Tag: veículos elétricos

  • Bombeiros recebem treinamento inédito para emergências em Cuiabá

    Bombeiros recebem treinamento inédito para emergências em Cuiabá

    Com o crescimento da frota de veículos elétricos, profissionais da linha de frente do combate a incêndios passam a enfrentar novos desafios. Em resposta a essa demanda, um workshop inédito será promovido em Cuiabá (MT) nos dias 12 e 13 de maio, com o objetivo de treinar bombeiros militares em técnicas específicas para lidar com emergências envolvendo automóveis movidos a baterias de íon-lítio.

    O evento acontece no auditório da Fecomércio e contará com a presença de especialistas do setor automotivo e representantes da indústria, além dos militares. A proposta é promover integração entre diferentes setores e atualizar protocolos de segurança diante de tecnologias emergentes.

    Segundo dados recentes, mais de seis mil veículos elétricos circulam em Mato Grosso. Apesar disso, ainda não havia ocorrido um treinamento técnico específico voltado ao enfrentamento de incidentes com essa nova frota. Os carros elétricos exigem procedimentos diferenciados em emergências, devido aos riscos adicionais trazidos pelas baterias, como curtos-circuitos, reignições espontâneas, liberação de gases tóxicos e até explosões.

    A capacitação inclui palestras sobre características técnicas desses veículos e os cuidados exigidos para o resgate de vítimas e combate a incêndios. Oficinas práticas permitirão o contato direto com veículos elétricos disponíveis na capital, com foco na identificação de sistemas internos, zonas de corte e aplicação de técnicas adequadas de estabilização e extração.

    Complementando o evento, entre os dias 14 e 16 de maio, será realizado o Desafio de Salvamento Veicular, no estacionamento do Pantanal Shopping em Cuiabá. A atividade simula cenários reais de acidentes de trânsito, com vítimas presas às ferragens. Onze equipes de bombeiros militares de diferentes regiões do estado participarão, colocando em prática habilidades essenciais para o salvamento. O público poderá acompanhar as provas gratuitamente.

    A iniciativa representa um avanço na preparação dos bombeiros para lidar com os riscos trazidos pela crescente mobilidade elétrica nas ruas brasileiras.

  • Importação de veículos elétricos provoca queda na balança comercial

    Importação de veículos elétricos provoca queda na balança comercial

    Puxado pela queda no preço da soja e do milho e pelo aumento na importação de veículos elétricos, o superávit da balança comercial caiu em junho. No mês passado, o país exportou US$ 6,711 bilhões a mais do que importou, divulgou nesta quinta-feira (4) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

    O resultado representa queda de 33,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, mas é o quarto melhor para meses de junho, só perdendo para o recorde de junho de 2021, de US$ 10,414 bilhões; de 2023, de US$ 10,077 bilhões, e de 2022, de US$ 8,89 bilhões.

    Segundo o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Herlon Brandão, o aumento da importação de carros elétricos indica uma antecipação de compras para formar estoques e escapar da elevação do Imposto de Importação sobre esses veículos.

    “Tem demanda para esses veículos híbridos e elétricos. E tem a questão do aumento da tarifa de importação. Como em julho teve aumento, é esperado que os importadores antecipem suas operações para pagar tarifas menores”, explicou. Seguindo um cronograma estabelecido em novembro do ano passado, as tarifas para carros elétricos subiram de 12% para 25% em julho.

    A balança comercial acumula superávit de US$ 42,31 bilhões no primeiro semestre deste ano, com queda de 5,2% em relação aos mesmos meses do ano passado. Esse é o segundo maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989, só perdendo para 2023, que registrou US$ 44,617 bilhões.

    Em relação ao resultado mensal, as exportações subiram levemente, enquanto as importações cresceram mais, impulsionada por veículos elétricos. Em junho, o Brasil vendeu US$ 29,044 bilhões para o exterior, alta de 1,4% em relação ao mesmo mês de 2023. As compras do exterior somaram US$ 22,333 bilhões, alta de 3,9%.

    Do lado das exportações, a queda no preço internacional da soja, do aço e das carnes foram os principais fatores que impediram o maior crescimento das vendas. As vendas de alguns produtos, como petróleo bruto, minério de ferro, algodão e café, subiram no mês passado, compensando a diminuição de preço dos demais produtos.

    Do lado das importações, as aquisições de fertilizantes, de petróleo e derivados, de aeronaves e de carros elétricos subiram, enquanto as compras de carvão e de válvulas e turbos termiônicos caíram.

    Após baterem recorde em 2022, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuam desde a metade de 2023. A principal exceção é o minério de ferro, cuja cotação vem reagindo por causa dos estímulos econômicos da China, a principal compradora do produto.

    No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 2%, puxado pela alta nas vendas de café, de combustíveis e de petróleo bruto, enquanto os preços caíram 2,2% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada subiu 22,3%, mas os preços médios recuaram 6,7%.

    Setores

    No setor agropecuário, a queda de preços pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 5,9% em junho na comparação com o mesmo mês de 2023, enquanto o preço médio caiu 10,2%. Na indústria de transformação, a quantidade caiu 4%, com o preço médio recuando 0,3%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 12,5%, enquanto os preços médios subiram 3,6%.

    Estimativa

    Apesar da queda no superávit em junho, o governo revisou para cima a projeção de superávit comercial para 2024. A estimativa subiu de US$ 73,5 bilhões para US$ 79,2 bilhões, queda de 19,9% em relação a 2023. Na previsão anterior, a queda estava estimada em 25,7%. A próxima projeção será divulgada em outubro.

    Segundo o MDIC, as exportações subirão 1,7% este ano na comparação com 2023, encerrando o ano em US$ 345,4 bilhões. As importações subirão 10,6% e fecharão o ano em US$ 266,2 bilhões. As compras do exterior deverão subir por causa da recuperação da economia, que aumenta o consumo, num cenário de preços internacionais menos voláteis do que no início do conflito entre Rússia e Ucrânia.

    As previsões estão mais pessimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 81,55 bilhões neste ano.

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