Tag: UTI neonatal

  • Bebê de mãe com morte cerebral não resiste e morre um dia após o nascimento em Mato Grosso

    Bebê de mãe com morte cerebral não resiste e morre um dia após o nascimento em Mato Grosso

    O bebê de Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, não resistiu e faleceu na madrugada deste sábado (25/1) em Mato Grosso. Adryan Miguel Sousa Borges, como foi batizado, nasceu na manhã da sexta-feira (24), mas não resistiu às complicações e veio a óbito na UTI neonatal.

    Joyce, que estava grávida de sete meses, sofreu um aneurisma cerebral em 20 de dezembro e teve a morte cerebral declarada no início de janeiro. Desde então, ela era mantida viva por aparelhos para garantir o desenvolvimento do bebê.

    A família, que havia se mudado de Tocantins para Mato Grosso em busca de oportunidades, agora enfrenta a dor da perda de dois entes queridos. João Matheus Silva, marido de Joyce, está devastado com a situação. O casal já tinha duas filhas, de três e sete anos.

    Uma luta pela vida em Mato Grosso

    A história de Joyce e Adryan comoveu o país e gerou grande repercussão nas redes sociais. A luta da jovem para dar à luz seu filho, mesmo após a constatação da morte cerebral, gerou uma onda de solidariedade e apoio à família.

    A Santa Casa de Rondonópolis, onde Joyce estava internada, emitiu uma nota lamentando a morte do bebê e destacando os esforços da equipe médica para salvar a vida de Adryan.

  • Faltam leitos de UTI neonatal em Mato Grosso

    Faltam leitos de UTI neonatal em Mato Grosso

    A quantidade de leitos de UTI neonatal em Mato Grosso enfrenta um sério desafio na área da saúde, com uma quantidade inferior ao recomendado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Segundo dados divulgados pela entidade, o estado dispõe de apenas 3,72 leitos por 1.000 nascidos vivos, enquanto a meta mínima recomendada é de 4 leitos por 1.000.

    Essa insuficiência coloca em risco a vida de recém-nascidos, especialmente os prematuros e aqueles em estado grave, que necessitam de cuidados intensivos imediatos. O problema é ainda mais grave no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), onde Mato Grosso registra somente 1,61 leitos por 1.000 nascidos vivos, um número preocupante em comparação com a média nacional.

    A escassez de leitos reflete um déficit nacional, que requer a criação de aproximadamente 1.500 leitos adicionais para atender a demanda crescente.

    Em um estado com altas taxas de natalidade como Mato Grosso, essa situação exige ações urgentes, como a ampliação da infraestrutura hospitalar, a regionalização dos serviços de saúde e a capacitação de equipes médicas.

    O impacto dessa carência não se limita aos números; ele afeta diretamente a saúde e o futuro de milhares de famílias que dependem de uma assistência neonatal adequada. A seguir, exploramos os principais dados e os desafios enfrentados no estado.

    Situação dos leitos de UTI neonatal em Mato Grosso

    A escassez é agravada pela alta taxa de natalidade no estado, o que aumenta a demanda por cuidados intensivos.
    A escassez é agravada pela alta taxa de natalidade no estado, o que aumenta a demanda por cuidados intensivos.

    De acordo com a AMIB, Mato Grosso possui uma cobertura de 3,72 leitos de UTI neonatal por 1.000 nascidos vivos, número que está abaixo da meta recomendada de 4 leitos.

    Quando analisamos apenas os leitos disponibilizados pelo SUS, o índice cai para preocupantes 1,61 leitos por 1.000 nascidos vivos, inferior à média nacional do sistema público. Essa diferença evidencia um desafio estrutural que compromete o atendimento aos recém-nascidos em situações críticas.

    A escassez é agravada pela alta taxa de natalidade no estado, o que aumenta a demanda por cuidados intensivos. Segundo especialistas, para atingir o mínimo necessário, seria preciso investir não apenas na construção de novas unidades hospitalares, mas também na ampliação das já existentes, priorizando regiões com maior déficit.

    Impactos na saúde neonatal e medidas urgentes

    a criação de programas de financiamento para a construção e manutenção de leitos de UTI é essencial para suprir a demanda.
    A criação de programas de financiamento para a construção e manutenção de leitos de UTI é essencial para suprir a demanda.

    A falta de leitos de UTI neonatal afeta diretamente a sobrevivência e o desenvolvimento de bebês prematuros ou com complicações graves ao nascer. Estudos mostram que o acesso a cuidados intensivos de qualidade é determinante para reduzir a mortalidade infantil, além de minimizar sequelas futuras.

    A ausência de leitos suficientes em Mato Grosso obriga muitas famílias a buscar atendimento em outras cidades ou até mesmo estados, o que pode agravar os quadros clínicos devido ao tempo de deslocamento.

    Para enfrentar esse cenário, especialistas defendem a implementação de políticas públicas voltadas para a saúde neonatal. Entre as propostas, destacam-se a regionalização dos serviços de UTI neonatal, permitindo um acesso mais equitativo em todo o estado, e a capacitação de profissionais de saúde, com ênfase em cuidados intensivos.

  • Mato Grosso garante funcionamento da UTI Neonatal de Sinop até novembro, mas alerta sobre riscos

    Mato Grosso garante funcionamento da UTI Neonatal de Sinop até novembro, mas alerta sobre riscos

    A Secretaria de Estado de Saúde (SES) notificou a empresa responsável pela UTI neonatal do Hospital Regional de Sinop, Mato Grosso, para que mantenha a prestação dos serviços até o dia 15 de novembro de 2024. A medida visa garantir a assistência a recém-nascidos que necessitam de cuidados intensivos na região e evitar um colapso no atendimento pediátrico.

    A empresa, por sua vez, se comprometeu a cumprir a cláusula contratual e manter os serviços até a data estipulada. No entanto, o futuro da UTI neonatal após esse período ainda é incerto, gerando apreensão entre a população e os profissionais de saúde.

    O Hospital Regional de Sinop conta atualmente com 10 leitos de UTI Pediátrica, 15 leitos de UCI Pediátrica e 5 leitos de enfermaria clínica de retaguarda. Esses leitos são essenciais para atender a demanda da região e garantir o acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).

    O diretor do Hospital Regional de Sinop, Jean Alencar, enfatiza a importância de preservar a continuidade do serviço. “É indispensável preservar a continuidade do serviço e as obrigatoriedades previstas em contrato, especialmente quando se trata da saúde e vida das nossas crianças”, afirma Alencar.

    A SES alerta que, em caso de descumprimento do prazo, serão adotadas medidas administrativas e judiciais cabíveis, incluindo notificação ao Ministério Público e aplicação de penalidades. O objetivo é garantir que a população não seja prejudicada pela interrupção do serviço.

    O não cumprimento dessa prorrogação pode resultar em sérios prejuízos à coletividade e afetar diretamente os menores que dependem desses serviços. A interrupção da UTI neonatal poderia sobrecarregar outros hospitais da região, além de colocar em risco a vida de recém-nascidos que necessitam de cuidados especializados.

    A comunidade de Sinop e região acompanha com atenção o desenrolar dessa situação e cobra uma solução definitiva para garantir a continuidade dos serviços da UTI neonatal. A expectativa é que o Estado e a empresa responsável encontrem uma solução que garanta o atendimento adequado aos pacientes e a segurança do sistema de saúde.