Tag: vacinação

  • Vacinas contra o sarampo salvam cinco vidas por segundo, destaca OMS

    Vacinas contra o sarampo salvam cinco vidas por segundo, destaca OMS

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, desde o ano 2000, vacinas contra o sarampo salvem cerca de cinco vidas por segundo. Mesmo assim, dados divulgados esta semana pela entidade apontam que, apenas em 2023, aproximadamente 10,3 milhões de casos da doença foram registrados em todo o planeta – 20% a mais que em 2022.

    Em nota, a OMS avalia que a cobertura vacinal inadequada impulsiona o aumento de casos. “O sarampo pode ser evitado com duas doses; no entanto, mais de 22 milhões de crianças perderam a primeira dose em 2023. Globalmente, estima-se que 83% delas receberam a primeira dose no ano passado, enquanto apenas 74% receberam a segunda dose recomendada.”

    A vacina que previne o sarampo é a tríplice viral, que está disponível gratuitamente nos postos de saúde do Brasil. A recomendação do Programa Nacional de Imunizações é que vacina seja aplicada em duas doses, aos 12 e aos 15 meses de idade.

    A OMS destaca a necessidade de uma cobertura vacinal de pelo menos 95% de ambas as doses em todos os países e territórios para prevenir surtos e para proteger a população de “um dos vírus humanos mais contagiosos em todo o mundo”. A vacina contra o sarampo, segundo a OMS, já salvou mais vidas ao longo dos últimos 50 anos que qualquer outro imunizante.

    O comunicado alerta que, como resultado de lacunas globais na cobertura vacinal, 57 países registaram surtos de sarampo em todas as regiões, exceto nas Américas – um aumento de quase 60% em relação aos 36 países identificados no ano anterior. África, Mediterrâneo Oriental, Europa, Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental lideram o aumento substancial de casos, sendo que quase metade de todos os surtos ocorreu no continente africano.

    “Dados recentes mostram que cerca de 107,5 mil pessoas – a maioria crianças com menos de 5 anos – morreram por causa do sarampo em 2023. Embora isso represente uma queda de 8% em relação ao ano anterior, são crianças demais ainda morrendo em razão de uma doença evitável”, avaliou a OMS.

    “Mesmo quando as pessoas sobrevivem ao sarampo, podem ocorrer efeitos graves para a saúde, alguns dos podem durar por toda a vida toda. Bebês e crianças pequenas correm maior risco de complicações graves, que incluem cegueira, pneumonia e encefalite (infecção que causa inchaço cerebral e, potencialmente, danos cerebrais).”

    Brasil livre do sarampo

    Cinco anos após perder o certificado de eliminação do sarampo, em 2019, o Brasil recebeu esta semana da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o status de país livre da doença. O último registro de sarampo no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, aconteceu em junho de 2022, no Amapá.

    Dados da pasta indicam que, entre 2018 a 2022, foram confirmados 9.329, 21.704, 8.035, 670 e 41 casos de sarampo, respectivamente. Em 2022, os estados que confirmaram casos foram: Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá, sendo que o último caso confirmado foi registrado no Amapá, com data de início do exantema (erupções cutâneas) em 5 de junho.

    Em 2024, o Brasil chegou a registrar dois casos confirmados, mas importados, sendo um em janeiro, no Rio Grande do Sul, proveniente do Paquistão; e um em agosto, em Minas Gerais, proveniente da Inglaterra.

    O ministério define o sarampo como uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como diarreias intensas, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro). “A maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação”, ressaltou a pasta.

  • Número de casos notificados de coqueluche cresce em 2024

    Número de casos notificados de coqueluche cresce em 2024

    O ano de 2024 teve 3.253 registros de casos notificados de coqueluche, o que o torna o ano com mais casos desde 2014, quando foram registrados 8.622 casos da doença. Em 2013 foram contabilizadas 3.113 pessoas doentes, segundo painel epidemiológico do Ministério da Saúde (MS).

    Os índices de coqueluche começaram a cair a partir de 1990, quando eram cerca de 10 casos por 100 mil habitantes (índice de 10,0) com o aumento da vacinação da população. Neste ano, somente o estado do Paraná teve índice nesse patamar, registrando coeficiente de 10,60.

    Segundo a infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio Libanês, o principal motivo para o aumento dos casos neste ano é a queda na vacinação, que deveria estar no patamar de 95%. Ela também cita o melhor acesso a exames laboratoriais que usam biologia molecular, mais acessíveis nos últimos anos, o que melhorou a capacidade de confirmar os casos.

    Outro fator de aumento nos casos é a ausência de reforço vacinal para adolescentes. “No Brasil a vacina que protege contra coqueluche é aplicada nas crianças pequenas (com menos de 6 meses) e nos reforços nas crianças após 1 ano de idade. Os adolescentes não recebem o reforço que aumenta a proteção contra a coqueluche, diferente do que acontece nos Estados Unidos e na Europa”, explicou Dal Ben.

    Casos

    No Paraná estão 4 das 13 mortes registradas esse ano, segundo o Ministério da Saúde, e 1.224 casos. São Paulo é o segundo estado em total de casos, com 870 casos registrados no último boletim.

    A cobertura vacinal no Paraná para a vacina pentavalente em crianças é de 90%, enquanto a da DTP é de 86% no estado. Para gestantes, o índice das que não se vacinaram é de 53,3% (21.253 gestantes).

    A queda na vacinação de gestantes é preocupante, pois são estratégicas para evitar a doença em crianças. “Essa vacinação é extremamente importante, porque isso ajuda a proteger o bebê que vai nascer, que está ali na população mais vulnerável, com maior risco de adoecer gravemente, e a gente vacina também os profissionais de saúde que lidam com essas crianças pequenas”, concluiu Dal Ben.

    Em São Paulo, a média de cobertura para crianças estava em 86,1% em setembro.

    Doença

    A coqueluche é uma infecção respiratória transmissível causada pela bactéria Bordetella Pertussis. Ela compromete o aparelho respiratório, traqueia e brônquios, e se caracteriza por ataques de tosse seca. Presente no mundo todo, a doença é transmitida por tosse, espirro ou fala de pessoa contaminada.

    A vacina é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o esquema primário inclui três pentavalente aos 2, 4 e 6 meses. Em seguida há reforços com DTP, que protege contra difteria, tétano e pertussis – tríplice bacteriana.

    *Com informações da TV Brasil

  • Saúde alerta pais sobre a importância da vacinação contra a dengue

    Saúde alerta pais sobre a importância da vacinação contra a dengue

    Seis meses após o início da vacinação contra a dengue, o número de crianças e adolescentes imunizados, em Lucas do Rio Verde, segue abaixo da meta inicial estabelecida pelo Ministério da Saúde.

    A expectativa, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, é vacinar 1.521 crianças e adolescentes, com idades entre 10 e 14 anos, 25% do público alvo. Porém, até o momento, apenas 712 receberam a primeira dose e 92, concluíram o ciclo com a segunda dose.

    A supervisora da Vigilância em Saúde, Cláudia Engelmann, ressalta que a vacina apresenta mais de 80% de eficácia contra a dengue, causada pelos quatro sorotipos e também previne as formas graves da doença.

    “Muitos pais têm receio de algum tipo de efeito adverso, pelo fato de ser uma vacina nova. Mas, a aplicação tem sido muito tranquila em todo o Brasil, com mais de três milhões de doses aplicadas”.

    Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a primeira vacina foi registrada em 2015. No entanto, era destinada apenas aos pacientes que já tiveram contato com o vírus.

    Oito anos depois, em 2023, a Anvisa aprovou um novo imunizante, que passou a ser ofertado este ano pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A nova vacina é destinada aos pacientes que nunca foram infectados e aos que já foram infectados.

    “Essa vacina foi muito estudada pelos cientistas e muito esperada pela população. Vamos aproveitar, porque antes só tinha na rede privada, com um custo alto e agora está disponível gratuitamente na rede pública”, ressaltou a supervisora.

    A vacinação está disponível em todas as unidades básicas de saúde, de segunda a sexta-feira, das 07h às 10h30 e das 13h às 16h30 e nos finais de semana e feriados, na unidade do Tessele Junior, das 13h às 18h.

    Casos de dengue

    Com o início do período chuvoso, a tendência é aumentar o número de casos. Os agentes comunitários de endemias estão encontrando larvas do mosquito em todos os bairros.

    Até 02 de novembro, foram confirmados 306 casos de dengue, com uma internação e 10 casos de Chikungunya. A orientação é para que a população não deixe nada que possa acumular água parada e fique atenta, principalmente, as construções.

  • Cobertura vacinal infantil em Mato Grosso ainda abaixo do ideal

    Cobertura vacinal infantil em Mato Grosso ainda abaixo do ideal

    Apesar de recentes avanços na cobertura vacinal em Mato Grosso, dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) revelam que a imunização de crianças ainda é um desafio. Embora o estado tenha registrado aumento na cobertura de algumas vacinas, os índices gerais continuam abaixo do ideal, expondo milhares de crianças a riscos de doenças graves e evitáveis.

    A baixa adesão à vacinação infantil pode ser atribuída a diversos fatores, como a desinformação sobre a importância das vacinas, dificuldades de acesso aos postos de saúde, e a falta de conscientização dos pais e responsáveis.

    A falta de vacinação coloca em risco a saúde das crianças, aumentando a probabilidade de surtos de doenças como sarampo, poliomielite e outras infecções. Além disso, a baixa imunização pode sobrecarregar o sistema de saúde e gerar custos adicionais para o tratamento de doenças que poderiam ser prevenidas.

    O que está sendo feito em Mato Grosso?

    A SES-MT tem intensificado as campanhas de vacinação e buscado ampliar o acesso aos imunizantes. No entanto, é fundamental que a sociedade como um todo se engaje nessa causa, combatendo a desinformação e incentivando a vacinação infantil.

    O que você pode fazer?

    • Procure um posto de saúde: Leve seu filho para atualizar a caderneta de vacinação.
    • Informe-se: Busque informações confiáveis sobre a importância da vacinação.
    • Compartilhe: Divulgue a importância da vacinação em suas redes sociais e com seus amigos e familiares.
    • Exija ações: Cobrança dos gestores públicos por políticas públicas que garantam o acesso à vacinação para todas as crianças.

    A vacinação é um direito de todas as crianças e um dever de todos nós. Ao garantir que nossos filhos sejam imunizados, estamos protegendo não apenas a saúde deles, mas também a saúde de toda a comunidade.

  • Mato Grosso premia municípios que mais se destacaram na vacinação

    Mato Grosso premia municípios que mais se destacaram na vacinação

    O Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), irá premiar 31 municípios mato-grossenses que obtiveram os melhores desempenhos na cobertura vacinal da população. A premiação é parte do programa Imuniza Mais MT que, neste ano, prevê o valor de R$ 6,4 milhões em prêmios.

    A data e o local da cerimônia de premiação ainda serão divulgados pela SES. As premiações são definidas pelos selos Diamante, Ouro, Prata e Bronze, divididas em três categorias – (1) com municípios até 10 mil habitantes, (2) entre 10.001 a 30 mil habitantes e (3) a partir de 30.001 habitantes. Todas podem ter até três vencedores por selo, desde que seja atingida a meta.

    O Imuniza Mais MT foi lançado em julho de 2021 com o objetivo de incentivar os municípios de Mato Grosso a alcançarem as metas de vacinação da população. Os municípios com melhores performances na cobertura vacinal recebem prêmios em dinheiro para serem investidos na modernização da infraestrutura da rede municipal de saúde.

    Na categoria municípios de Mato Grosso até 10 mil habitantes, os premiados são:

    Selo Diamante
    1º Araguaiana – R$ 250 mil
    2º Ribeirãozinho – R$ 200 mil
    3º Santa Rita do Trivelato – R$ 150 mil

    Selo Ouro
    1º Tesouro – R$ 140 mil
    2º Planalto da Serra – R$ 120 mil
    3º Ponte Branca – R$ 100 mil

    Selo Prata
    1º União do Sul – R$ 70 mil
    2º Nova Brasilândia – R$ 55 mil
    3º Tabaporã – R$ 45 mil

    Selo Bronze
    1º Indiavaí – R$ 60 mil
    2º Luciara – R$ 50 mil
    3º Itanhangá – R$ 30 mil

    Na categoria municípios com população de 10 mil a 30 mil habitantes, os premiados são:

    Selo Diamante
    1º Itiquira – R$ 500 mil
    2º Diamantino – R$ 400 mil
    3º Alto Araguaia – R$ 380 mil

    Selo Ouro
    1º Nova Xavantina – R$ 250 mil
    2º Juscimeira – R$ 200 mil
    3º Tapurah – R$ 150 mil

    Selo Prata
    1º Juruena – R$ 120 mil
    2º São José do Rio Claro – R$ 100 mil
    3º N. Senhora do Livramento – R$ 70 mil

    Selo Bronze
    1º Alto Garças – R$ 80 mil
    2º Carlinda – R$ 70 mil
    3º Nova Ubiratã – R$ 50 mil

    Na categoria municípios com população acima de 30 mil habitantes, os premiados são*:

    Selo Diamante
    1º Campo Verde – R$ 1 milhão
    2º Lucas do Rio Verde – R$ 700 mil

    Selo Ouro
    1º Tangará da Serra – R$ 500 mil
    2º Nova Mutum – R$ 350 mil

    Selo Bronze
    1º Colíder – R$ 150 mil
    2º Campo Novo do Parecis – R$ 120 mil
    3º Guarantã do Norte – R$ 100 mil

    *Nesta categoria nenhum município atingiu a meta para alcançar o selo Prata.

  • Lucas do Rio Verde recebe selo Diamante no programa Imuniza Mais MT

    Lucas do Rio Verde recebe selo Diamante no programa Imuniza Mais MT

    Lucas do Rio Verde conquistou, pelo quarto ano consecutivo, reconhecimento no programa Imuniza Mais MT, promovido pelo governo estadual. O município alcançou o prestigiado selo diamante, premiação máxima do projeto, que resultou em um prêmio de R$ 700 mil para a rede municipal de saúde. Esse feito é fruto do empenho coletivo da equipe de saúde local e reflete a importância dada à vacinação em prol da proteção da comunidade.

    A secretária de Saúde, médica Fernanda Heldt Ventura, destacou a relevância da conquista e os desafios enfrentados ao longo do processo. “Muito feliz, a gente conseguiu ser, o prêmio existe há quatro anos, né, esse projeto, e nós fomos premiados nas quatro edições. Hoje sai o resultado, e a categoria máxima é a categoria diamante, então nós ficamos selecionados nessa categoria”, comemorou.

    Segundo Heldt Ventura, a premiação é um reconhecimento ao esforço contínuo para manter a cobertura vacinal da população. “Estamos com uma taxa média de 80% nos dez imunizantes elencados para o critério desta premiação, mas ainda precisamos melhorar. A luta é constante para lembrar as pessoas da importância de se vacinarem e vacinarem seus filhos”, destacou.

    A premiação também foi celebrada pelo prefeito Miguel Vaz, que enalteceu o trabalho da equipe de saúde e os benefícios diretos à população. “Uma ótima notícia para a nossa Secretaria de Saúde, para a saúde dos Luverdenses. Pelo quarto ano consecutivo, o município consegue ser premiado no programa Imuniza Mais MT, e nós ficamos em segundo lugar entre os municípios com mais de 30 mil habitantes, alcançando assim o selo diamante”, afirmou o prefeito. Ele ressaltou a importância desse reconhecimento, especialmente para a saúde das crianças, que são prioridade na campanha de imunização. “Veja a importância que isso traz para a saúde dessas crianças ao longo de suas vidas. Parabéns a toda a equipe de vacinação”, disse.

    Após ganhar a premiação, a secretária de Saúde fez um apelo à população sobre a relevância de manter a vacinação em dia. Ela lembrou que a premiação não incluiu os dados de vacinação contra a COVID-19 e enfatizou a importância de outras vacinas no combate a doenças erradicadas ou controladas. “Muitas vezes, as pessoas ficaram com medo de voltar às salas de vacina por conta da vacina do COVID, mas vacinar vai muito além. Temos muitos outros imunizantes e muitas doenças controladas por meio da vacinação. É uma responsabilidade coletiva proteger quem amamos para evitar complicações graves e até óbitos”, alertou.

    A premiação reafirma o compromisso de Lucas do Rio Verde com a saúde pública e reforça o apelo para que aqueles com pendências vacinais procurem as unidades de saúde. “Temos vacina em todas as nossas unidades. Nos ajude a manter essa taxa de cobertura, que representa uma população coberta e protegida”, concluiu Dra. Fernanda.

  • Mato Grosso apresenta baixa cobertura vacinal em municípios, alerta Ministério Público

    Mato Grosso apresenta baixa cobertura vacinal em municípios, alerta Ministério Público

    Um novo levantamento realizado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), por meio do projeto Vacinômetro, revelou que a cobertura vacinal em alguns municípios do estado está preocupantemente baixa. As vacinas contra a meningocócica ACWY para crianças de 11 anos e a influenza para idosos apresentaram os piores índices, com cobertura inferior a 50% em diversos municípios.

    Municípios como Rosário Oeste, Cocalinho e São Pedro da Cipa, por exemplo, apresentam taxas de cobertura da vacina meningocócica ACWY inferiores a 10%. Isso significa que menos de 10% das crianças elegíveis para essa vacina estão sendo imunizadas, expondo-as a um risco maior de desenvolver doenças graves como a meningite meningocócica, que pode ser fatal.

    A vacina contra a influenza também apresenta baixa cobertura em municípios como Alto Boa Vista, General Carneiro e Poxoréu. A gripe é uma doença respiratória grave que pode causar complicações em grupos de risco, como idosos, crianças e gestantes. A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a doença.

    O objetivo do projeto Vacinômetro é acompanhar de perto os índices de cobertura vacinal em todo o estado e identificar os municípios que precisam de mais apoio para aumentar a imunização da população. O MPMT utiliza os dados para cobrar ações dos gestores públicos e sensibilizar a população sobre a importância da vacinação.

    A baixa cobertura vacinal expõe a população a um risco maior de doenças graves e evitáveis. A meningite meningocócica, por exemplo, pode causar sequelas graves como perda auditiva, lesões neurológicas e amputações. Já a gripe pode levar à hospitalização e até mesmo ao óbito, especialmente em grupos de risco.

    Para reverter esse quadro, é fundamental que os municípios intensifiquem as ações de vacinação, promovam campanhas de conscientização e facilitem o acesso da população aos postos de saúde. A participação da comunidade também é essencial, com pais e responsáveis levando seus filhos para se vacinar e idosos buscando a imunização contra a gripe.

    Mato Grosso recebe 37,8 mil doses

    Mato Grosso recebeu 37,8 mil doses de vacinas contra a Covid-19
    Mato Grosso recebeu 37,8 mil doses de vacinas contra a Covid-19

    O estado de Mato Grosso recebeu um reforço importante em sua campanha de vacinação contra a Covid-19. Nesta sexta-feira (25.10), o Estado recebeu 37.800 doses da vacina Spikevax, do Ministério da Saúde. As doses serão distribuídas aos 16 Escritórios Regionais de Saúde de Mato Grosso, conforme a demanda de cada município.

    Segundo o secretário de Estado de Saúde, Juliano Melo, a chegada das novas doses é fundamental para manter a imunização da população e proteger os grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças e imunossuprimidos. “Estávamos com um estoque reduzido dessa vacina e agora podemos intensificar a campanha de vacinação em todo o estado”, afirmou o secretário.

    A superintendente de Vigilância em Saúde, Marlene Barros, explicou que a distribuição das doses leva em consideração os dados epidemiológicos de cada município e a demanda apresentada pelos gestores locais. “O objetivo é garantir que todas as regiões de Mato Grosso tenham acesso às vacinas e que a população seja imunizada de forma eficiente”, disse.

  • Saúde orienta sobre cuidados contra a dengue em Lucas do Rio Verde

    Saúde orienta sobre cuidados contra a dengue em Lucas do Rio Verde

    Neste momento em que as chuvas estão voltando, aumentam as preocupações com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Por isso, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Saúde, orienta que para prevenir as doenças transmitidas pelo inseto é fundamental evitar o acúmulo de água parada, onde ocorre a proliferação do mosquito.

    O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do Aedes Aegypti podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.

    Em Lucas do Rio Verde, de janeiro até o dia 12 de outubro de 2024, foram confirmados 304 casos de dengue, 8 casos de Chikungunya e 1 em investigação.

    Alerta-se também para a vacinação contra a dengue para crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos, que está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de segunda a sexta-feira, das 07h às 10h30 e das 13h às 16h30.

    A vacina é administrada em duas doses e, conforme o Ministério da Saúde, os imunizantes para a aplicação da segunda dose serão aplicados considerando o intervalo recomendado de três meses para completar o esquema da vacinação.

    Para se vacinar, é necessário apresentar documento de identificação, cartão de vacina, no caso das crianças, deve ser acompanhada de um adulto responsável.

    “Já aplicamos mais de 800 doses da vacina contra a dengue, sem nenhum evento adverso, e pedimos aos responsáveis que levem as crianças e adolescentes de 10 a 14 anos para garantir essa proteção nesse período mais crítico. Além da dengue estamos receosos quanto a um possível aumento dos casos de chikungunya em nosso município, pois na nossa regional os casos aumentaram de forma geral, pedimos a colaboração de toda a sociedade nesse combate.” explica a supervisora da Vigilância em Saúde, Claudia Engelmann.

    Contraindicação da vacina da dengue

    A vacina é contraindicada para gestantes, mulheres em amamentação e pessoas imunossuprimidas. Vale ressaltar que, nesse momento, a vacina contra a dengue não pode ser tomada junto com outra vacina, tendo que ter no mínimo 24 horas de intervalo se a pessoa recebeu uma vacina inativada, e 30 dias de vacinas atenuadas.

    Na avaliação clínica da vacina foi demonstrada uma eficácia geral de proteção de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo.

  • INDEA registra caso de raiva animal em propriedade rural de Lucas do Rio Verde

    INDEA registra caso de raiva animal em propriedade rural de Lucas do Rio Verde

    O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA) notificou um caso positivo de raiva animal em bovinos numa propriedade rural de Lucas do Rio Verde, na primeira quinzena de setembro. Segundo Clodomiro Reverdito, médico veterinário do INDEA, a situação foi controlada e todos os protocolos foram seguidos rigorosamente para evitar a propagação da doença em outras áreas.

    “Essa ocorrência chegou ao nosso conhecimento quando um médico veterinário autônomo foi chamado para atender um animal que apresentava comportamento desorientado e cambaleante. Ele notou sinais clínicos como a sialorreia, que é a produção excessiva de saliva, e acionou nosso serviço oficial”, explicou Reverdito. Fotos e vídeos fornecidos pelo produtor confirmaram a suspeita, e o serviço oficial iniciou o acompanhamento do animal até sua morte, momento em que foi feita a coleta do sistema nervoso central para exames.

    Conforme o profissional, a situação foi prontamente controlada, com todos os protocolos seguidos rigorosamente para impedir a disseminação da doença em outras regiões. A doença, que pode ser fatal para os animais e perigosa para os humanos, exigiu rápida ação das autoridades e a adoção de medidas preventivas. Clodomiro enfatizou a importância do diagnóstico correto: “Para obtermos um diagnóstico eficiente, é necessário que a doença siga seu curso natural. Quando o animal faleceu, coletamos material do sistema nervoso central para exames laboratoriais. Em 48 horas, recebemos a confirmação positiva para raiva.” Ele ressaltou que a raiva é uma zoonose fatal, e as pessoas que tiveram contato com o animal foram orientadas a buscar a Secretaria de Saúde.

    A partir da confirmação, o INDEA notificou os produtores vizinhos e iniciou uma estratégia de vacinação obrigatória contra a raiva nas propriedades circunvizinhas. A raiva, que não é uma doença obrigatoriamente controlada por vacinação, torna-se de controle obrigatório quando há um foco identificado, como foi o caso.  “Essa medida é essencial, pois entendemos que a colônia de morcegos que atingiu o animal pode afetar outros. Por isso, estabelecemos um raio de vacinação para proteger o rebanho local”, explicou o veterinário.

    Clodomiro também destacou a importância de os produtores rurais estarem atentos aos sinais da doença. Entre os sintomas estão o andar descoordenado, rigidez dos membros, produção excessiva de saliva e isolamento do animal em relação ao rebanho. “Se qualquer produtor identificar esses sinais, deve isolar o animal e notificar imediatamente o INDEA.” Ele alertou que a raiva é uma doença letal, e o manejo inadequado pode resultar em riscos à saúde animal e humana.

    Com a vigilância contínua do INDEA, até o momento não houve novos casos notificados na região. A equipe permanece atenta e recomenda que todos os produtores vacinem seus rebanhos para prevenir futuras ocorrências.

  • Oito em cada dez municípios têm risco alto ou muito alto para sarampo

    Oito em cada dez municípios têm risco alto ou muito alto para sarampo

    Ao menos 4.587 municípios foram classificados como em alto risco para sarampo, enquanto 225 foram categorizados como em risco muito alto, totalizando 86% das cidades em todo o país com risco elevado para a doença. Há ainda 751 municípios listados com risco médio e apenas quatro com baixo risco. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (18) durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife.

    Ao comentar o cenário, a coordenadora de Imunização da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Flávia Cardoso, lembrou que o Brasil chegou a ser certificado como país livre do sarampo em 2016, mas perdeu o status em 2019 após voltar a registrar a circulação do vírus por um período superior a 12 meses. “Em 2022, o Brasil estava endêmico para sarampo e, em 2023, passou para o status de país pendente de reverificação”, explicou.

    Segundo Flávia, em maio deste ano, a Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita nas Américas esteve no país e fez uma série de recomendações, incluindo ampliar a sensibilidade na definição de casos suspeitos de sarampo. A entidade pede que o país apresente o número de amostras recebidas de pacientes com febre e exantema e quais foram os diagnósticos de descarte.

    De acordo com a coordenadora, a comissão destacou que, embora a cobertura vacinal tenha melhorado tanto para o sarampo quanto para a rubéola, por meio da tríplice viral, em alguns estados o progresso foi mínimo ou mesmo negativo. A situação no Rio de Janeiro, no Amapá, no Pará e em Roraima foi classificada pela entidade como muito preocupante para a manutenção da eliminação do sarampo e da rubéola no país.

    Também foi recomendado que o Brasil padronize um fluxograma de resposta rápida a casos suspeitos, tomando como base o caso recente de sarampo detectado no Rio Grande do Sul, importado do Paquistão. Por fim, a comissão sugere articular junto ao Ministério do Esporte e ligas esportivas a vacinação de atletas brasileiros, a exemplo do que foi feito previamente aos Jogos Olímpicos de Paris este ano.

    “Foi feita ainda a recomendação de buscas ativas integradas de casos de sarampo e rubéola com poliomielite e paralisia flácida em menores de 15 anos”, disse Flávia, ao citar que as ações servem para fortalecer a vigilância a nível municipal.

    Em junho deste ano, o país completou dois anos sem casos autóctones, ou seja, com transmissão em território nacional, do sarampo. Com isso, o país espera retomar a certificação de ‘livre de sarampo’.

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