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  • Operação Acolhida já interiorizou mais de 50 mil venezuelanos

    Operação Acolhida já interiorizou mais de 50 mil venezuelanos

    Deixar o país onde vive para morar em outro lugar nem sempre é fácil. Mas para muitos não é uma escolha. É caso de Hany Cruz e família, que deixaram Cuba há três anos após divergências políticas e buscam uma nova chance em Rio Branco (AC). Ela trabalha na prefeitura da cidade ajudando migrantes venezuelanos que, como ela, se viram obrigados a deixar o país de origem. “Devagar, aos poucos, fomos comprando as coisas, fomos nos estabilizando. Hoje, estou orientando, ajudando, fazendo a documentação de outros migrantes, estou muito feliz por ajudar, compartilhar minha experiência, meu conhecimento”, relatou Hany Cruz.

    No fim de 2020, 82,4 milhões de pessoas em todo o mundo estavam deslocadas por guerras, conflitos, perseguições e violações de direitos humanos, sendo 26,4 milhões delas refugiadas. Foi o que apontou relatório divulgado pela Acnur, a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados, divulgado na última sexta-feira (18). A publicação mostra ainda que ao longo do ano passado, apenas 251 mil refugiados retornaram para os lares. Esse é o terceiro menor número da última década.

    O Dia Mundial do Refugiado foi lembrado nesse domingo (20). A data foi instituída em 2001 para propor uma reflexão sobre as condições de vida das pessoas forçadas a sair dos países de origem devido a perseguições, conflitos armados e crises humanitárias. No Brasil, a Lei de Refúgio brasileira, que é uma das mais avançadas no mundo, e a Operação Acolhida, que recebe venezuelanos no Brasil devido à crise político-econômica no país vizinho, reforçam a solidariedade do povo. O Governo Federal estima que cerca de 260 mil refugiados e migrantes venezuelanos vivem atualmente no Brasil.

    “Somos referência mundial no acolhimento de refugiados, sobretudo no continente sul-americano, recebendo grande número de venezuelanos que emprestam a sua força de trabalho e o seu conhecimento para a construção do nosso país”, afirmou o secretário Nacional de Justiça, Cláudio de Castro Panoeiro.

    Operação Acolhida

    O acolhimento aos refugiados da Venezuela é um dos destaques da atuação do Governo Brasileiro, que, em 2018, criou a Operação Acolhida para receber venezuelanos que deixam o país. O Ministério da Justiça reconheceu mais de 46 mil venezuelanos refugiados desde 2019. Somente em 2020, foram mais de 25 mil reconhecimentos.

    Apenas até o mês de abril deste ano, cerca de 900 crianças venezuelanas tiveram reconhecida a condição de refugiadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Desde 2019, mais de 3 mil crianças venezuelanas obtiveram o reconhecimento.

    Coordenada pela Casa Civil, a Operação Acolhida tem três eixos que são: ordenamento de fronteira que prevê documentação, vacinação e operação de controle do Exército Brasileiro; acolhimento, que compreende oferta de abrigo, alimentação e atenção à saúde; e a interiorização, com o objetivo de inclusão socioeconômica.

    Quase 53 mil refugiados e migrantes venezuelanos já foram interiorizados e acolhidos em mais de 670 municípios brasileiros após chegarem ao Brasil em busca de um futuro melhor com emprego e acesso a serviços de educação e saúde.

    As ações têm a participação de 11 ministérios, organizações da sociedade civil e organismos internacionais.

    Quem pode ser considerado refugiado

    A lei brasileira de refúgio define que é refugiada a pessoa que, devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora do país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país.

    Aquela que, não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve a residência habitual, não possa ou não queira regressar a ele, em função das circunstâncias anteriores. E que, devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigada a deixar o país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país.

    Apoio aos refugiados no Brasil

    No Brasil, o Governo Federal tem atuado no apoio aos refugiados. Nos últimos anos, o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, deu mais celeridade ao atendimento desses casos.

    “Nos últimos três anos, de 2019 a 2021, dentro deste Governo e desta gestão, o Conare teve a felicidade de decidir em torno de 100 mil pedidos de refúgio que foram apresentados ao Estado Brasileiro, dos quais cerca de 50 mil pessoas foram reconhecidas como refugiadas”, ressaltou o Secretário Nacional de Justiça, Cláudio de Castro Panoeiro.

    “Desde o final do Século 19, o Brasil vem recebendo estrangeiros por diferentes motivos, que decidem optar por morar no nosso país. No início do século 21, nós confirmamos uma vez mais a nossa vocação com o acolhimento do fluxo venezuelano”, completou o secretário.

  • Copa América: Peru vence Colômbia e mantém Brasil na ponta do Grupo B

    Copa América: Peru vence Colômbia e mantém Brasil na ponta do Grupo B

    O Brasil folgou neste domingo (20) pela terceira rodada da Copa América, mas permaneceu na liderança do Grupo B. A Colômbia, única seleção que poderia ultrapassar o escrete nacional, foi superada por 2 a 1 pela seleção do Peru, no estádio Olímpico de Goiânia.

    Os colombianos permanecem na segunda posição da chave, com quatro pontos, enquanto os peruanos somaram os primeiros três pontos na competição e subiram para o terceiro lugar. Os quatro primeiros colocados se classificam às quartas de final.

    O Peru saiu na frente aos 16 minutos do primeiro tempo. Sergio Peña aproveitou o rebote de um chute de fora da área do também meia Yoshimar Yotún (ex-Vasco) que parou na trave, e mandou para as redes. Na etapa final, aos cinco minutos, o atacante Miguel Borja entrou na área e foi derrubado pelo goleiro Pedro Gallese. O próprio Borja – vinculado ao Palmeiras – converteu a penalidade e deixou tudo igual.

    O gol da vitória peruana também teve participação de jogadores com histórico no futebol brasileiro. Aos 19 minutos, o meia Cristian Cueva (ex-São Paulo e Santos) bateu escanteio e o zagueiro Yerry Mina (ex-Palmeiras) desviou contra a própria meta. Os colombianos pressionaram atrás do empate, mas pecaram na finalização e pararam em defesas de Gallese.

    Ambas as seleções voltam a campo na quarta-feira (23). Às 18h (horário de Brasília), o Peru enfrenta o Equador, novamente em Goiânia. Em seguida, às 21h, a Colômbia encerra a participação na primeira fase contra o Brasil, no estádio Nilton Santos, na zona norte do Rio de Janeiro.

    Também neste domingo (20), no Nilton Santos, a Venezuela ficou no 2 a 2 com o Equador. A seleção vinotinto, que disputa a Copa América desfalcada de 13 jogadores infectados pelo novo coronavírus (covid-19), ficou duas vezes atrás no placar, buscou o empate e contou com outra atuação decisiva do goleiro Wuilker Fariñez, herói da igualdade sem gols com a Colômbia, na sexta-feira passada (18), em Goiânia.

    Com um ponto em dois jogos, o Equador é o último do Grupo B. A Venezuela, que folgará na quarta rodada, aparece uma posição à frente, em quarto, com dois pontos em três partidas.

    Os equatorianos abriram o marcador aos 38 minutos do primeiro tempo, com o meia Ayrton Preciado, no bate-rebate na área. Na etapa final, o volante Edson Castillo empatou de cabeça aos cinco minutos.

    Aos 24, o meia Cristian Cásseres Jr. acertou a trave e quase virou o placar. Na sequência, aos 25, o meia Gonzalo Plata insistiu duas vezes para vencer Fariñez e recolocar o Equador à frente. A Venezuela não desistiu e igualou novamente aos 45 minutos, em cabeçada do lateral Ronald Hernández. Nos acréscimos, Fariñez ainda salvou a equipe vinotinto em tentativa de cabeça do atacante Fidel Martínez (ex-Cruzeiro).

  • Brasil abre Copa América com boa vitória sobre a Venezuela

    Brasil abre Copa América com boa vitória sobre a Venezuela

    O Estádio Mané Garrincha, em Brasília, foi palco na noite deste domingo (13) da estreia da seleção brasileira na Copa América de 2021. A equipe nacional fez 3 a 0 na Venezuela pela abertura do Grupo A. Os gols foram marcados pelo zagueiro Marquinhos e pelos atacantes Neymar e Gabriel Barbosa.

    Com o resultado, o time verde e amarelo somou os primeiros três pontos e lidera a chave. Ainda neste domingo, às 21h (horário de Brasília), Colômbia e Equador se enfrentam no mesmo grupo na Arena Pantanal. O Peru é o quinto time da chave brasileira e folga nesta rodada inaugural.

    Antes do início da partida, ocorreu um rápido cerimonial para abertura da competição. Alguns profissionais da saúde levaram a taça da Copa América até o centro do gramado do Mané Garrincha e o telão do estádio passou imagens alusivas às 10 equipes que participam do torneio e foi organizado um show de fogos de artifício que tomou conta do céu da capital federal.

    Com a bola rolando, a primeira partida da Copa América dessa temporada foi totalmente dominada pelo Brasil. Aos sete, quase Richarlison abriu o placar depois de cobrança de escanteio de Neymar. Aos nove, a mesma dupla esteve em ação. Neymar deu um belo lançamento para Richarlison que não conseguiu dominar. Aos 10, Éder Militão por muito pouco não abriu o placar de cabeça. Aos 22, finalmente as redes venezuelanas balançaram. Neymar bateu o escanteio da esquerda e o zagueiro Marquinhos aproveitou o bate e rebate na área para fazer o primeiro gol. Aos 25, Richarlison marcou, mas estava impedido. Aos 29, Neymar fez boa jogada e finalizou rasteiro. A bola passou raspando a trave direita do gol de Graterol.

    Na etapa final, o técnico Tite fez duas mudanças, colocando Everton Ribeiro no lugar do Lucas Paquetá e Alex Sandro no lugar de Renan Lodi, e a seleção marcou mais dois gols. Aos 16, o lateral-direito Danilo armou boa jogada e foi derrubado na área. Neymar deslocou o goleiro rival e fez mais um.

    Depois, sem forçar muito o ritmo e com Gabriel Barbosa no lugar de Richarlison, Vinícius Júnior na vaga de Gabriel Jesus e Fabinho no lugar de Fred, saiu o terceiro gol aos 43 minutos. Neymar recebeu belo passe de Alex Sandro, driblou o goleiro e largou Gabriel Barbosa sozinho na frente do gol. O atleta do Flamengo empurrou com o peito para o fundo das redes.

    A seleção volta a jogar na quinta-feira (17) contra o Peru no Nilton Santos, no Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira (14) acontecerão os primeiros dois jogos do grupo A. Argentina e Chile se enfrentam no Nilton Santos, a partir das 18h, e, no Estádio Olímpico de Goiânia, Paraguai e Bolívia se enfrentam a partir das 21h.

  • Venezuela tem surto de covid-19 antes da estreia na Copa América

    Venezuela tem surto de covid-19 antes da estreia na Copa América

    No final da noite desta sexta-feira (11), a Federação Venezuelana de Futebol (FVF) confirmou 12 casos positivos de covid-19 nos integrantes da delegação que está no Brasil para participar da Copa América.

    A competição começa neste domingo (13), a partir das 18h (horário de Brasília), com Brasil e Venezuela se enfrentando no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Além desses casos, a seleção do país vizinho já havia deixado de fora da lista Wilker Ángel e Rolf Feltscher, que testaram positivo antes da viagem. O capitão Tomás Rincón, com quadro viral, segue em isolamento em Caracas.

    Além desses casos, Juan Otero, atleta do Santos Laguna-MEX, não foi chamado para integrar a seleção colombiana. Na Argentina, o goleiro Franco Armani, que já tinha sido desfalque nas Eliminatórias, continua testando positivo. Apesar de estar assintomático e poder participar da competição de acordo com o regulamento da Conmebol ele ficará de fora desse início do torneio.

    Outra baixa importante no torneio é Alexis Sánchez do Chile. Ele apresentou uma lesão muscular e o tempo de recuperação é superior a primeira fase do torneio. Dessa forma, ele segue fazendo tratamento no Chile. No Equador, Carlos Gruezo, que já teve que ser cortado da lista antes do jogo contra o Peru pelas Eliminatórias, ficou fora do grupo da Copa América.

    Brasil e Venezuela estão no Grupo B. Além deles, Colômbia e Equador também jogam nessa chave às 21h. A seleção peruana é a quinta integrante do grupo e folga na primeira rodada. No grupo A, Argentina e Chile jogam na segunda-feira (14), a partir das 18h. Paraguai e Bolívia fecham a rodada às 21h. Uruguai folga na rodada inicial.

  • Obra do Linhão de Tucuruí deve começar neste ano, diz diretor da Aneel

    Obra do Linhão de Tucuruí deve começar neste ano, diz diretor da Aneel

    O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, informou hoje (13) que deverão ter início ainda neste ano as obras que permitirão a Roraima receber energia do Sistema Interligado Nacional (SIN). Pepitone deu a informação durante a audiência pública que discute, na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, o chamado Linhão de Tucuruí. A obra foi contratada por meio de leilão em 2011, e a conclusão estava prevista para 2015, o que acabou não ocorrendo.

    A obra depende da finalização de um protocolo de consulta que está sendo feito junto à comunidade indígena da reserva Waimiri-Atroari, uma vez que as linhas de transmissão passam por 122 quilômetros desse território. Segundo Pepitone, a obra resultará em grandes lucros para o grupo que venceu a licitação – a Transporte Energia, consórcio formado pela Alupar e pela Eletronorte, que detêm, respectivamente 51% e 49% das cotas do empreendimento.

    “É um investimento sem igual, já que poderá ser amortizado em apenas um ano, se levarmos em consideração que o valor da obra é R$ 1,6 bilhão e o custo de óleo diesel para atender o estado de Roraima em 2020 ficou em R$1,3 bilhão. Então, praticamente essa obra se amortiza em um ano. Não existe investimento neste país que se amortize em um ano”, disse o diretor da Aneel, ao informar que a expectativa é que as obras tenham início neste ano.

    Pepitone explicou que o contrato é de 30 anos, dos quais três são para a implantação e 27 para a amortização do empreendimento, que abrange 715 quilômetros de linhas de transmissão. Por envolver interesse nacional, a obra está vinculada à Política de Defesa Nacional, o que dá a ela uma configuração diferenciada, que deveria dar celeridade a seu processo de construção. Esse processo, no entanto, precisa respeitar alguns componentes do ponto de vista ambiental, bem como de consulta às comunidades indígenas da região.

    Indígenas e licenciamento

    “Não é justo responsabilizar a Funai [Fundação Nacional do Índio] pelo atraso, nem colocar a responsabilidade nas costas dos mais vulneráveis. É uma questão de lei. Os povos indígenas não são contra o desenvolvimento, tampouco contra a questão da energia. O que querem é ser vistos como cidadãos de direito e ter voz para se pronunciar e opinar”, disse a coordenadora-geral de Licenciamento Ambiental da Funai, Carla Fonseca de Aquino Costa, após ouvir de parlamentares que os índios estariam dificultando o avançar de uma “obra importante para o país”.

    “Os povos indígenas não são empecilho nessa questão. Apenas estão reivindicando o que já está garantido em termos de legislação. Índios não são problema. São solução”, afirmou a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), que integra a comissão.

    Diante do atraso da obra, a concessionária responsável pelo empreendimento acionou a Justiça, pedindo a rescisão do contrato. O advogado da União e assessor da Consultoria Jurídica do Ministério de Minas e Energia Mauro (MME) Henrique Sousa explicou a situação durante a audiência: “Trata-se uma sentença dada em março que decorre de ação proposta pela empresa, movida em 2017. Nela, a empresa justifica seu ingresso pedindo a rescisão do contrato com base em argumentos como o impedimento sistemático e ao longo do tempo do licenciamento ambiental, que foi obstado por ação civil pública do MPF, que pleiteou a anulação do licenciamento ambiental, do leilão e do contrato.”

    Segundo Sousa, houve então uma liminar, e a sentença saiu recentemente, dizendo que é possível a rescisão do contrato de concessão, mas ressaltando que, por ser sentença de primeiro grau, não tem efeito imediato. Ele informou que ainda há prazo para que a Advocacia-Geral da União GU maneje os recursos cabíveis, “até porque há condenação em face da União para pagamento pleiteado pela empresa de uma indenização ainda a ser apurada em liquidação de sentença, o que levará ainda um tempo”.

    O contrato permanece ativo até pelo fato de a empresa receber receita para manutenção de ativos do empreendimento., acrescentou “Não há, portanto, efeito prático e imediato em relação à sentença.”

    Dependência da Venezuela

    Já o secretário adjunto de Energia Elétrica do MME, Domingos Romeu Andreatta, destacou que a obra representa uma estratégia para diminuir a dependência de Roraima do fornecimento de energia gerada na Venezuela, que começou em 2001. “Entre 2010 e 2019, o atendimento a Roraima se deu de maneira compartilhada: parte geração térmica e parte energia da Venezuela. Em março de 2019, passamos a ter toda geração sendo suportada pela geração térmica local, mas a um custo bastante alto”, disse o secretário, que trabalha com a expectativa de que a linha entre em operação “no máximo em 36 meses”.

    De acordo com André Pepitone, enquanto a linha não está pronta, Roraima continua sendo o único estado que opera no sistema isolado. “Não está interligado às demais regiões do Brasil. Com isso, é atendido por parque térmico compreendido por 131 empreendimentos, tendo 98% de sua energia gerada por fontes térmicas a óleo diesel, que é cara e poluente.”

    O parque térmico de Roraima é constituído por quatro usinas principais: Monte Cristo (125MW); Floresta (40 MW); Distrito (40MW) e Novo Paraíso (12 MW). “Isso tem um custo e envolve pedidos anuais de reequilíbrios econômico-financeiro, pelas empresas, em mais de R$ 1 bilhão, passando dos R$1,6 bilhão previsto em contrato, para R$ 2,6 bilhões”, disse Pepitone.

    Reequilíbrio de contas

    O diretor da Aneel explicou que, diante da situação, a empresa ingressou com um pedido de R$ 396 milhões para reequilíbrio de suas contas, sob a justificativa de que o investimento estimado teria aumentado em R$ 1 bilhão, em decorrência de fatores como aumento no preço de cabos condutores (R$ 205,3 milhões); alteamento de estruturas metálicas, acréscimos de fundações e montagem (R$ 546,1 milhões) e limitações construtivas na terra indígena (R$ 179 milhões), entre outros.

    “A Aneel fez a análise do reequilíbrio e considerou, em sua decisão administrativa, como pagamento adequado, R$ 275 milhões, reconhecendo a excludente de responsabilidade no atraso do licenciamento, mas mantendo as condições da licitação. É aí que teve início a controvérsia. A empresa não aceitou e manteve um pleito em R$ 396 milhões, entrando com a ação judicial”, disse Pepitone ao lembrar que, para ter efeito, a sentença precisa ser referendada pelo TRF-1, após o julgamento do recurso da União. “Algo que ainda não ocorreu”, completou.

    O coordenador do Fórum de Energias Renováveis de Roraima, Alexandre Henklain disse que a obra é fundamental, dada a vulnerabilidade que existe em sistemas isolados. “Mas a obra não é importante apenas para Roraima. É importante para o Brasil porque Roraima tem vocação para ser exportador de energia, principalmente eólica e solar”.

    “É importante inclusive por gerar energia a partir de outro hemisfério, o que é interessante do ponto de vista de sazonalidade climática e pluviométrica, uma vez que está localizada no Hemisfério Norte, acima da Linha do Equador. Isso dará mais segurança ao sistema nacional. Portanto, esse é um contrato importante que precisa ser salvo”, completou.

  • Copa América 2021: Conmebol define novo calendário com dez seleções

    Copa América 2021: Conmebol define novo calendário com dez seleções

    O novo calendário da Copa América 2021, adiada para este ano em razão da pandemia de covid-19, foi anunciado hoje (15), pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). O torneio ocorrerá de 13 de junho a 10 de julho na Argentina e Colômbia, com apenas dez seleções, após a desistência de Austrália e Catar, países convidados. O Brasil é o atual campeão – a última edição ocorreu em 2019.

    O jogo de abertura no dia 13 de junho será entre Argentina e Chile, na capital Buenos Aires. No mesmo dia, Paraguai e Bolívia duelam na cidade argentina de Medonza.

    Já o Brasil estreia no dia seguinte, contra a Venezuela, em Medellín (Colômbia). O escrete nacional disputará todos os jogos da primeira fase na Colômbia, onde também será realizada a final da Copa América, em 14 de julho, na cidade de Barranquilla.

    Na primeira fase da Copa América, as seleções estão divididas em dois grupos, e apenas os dois melhores em cada chave avançam às quartas de final. Para não precisar sair do país, o Brasil precisa terminar em primeiro ou segundo lugar na chave. Se ficar em terceiro ou quarto, fará as quartas de final na Argentina.

    O Brasil soma nove títulos da Copa América. O Uruguai é o maior vencedor, com 15, seguido pela Argentina, com 14. Paraguai, Chile e Peru somam duas taças, enquanto Colômbia e Bolívia ganharam uma. Das seleções sul-americanas, somente Equador e Venezuela nunca venceram o torneio.

  • Covid-19: Venezuela tem mais de 100 mil casos da doença

    Covid-19: Venezuela tem mais de 100 mil casos da doença

    A Venezuela atingiu, nessa terça-feira (24), 100.143 casos confirmados de covid-19, desde o início da quarentena no dia 13 de março. Nas últimas 24 horas foram registrados mais 308 casos.

    Segundo o ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Freddy Ñáñez, há 873 mortes associadas ao novo coronavírus e 94.985 pessoas se recuperaram da doença.

    Pelo Twitter, o ministro informou que estão ativos 4.285 casos, dos quais 2.897 de pacientes que se encontram em hospitais, 1.362 em centros de Diagnóstico Integral e 26 em clínicas privadas.

    Com 21.007 casos confirmados, a capital Caracas é a região com maior número de casos, seguindo-se os estados de Miranda (12.553), Zúlia (8.829), Táchira (7.972), Apure (5.534), La Guaira (4.979), Yaracuy (4.522), Arágua (4.292), Nova Esparta (3.922), Carabobo (3.621), Bolívar (3.594) e Lara (3.291).

    Seguem-se Mérida (2.953), Sucre (2.125), Barinas (1.793), Anzoátegui (1.749), Monágas (1.231), Trujillo (1.215), Falcón (1.039), Portuguesa (966), Cojedes (776), Amazonas (743), Guárico (721) e Delta Amacuro (689).

    Segundo os dados oficiais, o arquipélago de Los Roques teve até agora quatro casos do novo coronavírus.

    Quarentena radical

    A Venezuela iniciou segunda-feira (23) uma semana de “quarentena radical”, para que a partir de 1º de dezembro haja um período de um mês de flexibilização generalizada em todo o país, devido às festas de fim de ano.

    A Venezuela está, desde 13 de março, em estado de alerta, o que permite ao Executivo tomar “decisões drásticas” para combater a pandemia.

    No dia 11 de novembro o país autorizou as operações comerciais com o México, a República Dominicana, o Irã, a Turquia e o Panamá.

    No dia 23 deste mês, as autoridades venezuelanas anunciaram a abertura do espaço aéreo para voos comerciais para a Rússia e a Bolívia, suspensos desde março de 2020, devido à pandemia.

  • Tite confirma Ederson no gol e explica Firmino na função de Neymar

    Tite confirma Ederson no gol e explica Firmino na função de Neymar

    O técnico Tite confirmou qual o time que enfrenta a Venezuela nesta sexta-feira (13), às 21h30 (horário de Brasília), pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo do Catar 2022, Veja aqui onde assistir o jogo do Brasil.  A seleção brasileira terá Ederson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi; Allan, Douglas Luiz e Everton Ribeiro; Gabriel Jesus, Richarlison e Roberto Firmino. A partida no estádio do Morumbi, em São Paulo, terá transmissão da Rádio Nacional, com narração de André Luiz Mendes, e comentários de Mário Silva e Bruno Mendes.

    A diferença da escalação em relação ao treino de quarta-feira (11), quando Tite esboçou a equipe titular, está no gol. Apesar de ter trabalhado entre os reservas, Ederson foi escolhido pelo técnico para sair jogando diante dos venezuelanos. Alisson (que se recuperou de lesão, após ter sido cortado na convocação anterior) e Weverton são as outras opções do setor.

    “O Weverton fez dois bons jogos [contra Bolívia e Peru] e vem numa sequência muito boa também no Palmeiras. O Alisson é um excelente goleiro. O Ederson vive um grande momento técnico e físico. Falei pessoalmente com os três, junto do Taffarel [preparador de goleiros]. A gente não julga quem é o melhor. O momento é importante. Por isso, o Ederson será o titular”, explicou Tite, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (12), na Granja Comary, em Teresópolis (RJ).

    O treinador evitou detalhar a formação ofensiva da equipe, que não terá Neymar. O atacante foi cortado na noite de ontem (12), depois que o departamento médico da CBF concluiu que não haveria tempo hábil para a reabilitação do jogador do Paris Saint-Germain (França). O atleta se recupera de uma contusão na perna esquerda. Decisivo na vitória por 4 a 2 sobre o Peru, há um mês, em Lima (Peru), com transmissão da TV Brasil, Neymar dará lugar a Gabriel Jesus, com Firmino fazendo a função do camisa 10.

    “Richarlison será o 9 [centroavante]. O Firmino pode ser o jogador mais livre, mais arco do que flecha, diferentemente do outro jogo [contra o Peru], mais articulador. Não quero entrar em mais detalhes, porque temos de preservar a informação, o adversário olha para a gente também. O jogador mais agressivo, que verticaliza e finaliza, é Richarlison. Como ele vai compor com Jesus, [Everton] Ribeiro e o conjunto da obra, aí eu prefiro resguardar”, disse o técnico brasileiro.

    Na comparação com o time que superou o Peru, serão quatro novidades entre os titulares. Além de Ederson e Jesus nos lugares de Weverton e Neymar, entram o volante Allan e o meia Everton Ribeiro nos lugares, respectivamente, dos cortados Casemiro (positivo para covid-19) e Philippe Coutinho (contundido). Mais quatro atletas foram desconvocados desde a divulgação da lista: dois por lesão (o zagueiro Rodrigo Caio e o volante Fabinho) e dois por covid-19 (o zagueiro Éder Militão e o lateral Gabriel Menino).

    “São desafios que todas as seleções têm enfrentado. A convocação teve um número maior [de cortes] do que realmente acontece. Quero olhar esse lado real também. As oportunidades surgem. Em algum momento estava convocado o Pedro, por exemplo, e veio o Richarlison, que se afirmou. Não queremos que problemas de lesões aconteçam, mas também fica a oportunidade para que um atleta de alto nível venha e se apresente”, concluiu Tite.

    * Matéria ampliada às 12h22 desta sexta (13) devido a corte de jogador da relação de convocados

  • Venezuela: operações de segurança deixam 1,3 mil mortos em cinco meses

    Venezuela: operações de segurança deixam 1,3 mil mortos em cinco meses

     

    Operações de Segurança na Venezuela mataram pelo menos 1,3 mil pessoas nos primeiros cinco meses de 2020, informou o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos nessa quinta-feira (2).ebc

    A alta comissária Michelle Bachelet, que apresentou, em Genebra, relatório de 17 páginas sobre a Venezuela, disse que está “preocupada com os altos números de mortes de jovens pelas forças de segurança”, referindo-se a pessoas que teriam morrido enquanto resistiam às autoridades.

    Os dados oficiais da Venezuela mostram 6,7 mil homicídios em 2019 e 1,36 entre janeiro e maio deste ano.

    Os dados “não incluem as mortes violentas no contexto de operações de segurança, classificadas como ‘resistência à autoridade’”, afirmou a ex-presidente do Chile.

    Das mortes em operações de segurança em 2020, pelo menos 432 foram atribuídas à unidade das Forças Policiais Especiais (Faes), 366 à polícia investigativa conhecida como CICPC, 136 à Guarda Nacional e 124 à polícia do estado de Zulia, diz o relatório.

    Jorge Valero, embaixador venezuelano na ONU e em outras organizações internacionais em Genebra, disse que o relatório é baseado em “questionamentos infundados”, com o objetivo de “abastecer a agenda de agressão que se desdobra contra a Venezuela”.

  • EUA retiram todos os funcionários de embaixada da Venezuela

    EUA retiram todos os funcionários de embaixada da Venezuela

    O governo dos Estados Unidos anunciou a retirada de todos os diplomatas e funcionários da embaixada norte-americana da Venezuela. Nas redes sociais, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmou que a decisão foi tomada pela “deterioração” da  situação no país vizinho.

    “Os EUA irão retirar o restante pessoal da embaixada esta semana. Esta decisão reflete a deterioração da situação na Venezuela, bem como a conclusão de que a presença de funcionários [dos EUA] tornou-se um constrangimento para a política dos Estados Unidos”, disse Pompeo no Twitter.

    Sanções

    Em comunicado do Departamento de Gabinete do Tesouro de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), o governo norte-americano anunciou ontem (11) sanções a um banco com sede na Rússia por manter negócios com o presidente “ilegítimo” da Venezuela, Nicolás Maduro.

    O Evrofinance Mosnarbank (VTB Bank), banco de propriedade russa e venezuelana, é a primeira instituição financeira estrangeira punida por seus vínculos com a Venezuela. No caso, o banco mantinha negócios com a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA).

    Pela decisão, serão congelados ativos e proibidas transações com indivíduos ou entidades dentro dos Estados Unidos ou em trânsito no país.

    Alerta

    “O regime ilegítimo de Maduro se beneficiou do sofrimento do povo venezuelano”, disse o secretário do Tesouro, Steven T. Mnuchin. “Esta ação demonstra que os Estados Unidos vão tomar medidas contra instituições financeiras estrangeiras que sustentam Maduro, regime ilegítimo e que contribui para o colapso econômico e crises humanitárias, que assolam o povo da Venezuela.”

    O texto informa ainda que assim como os Estados Unidos, mais de 50 países apoiam Juan Guaidó, autodeclarado presidente da Venezuela, como representante do governo venezuelano.

    No documento, há detalhes sobre a parceria firmada entre o então presidente Hugo Chávez, em 2011, e os russos no banco VTB Bank. Segundo o Tesouro norte-americano, VTB Bank é o segundo maior banco da Rússia.

    Edição: Renata Giraldi e Talita Cavalcante