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  • Unidades de saúde atenderão em horário estendido para vacinação nesta sexta-feira (19)

    Unidades de saúde atenderão em horário estendido para vacinação nesta sexta-feira (19)

    A Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde informa que nesta sexta-feira (19), terá vacinação em horário estendido, das 17h às 20h30, em quatro unidades de saúde.

    Os imunizantes disponíveis são: os de Gripe (crianças menores de 6 anos e grupos prioritários), Covid-19 (crianças menores de 5 anos e grupos prioritários) e de rotina (conforme calendário nacional).

    As unidades que oferecerão as vacinas no horário estendido são: nas UBSs Parque das Américas, Bandeirantes, Jardim Primaveras e Jaime Seiti Fujii.

    Todos precisam, obrigatoriamente, portar documento oficial com foto e carteira de vacina.

    Grupo prioritário da Gripe:

    Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;

    Trabalhadores da Saúde;

    Gestantes;

    Puérperas;

    Trabalhadores da Educação;

    Idosos com 60 anos ou mais;

    Profissionais das forças de segurança e de salvamento;

    Pessoas com comorbidades;

    Pessoas com deficiência permanente;

    Caminhoneiros;

    Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);

    Indígenas vivendo fora de terra indígena

    A vacina é somente contraindicada para menores de seis meses de idade e para pessoas com histórico de reações alérgicas e anafilaxia grave a doses anteriores.

    Grupo prioritário da Covid-19:

    Pessoas com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas a partir de 5 anos, gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente e pessoas com comorbidades.

  • Cuidados para evitar gripe devem ser redobrados durante período chuvoso, alerta médico

    Cuidados para evitar gripe devem ser redobrados durante período chuvoso, alerta médico

    A expectativa é de um clima mais ameno e chuvoso para os próximos. Nesse período, a tendência é de queda na imunidade devido ao choque térmico causado pela mudança de temperatura, situação que deixa as pessoas suscetíveis à gripe. Para aproveitar o tempo com saúde, o médico do Trabalho do Serviço Social da Indústria (Sesi MT), Ediney Espínola, alerta sobre os cuidados necessários contra a doença.

    A gripe pode ser grave e até mesmo fatal em casos mais extremos. Por isso, Espínola destaca a vacina como medida mais eficaz contra a doença, causada pelo vírus da influenza. “A imunização é imprescindível no combate ao vírus. A chance de contraí-lo é maior entre pessoas que não estão imunizadas. Não há receita milagrosa que ajude a se proteger. A vacina é a melhor escolha”, afirma o profissional.

    Todas as pessoas a partir dos seis meses de idade devem tomar uma dose anualmente, especialmente os idosos, gestantes, crianças pequenas, profissionais da saúde e portadores de enfermidades crônicas, que compõem o grupo considerado mais vulnerável e têm maior risco de desenvolver complicações decorrentes da gripe, como pneumonia, sinusite, otite, entre outras.

    A vacina não intimida as demais doenças respiratórias, como Covid-19. Por isso, ao apresentar sintomas, o recomendado é fazer higienização das mãos o máximo de vezes possível com água e sabão, usar máscara, evitar aglomerações, manter sempre os ambientes ventilados, além de limpos.

    O médico traz ainda outras medidas necessárias que ajudam na prevenção da influenza, como uma alimentação equilibrada e ingestão de pelo menos 2 litros de água por dia. “O prato precisa estar colorido com ingredientes ricos em carboidratos, proteína, vitaminas, minerais e fibras que ajudam a manter a imunidade alta. Não podemos esquecer também de manter o corpo hidratado. Não é porque está chuvoso que não devemos beber água”, ressalta.

    Trabalhadores protegidos

    Ao estar blindado contra o vírus da influenza, é possível aproveitar melhor as belezas que somente o outono promove. Com mais saúde e qualidade de vida, você pode curtir a garoa, apreciar as folhas em tons amarelos e avermelhados que caem no chão. Dá para ir ao mercado em busca das frutas da estação e saborear sem medo um abacate, ameixa, banana, pera, uva e outras opções.

    Sem gripe, as empresas também são beneficiadas, pois há diminuição no absenteísmo, ou seja, as ausências nos postos de trabalho em razão de problemas de saúde diminuem consideravelmente. “Quando o trabalhador está protegido, ele fica mais assíduo na empresa e, consequentemente, é garantia de sucesso para a indústria, que mantém ou até mesmo aumenta sua produção, porque não sofre com afastamento de colaborador por razões de saúde”, diz o médico.

    Com foco em manter as indústrias produtivas com seus trabalhadores protegidos da gripe, o Sesi MT dispõe em seu portfólio de serviços das vacinas trivalente e quadrivalente, que previnem 3 e 4 tipos de vírus da influenza, respectivamente.

    A coordenadora de Saúde e Segurança no Trabalho do Sesi MT, Gabriela Laurito, explica que a equipe vai até a empresa e imuniza os trabalhadores no local, a partir de 20 trabalhadores. “Somos especialistas em vacinação. Facilitamos para o trabalhador e levamos a vacina até ele com o objetivo de otimizar o tempo e promover mais saúde no ambiente laboral”, conta.

  • Campanha de vacinação contra gripe tem Dia D neste sábado

    Campanha de vacinação contra gripe tem Dia D neste sábado

    A vacinação contra gripe terá Dia D neste sábado (13). A campanha teve início em março com a meta de vacinar 75 milhões de pessoas.

    A vacina em 2024 é destinada a proteger contra a Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B.

    Conforme levantamento da Agência Brasil, o Dia D ocorrerá no Distrito Federal e em 15 estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraíba, Maranhão e Piauí.

    De acordo com o Ministério da Saúde, os locais e horários de aplicação da vacina devem ser consultados nos sites e redes sociais das secretarias estaduais de saúde.

    No primeiro semestre, o imunizante será aplicado nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Na Região Norte, campanha será realizada no segundo semestre.

    Público-alvo

    Os grupos prioritários são crianças de seis meses a menores de 6 anos de idade, gestantes, puérperas e idosos com 60 anos ou mais.

    Quem faz parte dos grupos prioritários deve se vacinar, mesmo se tiver tomado a dose contra a gripe no ano passado. A vacinação é anual.

    As crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez terão de tomar uma segunda dose no intervalo de 30 dias.

    Distrito Federal

    Mais de 90 pontos de imunização vão funcionar em todo o Distrito Federal para o Dia D de Vacinação contra a gripe. Além da dose contra a influenza, imunizantes contra a dengue, a covid-19 e outras doenças também estarão disponíveis, conforme calendário vacinal e grupos prioritários previstos.

    Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal destacou que a proposta é aproveitar o momento de mobilização nacional para intensificar a imunização e ampliar todas as coberturas vacinais. A lista completa com os locais de vacinação, horários e os imunizantes disponíveis está no site da pasta.

    Ainda de acordo com a secretaria, haverá ações em escolas, unidades básicas de saúde (UBS) e condomínios, com atendimento, inclusive, na modalidade drive-thru. Dois veículos popularmente conhecidos como carros da vacina também vão percorrer as ruas do Gama e do Sol Nascente.

    Em cada local, segundo a secretaria, uma equipe estará preparada para indicar quais imunizantes poderão ser aplicados. Basta apresentar um documento de identificação e a caderneta de vacinação.

    Crianças poderão tomar doses contra hepatite, meningite, pneumonia, sarampo, pólio e febre amarela, dentre outras. Meninos e meninas de 9 a 14 anos também podem receber a vacina contra o HPV, que agora é feita em esquema de dose única. Para adolescentes e adultos, serão disponibilizadas doses contra hepatite B, tétano e difteria (vacina dT), febre amarela e sarampo, caxumba e rubéola (vacina tríplice viral).

    Também haverá esquemas de vacinação específicos para bebês e idosos. O único imunizante que não estará disponível nos locais de vacinação neste sábado, de acordo com a secretaria, será a BCG.

    Crianças e adolescentes de 10 a 14 anos também podem ser imunizadas contra a dengue neste sábado. Dados da secretaria de saúde mostram que, desde o início da campanha, em 9 de fevereiro, o Distrito Federal distribuiu 52.280 doses contra a doença.

    Se a criança ou adolescente tiver sido diagnosticado com dengue recentemente, é preciso aguardar seis meses para iniciar o esquema vacinal.

    * Colaborou Paula Laboissière

    Edição: Carolina Pimentel

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  • HPV: quem tem uma dose está plenamente vacinado, diz ministério

    HPV: quem tem uma dose está plenamente vacinado, diz ministério

    Crianças e adolescentes com idade entre 9 e 14 anos que receberam apenas uma dose da vacina contra o HPV passam a ser classificados pelo Ministério da Saúde, a partir de agora, como plenamente vacinados. A afirmação é do diretor do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Eder Gatti.

    Em entrevista à TV Brasil, ele explicou que a mudança no esquema vacinal anunciada pela pasta foi embasada por estudos recentes sobre o desempenho da dose e recomendada pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS) como estratégia de combate ao câncer de colo de útero, diretamente associado à infecção por HPV.

    “O Brasil fez uma discussão técnica considerando as recomendações do comitê técnico assessor, composto por representantes da sociedade científica, de sociedades médicas. Ouvimos nossos especialistas e, diante das evidências, houve a recomendação do Ministério da Saúde passar a recomendação para uma dose,” explicou.

    Para Eder, a estratégia em dose única simplifica o esquema e facilita a adesão, contribuindo para ampliar a cobertura vacinal contra o HPV no Brasil. “Com uma dose, certamente, a nossa cobertura vai subir e permite que a gente otimize os estoques das vacinas que o ministério tem – inclusive, vai permitir fazer o resgate de pessoas que não foram vacinadas ainda”.

    Como parte da estratégia, a pasta pede que estados e municípios façam uma busca ativa por crianças e adolescentes de 9 a 19 anos que não tenham recebido nenhuma dose da vacina. “Teremos um quantitativo maior de doses à nossa disposição. É uma medida que garante segurança e efetividade para aquelas pessoas que foram e que serão vacinadas”.

    “O ministério vai oficializar essa medida com a publicação de uma nota técnica que sai hoje. A partir da publicação, as pessoas que receberam uma dose já estão plenamente vacinadas e não precisarão receber a segunda dose. E as pessoas que forem procurar o posto para se vacinar a partir de agora, com apenas uma dose, vão estar plenamente vacinadas.”

    O diretor lembrou que a imunização contra o HPV é considerada vacinação de rotina. As doses, portanto, estão disponíveis em todos os postos de saúde do país de forma permanente. Estratégias como campanhas de multivacinação, voltadas para atualização da caderneta, além de campanhas nas escolas, contribuem para intensificar a adesão.

    “Existe, infelizmente, no nosso país, de forma crescente, a disseminação de notícias falsas relacionadas a vacinas tendo como alvo a confiança das pessoas na vacinação. A vacinação contra a covid-19 foi um dos principais alvos dessas fake news. A vacina do HPV também é alvo de muitas notícias falsas que acabam levando as pessoas a se sentirem desestimuladas a se vacinar.”

    “A gente trabalha muito pra recuperar a confiança das pessoas nas vacinas. Crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, meninos e meninas, devem se vacinar contra o HPV. É uma vacina segura, uma vacina que salva vidas, uma vacina que evita câncer e verrugas, está disponível no SUS e é de graça”, concluiu.

    Em entrevista à Agência Brasil, a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, considerou a mudança uma estratégia acertada.

    “É uma tendência. Vários países do mundo estão migrando para a dose única. Alguns porque não têm vacina e o único jeito de introduzir é com uma dose apenas. Outros, como Austrália, Escócia e Dinamarca, migraram para a dose única porque já conseguiram controlar ou reduzir em mais de 90% a circulação do vírus, das lesões e do câncer propriamente dito. Então, eles estão migrando para uma dose para manter o vírus com circulação baixa ou até ausente”.

    Quem pode se vacinar

    A imunização no Brasil, atualmente, é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos; vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente; pessoas que vivem com HIV; transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea; e pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.

    Infecção

    O HPV é considerado atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos.

    Apesar de se tratar de uma enfermidade que pode ser prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres – sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.

    *Colaborou Michelle Canes, da TV Brasil.

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Anvisa autoriza registro de vacina que previne bronquiolite em bebês

    Anvisa autoriza registro de vacina que previne bronquiolite em bebês

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o registro da vacina Abrysvo, da farmacêutica Pfizer. A dose combate o vírus sincicial respiratório (VSR), causador de infecções no trato respiratório, como a bronquiolite. A resolução foi publicada nesta segunda-feira (1º) no Diário Oficial da União.

    Em nota, a Anvisa destacou que a bronquiolite é uma inflamação dos brônquios que acomete com bastante preocupação crianças pequenas e bebês. O imunizante é indicado para a prevenção da doença do trato respiratório inferior em crianças desde o nascimento até os seis meses de idade por meio da imunização ativa em gestantes.

    “Isso significa que, para a proteção das crianças, a aplicação da vacina deve ser feita nas mães, durante a gestação. A vacina não é aplicada diretamente nos bebês”, reforçou a agência. A dose também foi autorizada para a prevenção da doença do trato respiratório inferior em pessoas com 60 anos ou mais, população também considerada de risco para a doença.

    A vacina

    A vacina Abrysvo é descrita como bivalente, já que é composta por dois antígenos da proteína de superfície F do VSR. A administração é intramuscular e em dose única. Segundo a Anvisa, o imunizante deve ser aplicado durante o segundo ou terceiro trimestre da gestação.

    “Como todo medicamento, foram observados alguns efeitos colaterais na administração do imunizante, sendo os mais comuns: dor no local da vacinação, dor de cabeça e dor muscular”, destacou a agência. “Ainda assim, a totalidade das evidências apresentadas à Anvisa foi capaz de demonstrar que os benefícios da vacina são superiores aos seus riscos.”

    A Anvisa já havia autorizado o registro da vacina Arexvy, da farmacêutica GlaxoSmith Kline, também destinada à prevenção de doenças causadas pelo VSR, porém, com indicação restrita à população com idade superior a 60 anos.

    Edição: Kleber Sampaio

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  • Pesquisa valida vacina contra vermes em caprinos e ovinos no Brasil

    Pesquisa valida vacina contra vermes em caprinos e ovinos no Brasil

    Uma vacina que pode ajudar os criadores de caprinos e ovinos a controlar a verminose, principal problema sanitário desses rebanhos no Brasil, foi validada pela Embrapa em animais do Nordeste do Brasil e mostrou nível de eficácia entre 80% e 90% em ovinos, e entre 60% e 70% em cabras. A vacina, desenvolvida por investigadores do Moredun Research Institute (Escócia, Reino Unido), é uma medida preventiva e não impede as infecções, mas aumenta a resposta do animal contra o verme hematófago (isto é, que se alimenta de sangue) H. contortus .

    Marcel Teixeira , veterinário e pesquisador da  Embrapa Caprinos e Ovinos  (Sobral, CE) responsável pelo estudo de validação da vacina, afirma que ela não é capaz de erradicar o parasita. “Na verdade, tentamos reduzir a carga parasitária e o impacto da doença a um ponto em que os animais possam produzir sem perdas ou mortalidade significativas”, explica.

    A pesquisadora afirma que o H. contortus é um problema sério, o parasita se alimenta exclusivamente de sangue e causa anemia e alta mortalidade, impactando economicamente os sistemas de produção. A forma mais comum de controlar o problema é com vermífugos (vermífugos). Mas como são usados ​​de forma contínua e muitas vezes incorreta, os vermes resistentes são selecionados a cada tratamento, reduzindo cada vez mais a eficácia dos medicamentos disponíveis. “Com a vacina não temos esse problema, porque o verme não desenvolve resistência contra ela”, explica. Outra vantagem é que a vacinação é uma medida limpa: não deixa vestígios na carne ou no leite, portanto não exige intervalo pré-colheita, ou seja, o pecuarista não precisa esperar muito para abater o animal ou descartar o leite. depois da vacina.

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    Foto: Igor Magalhães

    Eficácia e custos da vacina

    A validação da vacina contra o H. contortus foi realizada inicialmente em escala experimental nos rebanhos da Embrapa Caprinos e Ovinos, em Sobral, no Ceará. Em seguida, a equipe expandiu o experimento para rebanhos de outras propriedades do Nordeste brasileiro, principalmente da Bahia.

    Os resultados indicaram que a resposta dos animais à vacina varia entre as espécies e, na mesma espécie, muda de acordo com cada raça. As ovelhas respondem melhor que as cabras. E para algumas raças de ovinos, como Santa Inês, a eficácia da vacina é maior. O protocolo utilizado no Semiárido brasileiro foi de três doses pré-imunizantes, com intervalo de 21 dias, e uma dose de reforço após seis semanas em animais naturalmente infectados.

    A vacina requer algumas condições para funcionar bem. Precisa ser muito bem aplicado, armazenado em refrigeração e necessita de doses de reforço. O custo do medicamento hoje, sem tarifas de importação, é de US$ 0,50 por dose, o que equivale ao preço de um vermífugo de alto custo no Brasil. “A principal desvantagem em relação aos outros métodos seria o custo, que acaba sendo mais elevado, mas é compensado, pois não é necessário descartar a produção de leite e carne, como acontece com os vermífugos”, observa Teixeira.

    Rony Gleidson dos Santos é criador de ovinos de corte no município de Pintadas, BA, e participou do experimento de validação da vacina em campo. Ele explica que costumava tratar seu rebanho com vermífugos. “Com essa vacina que a Embrapa usou aqui foi muito melhor, a incidência de vermes diminuiu bastante. Tenho interesse em usar a vacina assim que estiver disponível”, relata. Teixeira observa que a prática normalmente adotada pelos criadores é incorreta, pois recorrem a diferentes vermífugos e isso leva à resistência do parasita a todos os medicamentos utilizados.

    As vantagens da vacina já foram comprovadas; o próximo passo é realizar estudos mais longos e extensos em diferentes regiões, para fins de registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), órgão que autoriza seu comércio, para iniciar o processo de importação e venda. “Há um processo administrativo inicial e um interesse do fabricante, da Embrapa e da cadeia produtiva. Já existe um movimento para trazer essa vacina para o Brasil e a Embrapa está ajudando nesse processo”, afirma o pesquisador.

    Impactos econômicos

    A ocorrência de vermes é maior, segundo os pesquisadores, em locais quentes e úmidos, onde causa elevados prejuízos econômicos aos criadores, principalmente pelo alto índice de mortalidade que causa nos rebanhos. Os custos anuais do tratamento apenas de animais afectados por Haemonchus contortus foram recentemente estimados em 26 milhões de dólares, 46 milhões de dólares e 103 milhões de dólares para o Quénia, a África do Sul e a Índia, respectivamente. No entanto, estudos mais recentes demonstraram que o parasita está presente mesmo em regiões mais frias como o norte da Europa.

    As perdas de animais variam muito entre regiões, anos e estações, dependendo das condições ambientais e da eficácia das medidas de controlo. O impacto económico imediato é maior quando muitos animais são manejados na mesma área e quando há uma elevada incidência da doença. Entretanto, sistemas de produção com rebanhos criados extensivamente (em pastagens) podem ser proporcionalmente mais afetados devido à má nutrição animal, ao acesso limitado a anti-helmínticos e à resistência a tais medicamentos.

  • Diagnóstico de dengue e imunização exigem cautelas na doação de sangue

    Diagnóstico de dengue e imunização exigem cautelas na doação de sangue

    Pessoas que tiveram dengue ou que tomaram a vacina contra a doença devem aguardar prazos específicos para poder doar sangue. As orientações sobre triagem de candidatos voltadas a serviços de hemoterapia constam em nota técnica publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Saúde.

    Em nota, a Anvisa informou que evidências científicas demonstram que há risco de transmissão da dengue por transfusão sanguínea. Quando uma pessoa recebe sangue contaminado com o vírus, há uma probabilidade de 38% de que ela seja infectada e desenvolva a doença após a transfusão.

    A agência destaca que, por esse motivo e “por precaução”, pessoas que tiveram dengue ou tomaram a vacina recentemente não podem doar sangue por um período determinado de tempo, conforme os seguintes critérios:

    • pessoas que tiveram dengue comum devem aguardar 30 dias após a recuperação completa;
    • pessoas que tiveram dengue grave devem aguardar 180 dias após a recuperação completa;
    • pessoas que tiveram contato sexual com pessoas que tiveram dengue nos últimos 30 dias deverão aguardar 30 dias após o último contato sexual;
    • pessoas que tomaram a vacina contra a dengue devem aguardar 30 dias após a vacinação.

    Pós-doação

    A Anvisa pede ainda que os serviços de hemoterapia orientem os doadores caso confirmem diagnóstico por dengue logo após a doação de sangue. “O doador deve informar ao serviço caso tenha resultado confirmado de dengue ou apresente sintomas como febre ou diarréia até 14 dias após a doação”.

    “A informação é necessária para que os serviços possam resgatar eventuais hemocomponentes em estoque e/ou acompanhar os pacientes, receptores do material’, explicou a agência.

    Imunoglobulinas x vacinas

    A nota destaca ainda que, conforme instruções dos fabricantes das vacinas contra dengue disponíveis no Brasil, pacientes que estão recebendo tratamento com imunoglobulinas ou hemocomponentes contendo imunoglobulinas, como sangue ou plasma, devem esperar pelo menos 6 semanas e, preferencialmente, 3 meses após o término do tratamento para tomar a vacina.

    “O objetivo dessa recomendação é não comprometer a eficácia das vacinas nesses pacientes. A Anvisa incentiva a doação de sangue e recomenda que todos os brasileiros visitem os serviços de hemoterapia, conhecidos como bancos de sangue, para verificar se estão aptos a doar sangue com segurança. Dessa forma, podem ajudar a salvar vidas e praticar uma boa ação.”

    Edição: Fernando Fraga

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  • Morte por dengue deve ser considerada evitável, diz secretário

    Morte por dengue deve ser considerada evitável, diz secretário

    Ao dar início à campanha de vacinação contra a dengue em Goiás, nesta quinta-feira (15), o secretário de Saúde do estado, Rasível dos Santos, disse que toda morte pela doença deve ser considerada morte evitável.

    “Ela é prevenível. Se a gente cuidar bem do nosso quintal, do nosso jardim, das caixas d’água, ninguém precisa ficar doente por dengue, ninguém precisa se complicar por dengue e ninguém precisa morrer por dengue”.

    “É um momento de trabalhar com a prevenção. A vacina faz uma prevenção muito importante, mas não é a única questão para a prevenção. Precisamos continuar cuidando dos locais que juntam água, dos criadouros do mosquito. São essas medidas que vão fazer toda a diferença”, avaliou o secretário.

    O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reforçou que as 151 mil doses recebidas do governo federal foram distribuídas, inicialmente, para 52 municípios goianos selecionados pelo Ministério da Saúde.

    “Estamos iniciando hoje a vacinação em 52 municípios. Vamos chegar a 120 municípios. Já recebemos as vacinas. As 151 mil doses já foram distribuídas dentro da determinação do Ministério da Saúde, de acordo com o número de casos mais graves nesses 52 municípios iniciais. Iniciaremos com as crianças de 10 anos e 11 anos, seguindo uma sequência até os 14 anos. Recebendo mais, ampliaremos as doses”, disse Caiado.

    Imunização no Brasil

    O Distrito Federal foi a primeira unidade da federação a dar início à imunização contra dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na última sexta-feira (9).

    No total, 521 municípios foram selecionados para receber as doses contra a dengue pelo SUS. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo o Ministério da Saúde, são consideradas endêmicas para a doença.

    Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos. Foto: Arte/EBC

    Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos. Foto: Arte/EBC

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  • Vacina contra dengue: entenda por que idosos precisam de receita

    Vacina contra dengue: entenda por que idosos precisam de receita

    A população idosa concentra, atualmente, as maiores taxas de hospitalização por dengue no Brasil. O grupo, entretanto, ficou de fora da faixa etária considerada prioritária para receber a vacina contra a dengue por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque a própria bula da Qdenga estipula que o imunizante é indicado somente para pessoas com idade entre 4 e 60 anos. Ainda assim, em laboratórios particulares, o imunizante é aplicado em idosos, desde que seja apresentado pedido médico.

    A pergunta é: há risco para o idoso que recebe a vacina? Em entrevista à Agência Brasil, o geriatra Paulo Villas Boas explicou que a bula da Qdenga não inclui pessoas acima de 60 anos porque não foram feitos estudos de eficácia nessa faixa etária. O membro do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia destacou, entretanto, que a dose foi liberada para toda a população acima de 4 anos pela Agência Europeia de Medicamentos e a Agência Argentina de Medicamentos.

    “Em médio prazo, acredito que haverá uma discussão sobre a liberação da vacina contra a dengue para a população com mais de 60 anos”, disse. “No presente momento, os idosos não são elegíveis. Se a dose for utilizada na população com mais de 60 anos, mesmo que seja recomendada por um médico, é considerado o que a gente chama de prescrição off label, ou seja, que não consta na liberação oficial. Alguns medicamentos são prescritos assim porque há estudos que mostram benefício.”

    “Existe essa possibilidade da prescrição off label. Mas o que está acontecendo no Brasil hoje em dia? Há uma demanda muito grande da população idosa com desejo de se vacinar contra a dengue. Porém, mesmo nas clínicas privadas, não se encontra mais a vacina. Como ela foi liberada, o próprio laboratório não está conseguindo suprir a demanda para o SUS. Temos uma previsão, até o final do ano, de um aporte de cerca de 6 milhões de doses. Então o laboratório provavelmente não vai conseguir suprir a demanda para clínicas privadas.”

    A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBC
    A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBCA melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBC – Arte/EBC

    Grupo de risco

    Villas Boas lembrou que os idosos são considerados grupo de risco para agravos decorrentes da infecção pela dengue. O maior número de óbitos, segundo o geriatra, acontece exatamente nessa faixa etária. Dados da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, por exemplo, mostram que, no ano passado, das 11 mortes registradas pela doença, oito foram em pessoas com mais de 60 anos. Em 2022, 79% dos óbitos provocados pela dengue no estado também foram entre idosos.

    “A gente sabe que os indivíduos idosos são portadores de doenças crônicas como hipertensão, diabetes, doença do coração. Muitos têm estado em imunossupressão, ou seja, quebra da imunidade. E esses são fatores de risco para complicações da infecção pela dengue. Por isso, acredito que a médio prazo, ou mesmo a curto prazo, teremos dados cientificamente robustos que indiquem a vacinação contra a dengue para essa população.”

    O geriatra reforçou que não há risco iminente para idosos que, com a prescrição médica em mãos, recebem a vacina contra a dengue, mas destacou aspectos considerados importantes quando o assunto é a imunização de pessoas com mais de 60 anos, como um estado de perda de imunidade normal da idade, chamado imunossenescência, e a tomada de medicações que podem aumentar a imunodeficiência, como o uso crônico de corticoides e outros tratamento específicos.

    “Se eventualmente esse indivíduo idoso desejar ser vacinado, é importante que ele converse muito bem com o médico que irá prescrever a vacina. Um bom contexto de saúde desse indivíduo idoso, para que ele possa receber a vacina com total segurança. A gente tem que lembrar que a Qdenga é uma vacina com vírus atenuado e não com vírus morto. Se o indivíduo estiver com a imunidade mais baixa, pode ter uma resposta ou reação vacinal maior, desenvolvendo efeitos colaterais inerentes à vacinação, como mal-estar geral e febre. Não vai desenvolver um quadro de dengue clássico. Mas pode ter uma série de efeitos colaterais, descritos na própria bula da vacina.”

    Na ausência de uma dose contra a dengue formalmente indicada para idosos, Villas Boas ressaltou que a prevenção da doença nessa faixa etária deve ser feita por meio dos cuidados já amplamente divulgados para o combate ao mosquito Aedes aegypti: impedir o acúmulo de água parada; usar repelentes sobretudo pela manhã e no final da tarde, horários de maior circulação do Aedes aegypti; e utilizar roupas de manga longa e em tons mais claros.

    Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos. Foto: Arte/EBC
    Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos. Foto: Arte/EBC – Arte/EBC

    “A prevenção da dengue para a população idosa é idêntica à prevenção da população em geral. Não há nada específico. São aquelas orientações que a gente cansa de ouvir e cansa de ver que as pessoas não fazem”, disse. “Tudo o que possa evitar o indivíduo de ser picado contribui”, concluiu.

  • Aumento nos casos de covid-19 em Lucas: saiba mais sobre vacina e uso de máscaras

    Aumento nos casos de covid-19 em Lucas: saiba mais sobre vacina e uso de máscaras

    O primeiro mês de 2024 registrou aumento no número de casos de covid-19 em Lucas do Rio Verde. Também em janeiro o município voltou a registrar óbito de paciente que contraiu a doença.

    Diante deste quadro, a Secretaria de Saúde passou a monitorar a situação diariamente. Ontem, em entrevista à imprensa, foram divulgadas ações que estão sendo realizadas pelo município.

    A secretária adjunta de Saúde, Karina Barros, informou que o município dispõe de testes contra a covid-19 em todos os postos de saúde. Basta que a pessoa que apresente sintomas da doença e procure a unidade mais próxima. Ela será avaliada para definir ou não a realização da testagem. Além disso, o Pronto Atendimento Municipal (PAM) continua sendo a unidade referência no atendimento a pacientes com coronavírus.

    “Com o monitoramento do número de casos, a Secretaria de Saúde organiza a necessidade dos atendimentos, tem atendimentos com resposta rápida aos pacientes que procuram as unidades”, informou. “Todas as unidades de saúde estão preparadas e têm o teste de covid para os pacientes que apresentam sintomas”.

    Planejamento

    O aumento no número de casos foi registrado em todo o Estado. Com isso, a Secretaria Estadual de Saúde passou a divulgar boletins informando a situação epidemiológica dos municípios. A relação classifica as situações como risco muito alto, risco alto, risco moderado ou baixo conforme a incidência de casos em cada cidade. Lucas está no grupo de risco alto.

    Keli Paludo, da área de planejamento da secretaria, explica que a situação vem sendo acompanhada e diz que ainda não há necessidade de ações restritivas. “Não é nada alarmante que tenha de fazer alguma intervenção, adotar uma conduta diferente, de organizar sentinela. A princípio serão mantidos os serviços como estão organizados”, disse.

    Vacinas e uso de máscara

    Por outro lado, o município vem desenvolvendo a vacinação da população. Este ano, com algumas mudanças na estratégia.

    A coordenadora de Vigilância em Saúde, Cláudia Engelmann, informa que o Ministério da Saúde recomenda quais os grupos devem ser imunizados como prioritários. A proposta é imunizar crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade, com três doses de vacina. “Esse esquema vacinal entra no calendário de rotina da criança”, explica.

    Acima de 5 anos, para ser vacinada, a pessoa deve fazer parte de grupos prioritários. Fazem parte desse grupo pessoas que possuam algum tipo de comorbidade, como diabetes, problemas cardíacos, renal, imunossuprimidos, que faça uso de medicação que abaixe a imunidade. Também fazem parte deste grupo, idosos, gestantes, trabalhadores da área de saúde. “A recomendação é esse grupo prioritário receber uma dose de bivalente em 2024. Se você é desse grupo prioritário pode conferir nas redes sociais todos os grupos, pode procurar a unidade básica de saúde e receber sua dose de 2024. Tem que ter pelo menos seis meses da última dose covid”, explicou.

    Em relação ao uso de máscaras, a supervisora orienta que as pessoas que fazem parte dos grupos de risco ou pessoas que apresentem sintomas de doença respiratória a usarem máscara. “Independente se é covid ou não é importante usar a máscara. Vai procurar atendimento em qualquer unidade de saúde, já vai com a máscara. Recomendamos que as pessoas sintomáticas e as pessoas do grupo de risco. Se vai num local mais fechado e tenha mais aglomeração e a pessoa é do grupo de risco, que use a máscara”, destaca.