Tag: Vinícius Júnior

  • Real Madrid x Braga ao vivo pela Champions League 2023

    Real Madrid x Braga ao vivo pela Champions League 2023

    Real Madrid x Braga ao vivo acontece nesta quarta-feira (8), às 17h (horário de Brasília), no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, pela quarta rodada da fase de grupos da Champions League. O jogo vale a liderança do Grupo C, que tem os espanhóis na ponta com nove pontos, seguidos pelos italianos do Napoli com seis. Os portugueses estão em terceiro com três pontos, enquanto os alemães do Union Berlin não pontuaram ainda.

    No primeiro confronto entre as equipes, realizado em outubro, o Real Madrid venceu por 2 a 1, com gols de Rodrygo e Bellingham, ambos com assistências de Vinícius Júnior. Djaló descontou para o Braga. O time merengue busca a quarta vitória seguida na competição e a classificação antecipada para as oitavas de final. Já o Braga tenta surpreender o favorito e manter as chances de avançar na Champions ou, pelo menos, garantir uma vaga na Europa League.

    Onde assistir a Real Madrid x Braga ao vivo na TV e online

    O jogo entre Real Madrid e Braga terá transmissão ao vivo na TNT (TV por assinatura) e na plataforma de streaming HBO Max. A narração será de André Henning, com comentários de Vitor Sergio Rodrigues e Alê Oliveira. O ge acompanha o duelo em tempo real, com vídeos dos principais lances.

    Prováveis escalações de Real Madrid x Braga ao vivo

    O técnico Carlo Ancelotti tem alguns desfalques para escalar o Real Madrid. O goleiro Courtois, o zagueiro Éder Militão e o volante Tchouameni estão lesionados e não jogam. O lateral Mendy e o meia Ceballos são dúvidas. A novidade pode ser a volta de Modric ao meio-campo, no lugar de Kroos. O ataque deve ser formado por Bellingham, Rodrygo e Vinícius Júnior.

    O Braga, comandado por Artur Jorge, não tem problemas de lesão ou suspensão e deve repetir a mesma escalação que enfrentou o Real Madrid no jogo de ida. O destaque é o atacante Bruma, ex-Sporting e RB Leipzig, que forma o trio ofensivo com Djaló e Ricardo Horta. O centroavante Banza é a referência na área.

    A provável escalação do Real Madrid é: Kepa; Carvajal, Rudiger, Alaba, Camavinga; Valverde, Modric, Bellingham; Rodrygo, Vinícius Júnior, Joselu.

    A provável escalação do Braga é: Matheus; Mendes, Saatci, Niakate, Borja; Zalazar, Al-Musrati; Djaló, Ricardo Horta, Bruma; Banza.

    Ficha técnica de Real Madrid x Braga

    • Competição: Champions League 2023/24 – Grupo C Rodada: 4ª
    • Data: 08/11/2023 Horário: 17h (horário de Brasília)
    • Local: Santiago Bernabéu, Madri, Espanha
    • Árbitro: Halil Umut Meler (Turquia)
    • Assistentes: Mustafa Eyisoy e Cevdet Komurcuoglu (Turquia)
    • VAR: Massimiliano Irrati (Itália)
  • Messi conquista Bola de Ouro pela oitava vez

    Messi conquista Bola de Ouro pela oitava vez

    Lionel Messi, o maior jogador de futebol do mundo, conquistou a Bola de Ouro pela oitava vez, nesta segunda-feira (30). O craque argentino, que ajudou a seleção argentina a conquistar a Copa do Mundo do Catar no ano passado, recebeu o prêmio da revista France Football em cerimônia realizada em Paris.

    Messi agradeceu aos companheiros de seleção e aos votantes pela premiação. “Obrigado a todos, especialmente aos meus companheiros da seleção. Obrigado a todos que votaram em mim. Esta Bola de Ouro é um grande presente para toda a Argentina”, disse o atacante do Inter Miami (Estados Unidos).

    A espanhola Aitana Bonmatí, do Barcelona, foi a vencedora da Bola de Ouro Feminina. A atleta, que também conquistou a Copa do Mundo feminina com a Espanha este ano, recebeu o prêmio em cerimônia realizada na mesma noite.

    Lionel Messi é um jogador de futebol profissional argentino que joga como atacante pelo Inter Miami da Major League Soccer (MLS) e pela seleção argentina. Ele é considerado um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos e é amplamente considerado o melhor jogador da história do jogo.

    — news —

  • Sevilla expulsa torcedor que cometeu atos racistas em jogo contra Real

    Sevilla expulsa torcedor que cometeu atos racistas em jogo contra Real

    O Sevilla informou que identificou e expulsou do Estádio Ramón Sánchez Pizjuán um torcedor que cometeu agressões xenófobas e racistas, na tarde deste sábado (21), durante o empate por 1 a 1 com o Real Madrid pela 10ª rodada do Campeonato Espanhol. Os atos foram realizados justamente no momento no qual o atacante brasileiro Vinícius Júnior estava reclamando com jogadores da equipe da casa.

    “O Sevilla FC gostaria de informar que após detectar comportamentos xenófobos e racistas de um torcedor em suas arquibancadas, o identificaram, expulsaram-no do estádio e denunciaram-no às autoridades policiais que trabalhavam em nosso estádio. Além disso, os regulamentos disciplinares internos serão estritamente aplicados a ele e ele será expulso como membro em breve”, afirmou a equipe espanhola em nota.

    Após o posicionamento do Sevilla o brasileiro se manifestou com uma postagem sobre o assunto em seu perfil em uma rede social: “Parabéns ao Sevilla pelo rápido posicionamento e pela punição em mais um triste episódio para o futebol espanhol. Infelizmente, tive acesso a um vídeo com outro ato racista na partida deste sábado, dessa vez praticado por uma criança. Lamento muito que não haja ninguém para educá-la. Eu invisto, e invisto muito, na educação no Brasil para formar cidadãos com atitudes diferentes dessas. O rosto do racista de hoje está estampado nos sites como em várias outras vezes. Espero que as autoridades espanholas façam sua parte e mudem a legislação de uma vez por todas. Essas pessoas têm que ser punidas criminalmente também. Seria um ótimo primeiro passo para se preparar para a Copa do Mundo de 2030. Estou à disposição para ajudar. Desculpem parecer repetitivo, mas é o episódio isolado número 19. E contando…”.

    Vinícius Júnior tem sido vítima sistemática de agressões racistas no futebol espanhol. “As instituições espanholas fazem olhos de mercadores e não tomam atitudes e políticas duras contra o racismo. Das dez denúncias feitas pelo Vinicius [desde 2021], três foram arquivadas pela liga espanhola. Isso faz com que a liga seja uma aliada do racismo na Espanha”, afirmou Jorge Santana, professor de História e mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), em depoimento ao programa Stadium, da TV Brasil.

    O último episódio foi registrado no dia 21 de abril no Estádio Mestalla, na vitória de 1 a 0 do Valencia sobre o Real Madrid pelo Campeonato Espanhol. Na ocasião, Vinícius Júnior escutou insultos racistas e gritos de macaco vindos das arquibancadas. O jogo foi paralisado por cerca de oito minutos e, posteriormente, o jogador foi expulso ao se envolver em confusão.

    Após este episódio, o jogador da seleção brasileira recebeu diversas manifestações de apoio, como do presidente da Fifa, Gianni Infantino, que colocou o atacante na liderança de um comitê especial antirracismo, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu que a Fifa, a liga espanhola e as ligas de futebol de todos os países tomem providências para que o “racismo e o fascismo” não tomem conta do futebol.

     
    — news —

  • Vini Jr. fecha goleada de 4 a 1 contra Guiné em jogo contra o racismo

    Vini Jr. fecha goleada de 4 a 1 contra Guiné em jogo contra o racismo

    O Brasil sobrou diante da Guiné com goleada de 4 a 1 no estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona (Espanha), neste sábado (17). Joelinton, Rodrygo, Éder Mitão e Vinícius Júnior, o protagonista da partida com a camisa 10, marcaram para o escrete canarinho, e Guirassy descontou para a Guiné. A partida foi repleta de manifestações contra o racismo em solidariedade a Vini Jr., alvo reiterado de insultos racistas no Campeonato Espanhol, o último deles em 21 de maio. 

    No entanto, antes mesmo de a bola rolar em Barcelona, um outro caso de racismo foi registrado no estádio. Desta vez a vítima foi Felipe Silveira, assessor pessoal e amigo de Vini Jr. Após passar pela roleta de entrada, Felipe disse ter sido abordado por um segurança que teria apontado uma banana para ele e dito: “Mãos para cima, essa daqui é minha pistola para você”. Houve confusão e a polícia foi chamada. A situação foi filmada pelo pelo repórter Eric Faria da TV Globo e as imagens foram veiculadas pela emissora antes da partida.

    O Brasil jogou o primeiro tempo com o uniforme todo preto, fato inédito nos 109 anos de história da seleção. Além da iniciativa, faixas com os dizeres “Com racismo não tem jogo” foram estendidas em vários pontos das arquibancada e mensagens antirracistas estamparam os telões do estádio.  Antes do apito inicial, todos os jogadores permaneceram ajoelhados durante um minuto em protesto contra o racismo.

    O Brasil dominou a partida no primeiro tempo, e coube a Joelinton, estreante na seleção, abrir o placar aos 26 minutos, após rebote do goleiro ao defender uma tentativa de gol de cabeça de Richarlison. Quatro minutos depois, Rodrygo ampliou, fazendo valer o apelido dele no Real Madrid: Rayo. O camisa 11 roubou a bola do lado direito da entrada da área e desferiu um chute certeiro. pelo lado  Aos 33 minutos, Vini Jr quase ampliou ao receber a bola dentro da área mandou um chute colocado, mas a bola passou por fora, rente ao travessão. Nos minutos finais, a Guiné botou pressão, e diminuiu  em jogada de bola parada. Após cruzamento na área, Guirassy subiu mais alto que Marquinhos e marcou o primeiro e único gol da Guiné.

    Após o intervalo, com apenas um minuto de jogo, Éder Militão aproveitou o cruzamento de Lucas Paquetá e cabeceou bonito para o fundo da rede, sem chance para o goleiro Koné, ampliando o placar para 3 a 1. Já do lado brasileiro, das poucas vezes que o goleiro Ederson foi acionado, a de maior perigo ocorreu aos 31 minutos: Ederson não só espalmou o chute de Sylla, como também evitou de pé esquerdo a batida de Kanté no rebote. Antes do fim, aos 42, Malcom foi derrubado por Sylla e o árbitro anotou um pênalti. Casemiro, capitão da seleção, pegou a bola e a entregou para Vini Jr. que cobrou com categoria, selando a vitória por 4 a 1. .

    O Brasil volta a campo às 16h da próxima terça-feira (20), às 16h (horário de Brasilía para mais um amistoso. A seleção enfrentará o Senegal, no Estádio de Alvalade, em Lisboa (Portugal) .

  • Livro sobre Barbosa mostra racismo enraizado no futebol brasileiro

    Livro sobre Barbosa mostra racismo enraizado no futebol brasileiro

    O atacante Vinícius Júnior, astro do Real Madrid (Espanha) e da seleção brasileira que enfrenta Guiné neste sábado (17), a partir das 16h30 (horário de Brasília), no Estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona (Espanha), tem reagido às ofensas racistas das quais é vítima no país europeu desde 2021, pelo menos. Contudo, não foram poucas as oportunidades nas quais o jogador foi apontado como responsável pelas manifestações a ele direcionadas, seja pelas danças ao comemorar gols ou supostamente provocar adversários em campo.

    Culpar a pessoa negra, porém, não é um fenômeno inédito no futebol ou na sociedade (inclusive a brasileira). Em 1950, quando a seleção brasileira perdeu o título da Copa do Mundo, ao ser superada pelo Uruguai por 2 a 1, de virada, no Maracanã, não demorou para o goleiro Moacyr Barbosa Nascimento ser escolhido como vilão do vice-campeonato. O episódio é resgatado no livro “Desculpas, Meu Ídolo Barbosa”, de autoria do historiador e doutor em Ciências Sociais Jorge Santana, e que foi lançado em Brasília no fim de maio.

    “O Barbosa foi vítima de um grande cancelamento, antes mesmo de surgir o termo, mas também vítima de racismo. Não só ele, mas o Juvenal e o Bigode, toda a parte esquerda da defesa brasileira, que era negra. O livro é um pouco da tentativa de se pedir desculpas ao Barbosa, porque ele não foi culpado pela derrota, mas sentiu na pele essa culpa, que foi muito deletéria a ele e aos goleiros negros que vieram depois”, disse Santana à Agência Brasil.

    Segundo o historiador, o tratamento destinado a Barbosa pode ser considerado um marco de que, sim, havia preconceito racial no Brasil. Condição salientada com a criação da Lei Afonso Arinos, a primeira a criminalizar o racismo no Brasil, aprovada após o caso, também em 1950, envolvendo a artista norte-americana Katherine Dunham, negra, que teve a hospedagem negada em um hotel cinco estrelas de São Paulo. Na literatura, o jornalista Mário Filho (que dá nome ao Maracanã) viria a publicar, em 1964, uma segunda edição de “O Negro no Futebol Brasileiro”, livro cuja versão original é de 1947, três anos antes da fatídica decisão.

    “Esse livro [do Mário Filho] traz todo o racismo no futebol brasileiro até as décadas de 1930 e 1940, quando ele fala que há uma virada, na qual, a partir de negros como Leônidas da Silva e Domingos da Guia, você teria a pacificação do racismo no futebol. Só que, quando vem a tragédia de 1950, ele tem a necessidade de fazer uma nova edição, na qual fala: há racismo aqui, de forma muito evidente”, analisa o pesquisador.

    Setenta e três anos se passaram desde o Maracanazo (como ficou conhecida a derrota brasileira na Copa de 1950), mas o preconceito racial não abandonou a modalidade mais popular do país. Segundo o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, foram comprovadas 90 situações de racismo em arquibancadas e gramados brasileiros no ano passado, 40% a mais que os 64 episódios de 2021.

    O caso recente mais emblemático ocorreu em 2014, quando o hoje ex-goleiro Aranha, então no Santos, foi chamado de macaco por torcedores do Grêmio na partida de ida entre as duas equipes, em Porto Alegre, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Em decisão inédita, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) excluiu o Tricolor gaúcho da competição, mesmo com o jogo de volta por fazer.

    O Regulamento Geral de Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) passou a indicar, para este ano, punição a casos de discriminação, que pode variar de advertência a perda de pontos. Além disso, a nova Lei Geral do Esporte, sancionada na última quarta-feira (14) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê multa de R$ 500 a R$ 2 milhões em episódios de racismo, homofobia, sexismo e xenofobia em eventos esportivos.

    “O racismo é um problema contemporâneo e atual no Brasil e o futebol não é uma área isolada. Tivemos avanços importantes nos últimos anos. Primeiro, pela CBF assumir que há racismo no futebol, criar mecanismos para combatê-lo em campo. Infelizmente, o racismo é tão estrutural na sociedade que, mesmo com ações, o caso do Aranha mostra o tamanho deste desafio”, afirma Santana.

    “Punição é importante, mas também a conscientização das novas gerações, de uma pedagogia que, de fato, seja antirracista, que leve informação aos jogadores da base, com palestras sobre racismo, e que os clubes atuem junto aos torcedores. Precisamos de políticas permanentes de luta contra o racismo, o machismo e a LGBTfobia”, completou o historiador.

    Mas, afinal, Barbosa recebeu um pedido de desculpas? Para Santana, o reconhecimento em vida foi menor do que merecia o goleiro, ídolo do Vasco, que faleceu em 7 de abril de 2000, aos 79 anos, em Praia Grande (SP), por conta de uma parada cardiorrespiratória.

    “Acredito que um dia ele teve figuras, teve pessoas, que buscaram trazer um outro olhar sobre 1950, mas acho que [ficou aquém] no sentido macro, de instituições que poderiam cumprir esse papel, e aí falo da CBF, do Governo brasileiro, de instituições que poderiam fazer ações com o Barbosa e todos os vice-campeões, de valorizar a primeira vez que o Brasil esteve perto de conquistar uma Copa do Mundo. [O Mundial de] 2014, talvez, seja o que chegou mais perto [de um pedido de desculpas]. O Diário de Pernambuco fez uma capa [com a manchete ‘Descanse em paz, Barbosa’] depois de o Brasil tomar de 7 a 1 da Alemanha”, concluiu o escritor.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Vini Jr: Órgão propõe multa de R$ 316 mil a autores de ataque racista

    Vini Jr: Órgão propõe multa de R$ 316 mil a autores de ataque racista

    A Comissão Espanhola Antiviolência – órgão colegiado do Conselho Superior de Desporto da Espanha – propôs nesta segunda-feira (5), após reunião no Conselho Superior de Esportes, a aplicação de multa de 60 mil euros (o equivalente R$ 316,8 mil) e veto por dois anos em ambientes esportivos aos quatro suspeitos de pendurar em uma ponte na capital espanhola um boneco preto com a camisa 20 do Real Madrid, usada pelo atacante brasileiro Vinícius Júnior. Junto ao boneco inflável, havia uma faixa vermelha e branca – em alusão às cores do  Atlético de Madrid – com a frase “Madri odeia o Real”. Os quatro torcedores foram identificados como integrantes de uma torcida organizada e seguem sob investigação do tribunal de justiça por crime de ódio.

    A Comissão Antiviolência, que cuida de casos de racismo, xenofobia e intolerância em atividades esportivas , sugeriu também o aumento do valor da multa –  de 4 mil euros para 5 mil euros (R$ 26 mil reais) – aos três indivíduos identificados de proferirem  insultos racistas contra Vini Jr. no último dia 21 de maio, durante duelo Real Madrid x Valência, pelo Campeonato o Espanhol organizado pela LaLiga. A Comissão justificou a elevação da multa por “entender que os autores estavam conscientes de que seus atos eram reprováveis e por terem repetido as ações ao longo desta temporada”.

    Após a repercussão dos atos racistas sofridos por Vini Jr em 21 de maio – foram ao todo 10 ataques desde 2021 -, a polícia espanhola deteve sete suspeitos: quatro prisões referem-se aos envolvidos no caso do boneco preto pendurado numa ponte em frente ao Centro de Treinamento (CT) do Real Madrid, e os outros foram identificados como torcedores do Valência.

  • Envolvimento de brancos faz a diferença no combate ao racismo

    Envolvimento de brancos faz a diferença no combate ao racismo

    Hoje tem jogo do Real Madrid, mas a principal estrela do clube merengue não estará em campo. O atacante brasileiro Vinícius Júnior, alvo de ataques racistas no último domingo (21), não treinou ontem devido a um desconforto no joelho. A dor maior, no entanto, não é física. O jogador tenta se recuperar emocionalmente do que que viveu no Estádio Mestalla, na partida contra o Valência. Enquanto o craque se poupa, o combate inegociável contra o racismo, dentro e fora dos estádios, parece ser o melhor antídoto contra o delito, classificado como crime contra a humanidade pelo Direito Internacional.  De acordo com pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, além das ações das instituições governamentais, é urgente o envolvimento de brancos na luta antiracista.

    “Esperar, aguardar não é mais possível. O verbo de agora é agir”, frisa o coordenador da Pós-Graduação em Jornalismo Esportivo da Faculdades Hélio Alonso (Facha), Leandro Lacerda, defendendo uma medida enérgica contra torcedores e clubes envolvidos em episódios de preconceito racial. “Eles precisam ser responsabilizados de forma contundente, inclusive responder criminalmente, porque é um caso que extrapola a esfera esportiva. Agora, os clubes também têm que ser responsabilizados com perda de mando de campo, de pontos, etc. Se um estádio inteiro está a gritar cantos racistas, então aquele lugar não oferece segurança para se praticar o futebol”, defende Lacerda.

    Já Thales Vieira, sociólogo e coordenador-executivo do Observatório da Branquitude, sugere que a Fifa ou a Uefa proíba times espanhóis de participar de competições internacionais. “A gente não sabe o que vai acontecer, mas o Movimento Negro não vai deixar que esse seja mais um caso que amanhã vai todo mundo esquecer”.  o sociólogo, lembrando que é preciso analisar e pesquisar quem produz diariamente o racismo.

    O sociólogo destaca que o racismo diário está vinculado ao processo histórico. “A colonização colonização deixou marcas profundas nas sociedades para os negros. Os escravocratas têm dificuldade em conviver com a diversidade racial sem hierarquizar ou animalizar os outros, que são vistos como inferiores e despojados da própria condição de humanos. Não à toa, o insulto é macaco”, esclarece.

    “As manifestações do movimento afro-americano Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) costumam ter pessoas brancas à frente para servir de proteção aos negros contra a repressão policial “É este tipo de comportamento, protegendo as vítimas desse processo que precisamos”, defende Thales Vieira, ressaltando que a prática é o critério da verdade. “Cansado de textos prontos, até o ChatGPT é capaz disso”.

    Repercussão

    “Mono, mono, mono”. O vocábulo espanhol cuja tradução é macaco é a palavra preferida dos racistas. O ex-jogador Roberto Carlos, em 1997, quando atuava pelo mesmo Real Madrid, também foi alvo do mesmo xingamento, que chegou a ser rabiscado no carro do então galáctico. Em 2014, uma banana foi atirada pelos adeptos do Villareal ao campo, fruta que foi comida, ironicamente, por Daniel Alves, quando atuava pelo Barcelona, mesma cidade onde está preso há mais de 80 dias sob a acusação de estupro.

    “Agora, houve uma repercussão mais intensa”, analisa o professor Leandro Lacerda, destacando que Vini Jr se trata de um jogador de seleção brasileira, titular no clube mais poderoso do mundo. “Foi covarde, asqueroso. Mais uma vez, a vítima foi acusada de ser responsável pelo que aconteceu. No estádio, imitações de macaco e cânticos racistas. Mas nada disso parece importar”, afirma, acrescentando que o brasileiro foi agredido em campo, revidou, recebeu, sozinho, cartão vermelho. “O VAR omitiu as informações da agressão original. Ele recebeu um mata-leão dentro de campo. O igualmente agressor sequer recebeu advertência. Por que?”, questiona.

    Na terça (23), o Comitê de Competição da Federação de Futebol da Espanha decidiu tornar sem efeito o cartão vermelho dado ao brasileiro Vinicius Júnior na derrota do Real Madrid para o Valencia por 1 a 0. Além disso, a entidade comunicou que fechou por cinco jogos o setor da arquibancada Mario Kempes, no qual estavam os torcedores que proferiram insultos racistas contra o jogador da seleção brasileira, , e multou o Valencia em 45 mil euros.

    “Foi uma violência atroz”, analisa Thales Vieira, lembrando que a repercussão só alcançou este tamanho por conta da reação intensa e imediata de Vinícius Júnior. “Os companheiros de equipe – Courtois, Modric e outros jogadores – não tenham abandonado o campo. “Dos amigos e aliados contra o racismo espera-se uma reação mais fria, calculada e estratégica, o próprio Ancelloti (técnico) podia ter retirado o time inteiro dentro de campo diante daquela circunstância”.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

  • Vini Jr. quer que o Brasil chegue em ritmo de alegria à final da Copa

    Vini Jr. quer que o Brasil chegue em ritmo de alegria à final da Copa

    Em preparação para enfrentar a Croácia na sexta-feira (9), ao meio-dia (horário de Brasília), pelas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, o atacante Vinicius Junior descarta o favoritismo da seleção brasileira frente ao próximo adversário. O embate decisivo será no Estádio Cidade da Educação, na capital Doha.

    “Nessa Copa não tem favorito, e a Croácia, na última Copa chegou à final. Então, não tem mais jogo fácil. Jogar contra a Croácia, de Luka Modric, que há pouco tempo atrás foi bola de ouro, é complicado. Mas a gente tem consciência que temos de entrar lá e mudar o que se passou nos últimos anos. Queremos ganhar as quartas de final e chegar na semi. É um passo de cada vez”, disse o atacante.

    Ver essa foto no Instagram

    Uma publicação compartilhada por Seleção Brasileira de Futebol (@cbf_futebol)

    O Brasil não derrota uma seleção europeia na fase mata-mata desde o Mundial de 2002, (Japão e Coréia do Sul) (2002), quando conquistou o pentacampeonato. Na ocasião, o escrete canarinho venceu Bélgica, Inglaterra e Turquia, além de derrotar a Alemanha na final.

    Com futebol vistoso nos três jogos em que atuou, Vini foi questionado sobre como se sentir dividindo o protagonismo com Neymar.

    “Acredito que temos 26 jogadores: se cada um dividir a responsabilidade, não fica pesado para ninguém. Claro que os jogadores que atuam amis, terão mais responsabilidade. O Ney não foge e eu também não tenho medo dessa responsabilidade. Quero entrar em campo bem, na minha melhor versão  para ajudar a equipe, não só com gols mas também quando tempos que baixar a linha para defender e ajudar os zagueiros. A responsabilidade é de todos, e todos juntos fica mais fácil para todo mundo”.

    O atacante ainda falou da necessidade de a seleção continuar evoluindo no torneio.

    “Cada jogo a gente tem de melhorar e agora [temos] um adversário completamente diferente da Coreia: vão vir com bloco baixo [na defesa] para tentar tirar nossa arma que é a qualidade do ataque. O professor [Tite] faz tudo para facilitar para a gente, dá tudo o que a gente precisa fazer durante o jogo . Eu falo por mim: tenho 22 anos, tento evoluir a cada jogo e nesta Copa tenho aprendido bastante que é importante estar concentrado nos jogos do princípio ao fim.

    O jogador do Real Madrid ainda afirmou que se depender da vontade do grupo de fazer gols, presenciaremos mais dancinhas nas comemorações.

    “O gol é o momento mais importante do futebol: não só a gente está feliz, como agora um país inteiro fica feliz por nós. A galera gosta de reclamar quando vê o outro feliz, e o brasileiro é sempre muito feliz, então vamos sempre afetar bastante. Tem muitas comemorações para fazer ainda. [Tomara] que a gente continue fazendo muitos bailes e jogando bem para chegar à final neste ritmo. Que a gente possa seguir com a nossa alegria, porque tem muito mais gente por nós, do que contra nós”, concluiu o camisa 20. . .

    Para o confronto com a Croácia, o lateral-esquerdo Alex Sandro volta a ficar à disposição depois de se recuperar de lesão no quadril. O que ainda não foi definido é se ele retorna como titular ou inicia no banco de reservas.

    Caso Tite opte colocá-lo no começo do duelo, a tendência é que Éder Militão seja sacado da equipe, e Danilo jogue na lateral direita, assim como aconteceu na vitória de estreia contra a Sérvia por 2 a 0.