Tag: vacinas

  • Butantan entrega amanhã 10 milhões de doses da CoronaVac

    Butantan entrega amanhã 10 milhões de doses da CoronaVac

    O Instituto Butantan vai entregar um lote com 10 milhões de doses da vacina CoronaVac ao Ministério da Saúde amanhã cedo (17). A informação foi confirmada hoje (16) pelo presidente do Butantan, Dimas Covas. As doses, já envasadas e certificadas, serão utilizadas para a que a vacinação de crianças avance em outros estados brasileiros.

    “Nós entregaremos a totalidade das 10 milhões de doses que já saem amanhã para os depósitos do Ministério da Saúde. O contrato foi assinado e, portanto, a liberação será imediata. Neste momento, estamos nos preparando para fazer esta entrega amanhã de manhã”, explicou Covas.

    A vacina CoronaVac contra a covid-19 é produzida pelo Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac. A vacina é segura e foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicada em pessoas acima dos 6 anos. Nos próximos dias, o Instituto Butantan pretende solicitar à Anvisa que essa vacina possa também ser aplicada em crianças acima dos 3 anos.

    “Nos próximos 15 dias devemos completar o dossiê junto à Anvisa, solicitando a ampliação da vacinação para o público de 3 a 6 anos com a CoronaVac. Esperamos poder obter essa autorização e ampliar a cobertura vacinal dessa faixa etária”, disse Covas.

    Ômicron

    Segundo Dimas Covas, o laboratório Sinovac já está se preparando para desenvolver uma vacina específica contra a variante Ômicron. Os estudos clínicos, de acordo com ele, já se iniciam neste mês de fevereiro em Hong Kong.

    “Na semana passada, a nossa parceira Sinovac anunciou o desenvolvimento da vacina específica para a variante Ômicron, e essa vacina deve entrar em estudo clínico ainda neste mês. O estudo clínico deve se iniciar em Hong Kong, na China. E nós estamos nos preparando para fazer um braço desse estudo no Brasil”, disse.

    Edição: Maria Claudia

  • Brasil recebe primeiro lote de vacinas contra a covid-19 de 2022

    Brasil recebe primeiro lote de vacinas contra a covid-19 de 2022

    Com 1,1 milhão de doses, chegou ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), o primeiro lote de 2022 de vacinas contra a covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, a carga com os imunizantes do laboratório norte-americano Pfizer foi desembarcada na tarde de ontem (2).

    Neste ano, o Brasil deve receber mais 354 milhões de doses de vacinas, sendo 100 milhões de um contrato com a Pfizer e 120 milhões do imunizante da AstraZeneca, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O restante é referente a contratações assinadas em 2021 e que devem ser entregues ao longo deste ano.

    De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, já foram aplicadas 328,5 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus em todo o país, sendo 143,7 milhões de segunda dose ou dose única. Mais de 20 milhões de pessoas receberam doses adicionais de reforço da imunização.

    Edição: Graça Adjuto

  • Estudo indica que vacinas aumentam proteção de quem já teve covid-19

    Estudo indica que vacinas aumentam proteção de quem já teve covid-19

    Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicaram hoje (29) um estudo sobre vacinas contra covid-19 usadas no Brasil que aumentam a proteção contra o SARS-CoV-2 em quem já teve a doença previamente. O trabalho foi publicado em formato preprint no site Medrxiv, o que significa que ainda precisa ser revisado por outros cientistas.

    Os pesquisadores avaliaram 22.565 indivíduos acima dos 18 anos que tiveram dois testes de RT-PCR positivos e 68 mil que tiveram teste positivo e depois negativo, entre fevereiro e novembro deste ano.

    Segundo o artigo, a vacinação com as duas doses de AstraZeneca, Pfizer e CoronaVac, ou com a dose única da Janssen, foi capaz de reduzir reinfecções sintomáticas e casos graves da doença em quem já havia contraído a covid-19 anteriormente. A pesquisa mostrou que, quando a vacina requer duas doses, a aplicação da segunda dose de fato elevou o nível de proteção contra reinfecções nos indivíduos estudados.

    Principal pesquisador responsável pelo estudo, Julio Croda, da Fiocruz Mato Grosso do Sul, explica que análise contou com a base nacional de dados sobre notificação, hospitalização e vacinação e confirma a necessidade de completar o esquema vacinal mesmo em quem já teve covid-19.

    “A importância de ser vacinado é a mensagem principal, e a necessidade dessas duas doses para maximizar a proteção. Vemos que alguns países chegam a recomendar apenas uma dose para quem teve covid-19, por considerar que estes já contam com um certo nível de anticorpos neutralizantes. Mas esse tipo de avaliação de efetividade na vida real mostra que há um ganho adicional com a segunda dose. É um ganho substancial contra as formas graves”, disse ele em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias.

    Ao analisar os dados, os pesquisadores descobriram que, após a infecção inicial, a efetividade contra doença sintomática 14 dias após o esquema vacinal completo é de 37,5% para a CoronaVac, 53,4% para AstraZeneca, 35,8% para Janssen e 63,7% para Pfizer. Já a efetividade contra hospitalização e morte, também após 14 dias da aplicação, é 82,2% com a CoronaVac, 90,8% com a AstraZeneca, 87,7% com a Pfizer e 59,2% com a Janssen. O estudo completo pode ser acessado em inglês no site Medrxiv.

     

  • Covid-19: cientistas dizem que Ômicron é alerta da ameaça do vírus

    Covid-19: cientistas dizem que Ômicron é alerta da ameaça do vírus

    O surgimento de variantes como a Ômicron é “um alerta da ameaça” que significa o SARS-CoV-2 e da importância das vacinas que, com a terceira dose, podem restaurar a eficácia em mais de 90% em caso da doença grave. A conclusão consta de análise publicada na revista Science.

    O microbiólogo da Universidade de Cambridge Ravindra Gupta e o pesquisador do Scripps Research Translational Institute Eric Topol analisaram estudos recentes sobre infecções após a vacinação e sobre a eficácia das doses de reforço na proteção contra variantes, em especial a Delta.

    Os autores lembram os elevados níveis de proteção das vacinas de ARN, como a Pfizer e a Moderna, contra a Covid-19 sintomática, mas que diminuem com o tempo, especialmente nas pessoas com mais idade e nas imunodeprimidas.

    Os estudos indicam que o tempo é fator-chave na diminuição da eficácia das vacinas e que a perda de proteção provavelmente ocorreu pelo aumento da prevalência da variante Delta, dizem os cientistas.

    Os estudos imunológicos da resposta às injeções de reforço, administradas seis meses depois da vacinação completa, mostram “de forma uniforme a indução de quantidades muito elevadas de anticorpos neutralizantes”.

    Os autores citam um estudo realizado em Isarel, onde mais de 1,1 milhão de pessoas com mais de 60 anos receberam o reforço de uma vacina de ARNm, que conseguiu restaurar uma eficácia de mais de 90% contra a covid-19 grave.

    Apesar de os esforços serem importantes e poder continuar durante algum tempo, as intervenções não farmacêuticas, como o uso de máscaras e o distanciamento social, não só ajudam a reduzir os casos de covid-19, como também limitam a oportunidade de surgirem variantes que podem afetar a imunidade.

    As novas variantes podem evoluir a partir da Delta, serem totalmente diferentes e, inclusive, “ser recombinações de variantes devido a infecções mistas dentro de hóspedes individuais”.

    O especialistas referem-se também à variante B.1.1.529 (Ômicron), que vai ganhando terreno em todo o mundo e que apresenta múltiplas mutações.

    A continuidade da transmissão do coronavírus em populações muito vacinadas “mostra a necessidade de ampliar a vacinação em todos os grupos etários, mantendo ao mesmo tempo as medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras”, consideram Gupta e Topol.

  • Vacinas são eficazes contra a Ômicron, diz OMS

    Vacinas são eficazes contra a Ômicron, diz OMS

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou, nessa terça-feira (7), que as vacinas são eficazes contra a nova variante Ômicron do coronavírus, detetcada na África do Sul, ao proteger os infectados que desenvolvem doença grave.

    “Não há razão para duvidar” de que as vacinas atuais protegem os doentes infectados com Ômicron contra formas graves de covid-19, afirmou o responsável pela resposta de emergência em saúde pública da OMS, Michael Ryan, em entrevista.

    “Temos vacinas muito eficazes que se mostram potentes contra todas as variantes até agora, em termos de gravidade da doença e hospitalização, e não há razão para acreditar que não seja o caso” com a Ômicron, disse Ryan, acrescentando que estão no início estudos da variante, detectada apenas em 24 de novembro e que já foi registrada em cerca de 40 países.

  • Anvisa atualiza informações sobre análise de vacinas contra covid-19

    Anvisa atualiza informações sobre análise de vacinas contra covid-19

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizou nesta segunda-feira (29) a situação da avaliação de vacinas contra a covid-19, incluindo a indicação para imunização de crianças, doses de reforço e pedidos de uso emergencial.

    Crianças

    A Agência analisa a inclusão da indicação da vacina da Pfizer para a imunização de crianças na faixa etária de 5 a 11 anos. O processo está em análise pela equipe técnica, que solicitou à farmacêutica dados complementares para avaliação do pedido.

    “Para essa solicitação, a Anvisa está adotando uma estratégia diferente para as análises técnicas dos estudos clínicos para o público infantil, buscando o envolvimento de diversas entidades”, destacou a agência. “Foram encaminhados convites para representantes das sociedades brasileiras de Imunologia, Infectologia, Pediatria e Epidemiologia, solicitando a colaboração dessas entidades no processo.”

    Assim que houver confirmação por parte das entidades e representações, a Anvisa informou que será realizada uma reunião com a apresentação dos dados disponíveis para discussão e auxílio técnico na tomada de decisão.

    Reforço

    Na última quarta-feira (24), a agência aprovou a inclusão da dose de reforço na bula da vacina da Pfizer. A orientação é adotar a aplicação da vacina homóloga (mesma vacina) na imunização de reforço.

    Houve também, segundo a Anvisa, solicitações de inclusão de dose de reforço na posologia da vacina da Janssen, como reforço homólogo e heterólogo (vacina diferente) e também da AstraZeneca, como reforço homólogo.  As duas solicitações estão em análise pela área técnica.

    Vacinas em avaliação

    A Anvisa informou que recebeu, no último dia 18, o pedido de uso emergencial da vacina Convidecia, fabricada pelo laboratório CanSino. A solicitação foi apresentada pelo laboratório Biomm, representante no Brasil da fabricante. A vacina é produzida na China.

    Há ainda o pedido de uso emergencial encaminhado no final de julho da vacina Adsorvida (inativada) fabricada pela Sinopharm.

    As duas solicitações, segundo a agência, tiveram o prazo de análise suspenso devido à necessidade de complementação de dados. “Uma vez atendida a complementação das informações, os pedidos encontram-se em análise pela área técnica”, informou a agência.

  • Lei que quebra patentes de vacinas é sancionada com vetos

    Lei que quebra patentes de vacinas é sancionada com vetos

    O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quinta-feira (2) a alteração da Lei de Propriedade Industrial, que estabelece a quebra temporária de patentes de vacinas e insumos em períodos de emergência nacional ou internacional ou de reconhecimento de estado de calamidade pública na saúde, como é o caso da atual pandemia de covid-19. O projeto de lei que dispõe sobre a mudança foi aprovado pelo Congresso Nacional no último dia 11 de agosto e aguardava a sanção presidencial. 

    De acordo com o texto do projeto, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), o detentor da patente ou do pedido dela, caso ainda não obtida, receberá o valor de 1,5% do preço líquido de venda do produto derivado em royalties até que seu valor seja definido.

    Em caso de pedidos de patente, os valores somente serão devidos caso ela seja concedida. O pagamento corresponderá a todo o período da licença compulsória concedida a outros fabricantes não autorizados antes da quebra da patente.

    O licenciamento compulsório, termo técnico para a quebra de patente, será feito caso a caso, conforme a lei. Além disso, a quebra só poderá ser determinada pelo poder público na hipótese excepcional de o titular da patente se recusar ou não conseguir atender à necessidade local.

    “Assim, cabe ressaltar que esse licenciamento compulsório não será aplicado, no momento atual, para o enfrentamento da pandemia do coronavírus, uma vez que as vacinas estão sendo devidamente fornecidas pelos parceiros internacionais. Contudo, no futuro, caso exista um desabastecimento do mercado local, há a previsão legal para a possibilidade de aplicação da medida, em um caso extremo”, destacou a Secretaria-Geral da Presidência, em nota.

    Vetos

    O presidente decidiu vetar os dispositivos que obrigavam ao proprietário da patente efetuar a transferência de conhecimento e a fornecer os insumos de medicamentos e vacinas.

    “Embora meritórias, essas medidas seriam de difícil implementação e poderiam criar insegurança jurídica no âmbito do comércio internacional, além de poder desestimular investimentos em tecnologia e a formação de parcerias comerciais estratégicas, havendo meios menos gravosos para se assegurar o enfrentamento desse tipo de crise”, justificou a Presidência.

  • Covid-19: Escassez de doses e desigualdade marcam vacinação na África

    Covid-19: Escassez de doses e desigualdade marcam vacinação na África

    Dificuldades logísticas, escassez de doses e forte desigualdade entre os países marcam a campanha de vacinação contra a covid-19 no continente africano. Enquanto o Marrocos conseguiu imunizantes o suficiente para 36,32% da sua população, Burundi e Eritreia não receberam nenhuma dose, segundo os dados dessa sexta-feira (30) do Africa Centres for Disease Control and Prevention (CDC África).

    Outros países receberam quantidades irrisórias de imunizantes, como Saara Ocidental, com 20 mil doses para uma população de 600 mil pessoas, Sudão do Sul, que recebeu 60 mil doses e tem 11,2 milhões de pessoas ou a República Centro-Africana, com 80 mil doses para 4,8 milhões de pessoas.

    De acordo com o CDC África, o país mais adiantado na vacinação é o Marrocos, que recebeu 26,8 milhões de doses para uma população de 36,9 milhões de pessoas, tendo aplicado as duas em 26,89% das pessoas e a primeira em 33,93%.

    O segundo país que mais vacinou foi a África do Sul. Com população de 59,3 milhões de pessoas, recebeu 8,7 milhões de doses, aplicou a primeira em 11,56% das pessoas e 0,57% recebeu a segunda dose. O Egito, com 102,3 milhões de pessoas, recebeu 7,3 milhões de doses e imunizou completamente apenas 1,46% da população. Um total de 3,57% dos egípcios recebeu a primeira dose.

    O país mais populoso do continente, a Nigéria, com 206 milhões de pessoas, recebeu 3,9 milhões de doses, tendo aplicado a primeira em 1,23% da população e imunizado completamente apenas 0,68% com as duas doses, já esgotando o estoque disponível.

    Dificuldades

    De acordo com o pesquisador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cris-Fiocruz) Augusto Paulo Silva, em entrevista ao portal da Fiocruz, a União Africana, que reúne os 55 países do continente, aderiu à iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) Covax Facility, para a aquisição de vacinas contra a covid-19. Porém, as doses estão longe de ser o suficiente para o continente, que tem 1,2 bilhão de habitantes.

    “A União Africana também aderiu à Covax. Só que muito antes de os europeus começarem a doar vacinas para a Covax, doaram dinheiro. Mas esse dinheiro nunca foi suficiente. Para o abastecimento e fornecimento da Covax, contava-se com China e Índia. Mas a Índia teve uma explosão de casos, as vacinas começaram a não ser suficientes, e a Covax passou um tempo quase seca”.

    Segundo o escritório regional da OMS na África, 43 países africanos aderiram ao Covax, garantindo vacinas para 20% da população, com 600 milhões de doses. Desse total, 82 milhões já foram entregues e 63,8 milhões aplicadas até o momento. O pesquisador explica que a segunda opção do continente são os 400 milhões de doses que a União Africana tentou garantir de forma suplementar, por meio da Equipe de Intervenção para a Aquisição de Vacinas (AVATT, do inglês African Union’s COVID-19 Vaccine Acquisition Task Team), mas os países terão que pagar por essas vacinas.

    “A União Africana, por meio dos seus bancos de fomento, agiu como se fosse caução para garantir o pagamento. E o Banco Mundial está fornecendo dinheiro aos países para adquirirem essas vacinas. Mas a maioria está endividada, tem tetos de gastos já limitados pelo Banco Mundial por causa dos programas de ajuste estruturais”.

    Silva detalha, também, o problema logístico para a distribuição das doses, em uma região carente de infraestrutura de transporte e de saúde.

    “Um programa de imunização tem toda uma logística por trás. E essa logística tem gastos. Por isso, muitos desses 55 países tiveram que devolver vacinas porque não conseguiram aplicá-las por falta de dinheiro para sustentar as campanhas. Precisam de câmaras frias, geradores. E como o Estado está endividado, não tem como bancar isso. São problemas estruturais que vêm lá de trás e que foram exacerbados pela pandemia. É por isso que a vacinação na África é muito lenta, não só por falta de imunizantes, mas por toda a cadeia de infraestrutura e logística”.

    Covid-19 na África

    De uma forma geral, o continente surpreendeu o mundo com a relativa baixa taxa de contágio o óbitos pelo novo coronavírus. Segundo Silva, explicações possíveis para o fenômeno incluem a pouca conectividade de muitos países africanos com outros continentes e também entre si, além da faixa etária média mais baixa que a da população mundial.

    O continente todo tem população de 1,2 bilhão de pessoas e registra, até o momento, cerca de 6,7 milhões de casos de covid-19, segundo dados do Wordometers. O número é um terço do registrado no Brasil, que tem 210 milhões de habitantes, população seis vezes menor. Ou seja, a África está com uma taxa de incidência da doença de 558,3 casos por 100 mil habitantes, enquanto no Brasil a taxa é de 9.460,2, segundo dados desta sexta-feira (30) do Ministério da Saúde.

  • Estudo da Fiocruz mostra efetividade das vacinas em idosos

    Estudo da Fiocruz mostra efetividade das vacinas em idosos

    Uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou que o esquema vacinal completo contra covid-19 (duas doses) garante taxas de efetividade médias de 79,8% em pessoas com 60 a 80 anos e de 70,3% em idosos com mais de 80 anos.

    Considerando-se uma média daqueles que receberam o esquema vacinal completo e aqueles que tomaram apenas a primeira dose, as taxas de efetividade ficam em 73,7% em idosos com até 79 anos e de 63% em pessoas com 80 anos ou mais.

    O estudo considerou os imunizados com CoronaVac e AstraZeneca e foi feito com base em registros de hospitalização e morte por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), o que permitiu avaliar a efetividade em relação à redução de casos graves e óbitos.

    As duas vacinas têm, no entanto, taxas diferentes. Na CoronaVac, por exemplo, a taxa de efetividade para pessoas com esquema vacinal completo é de 79,6% para pessoas com 60 a 79 anos e de 68,8% em idosos com 80 anos ou mais.

    Se forem considerados todos os imunizados, ou seja, aqueles com esquema vacinal completo e os que tomaram apenas a primeira dose, as taxas são de 70,3% em pessoas com 60 a 79 anos e de 62,9% em idosos com 80 anos ou mais, no caso da CoronaVac.

    Para a AstraZeneca, no entanto, não foi possível avaliar a efetividade com o esquema vacinal completo, já que a segunda dose só é aplicada três meses depois da primeira. Portanto, a Fiocruz trabalhou com estimativas.

    A taxa de efetividade da AstraZeneca com aqueles que receberam pelo menos a primeira dose chegou a 81,7% para pessoas com 60 a 79 anos e de 62,8% naqueles com 80 anos ou mais.

    “A efetividade da vacinação continuará a ser avaliada, buscando estimar os dados de efetividade das vacinas com sua utilização no mundo real, no contexto epidemiológico e das variantes circulantes. Nesse sentido, os dados obtidos até o momento refletem principalmente as evidências de proteção vacinal frente à variante gama, preponderante no país neste período”, informa nota técnica divulgada pela Fiocruz.

    A nota destaca ainda que medidas restritivas e o uso de máscaras podem influenciar no aumento de infecções por covid-19. “O relaxamento de medidas não farmacológicas após a vacinação, como uso menos frequente de máscara e aumento nas interações sociais presenciais sem os devidos cuidados de distanciamento e ventilação, induzem a maior risco de infecção”.

  • Mais de mil cidades ficaram sem vacina esta semana

    Mais de mil cidades ficaram sem vacina esta semana

    Mais de mil cidades ficaram sem vacinas contra a covid-19 nesta semana. A informação está no levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O problema foi relatado por 1.002 prefeituras, o que representa 30,5% das 3.287 prefeituras consultadas pela CNM.

    Outras 1.779, ou 54,1%, não acusaram o não recebimento de vacinas. Na semana passada, 1.270 cidades disseram ter ficado sem vacina contra a covid-19. Outras 506 cidades (15,4%) não responderam.

    Ainda conforme a sondagem, 795 municípios disseram não ter recebido a segunda dose da vacina contra a covid-19, ou 79,3% das que afirmaram ter ficado sem imunizantes. Na semana anterior, 1.142 prefeituras relataram essa situação.

    Do total de cidades sem a segunda dose, 767 ficaram sem a CoronaVac e 100 sem a segunda dose da Oxford/AstraZeneca. Outras 400 prefeituras (39,9%) responderam ter ficado sem a primeira dose para aplicação na população.

    Nessa edição, a CNM incluiu uma nova pergunta sobre a presença de câmara fria para armazenamento do imunizante da Pfizer. Entre as administrações municipais consultadas, 1.453 (44,2%) disseram ter a estrutura, enquanto 1.303 (39,6%) não possuem o aparelho. Das prefeituras ouvidas, 420 disseram ter intenção de adquirir o equipamento.

    Insumos

    O risco de ficar sem medicamentos do kit intubação foi manifestado por 535 cidades, o equivalente a 16,3% das consultadas. No levantamento anterior, o índice era de 18,3%. Esse problema foi apontado sobretudo em municípios pequenos e médios. O kit é composto de remédios usados no uso de suporte ventilatório de pacientes com a covid-19, como anestésicos e neurobloqueadores.

    Medidas de restrição

    Do total de cidades ouvidas, 2.026 (61,6%) informaram ter adotado alguma forma de fechamento ou restrição de horário das atividades não essenciais. Outras 751 (22,8%) disseram não ter lançado mão desse recurso durante a pandemia, e 510 (15,5%) não responderam. Na edição anterior, as medidas de distanciamento foram informadas por 67,2% dos municípios ouvidos.