Tag: vacinação

  • Saúde antecipa vacinação contra gripe; campanha começa em 25 de março

    Saúde antecipa vacinação contra gripe; campanha começa em 25 de março

    A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe vai começar no dia 25 de março. Em nota, o Ministério da Saúde informou que a imunização, tradicionalmente realizada entre os meses de abril e maio, foi antecipada este ano em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país.

    A pasta informou ainda ter negociado a entrega antecipada das doses, que estão previstas para serem distribuídas aos estados das regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul a partir do dia 20 de março. Municípios do Norte já realizaram a imunização entre novembro e dezembro do ano passado, atendendo às particularidades climáticas da região.

    De acordo com o ministério, a vacina previne contra os vírus que geralmente começam a circular no país nos meses de maio, junho e julho. Nessa quarta-feira (29), a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, disse que a pasta vem observando uma antecipação da circulação de vírus respiratórios no Brasil.

    A dose utilizada é a trivalente e, portanto, conta com três tipos de cepas combinadas, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. A estimativa do ministério é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas. A pasta informa que a vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.

    Público-alvo

    – Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;

    – Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;

    – Trabalhadores da saúde;

    – Gestantes;

    – Puérperas;

    – Professores dos ensinos básico e superior;

    – Povos indígenas;

    – Idosos com 60 anos ou mais;

    – Pessoas em situação de rua;

    – Profissionais das forças de segurança e de salvamento;

    – Profissionais das Forças Armadas;

    – Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);

    – Pessoas com deficiência permanente;

    – Caminhoneiros;

    – Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);

    – Trabalhadores portuários;

    – Funcionários do sistema de privação de liberdade;

    – População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

    Crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez devem tomar duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas.

    Edição: Graça Adjuto

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  • Governo vai enviar vacinas contra dengue para mais 29 municípios

    Governo vai enviar vacinas contra dengue para mais 29 municípios

    O Ministério da Saúde informou que vai enviar doses de vacinas contra dengue para mais 29 municípios nos próximos dias. O novo lote vai completar a lista de 521 municípios selecionados para receber as doses até a primeira quinzena de março. Até o momento, 492 cidades já receberam os imunizantes.

    A vacinação contra a dengue começou neste mês e é destinada à aplicação em crianças de 10 e 11 anos. Até o fim deste ano, a vacinação com a Qdenga, nome comercial do imunizante, será ampliada para adolescentes de 12,13 e 14 anos que moram nos 521 municípios.

    Os municípios foram escolhidos para receber os primeiros lotes das vacinas por estarem localizados em áreas de com alta incidência da dengue tipo 2 (Sorotipo 2), que provoca infecção mais grave da doença.

    A restrição de regiões que vão receber a vacinação foi feita diante das dificuldades apresentadas para produção e oferta da vacina, elaborada pelo laboratório Takeda. A partir da entrega de mais carregamentos, a vacinação será ampliada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

    Segundo o Ministério da Saúde, foram compradas 5,2 milhões de vacinas neste ano. Em 2025, serão mais 9 milhões.

    A vacina Qdenga teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Em dezembro do ano passado, a pasta anunciou a incorporação do insumo no SUS.

    Pelo menos seis estados já declararam situação de emergência devido aos casos registrados de dengue na população. Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Acre, Goiás e o Distrito Federal estão na lista.

    Edição: Denise Griesinger

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  • Rio inicia vacinação de crianças de 10 anos contra a dengue

    Rio inicia vacinação de crianças de 10 anos contra a dengue

    O município do Rio de Janeiro iniciou, nesta sexta-feira (23), a vacinação de crianças de 10 anos de idade contra a dengue. A Secretaria Estadual de Saúde encaminhou à capital fluminense nesta semana um lote com 141,7 mil doses do imunizante.

    A costureira Elizabeth Felinto, de 42 anos, chegou cedo ao Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, na zona sul da cidade, para vacinar a filha. “Trouxe ela logo para vacinar. É muito importante para que não precise lidar com a doença”, disse.

    Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a ideia é imunizar, até o fim de março, 354 mil crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, de forma escalonada. As crianças com 11 anos começarão a ser vacinadas na próxima quarta-feira (28).

    O calendário para as demais faixas etárias (12 a 14 anos) será anunciado nos próximos dias, uma vez que será necessário aguardar a chegada de novo lote do imunizante. “Infelizmente a fabricante [da vacina] tem capacidade limitada de produção. Então, a gente espera [a produção e chegada de novos lotes] para continuar”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

    As outras 90,2 mil doses recebidas na última quinta-feira (22) pela Secretaria Estadual de Saúde foram distribuídas para dez municípios: Nilópolis (3,1 mil), Duque de Caxias (21,1 mil), Nova Iguaçu (20,3 mil), São João de Meriti (10,8 mil), Itaguaí (3,4 mil), Magé (6,2 mil), Belford Roxo (12,7 mil), Mesquita (4,2 mil), Seropédica (2,2 mil), Japeri (2,5 mil) e Queimados (3,7 mil).

    O governo fluminense reconheceu nessa quinta-feira situação de epidemia de dengue no estado, que soma quase 50 mil casos prováveis da doença, ou seja, 308 por 100 mil habitantes.

    Edição: Graça Adjuto

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  • DF registra 38 mortes por dengue e lidera ranking no país

    DF registra 38 mortes por dengue e lidera ranking no país

    O Distrito Federal contabiliza, desde o início do ano, 38 mortes por dengue. O número coloca a unidade federativa em primeiro lugar no ranking, na frente até mesmo de Minas Gerais, que tem o maior número de casos da doença em todo o país. O DF investiga ainda 78 mortes classificadas como suspeitas e que também podem ter sido provocadas pela dengue.

    Dados da Secretaria de Saúde do DF mostram um total de 81.408 casos prováveis da doença até o último dia 17 – um aumento de 1.351% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 5.484 casos prováveis de dengue. A maioria das infecções foi identificada em mulheres e na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelo grupo de 70 a 79 anos.

    Emergência

    Em janeiro, o DF decretou situação de emergência em saúde pública em meio a uma explosão de casos de dengue. O decreto, publicado no Diário Oficial da União, citava não apenas a expansão de casos da dengue, mas “risco de epidemia por doenças transmitidas pelo [mosquito] Aedes aegypti”, o que inclui enfermidades como zika e Chikungunya, além da febre amarela.

    Vacinação

    O DF foi a primeira unidade da Federação a iniciar a vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). Desde o último dia 9, crianças de 10 e 11 anos podem ser imunizadas contra a doença. O esquema vacinal consiste em duas doses com intervalo de três meses. Ao todo, 15 unidades básicas de saúde (UBS) estão aplicando a vacina.

    Para receber a dose, não é necessário agendamento – basta comparecer a um dos pontos que fazem a aplicação do imunizante acompanhado dos pais ou responsáveis e apresentar um documento de identificação e a caderneta de vacinação.

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Morte por dengue deve ser considerada evitável, diz secretário

    Morte por dengue deve ser considerada evitável, diz secretário

    Ao dar início à campanha de vacinação contra a dengue em Goiás, nesta quinta-feira (15), o secretário de Saúde do estado, Rasível dos Santos, disse que toda morte pela doença deve ser considerada morte evitável.

    “Ela é prevenível. Se a gente cuidar bem do nosso quintal, do nosso jardim, das caixas d’água, ninguém precisa ficar doente por dengue, ninguém precisa se complicar por dengue e ninguém precisa morrer por dengue”.

    “É um momento de trabalhar com a prevenção. A vacina faz uma prevenção muito importante, mas não é a única questão para a prevenção. Precisamos continuar cuidando dos locais que juntam água, dos criadouros do mosquito. São essas medidas que vão fazer toda a diferença”, avaliou o secretário.

    O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reforçou que as 151 mil doses recebidas do governo federal foram distribuídas, inicialmente, para 52 municípios goianos selecionados pelo Ministério da Saúde.

    “Estamos iniciando hoje a vacinação em 52 municípios. Vamos chegar a 120 municípios. Já recebemos as vacinas. As 151 mil doses já foram distribuídas dentro da determinação do Ministério da Saúde, de acordo com o número de casos mais graves nesses 52 municípios iniciais. Iniciaremos com as crianças de 10 anos e 11 anos, seguindo uma sequência até os 14 anos. Recebendo mais, ampliaremos as doses”, disse Caiado.

    Imunização no Brasil

    O Distrito Federal foi a primeira unidade da federação a dar início à imunização contra dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na última sexta-feira (9).

    No total, 521 municípios foram selecionados para receber as doses contra a dengue pelo SUS. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo o Ministério da Saúde, são consideradas endêmicas para a doença.

    Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos. Foto: Arte/EBC

    Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos. Foto: Arte/EBC

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  • Minas Gerais confirma segunda morte por dengue

    Minas Gerais confirma segunda morte por dengue

    A Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou a segunda morte por dengue em 2024. De acordo com o painel de monitoramento da doença, o estado contabiliza 49.912 casos prováveis e 17.887 casos confirmados, além de 24 óbitos em investigação.

    Os dados mostram ainda 229 casos de dengue grave ou com sinais de alarme. A taxa de letalidade pela doença no estado, atualmente, está em 0,44%. Os dois óbitos confirmados até o momento foram em pessoas com idade entre 70 e 79 anos.

    Vacina

    O Ministério da Saúde informou que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. As cidades compõem 37 regiões de saúde que são consideradas endêmicas para a doença. Ao todo, 22 municípios mineiros integram a lista.

    As regiões selecionadas atendem a três critérios: são formadas por municípios de grande porte com mais de 100 mil habitantes; registram alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e têm maior predominância do sorotipo DENV-2. Conforme a lista, 16 estados e o Distrito Federal têm cidades que preenchem os requisitos.

    O ministério confirmou que serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, uma das faixas etárias que concentram maior número de hospitalizações por dengue. Os números mostram que, de janeiro de 2019 a novembro de 2023, o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada.

  • Estratégia de vacinação contra a dengue será definida com estados e municípios

    Estratégia de vacinação contra a dengue será definida com estados e municípios

    Em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina contra a dengue, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) se reuniu, nesta segunda-feira (15) com a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), colegiado de caráter consultivo, para debater estratégias de utilização do quantitativo disponível. Essa é uma etapa fundamental no processo de incorporação da vacina e definição de estratégia de imunização, além de reforçar o compromisso da atual gestão do Ministério da Saúde com a ciência.

    O próximo passo é definir a operacionalização, como público alvo e das regiões para aplicação das doses. Essa estratégia será pactuada na próxima Comissão Intergestores Tripartite (CIT), foro permanente de negociação, articulação e decisão entre gestores estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição das doses deverá ser escalonada ao longo do ano, conforme o cronograma de entregas da empresa. Após a definição em conjunto com estados e municípios, o Ministério da Saúde irá divulgar a estratégia de vacinação e o público prioritário. A previsão é que a reunião aconteça ainda em janeiro.

    Segundo os especialistas da CTAI, o Ministério da Saúde deve seguir a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e priorizar a vacinação na faixa etária entre 6 e 16 anos, conforme preconizou o Grupo Consultivo Estratégico de Peritos (SAGE) sobre Imunização da OMS. Com este cenário, a Pasta, em conjunto com estados e municípios, deve definir qual idade será priorizada, diante do quantitativo de doses reduzido.

    O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. O Ministério da Saúde incorporou a vacina, conhecida como Qdenga, em dezembro de 2023. A inclusão foi analisada de forma célere pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec) e passou por todas as avaliações da comissão, que recomendou a incorporação. Segundo o laboratório, a previsão é que sejam entregues 5,2 milhões de doses entre fevereiro e novembro de 2023. Outras 1,2 milhão doadas pela empresa estão em processo de tratativas para viabilizar o processo de doação. O esquema vacinal é composto por duas doses e a expectativa é que cerca de 3,2 milhões de pessoas sejam vacinadas.

    CTAI

    A CTAI tem o objetivo de avaliar os aspectos técnicos e científicos para assessorar o Programa Nacional de Imunizações (PNI) para tomada de decisão. Após as recomendações da CTAI, o PNI é o responsável pela definição das estratégias, como público alvo que será vacinado e cronograma de vacinação. Para isso, considera-se vários aspectos, como situação epidemiológica do Brasil e disponibilização de doses. Em 2023, a atual gestão do Ministério da Saúde retomou a importância e relevância da CTAI como representante da ciência para as definições da Pasta.

    A CTAI é formada, conforme previsto em portaria, por representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), do PNI, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, de órgãos e entidades governamentais e não governamentais que estejam envolvidas cientificamente com a temática.

    É importante reforçar também que todas as estratégias de vacinação são pactuadas com representantes do Conass e Conasems, reforçando a gestão tripartite do SUS.

    Combate à dengue envolve ações prioritárias em 2024

    O Ministério da Saúde está alerta e monitora constantemente o cenário da dengue no Brasil. Para apoiar estados e municípios nas ações de controle da dengue, a pasta repassou R$ 256 milhões para todo o país, em uma ação de reforço do enfrentamento da doença. Do valor total do investimento, R$ 111,5 milhões já foram transferidos ainda em 2023, em parcela única, para fortalecer as ações de vigilância e contenção do Aedes aegypti – sendo R$ 39,5 milhões para estados e Distrito Federal e outros R$ 72 milhões para municípios. Além disso, haverá repasse de R$ 144,4 milhões para fomentar ações de vigilância em saúde em todo o país.

    A Pasta também instalou uma Sala Nacional de Arboviroses, espaço permanente para o monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência de dengue, chikungunya e Zika para preparar o Brasil em uma eventual alta de casos nos próximos meses. Com a medida, será possível direcionar melhor as ações de vigilância.

    O método Wolbachia, como estratégia adicional de controle das arboviroses, também está sendo expandido pelo governo federal para os municípios de Natal (RN), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Joinville (SC), além das cidades já incluídas na pesquisa: Campo Grande (MS), Petrolina (PE), Belo Horizonte (MG), Niterói (RJ) e Rio de Janeiro (RJ).

    A expectativa do Ministério da Saúde é ampliar ainda mais em 2024. A iniciativa consiste na liberação de mosquitos da espécie Aedes aegypti infectados por uma bactéria intracelular do gênero Wolbachia, que apenas infecta insetos, e atua bloqueando a capacidade de transmissão dos vírus da dengue, Zika e chikungunya pelo mosquito.

    O momento é de intensificar os esforços e as medidas de prevenção, por parte de todos, para reduzir a transmissão da doença. A principal medida é a eliminação dos criadouros do mosquito – 75% deles localizados dentro e no entorno dos domicílios. Daí a importância de receber os agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde, que vão ajudar a encontrar e eliminar possíveis criadouros.

  • Brasil deve recuperar em breve certificado de eliminação do sarampo

    Brasil deve recuperar em breve certificado de eliminação do sarampo

    O diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, disse neste sábado (9) que o Brasil deve recuperar, nos próximos meses, seu certificado de eliminação do sarampo. A afirmação foi feita durante seminário sobre vacinação na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro.

    “O Brasil já se encontra há um ano sem nenhum caso novo diagnosticado, o que nos permite também ter uma esperança muito grande de que, nos próximos meses. a comissão de verificação possa certificar novamente o país”, disse Barbosa.

    O Brasil recebeu certificado de eliminação do sarampo em 2016 da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas acabou perdendo em 2019, devido a um surto da doença.

    As Américas foram o primeiro continente a receber um certificado regional de eliminação da doença, mas surtos tanto no Brasil quanto na Venezuela, que também perdeu o documento em 2019, fizeram com que a certificação regional fosse suspensa em 2018, segundo Barbosa.

    Uma comissão da Opas verificou recentemente que a Venezuela interrompeu a transmissão da doença, faltando apenas o Brasil para que o continente possa novamente ser considerada região livre do sarampo.

    Cobertura vacinal

    O sarampo pode ser evitado com a imunização da população. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, que também participou do seminário, afirmou que, desde 2016, o Brasil enfrenta o fenômeno da hesitação vacinal, com campanhas de desinformação que fazem com que a população deixe de buscar a imunização e a cobertura vacinal caia.

    Segundo ela, no entanto, dados preliminares do Ministério da Saúde, que devem ser divulgados nos próximos dias, mostram que a cobertura vacinal no país voltou a aumentar este ano.

    “Temos clareza de que muito trabalho há que ser feito”, disse Nísia. “Nós instituímos uma plataforma, Saúde com Ciência, como estratégia de governo, interministerial, para esclarecer à população e também identificar práticas criminosas de desinformação, de disseminação de notícias falsas”.

    Segundo Jarbas Barbosa, os governos dos diversos países precisam monitorar, todos os dias, e desmistificar boatos que surgem contra as vacinas nas redes sociais.

    “As desinformações estão praticamente todos os dias nas redes sociais, então uma campanha de esclarecimento anual não tem muito papel. O que temos procurado é estimular os países a ter um monitoramento diário de redes sociais, de não deixar nenhum boato, rumor ou desinformação sem resposta apropriada, porque isso é como uma bola de neve, que vai crescendo. E, sem dúvida nenhuma, que vai fazer com que as pessoas percam a confiança na vacina”, disse ele.

    Para Barbosa, além de combater as notícias falsas, é preciso adotar outras medidas para ampliar o alcance da vacinação, como sensibilizar os profissionais de saúde, monitorar as coberturas vacinais e ampliar a oferta em alguns lugares.

    O diretor cita, por exemplo, a dificuldade de vacinar crianças em áreas violentas das grandes cidades. Ele destaca que é preciso ampliar o horário de atendimento em postos de vacinação, de modo que fique mais fácil para os trabalhadores levar os filhos para serem imunizados. Assim é possível evitar áreas de pouca imunização.

    “Precisamos identificar [a cobertura vacinal] bairro por bairro e não trabalhar com a média de cobertura de uma cidade. A média de cobertura de uma cidade como o Rio de Janeiro não nos conta nada. A média pode ser adequada, mas temos em várias áreas uma cobertura muito baixa. Então, precisamos ter novos sistemas analisar os dados, identificar as barreiras [para a vacinação] e adotar estratégias para superar essas barreiras”.

    Edição: Graça Adjuto
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  • Eliminar câncer do colo do útero é prioridade da OPAS

    Eliminar câncer do colo do útero é prioridade da OPAS

    O diretor-geral da Organização Pan-americana da Saúde, da Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), Jarbas Barbosa, disse a eliminação do câncer do colo de útero [também chamado de cérvico-uterino e câncer cervical] nas Américas é uma das prioridades do seu trabalho na entidade. A tarefa, no entanto, enfrenta dificuldades. Segundo ele, com a taxa de incidência da doença quase três vezes superior à meta de eliminação de quatro em cada 100 mil mulheres, a América Latina e o Caribe estão ainda longe de alcançar a eliminação.

    Câncer do colo do útero

    “A eliminação do câncer de útero é uma das minhas prioridades como diretor da OPAS. Para este fim, fizemos o relançamento da iniciativa da eliminação de doenças em um esforço robusto para eliminar mais de 30 doenças, incluindo o câncer cérvico-uterino nas Américas para o ano de 2030. Esta iniciativa representa importante oportunidade estratégica e políticas para governos, sociedade civil, universidades, setor privado e comunidades trabalharem em conjunto e terem um impacto permanente em saúde”, apontou durante participação, por meio de vídeo, nesta quinta-feira (7), no encontro Vacina e prevenção do câncer: vários olhares, muitos desafios, para discutir a prevenção e os desafios da vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV), o rastreamento organizado, diagnóstico e tratamento do câncer do colo do útero.

    Jarbas Barbosa informou que o câncer de útero é o terceiro mais comum entre as mulheres na região, onde cerca de 60 mil são diagnosticadas todos os anos. “Essa taxa extremamente elevada de câncer do colo de útero representa uma falha dos nossos sistemas de saúde. Temos evidências e ferramentas para prevenir o câncer do colo de útero e salvar as vidas das mulheres”, disse.

    O que é câncer do colo do útero? Sintomas deste tumor

    De acordo com o diretor, a pandemia da covid-19 atrasou muito a vacinação e o tratamento contra o HPV. “A pandemia de covid-19 levou a interrupções nos sistemas de saúde incluindo a imunização acelerando assim o declínio da cobertura vacinal de muitas doenças evitáveis pela vacinação, por exemplo, no ano passado nenhum país das Américas atingiu a meta de 90% de cobertura vacinal contra o HPV, portanto o desafio permanece”, apontou.

    “Como podemos implantar estratégias não apenas para voltar aonde estávamos antes da pandemia, mas ir adiante, fazer melhor e conseguir cobertura vacinal adequada”, questionou.

    Barbosa contou que há mais de 15 anos, as vacinas contra o HPV estão disponíveis. Além da imunização, estão à disposição das populações os testes moleculares de HPV e o tratamento ablativo, no entanto, na avaliação dele, o maior desafio tem sido garantir que essas ferramentas sejam acessíveis e disponíveis de forma equitativa para todas as mulheres e meninas, especialmente, entre as populações mais vulneráveis.

    Conforme o diretor, atualmente a OPAS trabalha em estreita colaboração com os países para elaborar estratégias de melhoria de sua cobertura inclusive por meio da coordenação de campanhas de imunização, das estratégias de planejamento, das alianças da vacinação com o setor da educação para oferecer vacinas nas escolas e auxiliando na transição para esquemas de dose única, como agora recomendado pela OPAS e OMS.

    Apesar do cenário de dificuldades, Barbosa destacou avanços que já surgiram no combate à doença. “Já estamos observando melhorias nos programas contra o câncer de útero em relação às vacinas contra o HP. Estas já estão introduzidas em programas nacionais de 47 países e territórios nas Américas cobrindo 92% da nossa região. 27 países realizaram vacinação também em meninos contra o HPV no ano passado, mais da metade de todos os países que já introduziram a vacina contra o HPV”, observou.

    Estudo aponta que 6 em cada 10 mulheres não conseguem iniciar o tratamento de Câncer de colo de útero no prazo legal de 60 dias

    Dose única

    Uma das medidas que podem agilizar o processo de cobertura vacinal contra o HPV é a aplicação de dose única, que teve declaração de apoio da OMS e é vista como uma oportunidade para alcançar uma cobertura mais elevada. “Até agora 11 países das Américas já adotaram o esquema de dose única. Dessa forma parabenizo o Ministério da Saúde [do Brasil] pelos esforços para iniciar o caminho da recuperação após impacto negativo produzido pela pandemia”, acrescentou.

    Antes da pandemia, o Brasil tinha cerca de 67% de cobertura vacinal completa e no ano passado foi reportada uma cobertura de 58% de vacinas contra o HPV. “Estamos confiantes de que o Brasil se recuperará e superará as suas taxas de cobertura pré pandemia com o compromisso forte do governo federal, do Ministério da Saúde, dos governos estaduais, dos governos municipais, vai alcançar sem dúvida alguma a taxa de vacinação de 90% até 2030 que é a nossa meta”, relatou.

    Mesmo com a importância da vacinação, o diretor alertou que somente ela não eliminará o câncer do colo de útero, o rastreamento e o tratamento também são essenciais. “Os programas de rastreamento baseados em citologia estão em vigor na maioria dos países há mais de 40 anos, mas deficiências nas estruturas laboratoriais, na formação de pessoal e equipamentos, bem como, desafios logísticos. As limitações desses testes têm dificultado gravemente a sua capacidade de reduzir a mortalidade por câncer do colo de útero”, afirmou.

    “Pode ser um grande desafio, mas chegou a hora de mudarmos os programas tradicionais de rastreamento baseados em citologia para abordagens mais simples com testes mais eficazes de HPV e tratamento ablativo”.

    De acordo com o diretor, a OPAS oferece testes de HPV e dispositivos de tratamentos ablativos por meio do seu Fundo Estratégico que apoia os países fornecendo compras em grande quantidade de produtores qualificados e a um preço acessível independentemente da compra de cada país.

    “Participar dessas compras do Fundo Estratégico é uma demonstração concreta de solidariedade, porque facilita para países de pequena população poder desfrutar do mesmo preço que um país de grande população poderia obter negociando com os produtores destes testes. Continuaremos a promover a utilização desse mecanismo subutilizado para aumentar o acesso e a disponibilidade de tecnologias de rastreamento organizado e de tratamento de lesões precursoras”, assegurou.

    Países-membros

    Conforme explicou, para recolocar a região no caminho certo, a OPAS trabalha em estreita colaboração com países-membros para introduzir o teste de HPV em serviços de atenção primária em saúde.

    “Três países têm programas nacionais de rastreamento baseados nos testes moleculares de HPV e vários outros estão testando essas novas tecnologias com o objetivo de expandir a sua utilização em nível nacional, mais uma vez parabenizo o Ministério da Saúde do Brasil pelo reconhecimento ao trabalho que vem sendo desenvolvido no estado de Pernambuco no projeto de introdução do teste de HPV para rastreamento organizado como política pública no país”.

    Barbosa elogiou ainda o Ministério da Saúde do Brasil pelo recente lançamento da campanha de eliminação do câncer do colo de útero pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), o que demonstrou preocupação da pasta em atingir as populações mais vulneráveis e acometidas por esta doença.

    O desenvolvimento de um teste de HPV para o Brasil também é bem-visto por ele, porque mostra o compromisso das partes interessadas em abordar, de forma sustentável, uma estratégia de apoiar os esforços de eliminação da doença no Brasil. “Espero que muito em breve possamos ter este teste molecular de HPV produzido no Brasil sendo oferecido pelo Fundo Estratégico da OPAS para todos os países da região, o que será uma grande contribuição do país para a eliminação do câncer do colo de útero”, completou.

    “Devido ao alto comprometimento das partes interessadas e à forte vontade política no Brasil, tenho certeza de que o país será capaz de atingir as metas de 90% de cobertura com, pelo menos, uma dose de vacina contra o HPV, 70% de cobertura para testes de HPV em mulheres e 90% de cobertura para tratamento. Esse é o momento de trabalharmos ainda com mais afinco a Opas e o Ministério da Saúde do Brasil, todos os componentes do Sistema Único de Saúde do país, para que possamos avançar com esse grande objetivo de eliminar o câncer cérvico-uterino no país e na região das Américas”, concluiu.

    A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVSA/MS), Ethel Leonor Noia Maciel, que representou a ministra Nísia Trindade no encontro, reforçou que a vacinação contra o HPV e outras doenças é uma prioridade da pasta. A secretária destacou a nova metodologia lançada pelo Ministério junto com a OPAS, chamada de microplanejamento, na qual as equipes desenvolveram ações em todos os estados e no Distrito Federal, formando multiplicadores para poder entender quais são as barreiras em cada local para a execução da vacinação no território brasileiro. “Nós repassamos R$ 151 milhões para estados e municípios para que eles pudessem focalizar e trabalhar nessas barreiras específicas. Em alguns lugares essas barreiras eram muito simples, uma caixa térmica, um gerador, um barco, a contratação de pessoal. Cada local teve a oportunidade e o financiamento para que pudesse ultrapassar as barreiras e fazer com que a vacina pudesse chegar onde precisa: no braço da população brasileira”, revelou.

    A secretária lembrou que a vacina contra HPV foi muito combatida e sofreu onda de informações mentirosas, como se aplicação fosse uma iniciação precoce da vida sexual. Ethel destacou ainda o grau de violência contra mulheres e crianças que são estupradas no país, muitas delas por integrantes do seu núcleo familiar. “Nós fizemos mudanças importantes no Programa Nacional de Imunizações colocando essa vacina para vítimas de violência sexual”, contou.

    “Cada vez mais estamos prontos e abertos para colaborar e para que possamos transformar a saúde da nossa população porque é isso que todos nós queremos”.

    Edição: Valéria Aguiar
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  • Número de casos de covid-19 volta a subir em Lucas do Rio Verde

    Número de casos de covid-19 volta a subir em Lucas do Rio Verde

    O número de casos de covid-19 voltou a subir em Lucas do Rio Verde. Depois de um período em que os registros estavam abaixo de dois dígitos, houve um aumento considerável. Na semana de 13 a 19 de novembro, a Secretaria de Saúde do município confirmou 49 novos casos.

    Foi a terceira semana seguida com número superior a dois dígitos. Na semana de 30 de outubro a 5 de novembro foram registrados 28 casos. Na semana seguinte, de 6 a 12 de novembro, foram confirmados 16 novos casos da doença.

    De acordo com o último boletim do coronavírus, o total de casos confirmados chegou a 29.455. Já o número de casos recuperados é de 29.195. A saúde do município registrou 225 óbitos em decorrência da covid-19.

    Não há pacientes internados por complicações da doença.

    Por outro lado, o município segue vacinando a população contra a doença. Foram aplicadas, desde a liberação de vacinas, 155.952 mil doses de imunizantes. Mais de 65,7 mil pessoas receberam a primeira dose de vacina, enquanto pouco mais de 63,6 mil pessoas receberam a segunda dose. Em relação à dose de reforço, apenas 19,7 mil pessoas foram imunizadas e apenas 6,1 mil receberam a segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19.