O almeirão é uma folha verde-escura repleta de benefícios para a saúde e um sabor único e amargo que pode surpreender seu paladar. Rico em nutrientes essenciais, esse vegetal é uma ótima opção para incrementar suas refeições e torná-las ainda mais saudáveis. Se você está em busca de uma forma deliciosa e rápida de preparar o almeirão refogado, chegou ao lugar certo!
Neste post, vamos compartilhar uma receita prática e saborosa de almeirão refogado que vai fazer você se apaixonar por esse ingrediente tão especial. Aproveite e descubra como esse prato pode transformar suas refeições em momentos ainda mais saborosos e saudáveis.
Ingredientes do almeirão refogado:
1 maço de almeirão (cerca de 300g)
2 dentes de alho picados
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1/2 cebola picada
1 tomate picado (opcional)
Sal e pimenta a gosto
Modo de preparo:
Lave bem as folhas de almeirão em água corrente e, em seguida, retire as partes mais duras do talo, mantendo apenas as folhas macias.
Pique o almeirão em pedaços médios e reserve.
Em uma frigideira grande, aqueça o azeite de oliva em fogo médio.
Adicione a cebola picada à frigideira e refogue até que fique translúcida.
Acrescente o alho picado e refogue por mais alguns segundos, até que seu aroma seja liberado.
Adicione o almeirão picado à frigideira e misture bem com a cebola e o alho.
Tempere com sal e pimenta a gosto e continue mexendo para que o almeirão murche e cozinhe por igual.
Se desejar, adicione o tomate picado à mistura e continue refogando até que o almeirão esteja cozido, mas ainda com uma textura levemente crocante.
Verifique o tempero e ajuste o sal e a pimenta conforme seu paladar.
Retire a frigideira do fogo e o almeirão refogado está pronto para servir!
Com essa receita simples e saudável de almeirão refogado, você pode desfrutar de todo o sabor e os benefícios nutricionais desse delicioso vegetal em poucos minutos. O almeirão é uma excelente escolha para quem busca uma refeição mais leve e repleta de nutrientes.
Aproveite esse acompanhamento versátil para incrementar suas refeições do dia a dia e descubra como essa receita pode trazer um toque especial à sua mesa. Transforme seus pratos em verdadeiras experiências gastronômicas com o sabor único do almeirão refogado e desfrute de uma refeição equilibrada e cheia de sabor!
Ribeirão Preto, 11 de agosto de 2022, por Nicholas Palmeira – Com a alta dos preços no mercado, é sempre bom encontrar formas de economizar dinheiro. Uma dessas formas é realizar o cultivo de alguns alimentos, como a couve. Portanto, o CenárioMT vai te ensinar a como cultivar couve em casa com apenas alguns cuidados.
A princípio, o plantio de frutas e vegetais é uma atividade bastante proveitosa. No caso da couve, com apenas alguns passos você poderá ter sua própria plantação desse vegetal incrível. Contudo, assim como toda planta, a couve precisa de cuidados especiais muito importantes. Portanto, confira um guia simples para o cultivo da couve.
Primeiramente, antes de realizar o plantio de fato, procure obter um bom exemplar de couve. Geralmente, a couve-manteiga é a variedade mais presente no mercado, porém dependendo das condições climáticas, talvez seja ideal procurar por uma variedade que se adeque melhor a esses fatores.
Outro conhecimento importante para o início da plantação é o da propagação. Através das sementes, com o uso de uma sementeira ou outro recipiente, é possível fazer a semeadura da couve e propagá-la. Ademais, caso seja de sua preferência, essa propagação também pode ser feita a partir das mudas.
Confira o passo a passo para começar a plantar couve em casa. Foto: Pexels
De antemão, a couve geralmente possui preferência por climas mais amenos ou frios, porém existem variedades que toleram melhor o calor. Também a respeito do clima, essa planta gosta de receber raios solares diretamente, por boa parte do dia, e com um sombreamento apenas parcial.
Em relação ao solo, busque manter ele sempre úmido, mas sem encharcá-lo, para não danificar as raízes ou até mesmo causar doenças. Sob esse mesmo ponto de vista, busque fazer o plantio em um solo com boa drenagem, fertilidade e disposição de matéria orgânica, e que possua um pH de cerca de 6 a 7,5.
Com apenas alguns cuidados, plantar couve em casa se torna uma atividade muito proveitosa. Foto: Pexels
Por fim, principais cuidados
Para que a planta se adeque bem ao solo, é ideal adubar ele com fertilizantes do tipo NPK ou com um adubo orgânico. Ademais, caso você pretenda plantar mais de um exemplar de couve, ou queria plantar em um vaso, certifique-se que elas tenham espaço suficiente. Entre plantas, o espaço é de 80cm a 1m, enquanto o vaso precisa ter 25cm de diâmetro.
Sendo assim, a couve precisa de alguns cuidados de poda. Especificamente, é importante cortar a ponta do caule principal, para favorecer o crescimento e brotamento lateral, e remover folhas murchas ou descoloridas. Seguindo essas dicas, se o plantio foi feito a partir de sementes, a couve produzirá suas primeiras folhas depois de aproximadamente 90 dias.
Belo Horizonte, 27 de junho de 2022, por Evellyn Lima – O alho-poró é um dos vegetais mais amados pela população brasileira. Isso porque o alimento pode ter seu consumo bastante presente em sopas, caldos e outros preparos semelhantes. Além disso, é bem versátil e muito saudável para nosso corpo.
Por isso, hoje, o Blog CenárioMT resolveu vir compartilhar com vocês sobre os maiores benefícios dessa plantinha. Bem como, como incrementar seu preparo com um delicioso alho-poró! Vem conferir?
Além do sabor incrível, o alho-poró traz muitos benefícios à saúde; saiba mais – Pixabay
Saiba como utilizar o alho-poró em suas receitas
Antes de tudo, é importante saber que o alho-poró é um vegetal bastante versátil. Isto é, seu preparo pode ser feito com o alimento cozido, refogado ou assado. Além de tudo, sua apresentação mais comum é picado por meio de rodelas.
Assim como, a plantinha também pode ser altamente utilizada para saborizar outros preparos, como caldos e risotos. Com isso, por possuir um sabor levemente adocicado, ele traz o gostinho do alho, porém a mistura não fica tão forte e intensa.
Aliás, hoje em dia, com a grande popularização do vegetal, vem surgindo diversos sabores de tortas e pizzas dessa especialidade, principalmente nas fábricas de massas gourmet. E, pra sermos sinceros, fica tudo uma delícia, né?
Entretanto, essa planta, além de ter um sabor delicioso, aperfeiçoando diversos pratos pelo nosso país, também possui muitos pontos positivos para a nossa saúde corporal. Vamos conhecer eles? Continue por aí!
As folhas do alho-poró são muito utilizadas para temperar molhos, enquanto os talos são ideias para o cozimento. – Pixabay
No entanto, quais os maiores benefícios desse vegetal?
Portanto, é indispensável dizer que, essa planta, é altamente nutritiva para o nosso organismo. Com isso, além de possuir compostos que auxiliam no fator antibacteriano e antioxidante, também tem alto teor de fibras.
Além de tudo, o alimento tem vitamina C e as do complexo B, bem como, alta quantidade de minerais, que auxiliam no bom funcionamento do corpo humano. Dessa forma, ele é muito importante para o perfeito mantimento da saúde cerebral e cardiovascular, principalmente para as pessoas que possuem histórico de doença em um desses órgãos.
Desse modo, o consumo moderado, porém constante desse vegetal, pode auxiliar, e muito, no cuidado corporal. E agora? Se animou a cozinhar essa delícia em casa? Você pode fazer vários pratos diferentes!
Como melhorar a assimilação do ferro dos vegetais? O teor de ferro dos alimentos de origem animal não funciona da mesma forma que os de origem vegetal. O valor desses dois ferros é o mesmo, mas é conveniente levar em conta como é produzida sua assimilação, pois é diferente. O ferro chamado heme é aquele que vem de animais e o ferro não-heme é de vegetais.
O ferro heme é absorvido diretamente pelo intestino delgado através das paredes intestinais, tornando-se a forma mais direta de fornecer esse mineral à nossa alimentação. No entanto, o não-heme será assimilado ou não pelo nosso corpo dependendo do momento em que o nosso metabolismo se encontra, e se o nosso corpo acredita que precisa ou não dessa contribuição.
Geralmente, nosso corpo sabe perfeitamente o que está fazendo quando aceita ou não a ingestão de um mineral, pois as consequências de permitir a metabolização de uma quantidade indefinida de ferro podem levar a doenças muito graves. Portanto, a assimilação do ferro no intestino é regulada por um hormônio que pesa se há problemas inflamatórios ou outros relacionados ao ferro e limita sua absorção. Este hormônio foi descoberto recentemente e é chamado de hepcidina.
Veganismo e falta de ferro, é um mito?
Os veganos não sofrem de anemia em maior extensão do que os onívoros, e um estudo australiano confirmou isso coletando uma amostra significativa dos níveis de ferro em mulheres ao longo de duas décadas a partir de 1990. O resultado da anemia colocou os veganos no mesmo nível dos não veganos . Portanto, a origem do ferro não parece ser uma variável significativa em sua presença no organismo.
A única diferença negativa para os veganos é que eles devem comer mais vegetais para atingir os mesmos níveis de ferro que fariam com a carne. Mas a favor da ingestão desse mineral em alimentos de origem vegetal, o não-heme é utilizado em maior proporção, pois menos é descartado pelas fezes.
Monitore a assimilação de ferro em sua dieta
Tanto no ferro animal quanto no animal, o excesso de taninos na dieta pode fazer com que a ingestão de ferro não seja assimilada. Encontramos taninos no café, chá, cacau ou vinho. Você não precisa bani-los de sua dieta, mas se você tem problemas de ferro e sua dieta é baseada em vegetais, provavelmente é benéfico moderar o uso desses produtos.
Uma alimentação com vitaminas C sempre será negativa para a aquisição do ferro, e assim se acentuar na origem vegetal. Para potenciar a assimilação do sangue, é recomendável vigiar que nossa dieta inclui fruta com vitamina C, que é capaz de converter o sangue no hemo a hemo, e por tanto de aprovar com maior probabilidade de ingestão deste mineral.
Da mesma forma, um excesso de cálcio também dificulta a absorção de ferro. E isso acontece tanto com o cálcio que obtemos de alimentos naturais quanto através de complexos vitamínicos ou alimentos fortificados. O cálcio e o ferro são dois minerais que não têm boa compatibilidade, sendo o cálcio o vencedor e o ferro neutralizado. Portanto, se você deseja colocar o interesse na absorção de ferro em uma dieta vegana, o consumo de alimentos com cálcio não deve andar de mãos dadas.
Nesse sentido, é crença popular que o leite de soja e outros derivados como o tofu podem produzir o mesmo efeito que o cálcio, que neutraliza a assimilação do ferro. No entanto, isso não só não é verdade, como a soja é uma das hortaliças com maior teor de ferro, e sua assimilação é semelhante à de suplementos alimentares focados em ferro, como o sulfato ferroso.
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Os vegetais de folhas verdes, como o espinafre , são um dos alimentos preferidos de muitas pessoas, pois são muito versáteis na cozinha, pois além de uma salada também são perfeitos para preparar um suco verde.
Como se não bastasse seu uso, sabe-se que seu consumo frequente é uma excelente opção para proteger o corpo de muitas doenças e ao mesmo tempo ajudar em questões estéticas, deixando a pele ou o cabelo radiantes.
De acordo com especialistas em saúde, o espinafre é rico em vários nutrientes que o corpo precisa para o bom funcionamento, como proteínas, vitaminas e minerais, por isso não é de surpreender que, quando adicionados à dieta diária, sejam a opção perfeita para prevenir doenças como como diabetes ou câncer.
É por isso que compartilhamos com você as 5 principais razões pelas quais você não deve deixar de consumi-los, sejam eles crus ou cozidos.
Asma
O espinafre é muito recomendado para quem tem asma e também para quem quer se prevenir, já que o risco de desenvolver essa doença pulmonar é menor graças ao betacaroteno presente nas folhas verdes desse superalimento.
Câncer
Embora muitas coisas sobre o câncer ainda sejam desconhecidas, os pesquisadores destacaram que a clorofila está presente neste alimento , que demonstrou ter a capacidade de evitar que os efeitos cancerígenos se formem e se expandam no corpo; No entanto, algo que deve ser levado em consideração é que para que essa substância se forme, é necessário cozinhar esse alimento.
Diabetes
O espinafre não só ajuda a prevenir o desenvolvimento de diabetes, pois em pacientes já diagnosticados, sabe-se que seu consumo frequente pode ajudar a nivelar a glicose e aumentar a sensibilidade à insulina, graças a um antioxidante presente neste vegetal conhecido como ácido alfa lipóico, alerta Medical News Hoje.
Pressão arterial
Por outro lado, é conhecido por ser uma excelente opção para reduzir a pressão arterial que normalmente se desenvolve em pessoas que têm uma dieta rica em ingestão de sódio. Segundo especialistas, esses altos níveis de sódio são compensados pelo potássio presente no espinafre.
No entanto, atenção especial deve ser dada nesses casos e ter acompanhamento médico, caso contrário outros problemas de saúde podem ser desencadeados. Segundo o mesmo site, o consumo excessivo de potássio pode ser prejudicial e arriscado para pessoas que não têm função renal adequada.
Problemas digestivos
Entre as doenças que podem ser prevenidas, destacam-se as digestivas, já que o consumo frequente de espinafre está relacionado a um melhor funcionamento e proteção do sistema digestivo, pois esse alimento é rico em água e fibras, o que o torna ideal para a digestão. é melhor.
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Detesta alface e não suporta o cheiro dos brócolis? Calma! Você não é a única pessoa do planeta que odeia vegetais e a culpa também pode não ser sua.
Uma nova pesquisa publicada pela American Heart Association’s Scientific Sessions 2019 chegou à conclusão de que algumas pessoas têm aversão ao sabor de vegetais de folha verde e que esse sentimento se deve a um gene específico que faz com que alguns sabores se tornem insuportáveis ao paladar.
Algumas pessoas têm uma maior probabilidade de achar que os brócolos, as couves-de-bruxelas e até alguns tipos de couve têm sabores desagradáveis e também podem ter a mesma reação com chocolate negro, café e, por vezes, cerveja.
O que diz o estudo?
Os investigadores explicam que todas as pessoas herdam certos genes que afetam os níveis de palatibilidade de diferentes formas.
Quem tem duas versões da variante AVI não é tão sensível a sabores amargos e a alguns químicos, mas quem tem apenas um destes genes, denominado PAV, tem uma maior percepção e não consegue lidar com sabores tão amargos.
Como foi efetuada a pesquisa?
O estudo analisou questionários de frequência alimentar de 175 pessoas e descobriu que as pessoas com a forma PAV do gene tinham mais de duas vezes e meia a probabilidade de classificar na metade inferior dos participantes quanto ao número de vegetais consumidos.
E tudo isto independentemente do sal, gordura ou açúcar ingerido, o que é oposto àquilo que os investigadores esperam.
As expectativas eram de que quem fosse mais sensível ao sabor dos alimentos tivesse uma maior tendência para adicionar sal ou açúcar, por fim a disfarçar o gosto mais amargo.
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PNCRC, que monitora tanto resíduos de pesticidas como de contaminantes químicos e biológicos em produtos de origem vegetal, aponta que 92% das amostras estão dentro do nível de conformidade
O Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal (PNCRC/Vegetal) realizado entre 2015 e 2018 mostrou que 92% das amostras analisadas estão dentro do nível de conformidade, ou seja, os vegetais são seguros para consumo. O PNCRC monitora tanto resíduos de defensivos agrícolas como de contaminantes químicos (exemplo: arsênio e cádmio) e biológicos (exemplo: micotoxinas e Salmonella) em produtos de origem vegetal. São analisadas amostras de produtos nacionais e importados.
Desse valor, 53% não apresentaram nenhum resíduo e contaminante e outros 39% das amostras apresentaram valores abaixo do Limite Máximo de Resíduos (LMR) estabelecido no Brasil. O levantamento é realizado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV), da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Outros 8% das amostras apresentaram inconformidades. Desse total, 7% representam inconformidades relacionadas a resíduos de pesticidas e 1% mostraram a presença de contaminantes.
Os resultados do PNCRC se assemelham aos divulgados pela Autoridade de Segurança Alimentar Europeia (EFSA – European Food Safety Authority) e pela Administração de alimentos e remédios dos Estados Unidos (FDA – Food and Drug Administration) sobre o tema.
“Os números mostram que os resultados encontrados no Brasil estão plenamente de acordo com os parâmetros internacionais. Então, os produtos brasileiros são seguros, inclusive internacionalmente”, diz o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Glauco Bertoldo.
Foram analisadas 4.828 amostras de 42 alimentos coletadas para análises laboratoriais realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA). As amostras coletadas são obtidas em centrais de abastecimentos, estabelecimentos beneficiadores e propriedades rurais.
O Plano do Ministério da Agricultura complementa o Programa de Análise de Resíduos em Alimentos (PARA), realizado pela Anvisa, em um sistema maior de monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos no Brasil.
Defensivos agrícolas
O maior número de amostras analisadas pelo PNCRC foi direcionado para o monitoramento de ocorrência de resíduos de defensivos agrícolas, pois os contaminantes químicos e biológicos são detectados em menor número de produtos de origem vegetal e, portanto, em menor frequência.
Na análise exclusiva para presença de resíduos de pesticidas, o resultado do período é de 89% de conformidade. Em 2018, chegou a 92% de conformidade.
Outros 11% das amostras apresentaram inconformidades, como o uso de produtos não permitidos para a cultura (6,6%), pesticidas acima do limite máximo de resíduos (2,75%) e uso de agrotóxicos proibidos no Brasil (1,54%).
“O fato de um defensivo agrícola não permitido para a cultura ter sido detectado não significa, necessariamente, risco para a saúde dos consumidores. Isso acontece muitas vezes em pequenas culturas, que não encontram produtos apropriados para a utilização. A detecção de defensivos acima do Limite Máximo de Resíduos indica que o uso do produto foi inadequado, não seguindo as orientações da bula do produto.”, explica Bertoldo.
Análises
O PNCRC analisou no período 42 produtos de origem vegetal: batata, tomate, manga, citrus, cebola, beterraba, alho, abacaxi, pimentão, alface, cenoura, banana, amendoim, kiwi, milho pipoca, soja, morango, castanha do brasil, pimenta do reino, trigo, feijão, arroz, milho canjica, milho grão, pêra, café grão cru, goiaba, melão, farelo de soja, cevada malteada, café torrado, amêndoa de cacau, castanha de caju, amêndoa doce, pistache, aveia, milho verde, suco de uva, vinho, mamão, maçã e uva.
As amostras são encaminhadas aos LFDAs, que conduzem análises multiresíduos com metodologias validadas e acreditadas pela CGRE/Inmetro com reconhecimento internacional, para escopo de variadas matrizes incluindo frutas, hortaliças, grãos, temperos e matrizes especiais. O método multiresíduos de agrotóxico considera a análise de mais de 200 princípios ativos com perspectivas de ampliação rápida para mais de 300.
Dos 42 produtos de origem vegetal analisados nos quatro anos, a maioria apresentou mais de 90% de conformidade ao longo do período analisado, como alho, batata, café, milho (canjica e pipoca), entre outros. Nas inconformidades abaixo de 80% (a maioria por uso de produtos não registrados para a cultura) aparecem pimentão e morango.
Europa e Estados Unidos
Os resultados de 2018 do PNCRC/Vegetal se assemelham aos apresentados pela Autoridade de Segurança Alimentar Europeia (EFSA – European Food Safety Authority). O mais recente resultado de monitoramento divulgado pela EFSA (2017) revelou que 54.1% das amostras não continham resíduos quantificáveis (NQ), 41.8% continham resíduos em concentração iguais ou menores que aquelas legalmente permitidas e 4.1% continham resíduos em concentração superiores àquelas legalmente permitidas.
O relatório americano de 2017 elaborado pela Administração de alimentos e remédios dos Estados Unidos (FDA – Food and Drug Administration) mostra que 52.5% das amostras domésticas analisadas não continham resíduos detectáveis e 96.2% das amostras foram avaliadas como conformes, mais uma vez se assemelhando a conformidade observada em 2018 no PNCRC/Vegetal.
Se consideramos os Limites Máximos de Resíduos estabelecidos pelo Codex Alimentarius ou pela Comissão Europeia, os índices de conformidades do PNCRC/Vegetal seriam ainda maiores, porque a legislação brasileira é mais restritiva que a internacional.
Ações
Após os resultados do PNCRC/Vegetal, o Mapa investiga todas as não conformidades identificadas com objetivo de proporcionar orientação quanto aos resíduos presentes e visando a garantia de conformidade e qualidade nos produtos colocados para consumo da sociedade.
O Mapa utiliza em seus métodos de controle e fiscalização a Instrução Normativa Conjunta nº 02 de 2018, que estabelece a obrigatoriedade de rastreabilidade por todos os entes da cadeia de produção e comercialização de produtos de origem vegetal. A garantia da rastreabilidade permite visualizar toda cadeia produtiva e atuação no caso de necessidade de investigação.
Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Glauco Bertoldo
Um estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que avaliou 42 tipos de alimentos entre 2015 e 2018, identificou que 8% das amostras apresentaram inconformidades em relação a resíduos e contaminantes. Desse percentual, a quase totalidade (7%) está relacionada a resíduos de pesticidas e 1%, à presença de contaminantes. Do total de amostras avaliadas, 53% não apresentaram resíduos ou contaminantes e 39% apresentaram essas substâncias em patamar abaixo do limite definido no Brasil.
A pesquisa, que faz parte do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal (PNCRC/Vegetal), analisou amostras de batata, tomate, cebola, beterraba, alho, pimentão, alface, cenoura, banana, soja, morango, castanha do Brasil, pimenta do reino, feijão, arroz e milho entre outros.
Dentre os produtos que apresentaram inconformidades, o estudo identificou 11% dos alimentos com violações em relação à presença de agrotóxicos. Entre os problemas estão o uso de defensivos proibidos no Brasil, o emprego de pesticidas não permitidos para uma determinada cultura e índices acima do permitido.
Pimentão e morango
Os dois produtos de origem vegetal com maiores índices de problemas foram o pimentão e o morango. “O pimentão e morango são culturas que têm suporte insuficiente. Eles não têm a devida carteira do produto para os agricultores”, disse em entrevista coletiva, o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério, Glauco Bertoldo.
Os técnicos do Ministério da Agricultura não consideram, no entanto, que o resultado justifique evitar o consumo desses alimentos e dos demais. “Os produtos não apresentam nenhum risco crônico e baixíssimo risco agudo para consumo humano”, acrescentou o diretor e responsável pelo estudo.
Ano a ano
No comparativo ano a ano, foi verificada queda do índice de desconformidade. Em 2015, o percentual ficou em 15% dos alimentos avaliados; em 2016, caiu para 10%; em 2017, oscilou para 11%; e, em 2018, apresentou nova queda, para 8%.
Um dos motivos para a queda do índice de desconformidade foi a ampliação do número de registros de agrotóxicos. Dados do Mapa mostram que o número de defensivos aprovados por ano cresceu de 139, em 2015, para 449 em 2018 – um aumento superior a três vezes.
“Existiu interesse econômico de registrar um defensivo para uma outra cultura e é ampliado para ela [essa cultura]. Nesses casos, aquele produto que não era permitido para uma cultura passa a ser autorizado e isso aumenta a conformidade [dos alimentos]”, explicou Glauco Bertoldo.
Tipos de violações
Dos 11% dos alimentos encontrados em desconformidade, 6,6% se enquadravam em um agrotóxico não permitido para aquele tipo de produção (como um pesticida usado em determinado alimento mas vetado para outro), 2,75% estavam relacionados ao emprego de defensivos acima do limite estabelecido e 1,5% estava vinculado ao uso de substâncias de uso vetado no Brasil.
Na comparação com médias internacionais, enquanto a desconformidade identificada pelo Ministério da Agricultura ficou em 11%, nos Estados Unidos, um relatório da Administração de Alimentos e Remédios do país (FDA) ficou em 3,8%, em 2017.
Diferença
O percentual identificado pelo estudo do Ministério da Agricultura difere do encontrado por outro estudo, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a pesquisa do órgão, 23% dos 14 tipos de alimentos examinados apresentaram resíduos tóxicos. De acordo com o diretor do Mapa, os resultados variam porque a metodologia de pesquisa é diferente, com tipos de alimentos e origem de amostras distintas.
“Os programas são complementares. O do ministério tem olhar mais atento ao uso e boa prática econômica, já a Anvisa vê o risco à saúde humana. A gente acaba definindo o escopo dos produtos de maneira diferente. Outra coisa que explica [o resultado distinto] é o ponto de coleta. Ele influencia ao passo que a Anvisa coleta no varejo e nós coletamos em propriedades rurais e centrais de abastecimento. Como nosso produto é mais rastreável, tende a ser maior a conformidade”, ressaltou Glauco Bertoldo.