Tag: vacinação

  • Sete em cada 10 municípios têm risco alto ou muito alto para pólio

    Sete em cada 10 municípios têm risco alto ou muito alto para pólio

    Dos 5.570 municípios brasileiros, pelo menos 68% estão classificados atualmente como em risco alto ou muito alto para poliomielite, conhecida popularmente como paralisia infantil. O índice representa um total de 3.781 cidades, sendo a maioria (2.104) categorizada com alto risco para a doença. Há ainda 1.342 municípios brasileiros classificados como em médio risco e apenas 447 catalogados como em baixo risco para a pólio.

    Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (18) durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife, e constam no Plano de Mitigação de Risco de Reintrodução do Poliovírus Selvagem e Surgimento do Poliovírus Derivado da Vacina. Ao comentar os números, a consultora em imunizações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) Franciele Fontana avaliou o cenário como preocupante.

    “Vemos grande parte do país em vermelho e em vermelho forte”, disse, ao se referir às cores que sinalizam riscos elevados para a doença, erradicada do território brasileiro em 1994, após uma série de campanhas de vacinação em massa. O último caso de pólio no país foi confirmado em março de 1989. “A gente vem de uma série histórica de alto e muito alto risco de introdução no país e isso nos preocupa”, completou.

    A série histórica a que Franciele se refere são os resultados de uma avaliação de risco feita pela Comissão Regional de Certificação para a Erradicação da Pólio na Região das Américas. Em 2020 e em 2021, por exemplo, o Brasil havia sido classificado como em risco alto para a doença. Já em 2022, a categorização subiu para risco muito alto, ao lado do Haiti e da República Dominicana. No ano passado, o país voltou a registrar risco alto para pólio.

    As coberturas vacinais contra a doença no Brasil sofreram quedas ao longo dos últimos anos. Em 2022, a cobertura ficou em 77,19%, longe da meta de 95%. Em 2023, o índice subiu para 84,63%.

    Recomendações

    Franciele lembrou que, em junho deste ano, a comissão emitiu uma série de recomendações ao Brasil, incluindo investigar as causas das baixas coberturas vacinais contra a pólio. Dentre as hipóteses elencadas pela entidade estão o acesso limitado a doses em áreas mais remotas, a quantidade insuficiente de doses em determinadas localidades e a hesitação ou desconfiança da população acerca do imunizante.

    A comissão também pediu ao Brasil que priorize a vacinação em municípios classificados como em alto risco para pólio, iniciando as ações onde a taxa de imunização é inferior a 50%. Outra estratégia sugerida consiste num sistema de recompensa destinado a estados e municípios que cumpram metas definidas. A entidade solicitou ainda que uma comissão nacional se reúna uma vez ao ano para tratar do tema.

    Por fim, a comissão sugeriu ao Brasil realizar um exercício de simulação para pólio que envolva todos os setores relevantes, encenando uma resposta a um surto da doença no país. “Precisamos que todas as nossas salas de vacina estejam abastecidas com insumos pra que a gente não perca oportunidades”, avaliou Franciele, ao citar ainda que serviços de rotina em saúde precisam estar prontos para captar eventuais casos da doença.

    *A repórter viajou a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)

    Edição: Sabrina Craide

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  • Pólio pode atingir crianças palestinas e israelenses, alerta a ONU

    Pólio pode atingir crianças palestinas e israelenses, alerta a ONU

    Após a confirmação do primeiro caso de poliomielite na Faixa de Gaza, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa, na sigla em inglês), Philipe Lazzarini, alertou, nesta sexta-feira (23), que a doença não fará distinção entre crianças palestinas e israelenses.

    Para ele, atrasar uma pausa humanitária na região aumentará o risco de disseminação do vírus entre crianças dos dois lados do conflito. “Não basta levar as vacinas para Gaza e proteger os sistemas de refrigeração”, disse, ao citar que as doses precisam chegar à boca de todos os menores de 10 anos.

    A agência informou, também, que vai colocar seus centros de cuidados primários de saúde e suas clínicas móveis à disposição da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a partir do fim deste mês para que as campanhas de vacinação sejam realizadas.

    Entenda

    A OMS confirmou o primeiro caso de poliomielite na Faixa de Gaza em 25 anos. Trata-se de um bebê de 10 meses que vive na cidade palestina de Deir al-Balah, na região central da Faixa de Gaza, e que não havia recebido nenhuma das doses previstas no esquema vacinal contra a doença, conhecida popularmente como paralisia infantil.

    Em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse estar “seriamente preocupado” com a confirmação do caso. “A OMS e seus parceiros trabalharam arduamente para colher e transferir amostras da criança para testagem em um laboratório certificado na região”.

    Ele acrescentou que “o sequenciamento genômico confirmou que o vírus está ligado à variante do poliovírus tipo 2, detectada em amostras ambientais recolhidas em junho em águas residuais de Gaza. A criança, que desenvolveu paralisia na perna esquerda, está em situação estável”, completou o diretor-geral.

    Tedros destacou ainda que, dado o elevado risco de propagação do poliovírus na Faixa de Gaza e em regiões próximas, o Ministério da Saúde Palestino, a própria OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) organizam duas rodadas de vacinação contra a pólio ao longo das próximas semanas, visando interromper a transmissão.

    A expectativa é que, em cada uma das rodadas de vacinação, mais de 640 mil crianças com menos de 10 anos possam receber a vacina oral contra a pólio, conhecida popularmente como gotinha.

    O poliovírus foi detectado em junho em amostras ambientais colhidas na Faixa de Gaza. Desde então, segundo a OMS, pelo menos três crianças apresentaram quadros suspeitos de paralisia flácida aguda, sintoma comum da pólio. Amostras de sangue foram colhidas e enviadas para análise laboratorial.

    “Mais de 1,6 milhão de doses da vacina oral, utilizada para interromper a propagação do vírus, serão entregues na Faixa de Gaza. As entregas das vacinas e dos equipamentos de refrigeração devem passar pelo aeroporto Ben Gurion [em Israel] antes de serem direcionadas à Gaza, no fim de agosto”, informou a OMS.

    “É essencial que o transporte das doses e dos equipamentos de refrigeração seja facilitado em todas as etapas dessa jornada, visando garantir o recebimento em tempo oportuno, a aprovação e a liberação dos insumos em tempo para que a campanha aconteça”, ressaltou a OMS. Ao todo, 708 equipes com cerca de 2,7 mil profissionais de saúde foram acionadas.

    Cobertura vacinal

    A OMS alertou que é preciso alcançar uma cobertura vacinal de pelo menos 95% durante cada rodada da campanha para interromper a propagação da pólio e reduzir o risco do ressurgimento da doença, levando em consideração “sistemas de saúde, água e saneamento gravemente prejudicados na região”.

    Dados mostram que a Faixa de Gaza esteve livre da pólio pelos últimos 25 anos. “O ressurgimento da doença, sobre a qual a comunidade humanitária já havia alertado ao longo dos últimos 10 meses, representa outra ameaça para as crianças em Gaza e em países vizinhos. Um cessar-fogo é a única forma de garantir a segurança da saúde pública na região”, observou a OMS.

    Risco

    Ainda segundo ela, a Faixa de Gaza mantinha boa cobertura vacinal antes da escalada dos conflitos, em outubro do ano passado. De lá para cá, a vacinação de rotina foi fortemente impactada – incluindo a segunda dose da vacina contra a pólio, que caiu de 99% em 2022 para menos de 90% em 2023 e no primeiro trimestre de 2024.

    “O risco de disseminação do vírus, dentro da Faixa de Gaza e internacionalmente, permanece alto em razão de lacunas na imunidade das crianças, provocadas por interrupções na vacinação de rotina, dizimação do sistema de saúde, deslocamento constante da população, desnutrição e sistemas de água e saneamento gravemente danificados”, alertou a entidade.

    “A situação também aumentou o risco de propagação de outras doenças preveníveis ​​por vacinação, como o sarampo, além de casos de diarreia, infecções respiratórias agudas, hepatite A e doenças de pele entre crianças”, informou a OMS.

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  • Dia D da campanha antirrábica garantiu a imunização de mais de 10 mil animais no município

    Dia D da campanha antirrábica garantiu a imunização de mais de 10 mil animais no município

    Um total de 10.296 animais entre cães e gatos receberam a vacina contra a raiva em Lucas do Rio Verde, no último sábado (17). O Dia D de vacinação aconteceu em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, das 7h às 17h e contou com sistema Drive Thru na Unilasalle.

    De acordo com os números levantados pela Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, receberam a vacina antirrábica 8.728 cães e um total de 1.568 gatos ao longo do dia. A campanha tem como meta, neste ano, vacinar um total de 15 mil animais.

    Para alcançar estes números, ainda haverá campanha na área rural, em data a ser divulgada ainda no mês de agosto. A equipe da Secretaria de Saúde deslocará profissionais e todo aparato para a vacinação nas comunidades do interior.

    Para aquele tutor que reside na área urbana e por algum motivo não tenha conseguido levar o seu pet para a vacinação, a orientação é levar o animal até a Vigilância Sanitária para a imunização em horário comercial, das 7h às 11h e das 13h às 17h, levando se tiver a carteirinha vacinal do cão ou gato.

    A Vigilância Sanitária fica na Rua Corbélia, nº 1.819 S, bairro Jardim das Palmeiras.

    A Campanha Antirrábica é anual e garante a prevenção contra a raiva, que pode levar a morte do animal infectado. Além disso, a raiva pode ser transmitida ao ser humano através de mordida, por meio da saliva, arranhadura ou lambedura.

  • OMS pede trégua humanitária em Gaza para vacinação contra pólio

    OMS pede trégua humanitária em Gaza para vacinação contra pólio

    Duas rodadas de campanhas de vacinação contra a poliomielite devem acontecer no fim de agosto e no início de setembro na Faixa de Gaza no intuito de interromper a propagação do vírus na região. Para tanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo nesta sexta-feira (16) por uma trégua humanitária na região.

    Em nota, a entidade, junto ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pede que todas as partes envolvidas no conflito em Gaza implementem pausas humanitárias durante um período de pelo menos 7 dias, de forma a permitir a realização das campanhas de vacinação contra a pólio.

    “Essas pausas nos combates permitiriam que crianças e famílias chegassem em segurança às unidades de saúde e que agentes comunitários alcançassem crianças que não têm acesso a essas unidades para serem imunizadas contra a poliomielite. Sem as pausas humanitárias, a realização das campanhas não será possível”, apelou a OMS.

    A expectativa é que, em cada uma das rodadas da campanha, mais de 640 mil crianças com menos de 10 anos de idade possam receber a vacina oral, conhecida popularmente como gotinha.

    Entenda

    O poliovírus foi detectado em julho em amostras ambientais colhidas na Faixa de Gaza. Desde então, segundo a OMS, pelo menos três crianças apresentaram quadros suspeitos de paralisia flácida aguda, sintoma comum da pólio. Amostras de sangue foram colhidas e enviadas para análise laboratorial.

    “Mais de 1,6 milhão de doses da vacina oral, utilizada para interromper a propagação do vírus, serão entregues na Faixa de Gaza. As entregas das vacinas e dos equipamentos de refrigeração devem passar pelo aeroporto Ben Gurion [em Israel] antes de serem direcionadas à Gaza, no fim de agosto”, informou a entidade.

    “É essencial que o transporte das doses e dos equipamentos de refrigeração seja facilitado em todas as etapas dessa jornada, para garantir o recebimento em tempo oportuno, a aprovação e a liberação dos insumos em tempo para que a campanha aconteça”, ressaltou a OMS. Ao todo, 708 equipes com cerca de 2,7 mil profissionais de saúde foram acionadas.

    A organização alertou que é preciso alcançar uma cobertura vacinal de pelo menos 95% durante cada rodada da campanha para interromper a propagação da pólio e reduzir o risco do ressurgimento da doença, levando em consideração “sistemas de saúde, água e saneamento gravemente prejudicados na região”.

    Dados da entidade mostram que a Faixa de Gaza esteve livre da pólio pelos últimos 25 anos. O ressurgimento da doença, sobre o qual a comunidade humanitária já havia alertado ao longo dos últimos 10 meses, representa outra ameaça para as crianças em Gaza e em países vizinhos. Um cessar-fogo é a única forma de garantir a segurança da saúde pública na região”.

    Risco

    Ainda de acordo com a OMS, a Faixa de Gaza mantinha boa cobertura vacinal antes da escalada dos conflitos, em outubro do ano passado. De lá para cá, a vacinação de rotina foi fortemente impactada – incluindo a segunda dose da vacina contra a pólio, que caiu de 99% em 2022 para menos de 90% em 2023 e no primeiro trimestre de 2024.

    “O risco de disseminação do vírus, dentro da Faixa de Gaza e internacionalmente, permanece alto em razão de lacunas na imunidade das crianças, provocadas por interrupções na vacinação de rotina, dizimação do sistema de saúde, deslocamento constante da população, desnutrição e sistemas de água e saneamento gravemente danificados”, alerta a OMS.

    “A situação também aumentou o risco de propagação de outras doenças preveníveis ​​por vacinação, como o sarampo, além de casos de diarreia, infecções respiratórias agudas, hepatite A e doenças de pele entre crianças”, disse a OMS.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Dia D da vacinação antirrábica será 17 de agosto em Lucas do Rio Verde

    Dia D da vacinação antirrábica será 17 de agosto em Lucas do Rio Verde

    O Dia D da campanha antirrábica em Lucas do Rio Verde será no dia 17 de agosto (sábado), das 7h às 17h, em todos as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da área urbana. Esse ano a meta é vacinar 15.100 mil animais, entre cães e gatos. A Vigilância Sanitária pede que os donos dos pets levem a caderneta de vacinação atualizada.

    A vacina contra a raiva deve ser aplicada anualmente em animais domésticos, considerando que esse é um vírus 100% letal, ou seja, que leva animal a óbito.

    Para colocar a vacinação dos pets em dia, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Saúde, convoca a população para levar cães e gatos no dia D da campanha.

    Para ser vacinado, o animal precisa ter, pelo menos, três meses de vida e não apresentar nenhuma doença no dia da aplicação, além de, no caso das fêmeas, não estarem em período de gestação ou amamentação.

    A Nota Técnica nº 01/2024, da Secretaria de Estado de Saúde, reforça que é proibido entregar vacinas aos proprietários dos cães e/ou gatos para serem aplicadas em casa, delegando aos mesmos a responsabilidade da vacinação de seus animais. Os donos devem levar os animais ao local para a aplicação.

    Em 2023, mais de 14 mil cães e gatos foram imunizados contra a raiva durante todo o período de vacinação.

    A população rural será atendida nas respectivas UBSs, após o Dia D da campanha na área urbana. A data será informada posteriormente.

    O que é a raiva?

    A raiva é uma doença infecciosa viral aguda com um alto nível de letalidade, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e é capaz de comprometer gravemente o sistema nervoso central, causando grande inchaço no cérebro.

    A raiva é transmitida para o ser humano por meio da saliva de animais que estejam infectados com o vírus. Se um animal, inclusive cães e gatos, estiver infectado com a raiva e morder, lamber ou arranhar um indivíduo, ele pode acabar por desenvolver a doença.

    A vacinação dos animais é a melhor forma de prevenir a difusão da raiva. Dessa forma, a vacinação antirrábica é essencial não só para cães e gatos, como também é uma forma de prevenção da saúde pública.

  • Indea alerta produtores sobre prazo da vacinação contra a brucelose em MT

    Indea alerta produtores sobre prazo da vacinação contra a brucelose em MT

    Termina no próximo dia 31 a campanha de vacinação contra a brucelose em Mato Grosso. O prazo original, dia 30 de junho, precisou ser prorrogado devido à baixa adesão dos produtores e à escassez temporária de vacinas nos laboratórios.

    Apesar do período estendido, a médica veterinária e fiscal do Indea-MT em Lucas do Rio Verde, Andreia Lodi, observa que ainda há muitos produtores que não realizaram a imunização e nem comunicaram suas vacinas ao órgão responsável.

    Lodi explicou que a prorrogação do prazo foi necessária devido a problemas de distribuição da vacina nos laboratórios, o que gerou um desabastecimento temporário nas revendas. “Houve a prorrogação por conta da falta da vacina. Os laboratórios enfrentaram dificuldades para liberar o produto, mas a situação já foi regularizada. As revendas agora estão abastecidas,” destacou.

    A prorrogação buscou dar tempo suficiente para que todos os produtores adquiram as vacinas e imunizem seus rebanhos de forma adequada. A médica veterinária reforçou que os produtores têm até o dia 30 de julho para vacinar as bezerras de 3 a 8 meses de idade e até o dia 2 de agosto para comunicar a vacinação ao INDEA-MT. “Após esse período, a ficha sanitária do produtor será bloqueada e ele estará sujeito a autuações caso não tenha cumprido com a obrigação de vacinar as fêmeas dentro da faixa etária estabelecida,” alertou.

    Importância da vacinação

    A brucelose é uma doença altamente contagiosa que afeta bovinos e pode ser transmitida aos humanos, caracterizando-se como uma zoonose. Nos animais, a doença pode causar redução da fertilidade e abortos, impactando a produção e saúde dos rebanhos. “É crucial que os produtores imunizem seus rebanhos para proteger tanto os animais quanto os seres humanos, já que a doença pode ser transmitida através do contato com animais infectados,” enfatizou a médica veterinária.

    A vacinação contra a brucelose deve ser realizada por um técnico capacitado e acompanhada por um médico veterinário, pois a vacina utiliza um agente vivo atenuado, que pode representar um risco de contaminação se não manuseada adequadamente. “Não é qualquer produtor que pode aplicar a vacina. O procedimento precisa ser feito por um profissional qualificado para garantir a segurança do manejo,” acrescentou Andreia.

    Controle rigoroso e monitoramento das vacinas

    O Indea-MT mantém um controle rigoroso sobre o recebimento e armazenamento das vacinas nas revendas agropecuárias. Andreia Lodi explicou que as vacinas são acompanhadas pelo órgão desde o momento de sua chegada nas revendas até o monitoramento das condições de armazenamento. “Fazemos visitas mensais às revendas para verificar a validade, temperatura e estoque das vacinas. Esse controle é essencial para assegurar que o produto esteja em condições adequadas para uso,” afirmou.

    O órgão também trabalha em parceria com as casas agropecuárias para garantir que os estoques sejam monitorados de perto e que qualquer problema seja identificado rapidamente. “Através de nosso acompanhamento contínuo, conseguimos garantir que a vacina esteja sempre disponível para os produtores e que as condições de armazenamento sejam mantidas conforme as normas estabelecidas,” destacou a fiscal do Indea.

    Alerta final aos produtores

    Com o prazo estendido, Andreia Lodi faz um apelo aos produtores que ainda não realizaram a vacinação para que se apressem em imunizar seus rebanhos e façam a comunicação ao INDEA-MT. “Ainda dá tempo de vacinar. É fundamental que os produtores procurem uma revenda com técnicos qualificados e realizem o procedimento o quanto antes para evitar qualquer tipo de transtorno ou sanção,” enfatizou.

    A adesão à campanha de vacinação contra a brucelose é essencial não apenas para garantir a saúde dos rebanhos, mas também para proteger a saúde pública. A médica veterinária reforça a importância do comprometimento dos produtores nesse processo e agradece a colaboração de todos para o sucesso da campanha.

  • Baixa adesão à vacinação contra dengue em Mato Grosso

    Baixa adesão à vacinação contra dengue em Mato Grosso

    Desde o início da campanha de vacinação contra a dengue em Mato Grosso, em maio, apenas 9,3% do público-alvo, composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, foram imunizados. Este público representa uma faixa etária com maior risco de desenvolver formas graves da doença em casos de reinfecção.

    Até o momento, foram registrados mais de 3.500 casos de dengue entre o público-alvo da campanha. Este número equivale a quase 10% do total de casos registrados no estado, que ultrapassam os 40 mil. Na faixa etária específica da campanha, foram diagnosticados 1.863 casos em meninos e 1.675 em meninas.

    A virologista Ana Claudia Trettel explica que, embora a faixa etária escolhida para a vacinação represente a minoria dos casos, ela foi selecionada por apresentar o maior risco de doença grave em caso de segunda infecção, além de ser a faixa com o maior número de hospitalizações e maior eficácia do imunizante. Outra razão é a maior facilidade de adesão, uma vez que crianças e adolescentes dessa idade já procuram serviços de saúde para outras vacinas, como as contra HPV e meningite.

    Ana Claudia destaca que a dengue é uma doença grave e a falta de percepção de risco pode ser um desafio para aumentar a cobertura vacinal. Ela sugere que os municípios devem desenvolver estratégias de conscientização e divulgação da campanha para combater fake news e aumentar a adesão à vacinação.

    A cobertura vacinal contra HPV, por exemplo, está abaixo de 50% na maioria dos municípios do estado até junho deste ano. Este dado reflete a dificuldade de adesão a programas de vacinação, que pode impactar também a campanha contra a dengue.

    Mato Grosso apresenta uma média de mais de 200 casos de dengue por dia até a semana passada, com uma incidência de 1.108 casos a cada 100 mil habitantes, mantendo o estado em alto risco para a doença. Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o número total de casos já ultrapassa 40 mil este ano.

    A vacina contra a dengue está sendo aplicada em 521 municípios de regiões endêmicas do país, que atendem a critérios como possuir pelo menos um município com mais de 100 mil habitantes, alta transmissão de dengue em 2023 e 2024, principalmente do sorotipo 2. Em Mato Grosso, 35 cidades receberam as doses, incluindo Cuiabá, Várzea Grande, Tangará da Serra, Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde.

  • Saúde fará vacinação contra dengue e outras doenças no sábado (13)

    Saúde fará vacinação contra dengue e outras doenças no sábado (13)

    No próximo sábado, 13, Lucas do Rio Verde contará com uma ação de vacinação contra dengue e outras doenças no Pronto Atendimento Municipal (PAM), que promete atender a população das 7h30 às 16h30, sem interrupções para almoço. Cláudia Engelmann, supervisora da Vigilância em Saúde, destaca a importância e a abrangência desta iniciativa.

    “Vamos realizar a vacinação no PAM, onde teremos uma sala específica para aplicar as vacinas,” explica Cláudia. “As pessoas podem chegar a qualquer hora dentro desse horário e serão atendidas.” A ação de vacinação não é apenas uma oportunidade de atualizar a caderneta vacinal, mas também uma chance de proteger contra doenças específicas.

    Vacinas disponíveis

    Entre as vacinas ofertadas, destaca-se a vacina da dengue, destinada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. “Recebemos cerca de 1.500 doses e até agora aplicamos aproximadamente 300. Temos um estoque considerável e precisamos que a população adira à vacinação para evitar a redistribuição das doses para outras regiões,” informa Cláudia. A vacina da dengue, denominada Qdenga, é fabricada pela Takeda e tem uma eficácia de até 80% contra os quatro sorotipos da dengue, prevenindo complicações graves.

    Além da vacina da dengue, estará disponível a vacina contra a gripe para toda a população acima de seis meses de idade que ainda não recebeu a dose de 2024. “Vamos também ofertar todas as vacinas do calendário de rotina para crianças, adolescentes, adultos e idosos,” acrescenta Cláudia.

    Importância da vacinação

    A supervisora enfatiza a necessidade de aproveitar essa oportunidade, especialmente considerando que as crianças estão entrando em férias escolares. “Os pais conseguem levar seus filhos com mais tranquilidade. É importante lembrar que a vacina da dengue requer duas doses, com a segunda sendo administrada três meses após a primeira,” explica Cláudia. “Assim, antes do período crítico do final do ano, essas crianças e adolescentes estarão imunizados.”

    A ação de vacinação é também uma resposta ao preocupante número de casos de dengue no município. “Apesar de estarmos em um período de seca, tivemos 274 casos prováveis de dengue em 2024 e, infelizmente, um óbito. Isso acende um alerta sobre a gravidade da doença,” ressalta Cláudia. A vacina é uma ferramenta adicional para proteger a população, mas os cuidados para evitar focos do mosquito Aedes aegypti continuam essenciais.

    A equipe da Vigilância em Saúde está à disposição para auxiliar a população. “Pedimos que as pessoas recebam os agentes de endemias em suas casas e sigam as orientações para evitar a proliferação do mosquito,” destaca Cláudia. A população pode entrar em contato com a Vigilância Ambiental pelo telefone 3548-2508 para solicitar visitas dos agentes.

    Vacina contra a influenza

    Cláudia também reforça a importância da vacina contra a gripe. “Atingimos cerca de 50% dos grupos prioritários, mas ainda temos doses disponíveis. Gestantes, idosos e outros grupos prioritários devem se vacinar anualmente para garantir proteção contra novas variantes do vírus,” conclui Cláudia.

  • Saúde alerta para vacinação de atletas e visitantes de Jogos Olímpicos

    Saúde alerta para vacinação de atletas e visitantes de Jogos Olímpicos

    O Ministério da Saúde publicou uma nota técnica com recomendações sobre a vacinação de atletas e membros de delegações que vão participar da Olimpíada e Paralimpíada de Paris 2024, entre julho e setembro. Entre os imunizantes destacados estão as doses tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela ou catapora), DTP (difteria, tétano e pertussis ou coqueluche), influenza e covid-19.

    No documento, o Ministério cita a vacinação como medida mais eficaz para proteger contra doenças imunopreveníveis e mitigar o risco de reintrodução de doenças em controle ou já eliminadas no Brasil “em decorrência do aumento da circulação de agentes infecciosos para sarampo, rubéola e coqueluche, além da circulação dos vírus influenza e covid-19 na Europa e nos Estados Unidos”.

    “Para a adoção desta medida, levou-se em conta o aumento do fluxo migratório, a aglomeração de pessoas e o potencial risco de transmissão de doenças e da necessidade de proteger a população-alvo, em decorrência dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Paris em 2024, que atraem grandes contingentes populacionais.”

    As doses podem ser administradas em atletas e delegações técnicas olímpicas e paralímpicas em qualquer unidade de vacinação. “Àqueles que representarão o Brasil nos jogos de Paris, mas não são contemplados nas campanhas vigentes e estratégias de vacinação, bastará apresentar aos serviços do SUS [Sistema Único de Saúde] um comprovante de participação nas competições emitido pelos Comitês Olímpico ou Paralímpico Brasileiro”.

    Viajantes

    Outra nota técnica publicada pelo ministério trata de alerta de vacinação para população residente no Brasil e que vai se deslocar para outros países – inclusive para viajantes que vão assistir aos jogos em Paris. O documento traça o cenário epidemiológico, na Europa e nos Estados Unidos, de doenças como sarampo, coqueluche, influenza, covid-19 e poliomielite.

    A pasta também divulgou orientações em caso de sintomas apresentados durante o período das olimpíadas e paralimpíadas. “Recomenda-se aos viajantes que apresentarem sinais e sintomas característicos das doenças citadas que procurem imediatamente o atendimento de saúde no local do destino e, sobretudo, ao retornar ao Brasil”.

    “Caso os sinais e sintomas manifestem durante a viagem, que informem a tripulação. A notificação dessas doenças é compulsória ao Ministério da Saúde e as orientações detalhadas estão disponíveis no Guia de Vigilância em Saúde no link https://bit.ly/guia_vigilancia_saude_6ed_v1.”

    Coqueluche

    Em maio, a União Europeia reportou um aumento de infecções por coqueluche em pelo menos 17 países, com mais 32.037 casos notificados entre 1º de janeiro e 31 de março. Já o Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China (CCDC) informou que, em 2024, foram notificados no país 32.380 casos e 13 óbitos provocados pela doença.

    Edição: Sabrina Craide

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  • Covid-19: entenda como fica a vacinação por idade e grupo prioritário

    Covid-19: entenda como fica a vacinação por idade e grupo prioritário

    Desde janeiro de 2024, a vacina contra a covid-19 integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI). A recomendação do Ministério da Saúde é que estados e municípios priorizem crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas.

    Em maio, a pasta confirmou a compra de 12,5 milhões de doses do imunizante contra a covid-19 SpikeVax, produzido pela farmacêutica Moderna. O processo de aquisição emergencial, segundo o ministério, começou em dezembro de 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a versão mais atualizada da vacina.

    A SpikeVax é uma dose monovalente que protege contra uma subvariante específica da covid-19, a XBB 1.5, conhecida popularmente como Kraken e um subtipo da variante Ômicron. A vacina é registrada pela empresa Adium S.A. e fabricada pela Moderna, com indicação para imunização ativa em crianças a partir de 6 meses e adultos.

    Esquema primário

    Com a aquisição da nova dose, o esquema primário de vacinação contra a covid-19 no Brasil, em 2024, passa a funcionar da seguinte forma:

    – Crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias devem receber duas doses, ambas monovalentes (SpikeVax), com intervalo de quatro semanas entre elas;

    – Pessoas com 5 anos ou mais que fazem parte de grupos prioritários devem receber uma dose monovalente (SpikeVax);

    – Imunocomprometidos com 5 anos ou mais devem receber três doses, sendo a primeira monovalente (SpikeVax). A segunda dose deve ser aplicada quatro semanas depois e a terceira, oito semanas após a segunda dose.

    De acordo com a Estratégia de Vacinação contra a Covid-19 em 2024, o esquema primário não é mais recomendado rotineiramente para pessoas com 5 anos ou mais que não fazem parte de grupos prioritários. Entretanto, se a pessoa não tiver sido vacinada anteriormente e optar por se vacinar agora, pode receber uma dose da vacina monovalente (SpikeVax).

    No caso de crianças menores de 5 anos completamente imunizadas (três doses) anteriormente com outras vacinas contra a covid-19, a orientação do ministério é que elas recebam mais uma dose da vacina monovalente (SpikeVax).

    Doses anuais ou reforço

    Além de completar o esquema primário contra a covid-19, é preciso atentar para as doses anuais, que passaram a funcionar da seguinte forma:

    – Grupos prioritários a partir de 5 anos devem receber uma dose anual da vacina monovalente (SpikeVax), desde que aplicada com intervalo mínimo de três meses desde a administração da última dose contra a covid-19;

    – Imunocomprometidos a partir de 5 anos, gestantes, puérperas e idosos a partir de 60 anos devem receber duas doses anuais da vacina monovalente (SpikeVax), com intervalo mínimo de seis meses entre elas;

    Pessoas com 5 anos ou mais que não pertencem a grupos prioritários e já possuem o esquema primário completo (duas doses) não têm indicação para receber a dose anual ou reforço.

    Esquema incompleto

    Quem está com o esquema primário contra a covid-19 incompleto e faz parte de grupos prioritários deve receber uma dose da vacina monovalente (SpikeVax) conforme as orientações abaixo:

    – Pessoas com apenas uma dose devem receber mais uma dose (intervalo mínimo de quatro semanas);

    – Pessoas com duas doses devem receber mais uma dose (intervalo mínimo de seis meses).

    Crianças de 6 meses a 4 anos que iniciaram o esquema de três doses e completaram 5 anos antes de terminar o esquema devem seguir as orientações abaixo:

    – Quem recebeu apenas uma dose antes dos 5 anos deve receber mais uma dose e encerrar o esquema;

    – Quem recebeu duas doses antes dos 5 anos deve encerrar o esquema;

    – Quem recebeu três doses antes dos 5 anos deve considerar o esquema completo e não precisa receber novas doses.

    Não vacinados

    Pessoas de grupos prioritários que nunca foram vacinadas contra a covid-19 devem receber duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas. Gestantes, puérperas, imunocomprometidos e idosos com 60 anos ou mais nessa situação, além das duas doses, devem receber uma dose de reforço, após seis meses da última dose.

    Já pessoas imunocomprometidas que nunca foram vacinadas devem receber três doses, com intervalo de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose e de oito semanas entre a segunda e a terceira dose, conforme esquema primário definido. Uma dose de reforço pode ser aplicada no grupo após seis meses da última dose.

    Grupos prioritários

    – Pessoas com 60 anos ou mais;
    – Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores;
    – Pessoas imunocomprometidas;
    – Indígenas vivendo em terra indígena;
    – Ribeirinhos;
    – Quilombolas;
    – Gestantes e puérperas;
    – Trabalhadores da saúde;
    – Pessoas com deficiência permanente;
    – Pessoas com comorbidades;
    – Pessoas privadas de liberdade;
    – Funcionários do sistema de privação de liberdade;
    – Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas;
    – Pessoas em situação de rua.

    Viajantes

    Em caso de viagem internacional, devem ser verificadas as exigências do país de destino. Caso o país exija esquema vacinal contra a covid-19, e o viajante não tiver nenhuma dose, ele poderá receber o esquema de até duas doses. De acordo com o Ministério da Saúde, estados e municípios devem avaliar as situações individualmente, no intuito de encontrar o melhor esquema vacinal conforme a disponibilidade do imunizante e as exigências do país de destino.

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