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  • Resultados do ProUni 2025: Oportunidades que transformam vidas

    Resultados do ProUni 2025: Oportunidades que transformam vidas

    Os resultados do ProUni da primeira chamada para o primeiro semestre de 2025 já estão liberados! O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta terça-feira, 4 de fevereiro, a lista de candidatos selecionados para uma das 338.444 bolsas ofertadas em 403 cursos de 1.031 instituições privadas espalhadas pelo Brasil.

    Os estudantes que foram contemplados precisam entregar a documentação exigida até o dia 17 de fevereiro.

    O processo pode ser feito diretamente na instituição de ensino ou enviado por meio eletrônico, dependendo das orientações da universidade escolhida.

    O que é o ProUni

    Brasília - 27/06/2023 - O Programa Universidade Para Todos (Prouni) oferta bolsas de estudo, integrais e parciais (50% do valor da mensalidade do curso), em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições de educação superior privadas. As inscrições podem ser feitas pelo celular ou pelo computador. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
    O que é o ProUni Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

    O Programa Universidade para Todos (ProUni) é uma iniciativa do governo federal que oferece bolsas de estudo para cursos de graduação e sequenciais de formação específica em instituições privadas. As bolsas podem ser integrais – cobrindo 100% da mensalidade – ou parciais, com desconto de 50% no valor do curso.

    Nesta edição, são 203.539 bolsas integrais e 134.905 bolsas parciais. Uma oportunidade e tanto para quem sonha com o diploma, mas enfrenta desafios financeiros.

    Como conferir os resultados do ProUni

    mec divulga cronogramas do sisu prouni e fies scaled
    Como conferir os resultados do ProUni © Valter Campanato/Agência Brasil

    Para saber se você foi selecionado, é só acessar o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Lá, você encontra todas as informações necessárias para o próximo passo: a comprovação das informações.

    Mas não deixe para última hora! Perder o prazo de entrega da documentação pode significar a desistência da sua bolsa, e ela será repassada para outro candidato na próxima chamada.

    Quem pode participar

    prazos de inscricoes do sisu prouni e fies sao antecipados
    Quem pode participar

    O ProUni é destinado a estudantes que:

    • Concluíram o ensino médio em escola pública ou em escola particular com bolsa integral;
    • Possuem renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário-mínimo por pessoa para bolsas integrais e até 3 salários-mínimos para bolsas parciais;
    • Tiveram nota mínima de 450 pontos na média do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não zeraram na redação.

    Se você não foi contemplado na primeira chamada, ainda tenha esperança. O ProUni realiza outras chamadas, e é muito importante ficar de olho no cronograma oficial para não perder as próximas oportunidades.

    Para milhares de brasileiros, o ProUni representa a chance de transformar a própria vida e a da família. O acesso à educação superior é uma ferramenta expressiva que abre portas para o mercado de trabalho, promove o crescimento pessoal e contribui para o desenvolvimento do país.

    A educação está cada vez mais valorizada, e o ProUni surge como um verdadeiro passaporte para um futuro promissor. Afinal, quem nunca sonhou em ver o nome na lista de aprovados e sentir que o esforço valeu a pena?

    Agora que você já sabe tudo sobre os resultados do ProUni, compartilhe esta informação com amigos e familiares. Alguém pode estar esperando exatamente por essa chance.

  • UFF se torna 1ª universidade federal do Rio a criar cotas para trans

    UFF se torna 1ª universidade federal do Rio a criar cotas para trans

    A Universidade Federal Fluminense (UFF) se tornou a primeira instituição federal de ensino superior do Rio de Janeiro a criar cotas para pessoas trans – que não se identificam com o gênero ao qual foi designado em seu nascimento) – em cursos de graduação. A decisão foi aprovada na quinta-feira (19) pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.

    A partir de 2025, serão reservados para estudantes trans 2% das vagas dos cursos de graduação. A expectativa da universidade é que mais de 300 pessoas sejam beneficiadas com ingresso no ensino superior no primeiro ano da política de ação afirmativa.

    “A UFF fez história”, comemora a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Alessandra Siqueira Barreto, ressaltando que as discussões que levaram à aprovação das cotas são fruto de protagonismo dos estudantes e diálogos com a administração da universidade.

    “Foi um processo de escuta ativa. Os coletivos de estudantes trans da universidade se movimentam para defender as suas pautas e levam essa proposição para a gestão. A minuta foi construída conjuntamente, e isso traz uma força para esse processo”, explica.

    Na pós-graduação mestrado e doutorado, 18 cursos já reservavam vagas para estudantes trans. Com a nova política, todos os programas devem disponibilizar ao menos uma vaga a partir do próximo ano.

    Com sede em Niterói, cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro, a UFF tem cerca de 66 mil alunos e nove campi no estado.

    A pró-reitora disse que será criada uma banca de heteroidentificação para participar do processo de ação afirmativa, uma demanda dos coletivos. A heteroidentificação é um procedimento complementar à autodeclaração, que consiste na percepção de outras pessoas sobre a autoidentificação do candidato.

    Permanência estudantil

    Alessandra Barreto garantiu que a universidade manterá contato próximo com os cotistas trans para oferecer um acolhimento que sirva de escudo para comportamentos preconceituosos e discriminatórios. Segundo ela, 50% das bolsas acadêmicas oferecidas são destinadas ao universo de todos os alunos cotistas.

    “Não é só o ingresso. A gente precisa criar agora os protocolos de permanência estudantil”, disse a pró-reitora.

    De acordo com a presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Bruna Benevides, “a luta da organização vai além do ingresso nas universidades, defendendo a permanência e o sucesso acadêmico das pessoas trans”.

    A associação pretende divulgar, em breve, uma carta com diretrizes para a implementação dessas cotas, abordando temas como segurança e políticas de permanência.

    Mais universidades

    A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) é outra instituição que pode decidir pela criação de cota para estudantes trans em cursos de graduação. Em agosto, a Rural, como é conhecida, divulgou um cronograma sobre o debate interno.

    As outras duas unidades federais do estado são a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

    Com a UFF, ao menos 12 instituições de ensino federais adotam política de cotas para a população trans. A mais recente a fazer parte da lista foi a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que comunicou a decisão no dia 11 de setembro.

    A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) já aplicava a reserva específica em 2018. Outras instituições são a Federal do ABC (UFABC), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Federal da Bahia (UFBA), Federal de Lavras (UFLA),

    Federal de Santa Catarina (UFSC), Federal de Santa Maria (UFSM), Federal do Rio Grande (FURG), Federal de Rondônia (UNIR) e Federal de Goiás (UFG).

    Em todo o país, a Lei 14.723/23 determina que instituições federais de educação superior reservem vagas para “estudantes pretos, pardos, indígenas e quilombolas e de pessoas com deficiência, bem como daqueles que tenham cursado integralmente o ensino médio ou fundamental em escola pública”.

    — news —

  • JUBs Atléticas começa em Natal com quase 2 mil competidores

    JUBs Atléticas começa em Natal com quase 2 mil competidores

    A segunda edição dos Jogos Universitários Brasileiros-Atléticas começou nesta quinta-feira (30) em Natal, com cerca de dois mil estudantes de 14 estados do país, que competem em 16 modalidades. A competição, organizada pela Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), reúne 74 Atléticas: agremiações formadas em cursos de graduação que têm como objetivo integrar os estudantes à vida acadêmica, por meio do esporte. O total de participantes este ano é mais que o dobro do registrado na edição inaugural, no ano passado, em Maceió. Na ocasião foram 900 universitários de 53 Atléticas.

    vôlei, JUBs Atléticas 2024, Recife - segunda edição

    Atual campeã dos JUBs – Atléticas, a equipe Halterada, do curso de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco, chegou em peso a Natal, em busca do bicampeonato. A maior delegação é também a equipe a ser batida. E no primeiro dia do JUBs, o time de handebol feminino não decepcionou: 13 a 2 sobre as Lendárias, da Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

    “Claro que viemos aqui para tentar mais um título. Ganhamos o primeiro JUBs Atléticas e a responsabilidade aumentou. Estamos com a maio delegação, com 121 atletas. Temos nossos rivais, mas queremos ser os melhores. Quando você ganha uma vez, passa a ser o time a ser batido, mas não tem problema”, garantiu Bruno Henrique Oliveira, presidente da Halterada.

    Bruno sabe que o resultado esportivo é bom e faz o esforço necessário para mais um título. Contudo, estar no JUBs representa muito mais do que vitórias dentro de quadra.

    “Dentro do esporte universitário o estudante se conecta com a vivência acadêmica, encontra um apoio e ainda tem a oportunidade de estudar e aprender sobre gestão, planejamento. Na Halterada, inclusive, os alunos de Educação Física podem se tornar técnicos dos time da UFPE”.

    Exemplo disso é a capitã da equipe de handebol da Halterada Pollyana Dutra. A primeira opção da Polly na universidade não era Educação Física, mas o amor pelo esporte mudou completamente o futuro dela.

    “Eu comecei com Fisioterapia, mais por influência da família, que é da área de saúde. Mas o meu amor pelo handebol me trouxe para a Educação Física e foi a melhor escolha”.

    Jogadora e técnica de handebol, Pollyana é um exemplo de como o esporte auxilia a vida acadêmica e profissional

    “O dia a dia na universidade não é fácil. Ficamos em tempo integral, muitos estudos. Você precisa de algo para aliviar um pouco a pressão. Quando você entra em uma atlética, consegue amenizar estresse. Além disso, como atleta e técnica, te dá a oportunidade de treinar adultos, que é muito difícil. Há o crescimento profissional”, garante Polly.

    E tem potiguar também na Halterada. Carol Araújo é de Natal e decidiu fazer a vida acadêmica em Pernambuco. Longe da família, ela encontrou na Atlética um lugar para se sentir em casa

    “Por mais que Recife não seja tão longe de Natal, você vai para um lugar novo e não conhece ninguém. Então dentro da Atlética você recebe apoio, faz amizades e se integra ao ambiente”.

    Jogar em casa como visitante está proporcionando um sentimento diferente para a “Carol de Natal, como ela é chamada pelos colegas. Mas da para matar saudade.

    “Nossa, cheguei aqui na quadra e encontrei alguns rostos conhecidos. Até árbitros vieram falar comigo e lembraram de mim, mesmo depois de tanto tempo fora de Natal. Eu estou jogando em casa, vim até uma semana antes para marcar saudade da minha família”, revelou Carol.

    Estar perto ou longe da família, saindo com vitória ou derrota de quadra, a verdade é que realmente não dá para perder com o esporte no currículo acadêmico.

    * O repórter Maurício Costa viajou à Natal a convite da CBDU.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

    — news —

  • Programa de igualdade na educação é retomado pelo governo

    Programa de igualdade na educação é retomado pelo governo

    O Ministério da Educação retomou o Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, por meio de uma portaria publicada nesta quarta-feira (28), no Diário Oficial da União. A medida retoma uma série de ações de democratização na educação, criadas em 2013, e que haviam sido extintas no governo anterior.

    O programa oferece qualificação em universidades, instituições de educação profissional e tecnológica e centros de pesquisa de excelência, para estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas, quilombolas, população do campo e estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.

    De acordo com a portaria, o objetivo é promover formação, com oportunidade de novas experiências e competitividade para essa parcela da população, com a concessão de bolsas de estudo no Brasil e no exterior. Com isso, a medida quer ampliar a participação dos grupos em cursos técnicos, de graduação e pós-graduação, além de melhorar a mobilidade internacional.

    O programa também busca desenvolver projetos de pesquisa, estudos, treinamentos e capacitação nas áreas de promoção e valorização da igualdade racial, da cultura e línguas indígenas, da acessibilidade e inclusão, das ações afirmativas para minorias, e da difusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

    O documento define a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) como gestoras do programa. As duas instituições devem desenvolver estratégias e ações específicas para o programa e que sejam além das atividades, já desenvolvidas, de cooperação internacional e de concessão de bolsas no Brasil e no exterior.

    Edição: Valéria Aguiar

  • Inscrições para o Prouni começam nesta terça-feira

    Inscrições para o Prouni começam nesta terça-feira

    Começa nesta terça-feira (27) o prazo de inscrição no Programa Universidade para Todos (Prouni) para o segundo semestre. Os interessados em participar do processo seletivo terão até o dia 30 de junho para fazer as inscrições, por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

    O resultado da primeira chamada está previsto para o dia 4 de julho e o da segunda chamada, para 24 de julho. Caso os candidatos não tenham sido selecionados nas chamadas regulares, o programa oferece uma nova oportunidade, pela lista de espera. Para tanto, será necessário ao candidato manifestar interesse nos dias 14 e 15 de agosto. A divulgação da lista de espera será no dia 18 de agosto.

    O Prouni é o programa do governo federal que oferece bolsas de estudo – integrais e parciais (50%) – em instituições particulares de educação superior, para cursos de graduação e sequenciais de formação específica.

    Para se inscrever no programa, o candidato precisa ter participado da edição de 2021 ou de 2022 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e tenha obtido pontuação igual ou superior a 450 pontos na média das notas.

    Além disso, é necessário que não tenha zerado na nota de redação, e que o candidato não tenha participado do Enem na condição de treineiro – situação em que a participação é feita para fins de autoavaliação de estudantes que ainda não concluíram o Ensino Médio.

    Para fins de classificação e eventual pré-seleção no Prouni, o Ministério da Educação utiliza a edição do Enem em que o participante obteve o melhor desempenho.

    Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

    Edição: Fernando Fraga

  • Reajustes das mensalidades deixam estudantes sem opção

    Reajustes das mensalidades deixam estudantes sem opção

    Os recentes reajustes das mensalidades do ensino superior podem deixar vários estudantes de fora da faculdade, por não terem condições de pagar, de acordo com estudo feito pela Quero Educação. O levantamento mostra que enquanto os futuros alunos buscam mensalidades de cerca de R$ 500, a média cobrada pelas instituições é R$ 722. Isso faz com que 68% daqueles que estão em busca de uma formação superior não encontrem opções viáveis.

    O levantamento foi realizado a partir das buscas feitas na plataforma Quero Bolsa, um dos braços da Quero Educação. Pela plataforma, estudantes podem obter bolsas de estudos de 5% a 80% de desconto em instituições privadas. Hoje, as bolsas ofertadas cobrem, de acordo com a Quero, 10% das matrículas nas faculdades. Mais de 1,3 mil instituições ofertam bolsas de estudo pela plataforma.

    Segundo a Quero Educação, no início deste ano as maiores instituições do mercado praticavam, na plataforma, um preço médio nas mensalidades de R$ 530, enquanto os alunos buscavam cursos com preço médio de R$ 526. Ao longo do ano, em meio à queda no poder de compra, os estudantes passaram a buscar graduações presenciais com um preço médio de R$ 495, enquanto o valor médio das mensalidades ofertadas na plataforma foi elevado para R$ 722, representando um aumento de 45% em relação a faixa buscada pelos alunos.

    Se antes as instituições atendiam a 63% dos estudantes que buscavam vagas, agora essa porcentagem caiu para 32%. “Não houve aumento do poder de compra dos alunos, eles não podem pagar esse preço. É isso que a gente vem alertando. Está ficando muita gente de fora. E o fato é que as instituições não vão conseguir encher as suas salas”, alerta o diretor da Quero Educação, Marcelo Lima.

    Para Lima os descontos nas mensalidades e as bolsas de estudos são mais vantajosas que os financiamentos, pois podem garantir a formação dos alunos sem que eles fiquem endividados quando deixam a universidade. “É uma grande oportunidade para as faculdades que quiserem trabalhar nesse mercado num preço mais acessível para os alunos. É uma oportunidade para elas encherem suas salas, porque é muito melhor ter uma sala cheia de alunos pagando R$ 500 do que ter uma sala pela metade, conseguindo captar aqueles alunos que estão dispostos a pagar R$ 720”.

    Reajustes necessários

    Entidades representativas do ensino superior reconhecem a dificuldade dos estudantes em pagar as mensalidades, mas ressaltam que os reajustes são necessários, uma vez que muitas das instituições, durante a pandemia, não aumentaram as mensalidades. “O preço é formado com base no custo. Houve, pela inflação, aumento real de custos nas universidades, aumento de luz, aluguel, correção de salários”, argumenta o diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Celso Niskier. De acordo com ele, cerca da metade das vagas ofertadas pelas instituições não são preenchidas.

    Segundo o diretor executivo do Semesp, que também representa as mantenedoras de ensino superior do Brasil, Rodrigo Capelato, cerca de 30% a 35% dos estudantes têm atualmente algum desconto ou bolsa. “Em 2023, houve pequena recuperação do setor, mas sempre com muito desconto, precisando ajustar valores porque o poder aquisitivo ainda está muito baixo e as famílias estão muito endividadas”, disse.

    Capelato ressalta que não é possível oferecer descontos a todos os estudantes. “O valor médio das mensalidades é R$ 800 a R$ 1,5 mil. Senão, não pagamos os custos, principalmente no ensino presencial”.

    Ambos defendem o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) como forma de manter os alunos e garantir a formação, já que mesmo com bolsas, eles não têm condições de pagar até o final do curso. Atualmente, o setor privado concentra 77% das matrículas do ensino superior brasileiro, de acordo com o último Censo da Educação Superior. “A gente precisa de uma forma de ingressar via setor privado, senão não consegue dar cobertura. E a melhor forma é ampliar o financiamento estudantil”, defende Capelato.

    “As pessoas que buscam ensino superior carecem de financiamento estudantil, um novo Fies até para retomar o caráter social que defendemos, como era da origem. No Brasil, se não tiver financiamento com esse caráter, vai ter mais gente precisando fazer curso superior e não conseguindo”, defende Niskier.

    Qualidade

    Para os estudantes, é importante que o ensino ofertado seja de qualidade, o que muitas vezes não tem ocorrido, de acordo com a coordenadora de Comunicação da União Nacional dos Estudantes (Une), Manuella Silva.

    “A gente precisa, nesse momento, para além de garantir que estudantes tenham acesso ao ensino superior, garantir a qualidade do ensino superior. O que nós vemos é o lucro acima da qualidade”, disse.

    Segundo Manuella, a UNE recebe reclamações de estudantes que acabam tendo aulas gravadas há muitos anos, já desatualizadas, que não tem laboratórios para práticas, entre outras reclamações.

    Sobre os reajustes, a estudante ressalta que os aumentos estão recaindo não apenas para os estudantes que estão ingressando na universidade, mas para aqueles que já estão matriculados e que acabam não tendo condições para se manter estudando.

    De acordo com Manuella, a UNE defende, além de um Fies que consiga assegurar que os estudantes concluam os cursos, uma garantia de emprego, para que possam, assim que formados, quitar suas dívidas com o programa.

    “A gente defende o Fies, mas defende que ele consiga garantir o pleno emprego, para que os estudantes consigam ter acesso ao mercado de trabalho. O Fies é importante para garantir entrada na universidade, mas que seja um Fies que os estudantes consigam entrar, permanecer e concluir um curso com qualidade, que não o deixem pela metade”, defende.

    Fies

    Atualmente, o Fies está sendo discutido em um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Educação. As discussões, em tese, terminam em setembro. A Portaria 390, que oficializou o grupo de trabalho, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 8 de março, com a finalidade de promover estudos técnicos relacionados ao Fundo, como diagnósticos sobre a situação atual do Fies, a reavaliação do limite de financiamento e a desburocratização do programa.

    Criado em 1999, o Fies oferece financiamento a estudantes de baixa renda em instituições particulares de ensino a condições mais favoráveis que as de mercado. O programa, que chegou a firmar, em 2014, mais de 732 mil contratos, sofreu, desde 2015, uma série de mudanças e enxugamentos. Em 2019, foram cerca de 67 mil ingressantes no ensino superior pelo Fies.

    Um dos principais motivos para as mudanças nas regras do Fies, de acordo com gestões anteriores do Ministério da Educação, foi a alta inadimplência, ou seja, estudantes que contratam o financiamento e não quitam as dívidas após formados. O percentual de inadimplência registrado pelo programa chegou a atingir mais de 40%, de acordo com dados do ministério, de 2018.

    Edição: Fernando Fraga

  • Resultado da segunda chamada do Prouni é divulgado

    Resultado da segunda chamada do Prouni é divulgado

    Foi divulgado, nesta terça-feira (21) o resultado da segunda chamada do Programa Universidade para Todos (Prouni). O resultado está na página do programa. Os pré-selecionados têm até 30 de março para comprovar as informações da inscrição direto na instituição de ensino.

    Para quem não for selecionado nas chamadas regulares, o programa oferece ainda a oportunidade de participar da lista de espera. Para isso, o estudante deve manifestar o interesse nos dias 5 e 6 de abril. A divulgação do resultado da lista de espera sai no dia 10 de abril  e as matrículas serão realizadas entre 10 e 19 de abril.

    O que é o Prouni

    O Prouni é o programa do governo federal que oferece bolsas de estudo – integrais e parciais (50%) – em instituições particulares de educação superior, para cursos de graduação e sequenciais de formação específica.

    Para se inscrever é preciso que o candidato tenha feito uma das duas últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no caso 2021 ou 2022, e tenha alcançado, no mínimo, 450 pontos de média nas notas e não tenha tirado zero na redação.

    Outras exigências são não ter tirado zero na redação e não ter participado do Enem na condição de treineiro. No caso de o participante ter feito as duas últimas edições do Enem, será considerado aquele com a melhor média de notas.

    Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

    Edição: Claudia Felczak

  • Sisu divulga resultado da primeira chamada hoje, terça-feira (27)

    Sisu divulga resultado da primeira chamada hoje, terça-feira (27)

    O resultado da primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2023 será divulgado, nesta terça-feira (28), no site oficial do processo seletivo. Para acessá-lo, é necessário fazer o login da conta Gov.br, o sistema de serviços digitais do governo federal.

    A matrícula ou o registro acadêmico deverá ser feito pelo candidato entre os dias 2 e 8 de março, na instituição para a qual foi selecionado. Caberá à instituição indicar, via edital, dias, horários e locais para o atendimento aos candidatos.

    O Sisu é o programa do Ministério da Educação (MEC) para acesso de estudantes a cursos de graduação em universidades públicas do país, sejam elas federais, estaduais ou municipais.

    As vagas são abertas semestralmente por meio de um sistema informatizado que executa a seleção dos estudantes com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    Lista de espera

    O processo seletivo do Sisu é feito por uma única chamada, mas é possível disputar uma vaga por meio da lista de espera. O prazo para manifestar interesse na lista de espera vai de 28 de fevereiro a 8 de março.

    Nessa fase, o candidato deverá indicar apenas um dos dois cursos escolhidos anteriormente. A manifestação de interesse na lista de espera assegura ao estudante apenas a expectativa de direito à vaga ofertada no âmbito do Sisu, sendo que a matrícula ou o registro acadêmico estão condicionados à existência de vaga e ao atendimento de todos os requisitos legais e regulamentares.

    O estudante selecionado em uma de suas opções de vaga não poderá participar da lista de espera, independentemente de ter realizado sua matrícula na instituição para a qual foi selecionado.

    A publicação das vagas remanescentes para a lista de espera será feita pelas próprias instituições de ensino.

    Nesta edição do Sisu, são ofertadas 226.399 vagas em 128 instituições públicas, sendo 63 universidades federais. Para participar, o candidato deve ter feito a edição de 2022 do Enem e ter obtido nota acima de zero na prova de redação.

  • Vestibular para Veterinária, Psicologia e outros 9 cursos presenciais tem inscrições abertas

    Vestibular para Veterinária, Psicologia e outros 9 cursos presenciais tem inscrições abertas

    Estão abertas as inscrições para o processo vestibular 2023 da Unilasalle/Lucas do Rio Verde. Ao todo, são mais de 770 vagas em onze cursos presenciais. Entre eles estão os cursos de Medicina Veterinária e Psicologia recentemente anunciados pela diretoria da instituição.

    Os candidatos podem realizar a prova do vestibular, que será realizada dia 04 de dezembro ou utilizar a nota do ENEM, das últimas edições. A taxa de inscrição é de R$ 50.

    Se utilizar notas do ENEM os candidatos devem estar atentos ao prazo para efetivação da inscrição e envio de documentos. A inscrição vai até 25 de novembro pelo site da Unilasalle /Lucas do Rio Verde. O envio do boletim de desempenho deve ser feito até 28/11, pelo e-mail vestibular@unilasallelucas.edu.br.

    Se a opção de ingresso é por meio do Vestibular, as inscrições pelo site vão até 25 de novembro. De maneira presencial ela pode ser feita até 02/12 na secretaria da instituição. A prova de redação será realizada no dia 04 de dezembro de 2022, com início às 09h (horário do Mato Grosso), na sede do Unilasalle/Lucas do Rio Verde no bairro Bandeirantes.

    Cursos Ofertados

    Os cursos de ensino superior ofertados na modalidade presencial são Administração, Agronegócio, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Contábeis, Direito, Educação Física – bacharelado e licenciatura, Engenharia Agronômica, Engenharia Civil, Pedagogia, Medicina Veterinária e Psicologia.

    Além dos cursos presenciais, a Unilasalle/Lucas do Rio Verde também oferta cursos de ensino superior ofertados na modalidade à distância. Os interessados podem conhecer por meio do site da instituição.

    Informações e dúvidas podem ser sanadas de segunda a sexta, das 13h às 22 horas, pelo telefone: (65) 3549.7300 ou e-mail: vestibular@unilasallelucas.edu.br.

  • Mais de 136 mil pessoas aderiram a renegociação do Fies

    Mais de 136 mil pessoas aderiram a renegociação do Fies

    Mais de 136 mil estudantes e ex-estudantes aderiram à renegociação das dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em nove meses de parcelamento especial, divulgou hoje (9) a Caixa Econômica Federal. Até agora, foram concedidos R$ 3,7 bilhões em descontos.

    Instituída pela Medida Provisória (MP) 1.090, editada em 30 de dezembro do ano passado, a renegociação especial permite o parcelamento ou a liquidação do saldo devedor do Fies com descontos que podem chegar a 99%.

    A renegociação poderá ser pedida até 31 de dezembro deste ano e seguirá as regras da Resolução 51/2022, publicada em julho e que permite o parcelamento dos débitos com descontos de 12% a 99%, dependendo do tempo de atraso.

    Aplicativo

    Para facilitar a renegociação, a Caixa lançou, no último dia 1º, o aplicativo Fies Caixa, que permite o refinanciamento das parcelas em atraso. Em cerca de 10 dias, o canal concedeu R$ 395 milhões, com dívida média de R$ 38 mil por contrato.

    Segundo o banco, 87% dos estudantes e ex-estudantes escolheram liquidar o saldo devido. Além de aderir à renegociação, o cliente pode fazer simulações e gerar os boletos de pagamento.

    De acordo com a Caixa, até 1,2 milhão de clientes poderão renegociar débitos do Fies pelo aplicativo. Além do aplicativo, os acordos poderão ser firmados no site do Fies.

    Edição: Vitor Abdala