Tag: vacina

  • Vacina oral contra poliomielite não será mais aplicada no Brasil

    Vacina oral contra poliomielite não será mais aplicada no Brasil

    A partir desta segunda-feira (4), o Ministério da Saúde irá substituir as duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), popularmente conhecida como gotinha, por uma dose da vacina inativada (VIP), que é injetável. O objetivo é alinhar o esquema vacinal às práticas já adotadas por países como os Estados Unidos e nações europeias.

    Segundo o Ministério, a mudança vai garantir maior eficácia do esquema vacinal, que será exclusivo com a vacina injetável.

    O novo esquema inclui três doses da vacina injetável administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de uma dose de reforço aos 15 meses. O Ministério da Saúde já enviou orientações aos estados para que preparem os municípios para a implementação das novas diretrizes.

    As doses da vacina oral poliomielite bivalente que estejam lacradas em estoque nos municípios serão recolhidas pelo Ministério da Saúde até o dia 31 de novembro. A partir de hoje, apenas as doses da vacina injetável deverão estar disponíveis nas salas de vacinação.

    Zé Gotinha

    Apesar da substituição da vacina oral, o Ministério da Saúde garante que o personagem Zé Gotinha, criado nos anos 1980 para incentivar a adesão das famílias, continuará sendo um símbolo da imunização no país.

    “O Zé Gotinha é um símbolo universal na missão de salvar vidas e um aliado importante na educação e no combate às notícias falsas. Ele seguirá firme nas ações de conscientização”, explica o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti.

  • Mato Grosso precisa intensificar campanhas de vacinação para proteger a população

    Mato Grosso precisa intensificar campanhas de vacinação para proteger a população

    Um levantamento realizado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) revelou um cenário preocupante em relação à cobertura vacinal em diversos municípios do estado. As vacinas meningocócica ACWY e influenza apresentam os índices mais baixos, com menos de 50% da população alvo imunizada em alguns municípios.

    A pesquisa, realizada por meio do projeto “Vacinômetro”, monitora mensalmente os dados de vacinação enviados pela Secretaria de Estado de Saúde e divulga um ranking a cada 90 dias. O objetivo é identificar os municípios com as menores taxas de cobertura e auxiliar os promotores de Justiça a atuarem junto aos gestores municipais para aumentar a adesão da população às campanhas de vacinação.

    Entre os municípios com as piores coberturas da meningocócica ACWY, estão Rosário Oeste, Cocalinho e São Pedro da Cipa, com taxas inferiores a 10%. Já em relação à influenza, Alto Boa Vista, General Carneiro e Poxoréu lideram a lista dos municípios com menor cobertura.

    A baixa cobertura vacinal expõe a população a um risco maior de contrair doenças graves como meningite e gripe, especialmente crianças, idosos e pessoas com comorbidades. A meningocócica ACWY, por exemplo, protege contra quatro tipos da bactéria que causa a meningite meningocócica, uma doença grave que pode levar à morte em poucos dias. Já a influenza pode causar complicações como pneumonia e insuficiência respiratória.

  • Mato Grosso recebeu 37,8 mil doses de vacinas contra a Covid-19

    Mato Grosso recebeu 37,8 mil doses de vacinas contra a Covid-19

    Mato Grosso recebeu 37.800 doses da vacina contra a Covid-19 Spikevax, do Ministério da Saúde, nesta sexta-feira (25.10). A Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizará a distribuição dos imunizantes a partir da próxima semana, conforme as solicitações feitas pelos municípios.

    O secretário Juliano Melo destacou que a vacina contra a Covid-19 é essencial para a manutenção da imunização da população. “Estávamos desabastecidos desta vacina e agora é o momento de os municípios intensificarem a vacinação contra a Covid-19, sobretudo nos públicos prioritários, como crianças, idosos e imunossuprimidos”, disse.

    A superintendente de Vigilância em Saúde, Marlene Barros, explicou que o Estado distribui as doses para os 16 Escritórios Regionais de Saúde de Mato Grosso levando em consideração os quantitativos solicitados pelos próprios municípios.

    “Com o recebimento dessas novas doses, iremos trabalhar intensamente para distribuir os quantitativos já na próxima semana. Nós enviamos as doses para os Escritórios Regionais, já com as quantidades pré-definidas por município, conforme o que foi solicitado pelas próprias gestões municipais. Desta forma, evitamos que alguns municípios tenham muitas doses em estoque, enquanto outros tenham a falta”, esclareceu.

    A vacina Spikevax é da farmacêutica Moderna. Ela é monovalente, ou seja, protege contra uma variante, a XBB 1.5, e está disponível para a imunização de crianças e adultos.

    São considerados públicos prioritários para a vacinação contra a Covid-19 as crianças entre seis meses a 5 anos incompletos, pessoas com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas de 5 anos ou mais, indígenas, quilombolas e ribeirinhos, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência, pessoas em instituições de longa permanência, portadores de comorbidades, pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade.

  • Dia Nacional da Vacinação alerta para importância de prevenir doenças

    Dia Nacional da Vacinação alerta para importância de prevenir doenças

    O Brasil tem um dos maiores sistemas de vacinação pública do mundo. Mas seria impossível aplicar mais de 300 milhões de doses de vacina por ano sem um batalhão treinado para esse trabalho. São cerca de 193 mil enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam em mais de 38 mil salas de vacina em todo o país. E muitas vezes fora delas, indo até onde a população está. Nesta quinta-feira (17), quando se celebra o Dia Nacional da Vacinação, profissionais alertam que toda oportunidade de orientar a população tem que ser aproveitada.

    Um desses profissionais é a enfermeira Viviane de Almeida, que trabalha aplicando vacinas há 16 anos e hoje atua no Super Centro Carioca de Vacinação, no Rio de Janeiro. Quando ainda era técnica de enfermagem, ela trabalhou em uma campanha de vacinação contra a gripe e nunca mais quis saber de outra coisa.

    “Um olhar completamente diferenciado, de evitar que a gente adoeça por doenças que são passíveis de prevenção através da vacinação. É isso que me fez apaixonar na verdade”, conta Viviane.

    Calendário de Vacinação

    O Programa Nacional de Imunizações oferece 31 vacinas e constantemente esse rol é atualizado. Só este ano, por exemplo, a vacina contra a covid-19 se tornou parte do calendário básico, a vacina contra a dengue começou a ser aplicada nos adolescentes, e a gotinha contra a pólio foi aposentada, dando lugar ao reforço injetável e o esquema contra o HPV se tornou de dose única. Ou seja, para trabalhar em sala de vacina é preciso entender de imunização, e se atualizar constantemente. Inclusive para informar a população.

    “A oportunidade de visita [ao posto de saúde] tem que ser vista como oportunidade única. A gente não sabe se aquele usuário vai voltar, aproveitar aquele momento pra avaliar ele como todo, o que está pendente, o que pode ser feito naquele momento. Entrou na sala, é uma oportunidade, seja como acompanhante, mãe que levou o filho”, defende Viviane.

    Agentes

    A enfermeira e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mayra Moura, também chama atenção para a importância do trabalho de outro profissional: o agente comunitário de saúde. São quase 300 mil pessoas no Brasil com a atribuição de acompanhar as famílias atendidas pelo serviço de atenção básica à saúde de cada comunidade.

    “Quando você estabelece esse vínculo de confiança consegue ter esse poder de convencimento, mas isso também passa pelo preparo desses profissionais, de entenderem o papel deles nesse sistema. O papel da vacinação, de estar confortável de responder às dúvidas, que ele pudesse dar uma olhada: ´’olha com essa idade você teria que ter tomado tais vacinas’, um idoso, uma grávida, uma pessoa que está passando por um tratamento oncológico, e que existem vacinas que são importantes naquela situação”, explica Mayra.

    A enfermeira avalia também que o aumento das equipes de saúde da família, e o treinamento e engajamento desses profissionais são ações essenciais para reverter as quedas vacinais.

    “Dentro da enfermagem, a imunização está dentro da atenção primária, mas na prática é a sala de vacina lá e as equipes de saúde na familia fazendo outros trabalhos. Então, quando a equipe vai até a casa de alguém teria que estar lá no checklist deles também a imunização”, defende Mayra.

    Desde o ano passado, o Brasil vem aumentando as coberturas das vacinas do calendário básico, mas ainda está longe do ideal. Até setembro, apenas a vacina meningocócica C tinha superado o índice recomendado de 95%. E alguns imunizantes ainda estão com cobertura muito baixa, a dTpa, indicada principalmente para grávidas, por exemplo, foi aplicada em apenas 53% do público-alvo. E menos de 30% dos bebês tomaram o imunizante contra a covid-19.

  • RS receberá 105 mil doses adicionais de vacinas até segunda

    RS receberá 105 mil doses adicionais de vacinas até segunda

    Até essa segunda-feira (13), o Ministério da Saúde enviará para a população gaúcha mais 105 mil doses emergenciais de vacinas, além das 926 mil que já estavam previstas na rotina de entrega ao estado, visando ampliar o acesso à saúde e garantir assistência à população afetada pelas enchentes dos últimos dias. No dia 5 deste mês, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a pasta enviou para o Rio Grande do Sul 200 mil doses das vacinas contra tétano, difteria, hepatites A e B, coqueluche, meningite, rotavírus, sarampo, caxumba, rubéola, raiva e picadas de animais. Não há registro de desabastecimento de nenhuma vacina no estado, segundo o ministério.

    O diretor do PNI, Eder Gatti, informou que o governo federal está disponibilizando recursos e promovendo a reposição dos estoques perdidos com as enchentes, não apenas de vacinas, mas também da rede de frio para seu armazenamento. “Esta semana, estamos enviando por via terrestre mais 200 caixas térmicas de alta qualidade, além de 4,8 mil bobinas de resfriamento”, disse Gatti.

    Farmácia Popular

    Ontem (11), o Ministério da Saúde flexibilizou a retirada de medicamentos pelo programa Farmácia Popular no Rio Grande do Sul. Com essa medida, fica dispensada a apresentação dos documentos oficiais com foto, Cadastro de Pessoa Física (CPF) e receita ou prescrição médica para acessar medicamentos para tratamento de asma, hipertensão e diabetes.

    No âmbito do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, os cidadãos poderão manter também seus tratamentos por seis meses sem necessidade de renovar as receitas, contanto que a dose e o tipo do medicamento permaneçam os mesmos. O ministério determinou ainda que as pessoas que perderam medicamentos no intervalo de até dois meses antes do reconhecimento oficial da calamidade poderão solicitar uma nova retirada.

    Hospital de Campanha

    O Hospital de Campanha do Ministério da Saúde em Canoas (RS) superou a marca de mil atendimentos realizados. A unidade foi montada para o socorro emergencial das pessoas atingidas pelas enchentes e conta com 134 profissionais da saúde de diversas áreas. O balanço mais recente da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) revela que foram efetuados 786 atendimentos na unidade médica; 293 atendimentos volantes; e 21 atendimentos aeromédicos, totalizando 1,1 mil atendimentos.

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  • Conheça quais são as vacinas essenciais que os pets devem tomar

    Conheça quais são as vacinas essenciais que os pets devem tomar

    Em alta nos últimos anos, as vacinas são produtos biológicos que estimulam a defesa do corpo contra alguns microrganismos, como vírus e bactérias que provocam doenças, algumas até mais graves. Elas podem ser produzidas a partir de microrganismos enfraquecidos, mortos ou a partir de alguns de seus derivados.

    As vacinas são responsáveis por manter a imunização em dia e deixá-los saudáveis

    Conheça quais são as vacinas essenciais que os pets devem tomar

    Trata-se, portanto, de uma forma segura e eficaz de prevenir doenças e salvar vidas e, mais ainda, quando o ser humano é vacinado, ele se protege e também aos que estão ao seu nosso redor. Mas, e os pets, quais vacinam eles devem tomar?

    “Sempre reforçamos que o check-up é o melhor método de prevenção para manter os bichinhos saudáveis contra doenças, muitas das quais são letais. As vacinas são parte obrigatória desse processo”, comenta Thiago Teixeira, diretor-geral do Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo.

    As vacinas são um passo essencial da rotina de prevenção dos pets, responsáveis por manter a imunização em dia e deixá-los saudáveis. Doenças como a rinotraqueíte e calicivirose em gatos, e cinomose e parvovirose em cães, afetam o bem-estar do animal e da comunidade, e podem chegar a ser fatais.

    Tutores e responsáveis devem garantir que a carteirinha de vacinação e os exames regulares estejam em dia

    Conheca quais sao as vacinas essenciais que os pets devem tomar Pixabay 2

    Indica-se que todas as vacinas para gatos sejam aplicadas entre 45 e 60 dias de vida, pois se os pets forem muitos filhotes ao recebê-las, os anticorpos adquiridos na amamentação podem inativar as vacinas.

    Para isso, tutores e responsáveis devem garantir que a carteirinha de vacinação e os exames regulares estejam em dia. Pensando em ajudar os tutores, na coluna dessa semana apontamos as principais vacinas que cães e gatos devem tomar e contra qual doença elas agem.

    Para cães

    1 – V8 e V10: vacinas múltiplas

    Estas vacinas obrigatórias são conhecidas como polivalentes por imunizarem o cão de várias doenças ao mesmo tempo. Ela age principalmente contra a cinomose, doença viral altamente contagiosa e letal, afetando todo o organismo do animal; a parvovirose, que afeta o sistema gastrointestinal; e a leptospirose, doença bacteriana que afeta rins e fígado e pode ser transmitida para humanos.

    A V8 e V10 podem ser aplicadas no pet a partir de 6 semanas e devem ser tomadas em intervalos de 2 a 4 semanas, até que o cãozinho complete 16 semanas. Depois, ele deve receber sua dose de reforço anualmente.

    2- Antirrábica

    Vacina obrigatória, ela atua contra a raiva canina. A doença atinge o sistema nervoso do cão e pode ser fatal tanto para outros animais quanto para os humanos.

    O tutor pode levar o pet para recebê-la a partir de 12 semanas e, depois disso, a dose de reforço também ocorre uma vez ao ano.

    Para gatos

    1- Vacina contra a raiva

    Assim como para os cães, os felinos devem receber obrigatoriamente sua dose única de vacina antirrábica a partir do quarto mês de vida, com uma dose de reforço anual. A doença afeta o sistema nervoso do gatinho, alterando significativamente seu comportamento.

    2- Vacina V4

    Vacina polivalente, a V4 protege os gatos de quatro doenças: a rinotraqueíte, gripe felina altamente contagiosa que provoca rinite, salivação, conjuntivite, febre e perda de fome; a calicivirose, com sintomas parecidos, mas com o adendo de causar úlceras na boca; a panleucopenia, que é transmitida pelo animal, objetos ou resíduos infectados e pode debilitar a coordenação motora, causar vômito, febre e diarreia; e a clamidiose, doença que compromete a área dos olhos e o sistema respiratório do gato, transmissível aos humanos.

    3- Vacina V5

    Com os mesmos benefícios da V4, a vacina polivalente quíntupla é mais completa e também imuniza o pet contra a leucemia felina (FeLV), que afeta o sistema imunológico, deixando o felino exposto a infecções. É contraída por meio do leite materno, saliva ou resíduos de outros pets infectados.

    Consulte sempre um médico veterinário em caso de dúvidas e suspeitas. “Visitas frequentes ao veterinário ajudam a prevenir problemas sérios e a sanar dúvidas a respeito do bem-estar do pet”, finaliza Teixeira.

  • Brasil passa de 4 milhões de casos de dengue; mortes chegam a 1.937

    Brasil passa de 4 milhões de casos de dengue; mortes chegam a 1.937

    O Brasil passou de 4 milhões de casos de dengue registrados neste ano, conforme atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (29). No total, 4.127.571 casos prováveis da doença notificados em todo o país nos quatro primeiros meses.

    Quanto às mortes por dengue, 1.937 foram confirmadas e 2.345 estão sob investigação. O coeficiente de incidência da doença no país é 2.032,7 casos para cada 100 mil habitantes.

    A faixa etária mais afetada é de 20 a 29 anos, que concentra a maior parte dos casos. Já a faixa etária menos atingida é a de crianças menores de 1 ano, seguida por pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos.

    As unidades da Federação com maior incidência da doença são Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina.

    Projeções divulgadas no início do ano apontam que os casos da dengue no país podem chegar a 4.225.885 de casos.

    Combate à dengue

    O Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram nesta segunda-feira (29), em Belo Horizonte, a Biofábrica Wolbachia. A unidade, administrada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vai permitir ao Brasil ampliar sua capacidade de produção de uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses.

    A Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente naturalmente no Aedes aegypti. O chamado método Wolbachia consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito em laboratório e criar Aedes aegypti que portam o microrganismo. Infectados pela Wolbachia, eles não são capazes de carregar os vírus que causam dengue, zika, chikungunya ou febre amarela.

    arte dengue

    Edição: Carolina Pimentel

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  • Governo aumenta público-alvo da vacinação contra HPV

    Governo aumenta público-alvo da vacinação contra HPV

    Pacientes com papilomatose respiratória recorrente passaram a integrar os grupos prioritários para a vacinação contra o HPV. A inclusão, de acordo com o Ministério da Saúde, foi motivada por publicações que demonstram os benefícios da vacina como tratamento auxiliar para a doença, indicando redução no número e no espaçamento de recidivas em pacientes imunizados.

    A vacina contra o HPV, no caso de pacientes com papilomatose respiratória recorrente, será ofertada mediante apresentação de prescrição médica. Para pacientes menores de 18 anos de idade, é necessário apresentar também um documento com o consentimento dos pais ou de responsáveis.

    Doença

    De acordo com a pasta, a papilomatose respiratória recorrente é uma doença pouco frequente, em geral benigna, mas que pode causar grave comprometimento clínico e psicológico nas pessoas afetadas. O quadro acomete tanto crianças como adultos.

    Causada pela infecção pelo próprio HPV, sobretudo pelos tipos 6 e 11, a doença caracteriza-se pela formação de verrugas, geralmente na laringe, mas que podem se estender para outras partes do sistema respiratório.

    O tratamento é cirúrgico, para remoção das verrugas das cordas vocais e da laringe. “Mesmo com uso concomitante de medicamentos que podem ser associados ao procedimento, as recorrências são frequentes, sendo necessários repetidos procedimentos cirúrgicos”, destacou o ministério.

    “Nos quadros de pior evolução em crianças, as recidivas são mais agressivas e o prognóstico é pior. Dessa forma, o tratamento, na maioria das vezes, é extremamente custoso, doloroso e, muitas vezes, ineficaz”, diz a pasta.

    Dose única

    Desde fevereiro, a estratégia de vacinação contra o HPV no país passou a ser feita em dose única, substituindo o modelo de duas doses. A proposta, segundo a pasta, é intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus, inclusive a papilomatose respiratória recorrente.

    O esquema dose única contra o HPV foi embasado por estudos de eficácia e segue as recomendações mais recentes feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

    Quem pode se vacinar

    A imunização contra o HPV no Brasil, atualmente, é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos de idade; vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente; pessoas que vivem com HIV; transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea; e pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.

    Testagem

    Em março, o ministério anunciou a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste para detecção de HPV em mulheres classificado pela própria pasta como inovador. A tecnologia utiliza testagem molecular para a detecção do vírus e o rastreamento do câncer do colo do útero, além de permitir que a testagem seja feita apenas de 5 em 5 anos.

    A forma atual de rastreio do HPV, feita por meio do exame conhecido popularmente como Papanicolau, precisa ser realizada a cada três anos. A incorporação do teste na rede pública passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou a tecnologia mais precisa que a atualmente ofertada no SUS.

    Infecção

    O HPV é considerado atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos.

    Apesar de se tratar de uma enfermidade que pode ser prevenida, o câncer de colo de útero segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres – sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Vacina tetravalente contra a gripe do Butantan terá verbas do BNDES

    Vacina tetravalente contra a gripe do Butantan terá verbas do BNDES

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 45,4 milhões para que o Instituto Butantan, em São Paulo, realize os ensaios clínicos necessários ao desenvolvimento de uma vacina tetravalente de influenza, o vírus causador da gripe. A expectativa é que os resultados dos testes da nova vacina sejam submetidos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2024, com previsão de emissão do registro do imunizante no segundo semestre de 2025.

    O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que o apoio do banco possibilita o adensamento da pesquisa e inovação para o desenvolvimento do Complexo Econômico Industrial da Saúde, parte importante da Nova Política Industrial do governo Lula.

    “O acesso a vacinas é um direito do povo brasileiro, assegurado pelo SUS [Sistema Único de Saúde] por meio do Programa Nacional de Imunização. Ao aumentar a efetividade da vacina contra a gripe utilizada nas campanhas do Ministério da Saúde, o projeto contribui para a melhoria do nosso sistema de saúde, por meio da queda dos números de hospitalizações, complicações e mortes causadas pela doença”, afirmou.

    Eficácia

    A atual vacina contra a gripe produzida pelo Butantan protege contra os três tipos de vírus influenza mais prevalentes e sua composição é atualizada anualmente, devido à alta taxa de mutação do vírus. A nova vacina tetravalente ampliará a eficácia do imunizante, além de facilitar a incorporação de outras linhagens do vírus que futuramente passem a ser relevantes.

    Serão realizados dois ensaios clínicos. Um deles englobará participantes acima de 3 anos de idade e o outro em crianças de 6 a 35 meses. Os estudos clínicos são gerenciados pelo Butantan e conduzidos por mais de vinte centros de pesquisa distribuídos pelas regiões Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil.

    “A autorização deste recurso do BNDES chega em momento oportuno, mostrando o comprometimento do banco em contribuir para que o Brasil possa fortalecer sua autonomia no setor de imunobiológicos”, diz o diretor executivo da Fundação Butantan, Saulo Nacif.

    Edição: Sabrina Craide

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  • Nova vacina contra a covid-19 chega à população em 15 dias

    Nova vacina contra a covid-19 chega à população em 15 dias

    O Ministério da Saúde confirmou a compra de 12,5 milhões de doses de vacina contra a covid-19 da farmacêutica Moderna. Os imunizantes devem chegar à população nos próximos 15 dias. O contrato foi fechado na sexta-feira (19).

    A pasta informou que iniciou o processo de aquisição emergencial em dezembro de 2023, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a versão mais atualizada do imunizante.

    Em nota, o ministério diz que essa é a primeira vez que empresas farmacêuticas disputam o fornecimento de vacinas contra a covid-19 no Brasil. Todas as aquisições anteriores foram feitas em um ambiente sem concorrência. A medida, segundo o governo, possibilitou uma economia de R$ 100 milhões.

    Edição: Fernando Fraga

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