Tag: vacina

  • Apenas 10% do grupo prioritário: Baixa adesão à vacina da gripe alarma a saúde em Mato Grosso

    Apenas 10% do grupo prioritário: Baixa adesão à vacina da gripe alarma a saúde em Mato Grosso

    A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) está preocupada com a baixa procura pela vacina contra a gripe na região, especialmente entre os grupos prioritários, que incluem crianças, idosos e gestantes.

    Apesar de o estado já ter distribuído mais de 850 mil doses da vacina para os municípios, apenas cerca de 10% desse público buscou a imunização até o momento, com um total de 138.603 doses aplicadas.

    A responsabilidade pela aplicação das vacinas é das prefeituras municipais, e a SES-MT tem feito a sua parte na distribuição e orientação.

    A secretária adjunta de Atenção e Vigilância em Saúde, Alessandra Moraes, reforçou a importância da vacinação, que está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não só para o grupo prioritário, mas também para diversos grupos estratégicos, como puérperas, indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua, trabalhadores da saúde e da educação, profissionais da segurança e salvamento, caminhoneiros e pessoas com doenças crônicas.

    Alessandra Moraes fez um apelo especial aos pais e responsáveis para que levem as crianças menores de 5 anos para se vacinar. Ela explicou que o período de baixas temperaturas se aproxima, aumentando o risco de doenças respiratórias, e que a vacina protege contra três tipos de vírus da influenza, sendo essencial para a saúde dos pequenos.

  • Alerta em Cuiabá: Casos de gripe disparam em 2025

    Alerta em Cuiabá: Casos de gripe disparam em 2025

    Dados do relatório semanal de Vigilância Epidemiológica dos Vírus Respiratórios apontam para um aumento significativo no número de casos de Influenza A e B em Cuiabá. O levantamento revela um salto de 14 casos registrados em 2024 para 165 em 2025, representando um aumento de 85%. Do total de casos confirmados neste ano, 32 necessitaram de hospitalização.

    Diante desse cenário de crescimento da circulação dos vírus da gripe, a Prefeitura de Cuiabá intensificou a campanha de vacinação nas 73 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital. O foco da imunização é o público prioritário, estimado em 248.118 pessoas, que inclui crianças, idosos e gestantes, grupos mais vulneráveis a complicações da doença.

    De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Cuiabá já recebeu um total de 88 mil doses da vacina contra a gripe, distribuídas em três remessas desde o início da campanha. A pasta municipal ressalta que a vacinação está ocorrendo de forma contínua nas UBS, com equipes de saúde também realizando ações de conscientização junto aos pacientes que procuram as unidades, com o objetivo de estimular a adesão à vacina.

    Para se vacinar, as pessoas que fazem parte do público-alvo da campanha devem procurar a UBS mais próxima, portando um documento de identificação com foto e a carteira de vacinação.

  • Vacinação nas escolas: crianças são imunizadas e atualizam caderneta

    Vacinação nas escolas: crianças são imunizadas e atualizam caderneta

    Isis Caiano de Almeida tem 10 meses de idade e chegou cedo ao Centro de Educação de Primeira Infância Sempre Viva, em Ceilândia, a cerca de 30 quilômetros de Brasília. A agenda na creche nesta terça-feira (15), entretanto, foi um pouco diferente dos demais dias. Com a autorização dos pais, a bebê foi imunizada por profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal dentro da própria instituição de ensino.

    A equipe de enfermagem no centro conseguiu atualizar toda a caderneta de vacinação de Isis, que estava com cinco doses em atraso. Agora, a bebê está imunizada contra a febre amarela, a gripe e a covid, além de receber os reforços contra a poliomielite e da chamada pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B.

    Ana Liz do Nascimento, de 7 meses de idade, era a próxima na fila para ser imunizada na instituição de ensino. Como estava com a caderneta de vacinação em dia, a bebê recebeu apenas a dose contra a gripe, que começou a ser aplicada no Distrito Federal há poucas semanas.

    Do lado de fora da sala de vacina montada na creche, Manuela Almeida, de 2 anos de idade, e a amiga Sofia dos Santos, de 3 anos, se preparavam para serem imunizadas.

    “Não vamos chorar”, garantiram as duas, enquanto aguardavam, de mãos dadas, no pátio da escola.

    No momento da aplicação das doses, entretanto, o cenário foi um pouco diferente. Manuela, que permanecia calma até então, juntou as mãozinhas e ficou apreensiva. Ameaçou chorar, mas logo voltou a sorrir com as brincadeiras da tia do maternal. Sofia, que faz aniversário nesta terça-feira, recebeu três picadinhas, conseguiu segurar o choro e viu a equipe de saúde toda cantar parabéns pra ela.

    “A gente tem todas as vacinas aqui. Só não tem a da dengue, porque fora do ambiente da UBS [Unidade Básica de Saúde], precisaríamos da presença de um médico, e a BCG, que é uma vacina dada em crianças ao nascer. As demais, todas, a gente tem. Aquela criança que está com o cartão atrasado pode atualizar aqui, sem necessitar dos pais se deslocarem de casa, saírem do trabalho. É uma oportunidade muito boa”, explicou a enfermeira da sala de vacinas da UBS 12, de Ceilândia, Thais Maria Alves Pereira.

    Thais lembra que a vacinação nas escolas tem como meta ampliar as coberturas vacinais no país e como a ação é implementada.

    “Primeiro, a gente faz uma triagem na caderneta, para ver qual a necessidade da criança e se há vacinas em atraso. Antes disso, a gente já mandou uma autorização para a direção da creche, que foi encaminhada aos pais ou responsáveis. Tem pai que autoriza, por exemplo, só a vacina da gripe. Outros, só a da covid”, explicou.

    De acordo com a diretora do Centro de Educação de Primeira Infância Sempre Viva, Josy Gabriela Cordeiro, a ação de vacinação acontece todos os anos na instituição.

    “É uma necessidade. Nem sempre as famílias têm condições de atualizar a caderneta de vacinação das crianças. Vou puxar sardinha para os pais aqui da escola, porque eles são muito participativos e comprometidos. Nas nossas salas, nem todas as crianças precisam ser vacinadas. Mas esse processo facilita muito para aqueles que não conseguem”, disse.

    “É o nosso papel dar assistência. A gente está aqui para dar assistência a essas famílias. E garantir o direito à saúde das crianças, promovendo bem-estar”, disse.

    “Facilita muito. Vale ressaltar também a confiança que as famílias têm em nós. No caso daquelas crianças que choram demais ou que têm alguma reação à vacina, a gente liga para os pais. Não tendo [reações], elas permanecem as 10 horas, no período integral, aqui. De 7h30 às 17h30”.

    Segundo Josy, a parceria com a UBS próxima à escola vai além da vacinação das crianças e se estende ao longo de todo o ano letivo inteiro.

    “Eles são nosso parceiro número um. Fazemos marcação de consulta e atendimento de fato para todas as famílias. A UBS faz também saúde bucal aqui na creche, marcação de consulta, saúde da mulher. Tem muita parceria, não só com as vacinas”, garante.

    Entenda

    Escolas públicas de todo o país iniciaram na segunda-feira (14) uma mobilização para atualizar a caderneta de vacinação dos alunos. A ação faz parte do Programa Saúde na Escola, uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação para ampliar a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes.

    Ao todo, 5.544 municípios participam da campanha, que envolve cerca de 27,8 milhões de alunos de 109,8 mil escolas, 80% das instituições da rede pública de ensino do país.

    De acordo com o Ministério da Saúde, é a maior adesão da história do programa, criado em 2007.

    A meta é vacinar, até o próximo dia 25, pelo menos 90% dos estudantes menores de 15 anos de idade. Serão aplicadas doses contra a febre amarela, além da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), da DTP (tríplice bacteriana), da meningocócica ACWY e da vacina contra o HPV.

    “As ações contam com a participação de profissionais do SUS [Sistema Único de Saúde], cujas equipes vão vacinar no ambiente escolar, ou as instituições de ensino levarão os estudantes até uma Unidade Básica de Saúde, sempre com a autorização dos responsáveis”, informou o ministério.

  • São Paulo registra seis mortes por febre amarela

    São Paulo registra seis mortes por febre amarela

    A secretaria estadual de Saúde de São Paulo informou o registro de dez casos de febre amarela em moradores do estado, dos quais seis morreram. A atualização pela pasta veio com a confirmação de que nenhuma das vítimas da doença havia sido imunizada antes. Também houve registro de 30 macacos encontrados com a doença nas regiões de Ribeirão Preto, Campinas, Barretos e Osasco. A pasta ainda descarta casos de febre amarela urbana, ou seja, a transmissão tem ocorrido em áreas rurais.

    Segundo a pasta, o estado recebeu 1,9 milhão de doses do imunizante para a doença este ano, de 6 milhões que solicitou ao Ministério da Saúde nas primeiras semanas de 2025.

    Com a proximidade do carnaval, feriado em que o número de viagens costuma aumentar, há recomendação, da secretaria, para que aqueles que vão para regiões rurais ou de mata busquem a imunização.

    Os sintomas iniciais da febre amarela são o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores musculares, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.

  • Dengue: um ano após início da imunização, procura por vacina é baixa

    Dengue: um ano após início da imunização, procura por vacina é baixa

    Um ano após o início da vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), a procura pelo imunizante no país está bem abaixo do esperado. De fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, 6.370.966 doses foram distribuídas. A Rede Nacional de Dados em Saúde, entretanto, indica que apenas 3.205.625 foram aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo-alvo definido pela pasta.

    A faixa etária, de acordo com o ministério, concentra o maior número de hospitalizações por dengue depois de pessoas idosas, grupo para o qual o imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, não foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O esquema vacinal utilizado pela pasta é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.

    Entenda

    Em janeiro de 2024, 521 municípios foram inicialmente selecionados para iniciar a imunização contra a dengue na rede pública já em fevereiro. As cidades compunham 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a doença e atendiam a três critérios: municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e maior predominância do sorotipo 2.

    Atualmente, todas unidades federativas recebem doses contra a dengue. Os critérios de distribuição, definidos pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), seguem recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). Foram selecionadas regiões de saúde com municípios de grande porte, alta transmissão nos últimos 10 anos e/ou altas taxas de infecção nos últimos meses.

    A definição de um público-alvo e de regiões prioritárias, segundo o ministério, se fez necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo fabricante. A primeira remessa, por exemplo, chegou ao Brasil em janeiro do ano passado e contava com apenas cerca de 757 mil doses. A pasta adquiriu todo o quantitativo disponibilizado pelo fabricante para 2024 – 5,2 milhões de doses e contratou 9 milhões de doses para 2025.

    Prioridade para o SUS

    Em comunicado divulgado no ano passado, a Takeda informou a decisão de priorizar o atendimento de pedidos feitos pelo ministério para o fornecimento de doses da Qdenga. De acordo com a nota, o laboratório suspendeu a assinatura de contratos diretos com estados e municípios e limitou o fornecimento da vacina na rede privada, suprindo apenas o quantitativo necessário para que pessoas que tomaram a primeira dose completassem o esquema vacinal com a segunda dose.

    “Em linha com o princípio da equidade na saúde, a Takeda está comprometida em apoiar as autoridades de saúde, portanto, seus esforços estão voltados para atender a demanda do Ministério da Saúde, conforme a estratégia vacinal definida pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações que considera faixa etária e regiões para receberem a vacina. Conforme já anunciado, temos garantida a entrega de 6,6 milhões de doses para o ano de 2024 e o provisionamento de mais 9 milhões de doses para o ano de 2025.”

    Vacina

    A vacina Qdenga teve o registro aprovado pela Anvisa em março de 2023. Na prática, o processo permite a comercialização do produto no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro do mesmo ano, o ministério anunciou a incorporação do imunizante ao SUS.

    Em 2024, o imunizante também foi pré-qualificado pela OMS. A entidade define a Qdenga como uma vacina viva atenuada que contém versões enfraquecidas dos quatro sorotipos do vírus causador da dengue e recomenda que a dose seja aplicada em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em locais com alta transmissão da doença.

    “A pré-qualificação é um passo importante na expansão do acesso global a vacinas contra a dengue, uma vez que torna a dose elegível para aquisição por parte de agências da ONU [Organização das Nações Unidas], incluindo o Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância] e a Opas [Organização Pan-Americana da Saúde]”, avalis, à época, o diretor de regulação e Pré-qualificação da OMS, Rogerio Gaspar.

    “Com apenas duas vacinas contra a dengue pré-qualificadas até o momento, esperamos que mais desenvolvedores de vacinas se apresentem para avaliação, para que possamos garantir que as doses cheguem a todas as comunidades que necessitam delas”, completou. A outra dose pré-qualificada é a da Sanofi Pasteur.

    Alerta

    No mês passado, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um alerta sobre a baixa procura pela vacina contra a dengue. A entidade destacou que o imunizante está disponível, atualmente, para um grupo restrito de pessoas em 1,9 mil cidades nas quais a doença é mais frequente e que apenas metade das doses distribuídas pelo ministério para estados e municípios foi aplicada.

    O alerta acompanha ações recentes de prevenção e monitoramento do Ministério da Saúde e chega em um momento de preocupação por conta da detecção do sorotipo 3 da dengue em diversas localidades. O sorotipo, de acordo com o ministério, não circula no país de forma predominante desde 2008 e, portanto, grande parte da população está suscetível à infecção.

    Procurada pela Agência Brasil, a pasta informou que a baixa disponibilidade para aquisição da Qdenga faz com que a vacinação não seja a principal estratégia do governo contra a doença. O ministério destacou ainda o lançamento do Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses, que prevê a intensificação do controle vetorial do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

    No início de janeiro de 2025, o ministério voltou a instalar o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), com o objetivo de ampliar o monitoramento de arboviroses no Brasil.

    Números

    Em 2024, o país registrou a pior epidemia de dengue, com 6.629.595 casos prováveis e 6.103 mortes por causa do vírus. Em 2025, o Painel de Monitoramento das Arboviroses já registra 230.191 casos prováveis da doença e 67 mortes confirmadas, além de 278 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 108 casos para cada 100 mil habitantes.

  • SP já tem mais mortes por febre amarela neste ano do que em todo 2024

    SP já tem mais mortes por febre amarela neste ano do que em todo 2024

    No mês de janeiro, três pessoas morreram por febre amarela no estado de São Paulo. O dado foi confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde e computa casos registrados até a última sexta-feira (24). Esse número já supera o registrado em todo o ano passado, quando foram confirmados dois casos, com um óbito.

    Este já é o maior número de casos desde 2019, quando foram registrados 64 casos autóctones (contraído na própria região onde a pessoa vive) e 12 óbitos em todo o estado paulista.

    Ao todo, sete casos de febre amarela em humanos foram confirmados neste ano de 2025, todos no interior paulista. Quatro desses casos foram registrados em Socorro, um em Tuiuti e um em Joanópolis, locais onde está ocorrendo reforço na vacinação e nas ações de saúde. Um outro caso ainda está sob investigação.

    Também houve reforço de ações na região de Ribeirão Preto, onde foi detectada morte de macacos em decorrência da infecção. Embora macacos doentes não transmitam a doença, são um indicativo de circulação do vírus.

    Doença

    A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda que é causada por um vírus. Esse vírus é transmitido pela picada de um mosquito silvestre, que vive em zona de mata, e não há transmissão direta de pessoa para pessoa.

    Um indicador da presença desses mosquitos transmissores se dá com a morte de macacos, que também sofrem com altos índices de mortalidade quando contaminados. Por isso, o avistamento de macacos mortos deve ser informado às equipes de saúde do município.

    Os sintomas iniciais da febre amarela são febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.

    A doença pode ser prevenida por meio de vacina, que está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacina é a melhor forma de prevenção da doença e está disponível em todos os postos de saúde do estado.

  • Sem gotinha: entenda como fica novo esquema vacinal contra a pólio

    Sem gotinha: entenda como fica novo esquema vacinal contra a pólio

    Em 2025, crianças de 2 meses, 4 meses e 6 meses recebem exclusivamente a vacina injetável para prevenir casos de poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. Há também uma dose injetável de reforço, a ser aplicada aos 15 meses de vida. As populares gotinhas foram oficialmente aposentadas e deixaram de fazer parte do calendário de vacinação infantil brasileiro em novembro do ano passado.

    Não se trata, portanto, de uma nova dose, mas de um novo esquema vacinal para promover a imunização contra a pólio. A mudança, de acordo com o Ministério da Saúde, é baseada em evidências científicas e recomendações internacionais. Isso porque a vacina oral poliomielite (VOP) contém o vírus enfraquecido e, quando utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode levar a casos da doença derivados da vacina.

    A substituição da dose oral pela injetável tem o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A orientação é que a VOP seja utilizada apenas para controle de surtos, como acontece na Faixa de Gaza. Em agosto passado, a região confirmou o primeiro caso de pólio em 25 anos – um bebê de 10 meses que não havia recebido nenhuma das doses previstas.

    Entenda

    Em 2023, o Ministério da Saúde informou que passaria a adotar exclusivamente a vacina inativada poliomielite (VIP) no reforço aplicado aos 15 meses de idade, até então feito na forma oral. A dose injetável já vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida. Já a segunda dose de reforço, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não se faz mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses garante proteção contra a doença.

    A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos. Em 2022, por exemplo, a cobertura ficou em 77,19%, longe da meta de 95%.

    Calendário completo

    O Ministério da Saúde reforça que a vacinação é reconhecida como uma das estratégias mais eficazes para preservar a saúde da população e fortalecer uma sociedade saudável e resistente. “Além de prevenir doenças graves, a imunização contribui para reduzir a disseminação desses agentes infecciosos na comunidade, protegendo aqueles que não podem ser vacinados por motivos de saúde”.

    O calendário nacional de vacinação contempla, na rotina dos serviços, 19 vacinas que protegem em todos ciclos de vida, desde o nascimento até a idade mais avançada. Além da pólio, a lista de doenças imunopreveníveis inclui sarampo, rubéola, tétano e coqueluche. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é responsável por coordenar as campanhas anuais de vacinação, que têm como objetivo alcançar altas coberturas vacinais e garantir proteção individual e coletiva.

    Confira aqui os calendários completos de vacinação ofertados via Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.

  • Mato Grosso abre o ano com estoques de vacinas abastecidos

    Mato Grosso abre o ano com estoques de vacinas abastecidos

    O Ministério da Saúde garantiu a oferta de imunizantes nos últimos meses e, com isso, a proteção da população em todo o país. Os estoques de vacinas estão abastecidos. Segundo o painel de distribuição, entre 2023 e 2024, foram enviadas mais de 643 milhões de doses a todos os estados. Dessas, 9,9 milhões foram enviadas para Mato Grosso. No total, 3,1 milhões de doses foram aplicadas na população do estado, somente ano passado.

    “Garantimos 100% do abastecimento de todas as vacinas do calendário básico”, reforça o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti. O diretor destaca que, desde 2023, as coberturas vacinais apresentam tendência de crescimento, resultado de ações como as campanhas de multivacinação, para ampliar o acesso às vacinas e garantir a segurança da população. Em 2024, até novembro, o Brasil já havia registrado aumento na cobertura vacinal de 15 das 16 vacinas do calendário infantil. Dessas, 12 ultrapassaram o percentual de 2023.

    Anualmente, são distribuídas cerca de 300 milhões de doses de vacinas para todos os 5.570 municípios brasileiros por meio do PNI. Esse é um processo logístico que exige planejamento detalhado, gestão eficiente e transparente para superar desafios impostos pela extensão territorial e diversidade do país.

    “O processo de logística é complexo. Trabalhamos em parceria com os estados, que fazem a distribuição aos municípios. Apesar dos desafios, conseguimos enviar todas as grades de vacinas do calendário básico no mês de dezembro. Temos estoques garantidos, como é o caso das vacinas de meningite e coqueluche, com reservas para atender a demanda dos próximos seis meses”, explica Gatti.

    No caso da vacina de varicela, que houve escassez de matéria-prima mundialmente, o chefe do DPNI acrescenta que eventuais problemas pontuais serão resolvidos com os novos fornecedores. “Garantimos abastecimento inclusive da varicela, que enfrentava pendências, superando um problema por conta de fornecedores. Hoje, contamos com três fornecedores para essa vacina, assegurando a normalização ao longo do primeiro semestre de 2025”, detalha Eder Gatti.

    O diretor também reitera que o Ministério da Saúde reforçou os estoques de imunizantes Covid-19 para 2025. De outubro a dezembro de 2024, foram distribuídas 3,7 milhões de doses aos estados, das quais há registro de 503 mil efetivamente aplicadas.

    O Ministério da Saúde concluiu recentemente um pregão para a aquisição de 69 milhões de doses que poderão ser utilizadas em até dois anos. As doses serão entregues de forma gradual, conforme a necessidade, por meio de uma ata de registro de preços, garantindo maior flexibilidade nas entregas e evitando compras excessivas e desperdício de vacinas.

    Em 2023, o Ministério da Saúde retirou o sigilo dos estoques e dos descartes de vacinas e outros insumos. Mais de 12,3 milhões de doses de vacinas que seriam perdidas foram utilizadas e, com isso, foi evitado um desperdício de quase R$ 252 milhões.

  • Novo caso de raiva bovina confirma 22ª ocorrência em Mato Grosso em 2024

    Novo caso de raiva bovina confirma 22ª ocorrência em Mato Grosso em 2024

    A raiva bovina continua a ser um desafio para a pecuária de Mato Grosso. Um novo caso de raiva bovina foi confirmado em uma propriedade rural de Rondonópolis, elevando para 22 o número de ocorrências da doença neste ano. A confirmação, realizada pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), acendeu o alerta para a importância da vacinação e das medidas preventivas no campo.

    Diante do novo caso, o Indea notificou a Secretaria de Saúde do município e todas as propriedades em um raio de 10 quilômetros. A fazenda onde o animal infectado foi encontrado será obrigada a revacinar todo o rebanho.

    Apesar do alerta, o órgão ressalta que não haverá bloqueio nas propriedades vizinhas e que o trânsito de animais não será impedido. A recomendação é que os produtores mantenham a vacinação em dia e redobrem a atenção aos animais, buscando assistência veterinária imediatamente em caso de sintomas suspeitos.

    Atenção, pecuaristas de Mato Grosso! Protejam seu rebanho!

    A prevenção é a melhor forma de combater a raiva bovina.
    A prevenção é a melhor forma de combater a raiva bovina.

    A raiva bovina é uma doença grave que pode causar a morte dos animais e gerar grandes prejuízos à sua propriedade. Para prevenir a doença e proteger seu rebanho, siga as orientações abaixo:

    Observe seus animais diariamente:

    • Inspeção visual: Verifique diariamente se seus animais apresentam ferimentos, especialmente mordidas, principalmente na cabeça e pescoço.
    • Comportamento: Observe se há mudanças no comportamento dos animais, como apatia, isolamento do grupo, agressividade ou andar cambaleante.
    • Sinais clínicos: Fique atento a sinais como opacidade na córnea, dificuldade para engolir água ou alimentos, dificuldade para defecar (fezes ressecadas) e paralisia dos membros.

    Em caso de suspeita:

    • Notifique imediatamente: Se você observar algum desses sinais em seus animais, entre em contato imediatamente com o médico veterinário e com o escritório do Indea mais próximo.
    • Isolamento: Isole o animal suspeito dos demais para evitar a disseminação da doença.
    • Não manipule o animal: Evite manipular o animal doente, pois o vírus da raiva pode ser transmitido por contato direto com a saliva, sangue ou outros fluidos corporais.

    Prevenção:

    • Vacinação: Mantenha a vacinação dos seus animais em dia, seguindo o calendário vacinal recomendado pelo seu médico veterinário.
    • Controle de vetores: Adote medidas para controlar a população de morcegos hematófagos, principais transmissores da raiva bovina.
    • Biosseguridade: Implemente medidas de biosseguridade em sua propriedade, como o uso de roupas e equipamentos de proteção individual ao manusear animais.

    A prevenção é a melhor forma de combater a raiva bovina. Ao seguir essas orientações, você estará contribuindo para a saúde do seu rebanho e para a segurança alimentar.

  • Mpox: OMS aprova primeira vacina para uso emergencial em crianças

    Mpox: OMS aprova primeira vacina para uso emergencial em crianças

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a inclusão da vacina LC16m8 contra a mpox à lista de insumos de uso emergencial. Este é o segundo imunizante aprovado pela entidade para controle e prevenção da doença, declarada emergência global em agosto.

    Dados da entidade revelam que, em 2024, foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 países, incluindo 19 nações africanas. A República Democrática do Congo, país mais atingido, responde pela maioria de casos suspeitos.

    Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a vacina LC16m8 é a primeira aprovada para uso em crianças menores de 1 ano que vivem em localidades onde se registra surtos de mpox.

    “Este é um passo vital para proteger populações vulneráveis, principalmente crianças, à medida em que a mpox continua a se espalhar”, escreveu.

    Segundo Tedros, ao longo dos últimos dois meses, metade dos casos suspeitos contabilizados na República Democrática do Congo foram identificados entre menores de 12 anos. “O número total de casos suspeitos ultrapassou 40 mil este ano, com 1,2 mil mortes reportadas”.

    No post, o diretor-geral da OMS alertou que os surtos da doença no Burundi e em Uganda estão em plena expansão. A entidade convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo.