Tag: varíola dos macacos

  • Mato Grosso monitora 66 casos de varíola dos macacos em 1 mês

    Mato Grosso monitora 66 casos de varíola dos macacos em 1 mês

    Em um mês, Mato Grosso passou a monitorar mais de 60 casos de monkeypox, mas conhecida como varíola dos macacos, distribuídos por diferentes municípios mato-grossenses.

    Desde agosto passado, já são 35 notificações da doença confirmadas e 31 seguem em investigação, num total de 66 registros.

    No Estado, os primeiros pacientes foram confirmados no dia 5 do mês passado referentes a dois moradores de 39 e 40 anos de Cuiabá.

    Desde então, o número de contaminados vem subindo gradativamente.

    No mesmo período, 33 suspeitos foram descartados.

    Conforme boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, até terça-feira (6) pela manhã, a Capital contabilizava 19 casos confirmados e contavam ainda com outros nove suspeitos.

    Em Várzea Grande, são seis confirmações e um em investigação.

    As demais cidades com contaminados confirmados da monkeypox são Rondonópolis (1), Sorriso (1), Barra do Garças (2), Nova Xavantina (1), Tangará da Serra (3) e Campo Novo dos Parecis (2). Já os suspeitos, além de Cuiabá e Várzea Grande, são de Sorriso (2), Barra do Garças (1), Tangará da Serra (2), Sinop (3), Campo Novo dos Parecis (6), Peixoto de Azevedo, Itiquira, Tapurah, Paranaíta, Campos de Júlio e Acorizal, estes últimos seis com uma notificação cada.

    Há ainda uma investigação de um paciente residente de outro estado da Federação, mas registrado em Rondonópolis.

    Com o avanço da varíola dos macacos, a Secretaria de Estado de Saúde elaborou, ainda em meados de agosto um plano de contingência contra a doença.

    O plano de contingência estabelece estratégicas de contenção, controle e orientações assistenciais, epidemiológicas e laboratoriais úteis para preparação e resposta à gestão da emergência “monkeypox”, no Estado.

    Segundo o documento, estão previstos três níveis para a classificação de emergência, sendo o primeiro considerado como de “preparação”, o segundo, de “contenção; e o terceiro, de “mitigação”.

    Na “contenção”, por exemplo, o risco é significativo, superando a capacidade de resposta local, necessitando de recursos adicionais e o apoio complementar da esfera estadual com a possibilidade de envio de equipe de resposta à emergência em saúde pública.

    Já a fase de “mitigação”, há transmissão intensa local e/ou regional, capacidade local limitada ou insuficiente, e necessidade de intervenção estadual.

    “A ameaça é classificada como relevância estadual com impacto sobre diferentes esferas de gestão do SUS, exigindo uma ampla e coordenada resposta articulada em nível governamental. Este evento constitui uma situação de excepcional gravidade, podendo culminar na Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Estadual (Espil)”, diz o plano.

    A varíola dos macacos é, geralmente, uma doença autolimitada, o período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias, e os sinais e sintomas duram de 2 a 4 semanas.

    A transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados.

    O vírus também pode infectar as pessoas por meio de fluidos corporais.

  • Primeiro caso suspeito de Varíola Monkeypox é descartado em Lucas do Rio Verde

    Primeiro caso suspeito de Varíola Monkeypox é descartado em Lucas do Rio Verde

    A Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Saúde, informa que o teste para o primeiro caso suspeito de Varíola dos Macacos (Monkeypox) deu negativo. O resultado do exame foi apresentado nesta segunda-feira (05).

    A criança, que iniciou com lesões na pele, continua evoluindo bem com melhora das lesões e em bom estado geral de saúde. Conforme a família, não teve contato com pessoa suspeita e no domicílio nenhuma outra pessoa apresenta sinais e sintomas da doença.

    Na ocasião, devido à manutenção das lesões na paciente, foi coletada uma amostra e no dia 29 de agosto foi enviada para o Laboratório Central de Saúde Pública do Mato Grosso (Lacen), em Cuiabá.

    A Secretaria de Saúde informa ainda que acompanha um novo caso suspeito, paciente tem 37 anos. A coleta da amostra foi realizada na última sexta-feira (02) e segue o mesmo protocolo de envio para o Laboratório (Lacen). O resultado deve sair entre 7 a 10 dias.

    Segundo a supervisora da Vigilância em Saúde, Claudia Regina Engelmann, a doença, também conhecida como Monkeypox, é transmitida entre humanos, principalmente, por meio de contato pessoal. “Seja com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão”, pontua.

    A Secretaria orienta ainda que as pessoas que apresentarem sintomas da doença procurem imediatamente uma unidade de saúde.

    Transmissão

    A transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. O vírus também pode infectar as pessoas por meio de fluídos corporais.

    A transmissão via gotículas respiratórias usualmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores de saúde, membros da família e outros contactantes pessoas com maior risco de contaminação.

    Apesar de ser uma doença que exige contato próximo e prolongado para transmissão pessoa a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação, trata-se de um vírus com potencial epidêmico.

    A transmissão entre humanos pode ocorrer por:

    ● Contato direto com lesões cutâneas, mucosas ou fluídos corporais (de pessoa infectada sintomática), incluindo contato físico direto, como: tocar, abraçar, beijar, contato íntimo ou sexual;

    ● Contato direto com gotículas respiratórias – especialmente durante contato próximo prolongado ou contato físico íntimo, incluindo o sexo;

    ● Contato indireto por meio de roupas, objetos e superfícies contaminadas por lesões cutâneas ou fluidos corporais, uma vez que o MPXV sobrevive por até 90 horas em superfícies;

    ● Contato de animais infectados com humanos – por mordedura, arranhadura, preparo ou consumo de carne de caça ou com lesões cutâneas, mucosas ou fluídos corporais.

    Manifestações clínicas

    Os sinais e sintomas duram de 02 a 04 semanas. Surgem lesões na pele, febre e linfadenopatia (inchaço dos gânglios). Outros sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e cansaço. Se a pessoa tiver esses sintomas deve procurar uma unidade de saúde.

    CLIQUE AQUI e sabia mais sobre a doença no site do Ministério da Saúde.

  • Suspeito de varíola do macaco: Semsas envia nova coleta de material ao Lacen/MT

    Suspeito de varíola do macaco: Semsas envia nova coleta de material ao Lacen/MT

    A Secretaria de Saúde e Saneamento (Semsas), comunica que ontem, 1.º  de setembro, foi coletado e enviado material de mais um paciente suspeito de varíola do macaco (Monkeypox) para análise do Lacen/MT.  O paciente em questão não tem histórico de viagens. Contudo, como apresentou lesões na pele, por precaução, a equipe técnica da Semsas coletou material e encaminhou para análise.

    De olho nos sintomas 

    Vale lembrar que a enfermidade apresenta entre os principais sintomas febre súbita, forte e intensa, dor de cabeça (cefaleia), náusea, exaustão, cansaço, aparecimento de inchaços na região do pescoço, axilas, e também na região perigenital, além de feridas ou lesões pelo corpo que lembram bolhas e espinhas.

    A recomendação da Semsas é que quem viajou para áreas com registros de casos ou teve contato com pessoas com lesões de pele ou lesão na área genital deve ficar atento aos sintomas. Quem sentir sintomas deve procurar ou uma Unidade de Saúde da Família ou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sara Akemi Ichicava.

    O Ministério da Saúde também alerta que a contaminação se dá principalmente no contato pele/pele.  E além disso, a contaminação também pode ocorrer por meio de secreções ou do compartilhamento de objetos de pessoas contaminadas. E a melhor forma de prevenção é evitando contato direto com pessoas contaminadas.

    Obs.: a imagem divulgada neste texto trata-se do Boletim Epidemiológico divulgado ontem, 1º de setembro, pelo Estado. Os dados atualizados desta sexta-feira, 02 de setembro, serão divulgados à tarde.

  • Secretaria de Saúde acompanha caso suspeito de varíola dos macacos em Lucas do Rio Verde

    Secretaria de Saúde acompanha caso suspeito de varíola dos macacos em Lucas do Rio Verde

    A Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde registrou o primeiro caso suspeito da varíola dos macacos (Monkeypox) na cidade. O paciente é uma criança de 2 anos e 7 meses, que está bem e seguindo protocolo de isolamento em sua residência.

    A criança iniciou com lesões na pele, em tratamento para infecção bacteriana. Devido a manutenção das lesões, foi coletada uma amostra e no dia 29 de agosto foi enviada para o Laboratório Central de Saúde Pública do Mato Grosso (Lacen), em Cuiabá. O resultado deve ficar pronto de 7 a 10 dias.

    A criança está evoluindo bem com melhora das lesões de pele e em bom estado geral de saúde. Conforme a família, não teve contato com pessoa suspeita e no domicílio nenhuma outra pessoa apresenta sinais e sintomas da doença.

    A Saúde orienta que as pessoas que apresentarem sintomas da doença procurem imediatamente uma unidade de saúde. Os sintomas são febre, dores no corpo, cansaço, dores de cabeça, aumento de gânglios e lesões na pele.

    Transmissão varíola dos macacos

    A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. O vírus também pode infectar as pessoas por meio de fluídos corporais.

    A transmissão via gotículas respiratórias usualmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores de saúde, membros da família e outros contactantes pessoas com maior risco de contaminação.

    Apesar de ser uma doença que exige contato próximo e prolongado para transmissão pessoa a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação, trata-se de um vírus com potencial epidêmico.

    A transmissão entre humanos pode ocorrer por:

    ● Contato direto com lesões cutâneas, mucosas ou fluídos corporais (de pessoa infectada sintomática), incluindo contato físico direto, como: tocar, abraçar, beijar, contato íntimo ou sexual;

    ● Contato direto com gotículas respiratórias – especialmente durante contato próximo prolongado ou contato físico íntimo, incluindo o sexo;

    ● Contato indireto por meio de roupas, objetos e superfícies contaminadas por lesões cutâneas ou fluidos corporais, uma vez que o MPXV sobrevive por até 90 horas em superfícies;

    ● Contato de animais infectados com humanos – por mordedura, arranhadura, preparo ou consumo de carne de caça ou com lesões cutâneas, mucosas ou fluídos corporais.

    Manifestações clínicas

    Os sinais e sintomas duram de 02 a 04 semanas. Surgem lesões na pele, febre e linfadenopatia (inchaço dos gânglios). Outros sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e cansaço. Se a pessoa tiver esses sintomas deve procurar uma unidade de saúde.

    CLIQUE AQUI e sabia mais sobre a doença no site do Ministério da Saúde.

  • Notificação de casos da varíola dos macacos passa a ser obrigatória

    Notificação de casos da varíola dos macacos passa a ser obrigatória

    O Ministério da Saúde incluiu a varíola dos macacos (Monkeypox) na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública. Com isso, profissionais de estabelecimentos públicos e privados ficam obrigados a informar às autoridades, em até 24 horas, sobre os casos confirmados da doença.

    A medida consta da Portaria nº 3.418, publicada no Diário Oficial da União de hoje (1º). Assinada pelo ministro Marcelo Queiroga, a norma estabelece que os casos devem ser relatados diretamente ao Ministério da Saúde.

    Causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês), a doença foi declarada emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em julho deste ano. A decisão foi tomada após o aumento do número de casos em vários países.

    No Brasil, o primeiro diagnóstico foi confirmado no início de junho, em São Paulo (SP). A primeira morte associada à doença ocorreu no fim de julho, em Belo Horizonte (MG).

    Segundo o boletim epidemiológico que o Ministério da Saúde divulgou no fim da tarde desta quarta-feira (31), o Brasil já contabiliza a 5.037 casos confirmados da doença, além de outros 5.391 suspeitas sob investigação. A maior parte dos doentes está no estado de São Paulo, onde, até ontem, 3.001 casos já tinham sido confirmados. Em seguida vêm o Rio de Janeiro (675) e Minas Gerais (278) – estados onde ocorreram as duas mortes pela doença já registradas no país.

    Causada por um vírus, a Varíola dos Macacos pode ser transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada cuja pele esteja lesionada. O contágio pode se dar por abraços, beijos, massagens ou relações sexuais. A doença também pode ser transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.

    Entre os principais sintomas da varíola dos macacos estão as erupções cutâneas ou lesões na pele; ínguas; febre; dores no corpo; dor de cabeça; calafrio e fraqueza. O ministério recomenda que as pessoas consultem um médico caso notem qualquer um destes sinais.

    Na maioria dos casos, os pacientes apresentam sintomas leves, para os quais não há tratamento específico, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. Porém, na semana passada, começaram a chegar ao país os primeiros tratamentos medicamentosos prescritos para pacientes com risco de desenvolver formas graves da doença (pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade).

    Edição: Valéria Aguiar

  • Anvisa autoriza dispensa registro de vacinas para varíola dos macacos

    Anvisa autoriza dispensa registro de vacinas para varíola dos macacos

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, por unanimidade, nesta sexta-feira (19), a dispensa de registro para importação de medicamentos e vacinas destinados à prevenção ou ao tratamento da varíola dos macacos. Na prática, a resolução simplificará a análise documental e facilitará o acesso da população brasileira aos medicamentos ou vacinas para tratamento ou prevenção da doença, diante da situação de emergência de saúde pública de importância internacional declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Segundo decisão, a norma, que terá caráter excepcional e temporário, permitirá que o Ministério da Saúde solicite à agência a dispensa de registro de medicamentos e vacinas que já tenham sido aprovados para prevenção ou tratamento da varíola dos macacos por autoridades internacionais especificadas na respectiva resolução.

    “É importante deixar claro que a Anvisa está exercendo seu papel de agência reguladora. A dispensa de registro é um ato regulatório. E esse ato não significa a aprovação tácita do que vier. Diante de mais um desafio, estamos utilizando uma ferramenta que faz parte do exercício pleno de nossa função”, disse o diretor presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.

    De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registra até o momento 3.450 casos confirmados de varíola dos macacos. Os estados de São Paulo (2.279), Rio de Janeiro (403), Minas Gerais (159) e o Distrito Federal (141) lideram o ranking de casos no país.

    Condições

    A agência ressalta que as condições do medicamento ou da vacina, em caso de importação, devem ser as mesmas aprovadas e publicizadas pelas respectivas autoridades reguladoras. “O medicamento ou vacina deve ter todos os locais de fabricação, incluindo linhas e formas farmacêuticas, aprovados por autoridades reguladoras integrantes do Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica (PIC/S)”, destacou a agência.

    A norma prevê também um rito simplificado semelhante ao modelo já adotado para as importações por meio do Covax Facility, a aliança internacional formada para acelerar o desenvolvimento, a produção e a distribuição de vacinas contra a covid-19. O pedido de dispensa de registro será avaliado, com prioridade, pelas áreas técnicas da Anvisa e a decisão deverá ocorrer em até 7 dias úteis.

    Os grupos vulneráveis e prioritários para uso do medicamento ou vacina ficarão a critério do Ministério da Saúde. A pasta também fará o monitoramento dos medicamentos ou vacinas importados e gerenciará as orientações para notificações de eventos adversos e queixas técnicas e as orientações aos serviços de saúde. Outra atribuição do Ministério da Saúde será assegurar que os medicamentos ou vacinas atendam às condições aprovadas pela autoridade sanitária internacional, garantindo que as vacinas somente sejam utilizadas após a liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

    A diretora relatora da matéria, Meiruze Freitas, ressaltou que a Anvisa acompanhará as discussões sobre farmacovigilância e os estudos de efetividade junto à OMS e às autoridades reguladoras internacionais.

    Referências internacionais

    Pela decisão de hoje serão consideradas as aprovações de medicamentos ou vacinas emitidas pelas seguintes autoridades internacionais:

    Organização Mundial da Saúde (OMS)
    Agência Europeia de Medicamentos (EMA)
    Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA/EUA)
    Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA /UK)
    Agência de Produtos Farmacêuticos e Equipamentos Médicos/Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar do Japão (PMDA/MHLW/JP)
    Agência Reguladora do Canadá (Health Canada)

    Edição: Fernando Fraga

  • Mato Grosso registra dois novos casos positivos para varíola dos macacos

    Mato Grosso registra dois novos casos positivos para varíola dos macacos

    A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) recebeu o resultado positivo de mais dois casos de monkeypox vírus, popularmente conhecido como varíola dos macacos. Os casos envolvem homens residentes em Várzea Grande, com idade entre 30 e 50 anos, que estiveram fora do país e apresentam sintomas leves da doença.

    Até esta sexta-feira (12.08), Mato Grosso registra o total de quatro casos confirmados de varíola dos macacos, sendo os outros dois residentes de Cuiabá, com idade entre 25 e 40 anos, que também apresentam sintomas leves.

    Ainda há a investigação de outros 17 casos suspeitos no Estado, sendo cinco em Rondonópolis, quatro em Cuiabá, dois em Várzea Grande, dois em Sorriso, um em Livramento, um em Barra do Garças, um em Comodoro e um em Nova Xavantina.

    As amostras para a confirmação dos casos são encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso (Lacen-MT) e direcionadas para o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), unidade de referência nacional para a análise do material.

    Sintomas e prevenção

    Os principais sintomas da varíola dos macacos são linfonodos inchados, lesões na pele, febre, dor de cabeça, dores musculares e dores nas costas. Caso haja a manifestação destes sintomas, procure uma Unidade Básica ou de Pronto Atendimento.

    Para a prevenção da doença, coloque em prática as medidas de biossegurança, como o uso de máscaras, distanciamento físico e higienização das mãos, e evite tocar em lesões ou compartilhar objetos com pessoas infectadas.

  • Brasil registra terceiro caso de varíola dos macacos

    Brasil registra terceiro caso de varíola dos macacos

    O Brasil tem mais um caso de varíola dos macacos diagnosticada. Na noite desse domingo (12), o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul notificou uma ocorrência de “caso importado” da doença.

    O diagnóstico foi confirmado laboratorialmente, no domingo, pelo Instituto Adolf Lutz de São Paulo. Trata-se de um paciente residente em Porto Alegre, do sexo masculino, 51 anos, que viajou para Portugal, com retorno ao Brasil no dia 10 deste mês.

    “O paciente está em isolamento domiciliar, junto com os seus contatos, apresenta quadro clínico estável, sem complicações e está sendo monitorado pelas secretarias de Saúde do estado e do município”, diz nota divulgada pelo Ministério da Saúde.

    O ministério acrescenta que “todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente após a comunicação de que se tratava de um caso suspeito de monkeypox [varíola dos macacos, em inglês], com o isolamento do paciente e rastreamento dos seus contatos, tanto nacionalmente quanto do voo internacional, que contou com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”.

    Casos no país

    De acordo com o ministério, no momento, o Brasil registra três casos confirmados, sendo dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul. Estão em investigação seis casos suspeitos. Todos seguem isolados e em monitoramento.

  • Entenda o que é a varíola dos macacos

    Entenda o que é a varíola dos macacos

    O trauma naturalmente causado por uma pandemia acaba por deixar muitas pessoas preocupadas quando veem, logo em seguida, alertas sobre o surgimento de uma doença em locais onde antes ela não era detectada. É o que ocorreu após notícias de que humanos se contaminaram com a chamada varíola dos macacos, doença que é endêmica em países africanos, mas sua disseminação para países não endêmicos, como na Europa e nos Estados Unidos, causou apreensão. Até agora, existem mais de 200 casos confirmados ou suspeitos em cerca de 20 países onde o vírus não circulava anteriormente.

    Diante dessa situação, a Agência Brasil consultou fontes e especialistas para elucidarem eventuais dúvidas sobre o que é a varíola dos macacos, bem como sobre sintomas, riscos, formas de contágio e sobre o histórico dessa doença que recentemente tem causado tanta preocupação nas pessoas.

    Médico infectologista do Hospital Universitário de Brasúlia (UnB), André Bon trata de tranquilizar os mais preocupados. “De maneira pouco frequente essa doença é grave. A maior gravidade foi observada em casos de surtos na África, onde a população tinha um percentual de pacientes desnutridos e uma população com HIV descontrolado bastante importante”, explica o especialista.

    Segundo ele, no início dos anos 2000 houve um surto da doença nos Estados Unidos. “O número de óbitos foi zero, mostrando que, talvez, com uma assistência adequada, identificação precoce e manejo adequado em uma população saudável, não tenhamos grandes repercussões em termos de gravidade”.

    O grupo que corre maior risco são as crianças. Quando a contaminação abrange grávidas, o risco de complicações é maior, podendo chegar a varíola congênita ou até mesmo à morte do bebê.

    Uma publicação do Instituto Butantan ajuda a esclarecer e detalhar o que vem a ser a varíola dos macacos. De acordo com o material, a varíola dos macacos é uma “zoonose silvestre” que, apesar de em geral ocorrer em florestas africanas, teve também relatos de ocorrência na Europa, nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália e, mais recentemente, na Argentina.

    Histórico e ocorrências

    A varíola dos macacos foi descoberta pela primeira vez em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colônias de macacos mantidos para pesquisa. O primeiro caso humano dessa variante foi registrado em 1970 no |Congo. Posteriormente, foi relatada em humanos em outros países da África Central e Ocidental.

    “A varíola dos macacos ressurgiu na Nigéria em 2017, após mais de 40 anos sem casos relatados. Desde então, houve mais de 450 casos relatados no país africano e, pelo menos, oito casos exportados internacionalmente”, complementa a publicação recentemente divulgada pelo instituto.

    Segundo o instituto, entre 2018 e 2021 foram relatados sete casos de varíola dos macacos no Reino Unido, principalmente em pessoas com histórico de viagens para países endêmicos. “Mas somente este ano, nove casos já foram confirmados, seis deles sem relação com viagens”.

    Casos recente

    Portugal confirmou mais de 20 casos, enquanto a Espanha relatou pelo menos 30. Há também pelo menos um caso confirmado nos Estados Unidos, no Canadá, na Alemanha, na Bélgica, na França e na Austrália, segundo a imprensa e os governos locais, conforme informado pelo Butantan.

    “Neste possível surto de 2022, o primeiro caso foi identificado na Inglaterra em um homem que desenvolveu lesões na pele em 5 de maio, foi internado em um hospital de Londres, depois transferido para um centro especializado em doenças infecciosas até a varíola dos macacos ser confirmada em 12 de maio. Outro caso havia desenvolvido as mesmas lesões na pele em 30 de abril, e a doença foi confirmada em 13 de maio”, informou o Butantan.

    Mais quatro casos foram confirmados pelo governo britânico no dia 15 de maio, e, no dia 18, mais dois casos foram informados – nenhum deles envolvendo alguém que tivesse viajado ou tido contado com pessoas que viajaram, o que indica possível transmissão comunitária da doença.

    Dois tipos

    De acordo com o instituto, esse tipo de varíola é causada por um vírus que infecta macacos, mas que incidentalmente pode contaminar humanos. “Existem dois tipos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central). Embora a infecção pelo vírus da varíola dos macacos na África Ocidental às vezes leve a doenças graves em alguns indivíduos, a doença geralmente é autolimitada (que não exige tratamento)”, explica o instituto.

    André Bon descreve essa varíola como uma “doença febril” aguda, que ocorre de forma parecida à da varíola humana. “O paciente pode ter febre, dor no corpo e, dias depois, apresentar manchas, pápulas [pequenas lesões sólidas que aparecem na pele] que evoluem para vesículas [bolha contendo líquido no interior] ate formar pústulas [bolinhas com pus] e crostas [formação a partir de líquido seroso, pus ou sangue seco]”.

    De acordo com o Butantan, é comum também dor de cabeça, nos músculos e nas costas. As lesões na pele se desenvolvem inicialmente no rosto para, depois, se espalhar para outras partes do corpo, inclusive genitais. “Parecem as lesões da catapora ou da sífilis, até formarem uma crosta, que depois cai”, detalha. Casos mais leves podem passar despercebidos e representar um risco de transmissão de pessoa para pessoa.

    Transmissão e prevenção

    No geral, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal) ou pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis, informa o Butantan. Uma medida para evitar a exposição ao vírus é a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel.

    O médico infectologista do HUB diz que a principal forma de prevenção dessa doença – enquanto ainda apresenta “poucos casos no mundo” e está “sem necessidade de alarde” – tem como protagonistas autoridades de saúde. “Elas precisam estar em alerta para a identificação de casos, isolamento desses casos e para o rastreamento dos contatos”, disse.

    “Obviamente a utilização de máscaras, como temos feitos por causa da covid-19 por ser doença de transição respiratória por gotículas e evitar contato com lesões infectadas é o mais importante nesse contexto”, enfatiza Bon ao explicar que a varíola dos macacos é menos transmissível do que a versão comum.

    O Butantan ressalta que residentes e viajantes de países endêmicos devem evitar o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas). Devem também “abster-se de comer ou manusear caça selvagem”.

    O período de incubação da varíola dos macacos costuma ser de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, conforme relato do Butantan. Por isso pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.

    Vacinas

    André Bon explica que as vacinas contra varíola comum protegem também contra a varíola dos macacos. Ele, no entanto, destaca que não há vacinas disponíveis no mercado neste momento.

    “Há apenas cepas guardadas para se for necessário voltarem a ser reproduzidas. Vale lembrar que a forma como a vacina da varíola era feita antigamente não é mais utilizada no mundo. Era uma metodologia um pouco mais antiga e atrasada. Hoje temos formas mais tecnológicas e seguras de se fazer a vacina, caso venha a ser necessário”, disse o médico infectologista.

    Bon descarta a imediata necessidade de vacina no atual momento, uma vez que não há número de casos que justifiquem pressa. “O importante agora é fazer a observação de casos suspeitos”, disse.

    O Butantan confirma que a vacinação contra a varíola comum tem se mostrado bastante eficiente contra a varíola dos macacos. “Embora uma vacina (MVA-BN) e um tratamento específico (tecovirimat) tenham sido aprovados para a varíola, em 2019 e 2022, respectivamente, essas contramedidas ainda não estão amplamente disponíveis”.

    “Populações em todo o mundo com idade inferior a 40 ou 50 anos não tomam mais a vacina, cuja proteção era oferecida por programas anteriores de vacinação contra a varíola, porque estas campanhas foram descontinuadas”, informou o instituto.