Tag: violência contra a mulher

  • Jovem é morta a tiros pelo ex-namorado em Várzea Grande durante festa de aniversário

    Jovem é morta a tiros pelo ex-namorado em Várzea Grande durante festa de aniversário

    A jovem Vitoria Camily Carvalho Silva, 22 anos, foi assassinada pelo ex-namorado na noite de sábado (15) no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. A vítima foi atingida por quatro tiros, que acertaram sua cabeça e peito.

    Uma amiga de Vitoria estava na residência no momento do crime e só não foi morta porque a arma do assassino falhou.

    De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por volta das 20h20 para atender ao homicídio. No local, encontraram a amiga da vítima em estado de choque.

    Ela relatou que o ex-namorado de Vitoria invadiu a casa, onde estava acontecendo uma festa de aniversário, e efetuou os disparos. Após tentar matar a testemunha, o criminoso fugiu em uma Fiat Strada branca.

    O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte da jovem no local.

    Pouco depois do crime, a polícia conseguiu localizar e prender o suspeito. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já iniciou as investigações do feminicídio.

  • Mato Grosso registra aumento de quase 60% nas denúncias de violência contra a mulher em 2024

    Mato Grosso registra aumento de quase 60% nas denúncias de violência contra a mulher em 2024

    Mato Grosso registrou um aumento significativo nas denúncias de violência contra a mulher em 2024. Segundo levantamento do “Ligue 180”, da Central de Atendimento à Mulher, foram 1.531 denúncias, um crescimento de 59,9% em relação ao ano anterior.

    O número de atendimentos a mulheres vítimas de violência também cresceu expressivamente, passando de 4.920 em 2023 para 8.144 em 2024, um aumento de 65,5%.

    Detalhes das denúncias

    • 1.015 denúncias foram feitas pela própria vítima.
    • 513 denúncias foram feitas por terceiros.
    • 636 casos de violência ocorreram na casa da vítima.
    • Em 465 casos, a vítima e o agressor moravam juntos.
    • 1.389 denúncias foram feitas por telefone.
    • 117 denúncias foram feitas por WhatsApp.

    Perfil das vítimas

    • 731 vítimas relataram sofrer violência diariamente.
    • Mulheres negras são as principais vítimas (1.024 casos).

    Segundo a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, o aumento no número de denúncias e atendimentos reflete a maior confiança das mulheres em denunciar seus agressores. Ela destaca os investimentos na capacitação de profissionais e nas campanhas de divulgação do Ligue 180, incluindo o atendimento via WhatsApp.

    Ligue 180

    O Ligue 180 é um serviço público e gratuito do governo federal que oferece orientação sobre os serviços da Rede de Atendimento à Mulher em situação de violência em todo o Brasil. O serviço também recebe e encaminha denúncias para os órgãos competentes.

    Como denunciar

    Se você ou alguém que você conhece está sofrendo violência doméstica, ligue para o Ligue 180. A ligação é gratuita e anônima. Você também pode buscar ajuda em delegacias especializadas, centros de atendimento à mulher e outros serviços de apoio.

  • Homem é preso em Cuiabá por violência doméstica e posse ilegal de armas

    Homem é preso em Cuiabá por violência doméstica e posse ilegal de armas

    Um homem de 42 anos foi preso em flagrante na tarde de quinta-feira (26), no bairro Planalto da Serra, em Cuiabá, pelos crimes de lesão corporal, violência doméstica e posse irregular de arma de fogo. Durante uma crise de ciúmes, ele ameaçou matar a esposa e a agrediu fisicamente.

    Na residência do casal, a Polícia Militar apreendeu um revólver calibre 38 e 957 munições de diversos calibres, incluindo algumas deflagradas.

    Entenda o caso

    Segundo o boletim de ocorrência, a PM foi acionada às 14h15 para atender uma denúncia de violência doméstica na avenida Santo Ângelo.

    A vítima relatou que o episódio começou em uma fazenda, quando ela recebeu uma mensagem de um amigo desejando feliz Natal. O marido, tomado pelos ciúmes, pegou o celular e respondeu à mensagem em nome da mulher. Em seguida, iniciou uma sequência de agressões físicas e ameaças.

    No trajeto de volta para casa, dentro do carro, o homem ameaçou a esposa, dizendo que a mataria e que ninguém encontraria o corpo. Ele também a enforcou durante o trajeto. Desesperada, a vítima tentou pular do veículo várias vezes, mas sem sucesso.

    Ao chegar à residência do casal, as agressões continuaram até que a mulher conseguiu fugir e acionou a polícia.

    Apreensão de armas

    Durante a abordagem, os policiais encontraram um revólver calibre 38, registrado no nome do suspeito, além de um arsenal de 957 munições, algumas deflagradas e outras intactas. O homem foi preso em flagrante e conduzido à delegacia para as providências legais.

    Ação policial e denúncia 

    A Polícia Militar destacou a importância da denúncia como ferramenta para combater a violência doméstica. Casos como este reforçam a necessidade de medidas de proteção às vítimas e ações efetivas contra os agressores.

  • Mato Grosso registra mais de 40 feminicídios em 2024; tentativas aumentam 15%

    Mato Grosso registra mais de 40 feminicídios em 2024; tentativas aumentam 15%

    Mato Grosso registrou 42 feminicídios entre janeiro e novembro de 2024, mantendo a mesma estatística do mesmo período em 2023, conforme dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). A

    pesar da estabilidade nos números de feminicídios consumados, o estado apresentou um aumento preocupante de 15% nas tentativas, que passaram de 48 para 55, além de um crescimento de 300% nos casos de tortura contra mulheres.

    A juíza Tatyana Lopes, da 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica, destacou a necessidade de conscientizar as mulheres sobre os sinais de abuso e o machismo estrutural.

    “Hoje as mulheres têm mais conhecimento, não permanecem em relacionamentos abusivos por toda vida. Quanto mais divulgamos esses crimes, mais mulheres podem identificar a violência de forma precoce e interromper esses ciclos,” afirmou.

    Para fortalecer o combate à violência contra a mulher, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou recentemente uma lei que aumenta as penas para feminicídio e outros crimes cometidos contra mulheres.

    Casos que marcaram o ano

    Entre os crimes que mais impactaram a população em 2024, está o assassinato brutal da empreendedora Raquel Cattani, de 26 anos, em Nova Mutum. Ela foi morta com mais de 30 facadas pelo ex-cunhado, Romero Xavier, a mando do ex-marido, Rodrigo Xavier, que não aceitava o fim do relacionamento. Raquel deixou dois filhos.

    Outro caso ocorreu em Rondonópolis, onde Francisca Pereira da Silva, de 38 anos, foi espancada até a morte pelo companheiro com quem mantinha um relacionamento havia 17 anos. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

  • Autor de tentativa de feminicídio é preso pela Polícia Civil em Cuiabá

    Autor de tentativa de feminicídio é preso pela Polícia Civil em Cuiabá

    Um homem foi preso em Cuiabá pela Polícia Civil, acusado de tentativa de feminicídio, após uma operação conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM). A ação ocorreu na quinta-feira, 19 de dezembro.

    Segundo informações da delegacia, o crime ocorreu após o término de um relacionamento amoroso entre o investigado e a vítima, uma mulher transexual. Inconformado com a separação, o suspeito invadiu a residência da ex-companheira, armado com uma barra de ferro, e a atacou violentamente.

    A vítima sofreu fraturas no braço e perdeu parte dos movimentos de uma das mãos. Ela foi socorrida e levada ao hospital para atendimento médico.

    A delegada titular da DEDM, Judá Marcondes, solicitou e obteve da Justiça a prisão preventiva do acusado. Após buscas, o homem foi localizado na zona rural do Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá.

    Fonte: Assessoria Polícia Civil-MT

  • Sala Lilás do Hospital Regional de Sinop acolheu 38 mulheres vítimas de violência

    Sala Lilás do Hospital Regional de Sinop acolheu 38 mulheres vítimas de violência

    O Hospital Regional de Sinop, administrado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), realizou, de agosto de 2023 a novembro de 2024, cerca de 38 atendimentos às mulheres vítimas de violência. Os atendimentos ocorreram por meio da Sala Lilás, um espaço com profissionais capacitados para realizar o acolhimento das vítimas.

    A Sala Lilás da unidade foi inaugurada em agosto de 2023 e conta com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, que realizam o atendimento multiprofissional e simultâneo à paciente. Desta forma, ela não precisa reviver o caso de violência ao passar por cada profissional.

    O espaço é apoiado pela Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher de Sinop. O objetivo é que o espaço seja um ambiente tranquilo, para que a paciente se sinta confortável ao relatar a violência, tendo a sua identidade preservada.

    Sala Lilás Hospital Regional de Sinop

    O diretor do Hospital Regional de Sinop, Jean Alencar, comenta sobre os atendimentos prestados na Sala Lilás.

    “A Sala Lilás é um ambiente seguro para todas as mulheres vítimas de violência sexual, onde elas podem receber atendimento reservado, tendo a sua identidade protegida. Todos os profissionais da sala estão capacitados para prestar os atendimentos necessários. Elas também podem ser encaminhadas ao hospital pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Civil ou Militar”, ressaltou Jean.

    Ainda de acordo com Jean, as mulheres são encaminhadas direto para a sala, sem necessidade de citar o acontecido. Em casos mais graves, o hospital também está capacitado para prestar todos os demais atendimentos necessários.

    O Hospital Regional de Sinop é referência no atendimento de mulheres vítimas de violência, mas o acolhimento de mulheres vítimas de violência sexual pode ser feito em qualquer Unidade Básica de Saúde, sem agendamento prévio.

  • Última edição da Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas é realizada em Cuiabá

    Última edição da Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas é realizada em Cuiabá

    A Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) realizou a 14ª e última edição da Expedição SER Família Mulher – MT Por Elas de 2024, com a participação da Região Integrada de Segurança Pública (RISP) de Cuiabá e Várzea Grande. A ação ocorreu nos dias 11 e 12 de dezembro, no Centro de Eventos do Pantanal, na Capital. Foram capacitadas 326 profissionais da rede socioassistencial da região.

    Idealizada pela primeira-dama Virginia Mendes, a expedição marcou o encerramento do movimento que percorreu as 15 RISPs de Mato Grosso.

    “Estou profundamente orgulhosa pelo sucesso dessa expedição, que foi essencial para fortalecer as políticas públicas de atuação e promover a educação social em toda a população. Capacitar tantos profissionais para atender com humanidade e eficiência às vítimas de violência é um passo significativo no combate à violência contra a mulher em Mato Grosso”, afirmou Virginia Mendes.

    De acordo com a secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania, Cel. Grasi Paes Bugalho, a Expedição SER Família Mulher é um marco histórico no combate à violência contra a mulher em Mato Grosso.

    A expedição, iniciada em maio deste ano, buscou capacitar profissionais da segurança pública, da saúde e da assistência social, além de informar a população sobre a preservação dos direitos das mulheres e a prevenção ao feminicídio e à violência doméstica.

    Capacitação no enfrentamento à violência contra a mulher

    A Coordenadora de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, Delegada Mariell Antonini, destacou a importância da integração das redes de enfrentamento. “Realizamos um trabalho maravilhoso em todas as edições da expedição organizada pelo Governo do Estado”, comentou.

    Além disso, palestras temáticas e orientações foram oferecidas para conscientizar os profissionais e a população sobre o combate à violência doméstica.

    Resultados e parcerias da Expedição SER Família Mulher

    A Coordenadora do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), tenente-coronel Monalisa Furlan, salientou que é vital saber como atender às vítimas e adotar medidas importantes na prevenção e combate à violência doméstica.

    “Nosso foco com a expedição é contribuir para a criação de uma sociedade mais justa e menos violenta”, concluiu Monalisa.

    A Expedição contou com o apoio das Prefeituras Municipais, Associação Mato-grossense dos Municípios, Polícia Judiciária Civil (PJC-MT), Polícia Militar (PMMT), Corpo de Bombeiros Militar, Tribunal de Justiça (TJ), Ministério Público Estadual (MPE), Defensoria Pública do Estado, Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT) e outras entidades.

    Fonte: Setasc-MT

  • Homem é preso por criar mais de 20 perfis falsos para perseguir a ex-namorada em Mato Grosso

    Homem é preso por criar mais de 20 perfis falsos para perseguir a ex-namorada em Mato Grosso

    Um homem de 29 anos foi preso em flagrante no Norte de Mato Grosso, por descumprir uma medida protetiva e perseguir insistentemente sua ex-namorada, de 20 anos, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá.

    O caso ganhou repercussão após a jovem denunciar à polícia as constantes ameaças e assédios que vinha sofrendo desde o término do relacionamento.

    De acordo com o boletim de ocorrência, o acusado não aceitava o fim do namoro e passou a perseguir a ex-namorada de diversas formas, mesmo após a Justiça determinar medidas de proteção. Ele enviava mensagens, fazia ligações e utilizava redes sociais para amedrontá-la, especialmente no ambiente acadêmico, onde ambos estudam.

    A jovem relatou ao Núcleo de Atendimento à Mulher que chegou a abandonar os estudos por um ano devido ao medo de encontrar o ex-namorado na faculdade. O homem chegou a criar cerca de 20 perfis falsos em redes sociais e grupos de WhatsApp para manter contato com a vítima e seus familiares, intensificando o assédio.

    Reforço no combate à violência contra a mulher em Mato Grosso

    Após investigação conduzida pela Polícia Civil, o suspeito foi localizado e preso em flagrante. A Justiça converteu a prisão em preventiva, garantindo a manutenção da detenção.

    O caso serve como alerta sobre a importância de denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher. Autoridades reforçam a necessidade de as vítimas procurarem apoio especializado, como delegacias especializadas e núcleos de atendimento, para interromper o ciclo de violência e preservar sua segurança e dignidade.

  • Mato Grosso marca dois anos de lei que institui Dia de Combate à Violência contra a Mulher

    Mato Grosso marca dois anos de lei que institui Dia de Combate à Violência contra a Mulher

    Há dois anos, o estado de Mato Grosso oficializou um marco significativo na luta contra a violência de gênero ao instituir, por meio da Lei nº 11.810/2022, o Dia Estadual de Combate à Violência Contra a Mulher e ao Feminicídio.

    A data escolhida, 25 de novembro, coincide com o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), reforçando um apelo global pela conscientização e ação.

    Mais do que uma homenagem, essa iniciativa busca lembrar à sociedade sobre a urgência de enfrentar um problema que afeta milhares de mulheres anualmente.

    Os dados de 2024, fornecidos pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), são preocupantes: 40 mortes de mulheres por feminicídio foram registradas entre janeiro e outubro em 27 municípios de Mato Grosso, um aumento em relação aos últimos quatro anos.

    Esse cenário alarmante demonstra que, apesar dos esforços legislativos e das campanhas, a violência de gênero continua sendo uma questão crítica que requer ações ainda mais incisivas. O deputado Thiago Silva (MDB), autor da lei, reforça a necessidade de intensificar as políticas públicas para a proteção e garantia dos direitos das mulheres.

    Dados alarmantes sobre feminicídio em Mato Grosso

    Aumento de feminicídio em Mato Grosso evidencia crise de violência contra a mulher
    Aumento de feminicídio em Mato Grosso evidencia crise de violência contra a mulher

    Os números crescentes de feminicídios no estado são um reflexo da necessidade urgente de ações mais efetivas.

    Entre janeiro e outubro deste ano, as 40 mortes registradas superaram todas as expectativas negativas, chamando atenção para a falta de segurança vivida por mulheres em situações de vulnerabilidade.

    Conforme apontado pelo deputado Thiago Silva, a luta contra a violência deve ser constante: “Enquanto continuarmos a perder nossas mães e mulheres para a violência, seguiremos buscando soluções e propondo políticas públicas mais eficazes.”

    Mobilização da sociedade no enfrentamento à violência

    A violência contra a mulher é um problema complexo que vai além de números e estatísticas. Ela exige um esforço coletivo que inclui a participação ativa de órgãos públicos, ONGs, comunidades e indivíduos.

    A data de 25 de novembro serve como um momento de reflexão, mas também de ação. Denunciar casos de violência, apoiar vítimas e promover a igualdade de gênero são passos fundamentais para uma sociedade mais justa e segura. É preciso lembrar que a mudança começa em cada gesto, por menor que pareça.

     

  • Mobilização nacional pelo fim do feminicídio marca mais um gol, no Mineirão

    Mobilização nacional pelo fim do feminicídio marca mais um gol, no Mineirão

    A mobilização pelo Feminicídio Zero chegou na sexta-feira (18/10) ao estádio do Mineirão, em Belo Horizonte/MG, na partida entre Cruzeiro e Bahia, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ao representar a ministra Cida Gonçalves, Macaé Evaristo, titular dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), chamou atenção para o fato de que a mobilização de times de futebol alcança considerável parte da população do país.

    “É uma agenda para a gente romper com números assustadores de crescimento da violência contra a mulher. Para isso, é preciso uma grande conscientização da sociedade sobre os direitos e a defesa das mulheres”, enfatizou a gestora ao longo da partida, que teve os times do Cruzeiro e Bahia comprometidos com a pauta, ampliando a divulgação do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher.

    Coordenadora da campanha pelo Ministério das Mulheres, Lucimara Cardozo reforçou que em dias de jogo os boletins de ocorrência revelam crescimento da violência contra as mulheres em mais de 23%.

    “É um espaço que tem muitos homens. Por isso, os clubes de futebol são lugares onde encontramos a maneira de chegar a esse público”, contou Cardozo ao confirmar que 10 clubes já assinaram a carta-compromisso da articulação pelo fim do feminicídio, a fim de conscientizar jogadores e torcedores.

    CEO do Cruzeiro, Alexandre Mattos reforçou a importância social que o futebol exerce no país ao integrar a mobilização. “A humanidade tem que conseguir encerrar [violações de direitos contra mulheres] e evoluir”, classificou. “Com isso, o time se compromete a realizar ações de educação, conscientização e prevenção contra a violência e a discriminação de gênero”, publicou o Cruzeiro por meio das redes sociais.

    De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cada seis horas, uma mulher é vítima de feminicídio no país.

    Mobilização nacional

    Lançada em agosto em Brasília com o mote “Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”, a mobilização pelo Feminicídio Zero tem estado presente nos estádios com faixas em campo levada pelos jogadores, selo do Feminicídio Zero e do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher – nos uniformes, exibição do vídeo da campanha nos telões do estádio, entre outras ações.

    Além da partida desta sexta-feira (18) no Mineirão, as ações do Feminicídio Zero já ocorreram durante a final do Campeonato Brasileiro Feminino entre Corinthians e São Paulo em 22 de setembro; e nas seguintes partidas das séries A, B e C do Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana: Vasco e Fluminense e Flamengo e Palmeiras no fim de semana de 10 e 11 de agosto; Remo e Londrina e Botafogo e Flamengo no fim de semana de 17 e 18 de agosto; Corinthians e Bragantino em 20 de agosto; Corinthians x Kindermann (feminino) em 21 de agosto; Fortaleza e Corinthians em 25 de agosto; Ceará e Novorizontino e Paysandu e Mirassol em 26 de agosto; e Flamengo e Vasco em 15 de setembro.

    A mobilização também conta com o apoio de artistas, influenciadores digitais, formadores de opinião, empresas públicas e privadas, ministérios, movimentos sociais, organizações não governamentais, entre outros parceiros.

    Com informações do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC)

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