Tag: vendas

  • Vendas no varejo variam 0,1% em novembro e têm segundo mês de estabilidade

    Vendas no varejo variam 0,1% em novembro e têm segundo mês de estabilidade

    Entre outubro e novembro do ano passado, as vendas no comércio varejista no País variaram 0,1%. Pelo segundo mês consecutivo, este indicador mostrou estabilidade ante o mês anterior, pois em outubro a variação havia sido de -0,3%. Com isso, o setor se encontra 1,9% abaixo do recorde da série, ocorrido em novembro de 2020, e está 4,5% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020). O acumulado do ano chegou a 1,7% e o dos últimos 12 meses, a 1,5%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (17/01), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

    “O comércio tem uma trajetória de crescimento em 2023, mas sem avanços significativos mês a mês. O setor apresentou uma volatilidade muito baixa com resultados muito próximos de zero. À exceção de janeiro, o restante do ano ou houve estabilidade ou taxas muito baixas”, analisa o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

    Das oito atividades pesquisadas, seis tiveram resultados positivos em novembro. Os principais impactos sobre o índice geral vieram de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (18,6%), Móveis e eletrodomésticos (4,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (3,0%).

    Para o gerente da pesquisa, um dos fatores que explicam o resultado é a Black Friday, que acontece no fim de novembro, e, em 2023, ajudou a garantir a estabilidade das vendas. Ele explica que quatro atividades são influenciadas pela Black Friday: Tecidos, vestuário e Calçados; Móveis e Eletrodomésticos; Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; e Outros artigos de uso pessoal e domésticos.

    “A atividade que mais cresceu foi Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que avançou 18,6%, seguida por móveis e eletrodomésticos (4,5%). Além da Black Friday, o fator, que mais contribuiu para o desempenho de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, foi a depreciação do dólar, que recuou 2,5% em novembro, ajudando às vendas dos produtos de informática”, explica Santos.

    As demais atividades no campo positivo foram Combustíveis e lubrificantes (1,0%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,0%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%).

    “A influência de Hiper e Supermercados é muito grande, com peso de 50% no indicador. Não tivemos crescimento nessa atividade nos últimos dois meses, embora o resultado no ano (3,5%) seja positivo. Com o aumento no rendimento real e na ocupação, algumas pessoas podem estar direcionando seu dinheiro para o pagamento de dívidas e evitando o consumo”, completa o gerente da PMC.

    As únicas atividades em queda foram Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,6%).

    “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria também teve um ano forte com apenas duas quedas, em janeiro (- 0,9%) e novembro (-1,6%). Houve um -0,3% em junho, mas isso é uma estabilidade. A ativdade acumula uma alta de 4,3% no ano. O que foi mais responsável pela queda de janeiro e novembro foram os itens de perfumaria”, diz Santos.

    Vendas avançam 2,2% na comparação com novembro de 2022

    Frente a novembro de 2022, as vendas do varejo cresceram 2,2%, sexto resultado positivo seguido desse indicador. Cinco das oito atividades pesquisadas avançaram: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (18,1%), Tecidos, vestuário e calçados (6,1%), Móveis e eletrodomésticos (5,2%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,0%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,1%).

    Por outro lado, as vendas de três atividades recuaram: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,9%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,3%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,7%).

    Vendas sobem em 12 das 27 Unidades da Federação frente a outubro

    Em novembro, frente a outubro, 12 Unidades da Federação tiveram alta nas vendas, com destaque para Espírito Santo (13,3%), Paraíba (1,8%) e Amapá (1,6%).

    Já o avanço de 2,2% do varejo do país, frente ao mesmo período de 2022, foi acompanhado por 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Espírito Santo (12,4%), Maranhão (11,7%) e Ceará (8,0%). Por outro lado, nove das 27 Unidades da Federação mostraram taxas negativas. Os destaques foram: Paraíba (-16,4%), Roraima (-5,2%) e Distrito Federal (-4,7%).

    Mais sobre a pesquisa

    A PMC produz indicadores conjunturais sobre comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, cuja atividade principal é o comércio varejista.

    Iniciada em 1995, a PMC traz a variação do volume e da receita nominal de vendas do comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e Unidades da Federação. Os resultados podem ser consultados no Sidra.

  • Com menos inflação, comércio espera recorde de vendas na Black Friday

    Com menos inflação, comércio espera recorde de vendas na Black Friday

    O comércio brasileiro está otimista em relação às vendas da Black Friday, na próxima sexta-feira (24). A estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de um faturamento de R$ 4,64 bilhões, o que significa 4,3% a mais que em 2022. Se a previsão de concretizar, será o maior volume de vendas para a data, trazida para o Brasil em 2010.

    Um levantamento da CNC mostra que os segmentos de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 1,28 bilhão) e de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,05 bilhão) deverão responder por quase metade (48%) da movimentação financeira prevista. Na sequência, se destacam os ramos de hiper e supermercados (R$ 1,02 bilhão) e de vestuário, calçados e acessórios (R$ 0,73 bilhão).

    Menos inflação

    A desaceleração da inflação é um dos fatores que devem impulsionar as vendas, segundo a CNC. No ano passado, de acordo com a pesquisa, os preços livres da economia acumulavam alta de 9,7%. Este ano, a variação é de 3%.

    A valorização de 7,5% do real ante o dólar é outro fator positivo, pois contribuiu para estratégias mais agressivas de preços por parte dos varejistas.

    Os cortes recentes na taxa básica de juros por parte do Banco Central que favorecem o crédito, representam outro motivador para as compras, principalmente de bens duráveis – geladeira, televisão e celular.

    “O início da flexibilização da política monetária a partir de agosto tende a distensionar o mercado de crédito em um evento caracterizado por um volume de vendas relativamente maior de bens duráveis – tradicionalmente mais dependentes das condições de crédito”, argumenta o economista da CNC, Fabio Bentes, responsável pelo levantamento.

    Produtos

    A pesquisa indicou quais produtos estão sendo mais procurados pelos consumidores na internet nos últimos 30 dias. Na semana em que o país enfrenta uma onda de calor, não chega a ser surpresa a presença de aparelho de ar condicionado no topo. As buscas cresceram 177%.

    Com muita gente procurando, o efeito negativo é que os aparelhos têm ficado mais caros nos últimos 40 dias, com alta de 2,9%.

    Dos 10 itens monitorados pela CNC, apenas o ar-condicionado e o videogame (+7,9%) estão apresentando preço maior na data que costuma ser associada a promoções. Na sequência, os bens mais procurados são televisão e fogão. Os dois têm apresentado queda nos preços: -1,5% e -2,7%, respectivamente.

    Os produtos com maiores descontos médios são smartwatches (-12,4%), notebooks (-9,2%), fones de ouvido (-6,1%) e caixas de som (-5,6%).

    Anos de crescimento

    Desde 2017 a Black Friday tem apresentado crescimento seguido no volume de vendas. Atualmente é a quinta data mais favorável para o comércio, atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.

    A partir de 2020, o crescimento se mostrou mais intenso, por causa da intensificação do comércio online. Além disso, a facilidade para consulta e a comparação de preços pela internet explicam o ganho de importância da Black Friday no calendário nacional, segundo a CNC.

    Edição: Kleber Sampaio
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  • Vendas da indústria de máquinas e equipamentos caem 4,4% em agosto

    Vendas da indústria de máquinas e equipamentos caem 4,4% em agosto

    As vendas da indústria brasileira de máquinas e equipamentos em agosto somaram R$ 28,02 bilhões, com queda de 4,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em comparação a julho, no entanto, houve elevação de 18,2%. No acumulado do ano, de janeiro a agosto, as vendas totalizaram R$ 194,09 bilhões, 8,5% abaixo do registrado no mesmo período de 2022. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

    O setor vendeu ao exterior, no mês de agosto, US$ 1,46 bilhão em equipamentos, montante 16,3% superior ao registrado no mesmo mês de 2022. Em relação a julho, as exportações foram 25,2% maiores. No acumulado do ano, de janeiro a agosto, as vendas ao exterior somaram US$ 9,3 bilhões, 18,1% acima do registrado no mesmo período do ano passado.

    “Os dados registraram crescimento na receita líquida de vendas em relação ao mês de julho, anulando parte da queda acumulado no ano. Em relação ao mesmo mês do ano anterior a queda ainda prevalece em razão da fraqueza nas atividades do mercado doméstico. As exportações, mesmo com a desaceleração no mercado global e valorização do real frente ao dólar, registraram expansão”, destacou a entidade, em nota.

    As importações totalizaram US$ 2,57 bilhões em agosto, 12,4% superior ao registrado em julho, e 10,9% superior em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano (janeiro a agosto), as compras do exterior chegaram a US$ 18,17 bilhões, 13,8% acima do registrado no mesmo período de 2022.

    Edição: Nádia Franco
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  • Vendas de automóveis no Brasil têm alta de 9,2% no ano

    Vendas de automóveis no Brasil têm alta de 9,2% no ano

    As vendas de automóveis registram alta de 9,22% no acumulado de janeiro a agosto em comparação com o mesmo período de 2022. Segundo balanço da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgado nesta segunda-feira (4), em São Paulo, os emplacamentos este ano somam 1,063 milhão de carros, contra 973 mil nos primeiros oito meses do ano passado.

    Na comparação entre agosto deste ano e agosto de 2022, houve retração de 1,1%, com a venda de 153,4 mil automóveis.

    O presidente da Fenabrave, Andreta Jr, diz que a queda no mês acontece devido ao fim das medidas provisórias que ofereciam descontos na compra de veículos.

    “As ações do governo federal permitiram o acesso do consumidor, que havia perdido poder de compra, aos veículos de entrada, o que demonstrou que o fator preço influencia na escala necessária para a recuperação do setor. As medidas provisórias foram muito importantes para aquecer, momentaneamente, o mercado”, analisou o executivo.

    Porém, além do fim da vigência das medidas, Andreta disse que há dificuldades na liberação de crédito, o que tem impactado negativamente o setor. “Notamos que, nas últimas semanas, houve uma deterioração acentuada na liberação de crédito, com um aumento de cerca de 20% nas recusas de fichas de financiamento por parte das instituições financeiras. O crédito está restrito e isso afeta muito o mercado”, acrescentou.

    Motos

    No acumulado de janeiro a agosto, as motocicletas registram alta de 21,17% nas vendas, com o emplacamento de 1,045 milhão de unidades. Em agosto, os veículos de duas rodas tiveram expansão nas vendas de 20,38%, com a comercialização de 142,7 mil motos.

    Apesar dos bons números, Andreta explicou que o segmento também enfrenta dificuldades com a liberação de empréstimos. “O consumidor tem buscado alternativas de crédito para a compra de motocicletas, especialmente, as de até 250 cilindradas, e o consórcio surge como opção consolidada. Além disso, notamos uma boa participação nas vendas à vista”, salientou.

    Caminhões

    O segmento de caminhões tem queda de 16,66% no acumulado dos primeiros oito meses do ano, registrando a venda de 67,4 mil unidades. Em agosto, os emplacamentos de caminhões caíram 27% em relação ao mesmo mês de 2022, com a venda de nove mil unidades.

    “O mercado está se ajustando em relação aos valores dos veículos e, em agosto, 77% dos caminhões emplacados foram com a tecnologia Euro 6 [regra que restringe a emissão de poluentes para veículos a diesel]”, comentou o presidente da Fenabrave. Para ele, o setor deverá ser beneficiado pelos programas de financiamento anunciados recentemente pelo governo federal.

    Edição: Kleber Sampaio
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  • Varejo paulistano cresceu 25,5% em dezembro devido às compras de Natal

    Varejo paulistano cresceu 25,5% em dezembro devido às compras de Natal

    As vendas no varejo da capital paulista cresceram 25,5% em dezembro de 2022 na comparação com novembro, de acordo com o Balanço de Vendas, indicador feito pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) com base em amostra da Boa Vista. Em relação a dezembro do ano anterior, o balanço teve aumento de 0,7% e, comparado ao mesmo mês de 2019, a alta foi de 2,7%.

    Segundo o economista Ulisses Ruiz de Gamboa, a alta em dezembro ocorreu porque a atividade econômica foi mais forte, além de haver maior taxa de ocupação e emprego. Também deve ser levado em conta o aumento da confiança do consumidor e das vendas registrado no Natal.

    “É preciso considerar que a alteração no funcionamento do comércio durante os dias de jogos da seleção brasileira influenciou negativamente nas vendas. Além disso, tivemos menos dias úteis entre um ano e outro”, disse Gamboa.

    Segundo a ACSP, a pesquisa de intenção de compras de presentes para o Natal, encomendada pela entidade no início de dezembro, indicava que os consumidores não antecipariam as compras. “Isso foi confirmado nos resultados do indicador de dezembro. Não houve canibalização, por exemplo, entre Black Friday e Natal”, afirmou.

    Edição: Graça Adjuto

  • Levantamento mostra confiança em aumento de vendas no comércio de Lucas do Rio Verde

    Levantamento mostra confiança em aumento de vendas no comércio de Lucas do Rio Verde

    O comércio luverdense pode funcionar em horário estendido neste mês de dezembro. E a expectativa é que haja aumento de até 15% nas vendas em comparação ao mesmo período de 2021. Levantamento feito pela Associação Comercial e Empresarial de Lucas do Rio Verde, Acilve, mostra otimismo dos comerciantes.

    O horário estendido é uma garantia da lei de liberdade econômica. Com isso, os comerciantes não precisam de alvará específico ou de decreto do município, como ocorreu em períodos anteriores.

    O presidente da Acilve, Vilson Kirst, explica que todo o clima envolvendo o período de fim de ano contribui para essa expectativa. Ele observa que as decorações de ruas, avenidas, espaços públicos e dos próprios comércios são um convite para o consumidor.

    Outro item que auxilia é a realização de campanhas, como a de natal, que vai distribuir mais de R$ 80 mil em prêmios. Segundo Kirst, é uma ação que fica bem em conta, financeiramente, para o comerciante e auxilia no aquecimento das vendas.

    “E com certeza deixa feliz o cliente que está todo ano comprando e esperando um cupom para concorrer a prêmios, pois vai concorrer a bons prêmios”, comentou. Entre os prêmios há eletroeletrônicos, vales-compras e prêmios em dinheiro.

  • Trocando a loja física pela loja online: Vendas crescem 60% na Black Friday

    Trocando a loja física pela loja online: Vendas crescem 60% na Black Friday

    Ainda existem muitos consumidores que gostam de olhar, tocar e experimentar seus produtos antes de comprar. Porém, o comércio eletrônico dá a oportunidade ao empreendedor de crescer com mais velocidade, vendendo para todo o Brasil (e para o mundo!), além de é claro, para o consumidor ele consegue escolher o produto que realmente procura, e não fica limitado em comprar somente o que tem la naquela loja física.

    Falando nisso, a receita das vendas realizadas pelo comércio eletrônico no fim de semana da Black Friday, de 25 a 27 de novembro, aumentou 60% em comparação ao mesmo período de 2021.

    Os dados, divulgados ontem, (8/12), em São Paulo, são da empresa de inteligência analítica Boa Vista, medidos pelo sistema antifraude Konduto. 

    vendas do comercio eletronico na black friday crescem 60 scaled

    Em contrapartida ao crescimento da receita, o número de pedidos online caiu 25% na comparação com a edição de 2021. Segundo a Boa Vista, os dados apontam que os consumidores optaram por adquirir menos produtos, mas de maior valor.

    Acompanhando a redução do número de pedidos de compra online, as tentativas de fraudes nesta Black Friday também recuaram (-26%) em comparação com 2021. Mesmo assim, a empresa registrou tentativas de fraude que poderiam gerar prejuízo de R$ 71,5 milhões.

    Celular

    Os dados mostram, ainda, que as compras via celular têm aumentado ano a ano no país. Em 2020, as compras via mobile passaram de 50% do número total de aquisições online. Em 2022, esse número chegou a 74%. E as fraudes também acompanharam: 72% das tentativas de golpe foram originadas desses dispositivos.

    Na análise por região, o Sudeste se destacou, registrando 62% das vendas e 59% das tentativas de fraude em todo o Brasil.

  • Vendas no comércio recuam 0,8% em julho, mostra IBGE

    Vendas no comércio recuam 0,8% em julho, mostra IBGE

    O volume de vendas do comércio varejista no país recuou 0,8% em julho, na comparação com junho, registrando o terceiro mês consecutivo de taxa negativa. No acumulado do ano, o varejo registra variação de 0,4% e, nos últimos 12 meses, o setor tem queda de 1,8%.

    Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em julho caiu 0,7%, na comparação com o mês anterior e 6,8% na comparação com julho de 2021.

    Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a terceira queda seguida após meses de alta demonstra a retomada da trajetória irregular observada desde o período mais grave da pandemia de covid-19. “O setor repete a trajetória que vem acontecendo desde março de 2020, com alta volatilidade”, disse, em nota.

    O mês de abril foi o último com crescimento. Desde então, maio, junho e julho acumulam recuo de 2,7%. Por conta desses resultados, o setor se encontra praticamente no mesmo nível do período pré-pandemia, fevereiro de 2020, com variação de 0,5%.

    Atividades

    O resultado negativo do setor em julho, apresentou queda em nove das 10 atividades pesquisadas, contando com o varejo ampliado. O maior recuo foi em tecidos, vestuário e calçados (-17,1%).

    “Algumas das grandes cadeias comerciais apresentaram redução na receita, sobretudo na parte de calçados. Além disso, pode haver também escolhas do consumidor, considerando a redução da capacidade do consumo atual”, afirmou o pesquisador.

    As demais quedas foram em móveis e eletrodomésticos (-3%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2%), equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-1,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,4%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%).

    Apenas a atividade de combustíveis e lubrificantes (12,2%) mostrou crescimento. Segundo o gerente, isso é resultado da política de redução do preço dos combustíveis.

    A pesquisa também mostra que, na comparação com julho de 2021, o comércio varejista caiu 5,2%. As taxas negativas foram registradas em sete das 10 atividades catalogadas (contando o comércio varejista ampliado).

    Os destaques foram para outros artigos de uso pessoal e doméstico (-28,7%), tecidos, vestuário e calçados (-16,2%) e móveis e eletrodomésticos (-14,6%). Também tiveram queda as atividades de equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,4%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%).

  • CNC prevê alta de 5,3% nas vendas para o Dia dos Pais

    CNC prevê alta de 5,3% nas vendas para o Dia dos Pais

    O volume de vendas para o Dia dos Pais de 2022,  a ser comemorado no próximo domingo (14), deverá atingir R$ 7,28 bilhões, o que representará alta de 5,3% em relação à mesma data no ano passado. Naquele momento, o varejo ainda sofria com o processo de volta da circulação dos consumidores. A estimativa foi divulgada hoje (9) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

    Veja também: Mensagens de Whatsapp para o Dia dos Pais

    O presidente da CNC, José Roberto Tadros, disse que em termos de movimentação financeira, o Dia dos Pais é a quarta data comemorativa mais importante para o comércio varejista brasileiro. “Mesmo com a inflação elevada, a perspectiva é positiva para o setor por conta da injeção de recursos extraordinários, como os saques nas contas de FGTS, antecipação do décimo terceiro  salário de aposentados e pensionistas do INSS e ampliação do Auxílio Brasil, tanto do valor do benefício quanto do número de beneficiários”, observou.

    No entendimento da CNC, esses recursos sustentam o avanço nas vendas ao longo deste ano. A entidade lembrou que a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último mês de maio, mostrou que o faturamento real do varejo já tinha atingido 3,9% acima do volume registrado às vésperas da pandemia, em fevereiro de 2020 e 3,0% maior do que em agosto do ano passado.

    Para o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fábio Bentes, o fim da pandemia pode explicar a alta prevista nas vendas para o Dia dos Pais. “Praticamente todo o fluxo de consumidores perdido ao longo das fases mais agudas da crise sanitária foi restabelecido”, explicou.

    Conforme a CNC, indicadores do Google apontaram, que ao fim de julho deste ano, a circulação de consumidores em estabelecimentos voltados para o consumo era 1,7% maior que o patamar notado às vésperas do início da pandemia. Segundo a CNC, o cenário é significativamente diferente dos constatados em períodos semelhantes de 2021, quando houve queda de 12,4% e 2020 que teve recuo de 35,9%.

    Contratações temporárias

    Não são só as vendas que devem aumentar. A CNC estimou que as contratações de trabalhadores temporários também devem evoluir. A expectativa é a criação de 18,5 mil vagas temporárias para atender à demanda sazonal das vendas. Se o número se confirmar, será o maior contingente desde 2014, quando alcançou 20,3 mil. Entre os estabelecimentos hiper e supermercados com 8,2 mil e vestuário com 7,8 mil são os que mais apostaram na contratação. O salário de admissão está entre R$ 1.638 na média do varejo. O valor significa aumento de 1,2% em termos nominais frente ao mesmo período do ano passado.

    Presentes

    A inflação vai impactar os preços e a cesta de bens e serviços relacionados à data deverá subir 8,6% na comparação ao ano passado. O percentual é a maior variação deste grupo específico de bens ou serviços desde 2016, quando registrou o mesmo patamar de alta. Apenas computadores pessoais estão mais baratos do que em 2021 (2,4% a menos) entre os 13 itens analisados. As altas mais expressivas estão nas roupas masculinas, que subiram 21,9%, os tênis, com avanço de 18,2%, e as bebidas alcoólicas com elevação de 17%.

    Conforme a CNC, apesar do segmento de vestuário, calçados e acessórios ainda não ter recuperado o ritmo de antes da pandemia, em maio deste ano, o volume de vendas ainda era 7,7% inferior ao de fevereiro de 2020, 43,7% do total de vendas para o Dia dos Pais estarão relacionados ao rendimento dessas lojas com faturamento de R$ 3,18 bilhões. Na sequência, estão os ramos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,24 bilhão) e produtos de perfumaria e cosméticos (R$ 1,07 bilhão).

    Regiões

    O Sudeste vai responder por mais da metade das vendas. São Paulo com R$ 2,33 bilhões, Minas Gerais com R$ 662,7 milhões e Rio de Janeiro com R$ 612,5 milhões, somados tendem a alcançar 51,3% da movimentação financeira com a data neste ano. “As principais unidades da Federação deverão acusar avanços reais em relação ao ano passado, com destaque para as taxas esperadas no Ceará (+17,2%), Espírito Santo (+12,2%) e Rio Grande do Sul (+11,0%)”, completou a CNC.

    Edição: Valéria Aguiar

  • Vendas reais da indústria paulista recuam em março, aponta Fiesp

    Vendas reais da indústria paulista recuam em março, aponta Fiesp

    As vendas reais da indústria de transformação paulista recuaram 1,2% no mês de março na comparação com fevereiro, conforme aponta o Levantamento de Conjuntura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em conjunto com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).

    No ano, é a segunda queda consecutiva do indicador de vendas reais. Em fevereiro, a variável apresentou retração de 1,5% e está 5,3% inferior ao patamar pré-pandemia (fevereiro/2020).

    As horas trabalhadas na produção (-0,3%), informação antecipada pelo componente de produção da Sondagem Industrial divulgada pela Fiesp, e o Nuci – Nível de Utilização da Capacidade Instalada (-0,1 p.p.), também apresentaram resultados negativos no mês. A única variável acompanhada na pesquisa com crescimento no mês foi salários reais médios com variação de 0,3% ante o mês anterior. Todos os dados estão com tratamento sazonal.

    Apesar das contrações no mês de março, o encerramento do 1º trimestre de 2022 na comparação com o 4º trimestre de 2021 foi positivo em três das quatro variáveis acompanhadas na pesquisa. Destaque para as vendas reais com crescimento de 5% no trimestre, primeiro avanço após quatro trimestres consecutivos de retração (1º trimestre/2021: -2,2%; 2º trimestre/2021: -3,2%; 3º trimestre/2021: -6,4% e 4º trimestre/2021: -5%).

    As outras duas variáveis com avanço nos três primeiros meses de 2022 foram salários reais médios (1,7%) e Nuci (0,2 p.p.). Já as horas trabalhadas na produção comprimiram 0,6% no período frente ao trimestre imediatamente anterior.

    Sensor

    O Sensor do mês de abril encerrou em 52,2 pontos, na série com ajuste sazonal, resultado superior ao mês de março, quando marcou 48,3 pontos. Leituras acima de 50 pontos indicam expansão da atividade industrial paulista no mês.

    No mês, o indicador de mercado (setor de atuação) foi a principal influência no resultado do indicador geral. Avançou 6,7 pontos em relação ao último resultado divulgado, de 47,8 pontos para 54,6 pontos entre março e abril, dados com ajuste sazonal. Valores acima dos 50 pontos indicam melhora das condições de mercado.

    O componente de vendas cresceu 2,6 pontos em relação ao mês de março encerrando em 53,2 pontos na leitura atual, dado com tratamento sazonal. Por permanecer acima dos 50 pontos há indícios de alta das vendas no mês.

    O componente de estoque das indústrias paulistas estão acima do planejado, ao marcar 47,8 pontos ante 46,3 pontos do mês de março, dados com ajuste sazonal. Leituras superiores a 50 pontos indicam estoque abaixo do desejável, ao passo que inferiores a 50 pontos indicam sobrestoque.

    O item emprego apresentou alta de 1,1 ponto atingindo 49,5 pontos, contra 48,4 pontos na leitura anterior, dados com ajuste sazonal. Apesar da alta, o índice permanece abaixo de 50 pontos.

    Por fim, o indicador de investimentos teve alta de 4,4 pontos, ao passar de 48,7 pontos em março para 53,1 pontos no mês de abril, dado dessazonalizado. Por estar acima dos 50 pontos, há a expectativa de maiores investimentos por parte das indústrias paulistas no mês.