, Pontes e Lacerda, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, Alta Floresta, Cáceres, Primavera do Leste e Sorriso. Dos 10, seis já estão executando o projeto, sendo que três deles (Cuiabá, Cáceres e Primavera do Leste) estão na etapa final de implantação. As próximas promotorias a iniciarem a execução do projeto são Pontes e Lacerda, Rondonópolis, Tangará da Serra e Sorriso.

    O projeto já é desenvolvido em Várzea Grande, Barra do Garças e Poxoréu. Nas duas primeiras cidades, a iniciativa começou a ser implementada antes de se tornar projeto estratégico no MPMT. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional Estudos de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e Gênero Feminino, promotora de Justiça Gileade Souza Maia, explica que a iniciativa passa pela realização do diagnóstico da violência, articulação, capacitação e a efetiva implantação da rede. Entre os requisitos, estão o foco na atenção social e proteção com aplicação humanizada da Lei Maria da Penha e a qualificação de agentes.

    A iniciativa tem o reconhecimento do Conselho Nacional do Ministério Público com premiações na categoria “Indução de Políticas Públicas”.

    Canais específicos para atendimento às mulheres

    A Ouvidoria do Ministério Público do Estado de Mato Grosso passou a contar, em março de 2022, com canais específicos para atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar contra a mulher. Além do número 127, que funciona das 8h às 18h, existem dois celulares com whatsapp disponíveis: (65) 99259-0913 e 99269-8113. O contato também pode ser efetivado por e-mail: (ouvidoriadasmulheres@mpmt.mp.br) ou pelo site: mpmt.mp.br/ouvidoria.

    Antes de iniciar os atendimentos, integrantes da Ouvidoria, recepcionistas, servidores do Departamento de Comunicação participaram de uma capacitação promovida pelo Centro de Apoio Operacional Estudos sobre Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher sobre “Humanização do atendimento às vítimas de violência de gênero”.

    O papel do Ministério Público no combate à violência doméstica, Lei Maria da Penha, razões, formas e o ciclo da violência, além de conceitos sobre gênero foram alguns dos temas abordados pela coordenadora do CAO, promotora de Justiça Gileade Pereira Souza Maia. A palestrante também detalhou as providências que devem ser adotadas diante do relato da violência doméstica.

    Acolhimento, verificação de segurança da vítima, escuta ativa, coleta de dados e encaminhamento serão as etapas a serem seguidas pelas atendentes. “É preciso ouvir atentamente a vítima, sem julgamentos, entendendo que a história é da vítima e não sua. Além da escuta ativa, é necessário estar atento às necessidades urgentes para encaminhamento aos órgãos que prestam esse atendimento”, orientou a promotora de Justiça.

    A coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, promotora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela abordou aspectos relacionados aos serviços disponibilizados pela rede de atendimento à vítima. “A rede é um sistema formado por vários entes que trabalham de forma autônoma, mas interligados. O Ministério Público faz parte dessa rede de enfrentamento”, explicou.

  • Para 83% dos paulistanos, violência contra mulheres cresceu em 2021

    Para 83% dos paulistanos, violência contra mulheres cresceu em 2021

    A percepção de que o número de casos de assédio sexual e violência contra as mulheres aumentou na cidade de São Paulo cresceu 9 pontos percentuais (p.p.) ao passar de 74% em 2020 para 83% em 2021. Somente entre as mulheres esse aumento foi de 6 p.p., passando de 82% para 88%. Pelo menos dois terços dos paulistanos (64% e 63%) sempre têm medo de ser roubado ou furtado nos espaços públicos e três em cada dez não têm medo de assédio sexual ou estupro (31% e 35%).

    Os dados são da pesquisa da Rede Nossa São Paulo, divulgada hoje (3) e mostram que as mulheres sentem-se mais vulneráveis nos espaços públicos da cidade, já que a maioria delas tem medo de sofrer os mais variados tipos de violência, enquanto os homens se preocupam mais com roubo e furto. Segundo os dados, 72% das mulheres temem ser roubadas, 73% temem ser furtadas.

    Quando se fala de agressão verbal esse percentual é 52%. Outras 46% temem ser agredidas fisicamente e 41% ficam preocupadas em sofrer aglum tipo de preconceito. Segundo a pesquisa, 35% das mulheres afirmaram já terem sofrido algum preconceito ou discriminação no trabalho por ser mulher. Em 2020 esse percentual foi 31%.

    O assédio sexual é temido por 59% das entrevistadas e o estupro por 60%. O transporte público continua sendo o local considerado o de maior risco para sofrer algum tipo de assédio, com 52% das mulheres declarando temerem os trens, ônibus e metrô da cidade. Em seguida aparecem a rua (20%), bares e casas noturnas (7%), pontos de ônibus (5%), ambiente familiar (3%), transporte particular (3%), e o trabalho (2%).

    De acordo com os dados, 61% das paulistanas declararam já terem sofrido algum tipo de assédio: 47%, no transporte coletivo; 36% passaram por abordagens desrespeitosas, 31% dentro do ambiente de trabalho (aumento de 9 p.p. ante 2020); 19% dentro do ambiente familiar; e 12% dentro de transporte particular.

    Divisão dos afazeres domésticos

    O levantamento mostrou que as mulheres são as que mais executam as tarefas domésticas, com exceção de tirar o lixo e a manutenção da casa. Os outros trabalhos como cuidado diário com os filhos é executado na maioria do tempo exclusivamente pela mulher (88%), seguido da preparação das refeições (85%), limpeza da casa (85%), cuidados médicos dos filhos (84%), acompanhar as atividades escolares dos filhos (78%), cuidados médicos com idosos ou outros adultos (75%), lavar louça (69%), levar e buscar os filhos na escola e outros compromissos (69%), fazer as compras (61%), cuidados com os animais domésticos (59%) e organização da casa (53%).

    “Estamos vivendo um momento super difícil no mundo e com uma guerra e as cidades não têm como atuar e ficam subordinadas a decisões geopolíticas e de poder e ficam reativas a isso e nós estamos vendo o que está acontecendo na Ucrânia. Mas uma cidade pode atuar em outras violências, ela tem como agir fortemente e a equidade de gênero é um dos temas que uma cidade tem autonomia para agir”, disse o coordenador geral do Instituto Cidade Sustentável e da Rede Nossa São Paulo, Jorge Abraão.

    Segundo ele, os dados vem para provocar a cidade no sentido de transformações que possam ocorrer. Ele ressaltou que em 2020 ocorreram 1.350 feminicídios no Brasil, o que é um número muito grande é grave. “O que estamos vendo nessa pesquisa mostra a desvalorização da mulher quando temos essa visão da distribuição do trabalho doméstico, é um olhar que conduz a um processo que conduz a outros”.

    Assédio

    Abraão disse que ao ver a questão do risco do assédio olha-se um tipo de agressão às mulheres que também vai se agravando. “Podemos efetivamente atuar em diversos campos para enfrentar isso e criar programas e políticas para avançar. A Organização das Nações Unidas (ONU) tem uma meta muito clara que determina que em 2030 tenhamos equidade de gênero. Essa é a sugestão. Mas existe um farol no tema para conseguirmos avançar”, afirmou.

    De acordo com ele, a representação política é um dos pontos importantes para avançar na equidade de gênero. Atualmente na Câmara Municipal 24% dos vereadores são mulheres e a cidade é composta por 52% da cidade. “Se quisermos ter equidade esse número precisa dobrar de alguma maneira. É o desafio do mundo da política que tem a ver com a sociedade de forma geral. As empresas também tem um desafio, porque as mulheres representam muito pouco dos cargos executivos, chegando a só 20%, além de receberem 21% a menos do que os homens nos mesmos cargos”.

    Abraão reforçou que as cidades podem avançar na questão propondo programas e espaços de proteção e de apoio maiores em uma cidade como São Paulo. “Podemos ter campanhas de comunicação nesses espaços onde temos mais problemas porque sabemos onde estão. Isso não custa muito para a cidade fazer e depende da vontade de enfrentar essas questões para mudarmos um pouco essa visão”.

    Ele destacou ainda que há o desafio de buscar uma cultura de paz na cidade e enfrentar a educação machista e conscientizar as mulheres, mas é possível avançar nessa direção.

  • PM e moradores de Novo Santo Antônio promovem ações educativas sobre violência contra a mulher

    PM e moradores de Novo Santo Antônio promovem ações educativas sobre violência contra a mulher

    Policiais militares apoiaram um passeio ciclístico e realizaram uma blitz educativa em alusão ao 15º aniversário da Lei Maria da Penha, na quinta-feira (26.08), no município de Novo Santo Antônio. A ação teve como objetivo combater os crimes de violência contra a mulher.

    O passeio ciclístico reuniu mulheres que repudiam qualquer tipo de violência. Policiais militares e servidores públicos da Prefeitura percorreram as ruas da cidade levando conscientização e informação para os moradores da cidade.Para reforçar a ação, a PM promoveu uma blitz educativa ressaltando a importância de procurar a polícia e denunciar.

    Os militares abordaram moradores com entrega de panfletos informativos e aplicaram adesivos da ‘Campanha Agosto Lilás’ nos veículos e informaram sobre o trabalho desenvolvido pela instituição por meio da Patrulha Maria da Penha.

    Atualmente a Policia Militar atua no município, de forma preventiva e também disponibiliza serviços de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica, com o atendimento da Patrulha Maria da Penha.

    Dentre ações, os policiais fiscalizam o cumprimento das medidas protetivas de urgência em favor das vítimas de violência que são expedidas pelo Tribunal de Justiça, visitas de equipes de militares especializadas em atender vítimas assistidas pela Patrulha e agressores são realizadas pela PM na cidade.

    Já no primeiro semestre deste ano, a Patrulha Maria da Penha realizou mais de seis mil atendimentos em todo o Estado; sendo que neste período não houve registro de crimes de feminicídio entre as assistidas pelo programa. O Programa de Policiamento da PM é desenvolvido em 29 cidades da região metropolitana e interior.

     

  • Creas de Lucas do Rio Verde conscientiza público masculino sobre violência contra a mulher

    Creas de Lucas do Rio Verde conscientiza público masculino sobre violência contra a mulher

    Para ampliar o debate sobre a violência de gênero, a Secretaria de Assistência Social de Lucas do Rio Verde, através do Creas, iniciou o projeto “Precisamos Falar”, que consiste em grupos reflexivos que debatem a respeito da violência contra a mulher, em alusão à Campanha Agosto Lilás. O ponto crucial do projeto é o público-alvo: homens.

    O primeiro encontro foi realizado na quinta-feira (12) e contou com a participação de 26 homens de diversas idades.

    “Achamos importante ampliar a discussão da violência de gênero para outros setores da sociedade a fim de conscientizar um número cada vez maior de pessoas para lutar contra as altas taxas de feminicídio”, enfatiza o coordenador do Creas, Williton Martinelli.

    O projeto consiste em três encontros de até 50 minutos onde são discutidos temas como: papel de gênero, machismo, mudanças de paradigmas, relacionamento abusivo, rede de proteção à mulher, entre outros.

    Inicialmente foi aplicado um questionário com os participantes e depois uma dinâmica em que eles colocavam no papel quais características definem um homem e uma mulher. Por fim, ocorreu a discussão sobre os temas propostos com pontuações feitas pelos participantes.

    “Esperamos que esses grupos gerem reflexões e que a longo prazo possam se efetivar com a mudança de comportamento em nossa sociedade”, analisou Daniely Hurtado de Arruda, assistente social.

    Os próximos encontros terão as datas divulgadas em breve. Empresas que queiram desenvolver o projeto junto aos funcionários, devem procurar a coordenação do Creas para acertar os detalhes como local e data.

    O Creas de Lucas do Rio Verde está localizada na Av. Bahia, bairro Jardim das Palmeiras. Telefone: 3548-2565.

     

  • Mutirão no Rio busca agilizar processos de violência contra mulher

    Mutirão no Rio busca agilizar processos de violência contra mulher

    O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro começa na próxima semana um mutirão de trabalho no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Leopoldina (zona norte da cidade do Rio). Um grupo de 12 juízas fará um esforço para agilizar os processos de violência contra a mulher.

    A meta é reduzir de 11 mil para 4 mil as ações que aguardam decisão no juizado, que, segundo o Tribunal de Justiça, cobre uma área muito impactada pela violência doméstica: Complexo da Maré, Complexo do Alemão, Jacarezinho e Vigário Geral, além de Ramos, Penha, Inhaúma, Méier, Irajá, Ilha do Governador, Anchieta e Pavuna. Cerca de 550 processos são abertos por mês na região.

    A operação surge no mês em que a Lei Maria da Penha comemora 15 anos.

    Outras ações

    O Metrô Rio e o governo do estado fazem até o próximo sábado (7) uma operação para prevenir e conscientizar as pessoas em relação à violência contra a mulher. Ação está contando com rondas nos vagões femininos do metrô para atendimento e orientações às passageiras.

    Além da ronda, o Ônibus Lilás, equipado com salas fechadas para garantir a privacidade das mulheres, ficará estacionado próximo a estações do metrô para oferecer atendimento multidisciplinar para vítimas de violência.

  • PM lança Operação Patrulha Maria da Penha em Mato Grosso

    PM lança Operação Patrulha Maria da Penha em Mato Grosso

    Nesta quarta-feira (25.11), a partir das 08h, a Polícia Militar em parceria com o Mutirão de Medidas Protetivas Urgentes do Tribunal de Justiça de Mato Grosso realizará  a ‘Operação Patrulha Maria Penha’  em todo o estado. A ação visa combater crimes de violência contra a mulher.

    No dia 25 de novembro começa a campanha anual do “Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres”. Para reforçar as ações de combate a esse tipo de crime, a PM atuará de forma integrada junto ao Tribunal de Justiça, empregando equipes de policiais militares para reforçar todas unidades da instituição a fim de potencializar o atendimento local as vítimas.

    A coordenadora de Polícia Comunitária da PM, tenente-coronel Emirella Martins diz que a operação Patrulha Maria da Penha atuará fazendo a primeira visita para a mulher e para o agressor, um protocolo de visita para os casos de menor risco será criado, as demandas identificadas pelos policiais militares serão encaminhadas para outras instituições parcerias da rede de proteção.

    Nas comarcas do interior serão destinadas duas guarnições da PM, já nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande 16 equipes de policiais militares darão apoio às ações do Mutirão de Medidas Protetivas Urgentes do TJMT.

    A Operação Patrulha Maria da Penha seguirá até às 20h nas cidades onde ela já foi instalada: Cuiabá e Santo Antônio do Leverger, Várzea Grande e Nossa Senhora do Livramento, Rondonópolis, Barra do Garças e Pontal do Araguaia, Sinop, Sorriso, Cáceres, Tangará da Serra, Primavera do Leste, Pontes e Lacerda, Comodoro e Querência