Tag: UFMT

  • Lançamento da UFMT e entrega de 192 apartamentos serão nesta quinta em Lucas do Rio Verde

    Lançamento da UFMT e entrega de 192 apartamentos serão nesta quinta em Lucas do Rio Verde

    Com as presenças de autoridades do Governo Federal e Governo do Estado, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde realizará nesta quinta-feira (24), importantes ações do programa Ser Luverdense Habitação, desenvolvidades em parceria com os programas Ser Família Habitação e Minha Casa, Minha Vida. As atividades marcam mais um avanço no compromisso da gestão municipal com o direito à moradia, contemplando a assinatura de novos contratos habitacionais e a entrega de 192 apartamentos a famílias luverdenses. Durante o evento, o Ministério da Educação (MEC) oficializará a implantação do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no município.

    A primeira ação será a visita à casa modelo da empresa construtora das 2 mil casas que estão sendo construídas, onde também serão assinados contratos habitacionais com famílias selecionadas nos programas. O momento representa o início da concretização do sonho da casa própria para centenas de moradores do município.

    Na sequência, será realizada a solenidade de entrega das chaves de 192 apartamentos do Condomínio Águas do Cerrado I, localizado no bairro Parque das Américas. As unidades habitacionais são uma parceria entre Prefeitura de Lucas do Rio Verde, Governo Federal e Governo do Estado de Mato Grosso, com o objetivo de garantir qualidade de vida e segurança para as famílias beneficiadas. Na ocasião, será realizado, por representantes do Ministério da Educação (MEC), o ato oficial de implantação do campus da UFMT em Lucas do Rio Verde.

    Serviço:

    15h – Visita à casa modelo e assinatura de contratos habitacionais
    Local: Construtora Pacaembu – Avenida Brasil, nº 779 – Jardim das Palmeiras

    16h – Solenidade de entrega de 192 apartamentos do Condomínio Águas do Cerrado I e ato oficial de implantação do campus da UFMT em Lucas do Rio Verde.
    Local: Avenida Ênio Rospierski, lote 1, quadra 1, setor 49 – Parque das Américas.

  • Campanha nacional alerta sobre vazamento de dados e orienta criação de senhas mais seguras

    Campanha nacional alerta sobre vazamento de dados e orienta criação de senhas mais seguras

    Com foco em segurança da informação, o Projeto Segurança no Elemento Humano (SEH) está abordando neste mês o tema vazamento de dados, um dos riscos mais recorrentes no ambiente digital. A iniciativa é promovida pelo Colégio de Gestores de TI e Comunicação (CGTIC) das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), vinculado à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), e conta com o apoio de 24 universidades brasileiras, entre elas a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso).

    Durante a semana, a campanha reforça a importância da criação de senhas fortes como uma das principais barreiras contra fraudes e invasões de contas pessoais e institucionais. A orientação é clara: proteger suas informações começa por uma senha bem elaborada.

    Entre as recomendações estão: utilizar senhas com no mínimo 12 caracteres, misturando letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos; evitar dados previsíveis, como datas de aniversário ou nomes de familiares; não reutilizar senhas em diferentes serviços — uma prática comum, mas que amplia o risco em caso de vazamento; e considerar o uso de gerenciadores de senhas, que auxiliam na criação e armazenamento seguro de combinações robustas.

    O projeto SEH tem como missão ampliar a consciência digital entre servidores, estudantes e a comunidade acadêmica em geral, estimulando hábitos que fortaleçam a proteção de dados pessoais e institucionais. Segundo os organizadores, a segurança da informação depende não apenas da tecnologia, mas também do comportamento das pessoas no uso cotidiano dos recursos digitais.

    A campanha segue ao longo do mês com novos conteúdos educativos e orientações práticas voltadas à construção de um ambiente virtual mais seguro em todo o país.

  • Capim-elefante desponta como alternativa energética para agroindústria de Mato Grosso

    Capim-elefante desponta como alternativa energética para agroindústria de Mato Grosso

    Uma pesquisa de doutorado desenvolvida na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapemat), apontou o capim-elefante BRS Capiaçu como uma solução viável para geração de energia na agroindústria, especialmente em usinas de etanol.

    O estudo avaliou a capacidade do capim-elefante de produzir biomassa em larga escala, com potencial de alcançar até 50 toneladas de matéria seca por hectare ao ano. Segundo os dados levantados, a planta pode ser utilizada como fonte de energia elétrica, substituindo gradativamente a madeira nativa utilizada nas caldeiras industriais.

    Com características energéticas semelhantes ao eucalipto e à madeira amazônica, o capim-elefante oferece a vantagem de cultivo rápido e renovável, sem causar desmatamento. Isso o torna uma alternativa sustentável em meio à crescente demanda energética do setor agroindustrial no Mato Grosso.

    A necessidade de novas fontes de biomassa se intensifica diante da pressão sobre os recursos florestais da região, incapazes de atender à demanda sem comprometer a preservação ambiental. Atualmente, o capim-elefante é amplamente utilizado na alimentação animal, mas sua aplicação energética já começa a ganhar espaço. No município de Vera, uma lavoura foi implantada com foco na produção energética para usinas de etanol.

    Defendido em fevereiro de 2025, o trabalho faz parte do programa de pós-graduação em Biotecnologia e Biodiversidade da Rede Pró-Centro-Oeste. A pesquisa segue em desenvolvimento com apoio contínuo da Fapemat, além de parcerias internacionais e institucionais que visam aprofundar o uso da planta em bioenergia e sustentabilidade.

  • Estudo verifica danos oculares causados por toxoplasmose

    Estudo verifica danos oculares causados por toxoplasmose

    Um estudo, feito a partir da análise de prontuários médicos e documentação clínica de pacientes de Barra do Garças, investigou danos oculares causados pela toxoplasmose. O trabalho, publicado na “Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene”, aponta que a falta de diretrizes que permitam a notificação dos casos, ignora seus efeitos e impede o atendimento clínico personalizado e a criação de diretrizes nacionais para o gerenciamento da doença.

    Segundo os autores, o estudo foi motivado por relatos de médicos oftalmologistas que trabalham na região estudada sobre a incidência de consequências oculares em pacientes que até então não havia sido testado como portadores de anticorpos para o protozoário da toxoplasmose, indicando alguma deficiência de diagnostico anterior e a dificuldade em encontrar dados epidemiológicos sobre a incidência de consequências oculares em pacientes com anticorpos para o protozoário da toxoplasmose, indicando que notificação das consequências oculares não é um critério que abrange a notificação compulsória.

    Ainda segundo os autores, a toxoplasmose não está incluída no grupo de Doenças Tropicais Negligenciadas, mas existem dados, que citam fatores da vulnerabilidade social como risco para sua maior incidência. “Ademais, o Ministério da Saúde articula desde 2015, uma vigilância integrada a secretarias e outras instituições, da toxoplasmose gestacional, congênita e adquirida em surtos. Os casos isolados da doença não são de notificação compulsória“, apontam.

    O estudo, realizado entre março de 2020 e março de 2023, contou com a análise de prontuários de 850 pacientes. Deste total, 72 apresentaram lesões oculares compatíveis às causadas pela toxoplasmose e 64, após exames, tiveram o quadro confirmado.

    “Considerou-se a região altamente endêmica porque os resultados de nosso trabalho comparado ao número obtido por notificação compulsória na região estudada esteve consideravelmente maior, mas é importante deixar claro, que a comparação foi feita para os casos congênitos e gestacionais, se houvesse registros anteriores de dados de acomentimento ocular na mesma região ou mesmo uma registro a nível nacional a comparação seria mais apropriada. E isso reforça a originalidade do estudo”, explicam os autores.

    A conclusão do trabalho aponta que descobertas realizadas são obscuredias pelas diretrizes nacionais. Os autores explicam que isso acontece porque a legislação atual de notificação e agravos do Sistema Único de Saúde (SUS), contempla os casos congênitos e gestacionais da toxoplasmose adquirida em surtos e não engloba o registro de consequências oculares, dificultando o acesso informação epidemiológica no contexto oftalmológico da doença.

    O artigo foi escrito pela pesquisadora Ana Paula Salamoni, como resultado do seu mestrado, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Imunologia e Parasitologia Básica e Aplicada da UFMT, Câmpus do Araguaia, sob orientação da professora Fernanda Regina Casagrande Giachini Vitorino. Também assinam o artigo o professor Alecsander F Bressan e a pesquisadora Kelly Clair de Moura da Costa, doutoranda em Ciências Biológicas na Universidade Federal de Goiás (UFG).

  • Estudo mapeia impactos de mudanças climáticas no Cerrado

    Estudo mapeia impactos de mudanças climáticas no Cerrado

    O bioma Cerrado é o foco de estudos para abordar a sazonalidade climática no Brasil. Abordando insetos aquáticos, os estudiosos abordaram a relação entre sazonalidade climática e diversidade de insetos aquáticos. Pela Universidade Federal de Mato Grosso participaram do estudo os professores Leandro Schlemmer Brasil, do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) e Laboratório de Ecologia e Conservação de Ecossistemas Aquáticos (Lacea). Pelo mesmo laboratório está no artigo Dilmermando Pereira Lima-Junior.

    O estudo “Climatic seasonality of the Cerrado and aquatic insect communities: a systematic review with meta-analysis” analisa aspectos da variação entre estações chuvosas e secas no que se trata da diversidade e abundância de organismos como a influência da sazonalidade climática no Cerrado nas comunidades de insetos aquáticos. A base para o artigo está em artigos das bases Scopus e Web of Science que tratam da  distribuição espacial dos associados à variação sazonal das comunidades de insetos aquáticos. A importância do estudo está no preenchimento de lacunas científicas no que diz respeito a falta de estudos abrangentes sobre a sazonalidade dos insetos aquáticos no Cerrado.

    De acordo com o professor Leandro Schlemmer Brasil, o primeiro desafio do estudo é a necessidade de estudos de longa duração. “Para compreender como a sazonalidade climática influencia os insetos aquáticos, é fundamental realizar coletas em ambas as estações – seca e chuvosa – ao longo de vários anos. No mínimo, seriam necessários três anos de monitoramento, mas o ideal seriam estudos que se estendessem por décadas. Isso ocorre porque as condições climáticas variam de um ano para o outro, e apenas com múltiplas repetições ao longo do tempo é possível identificar padrões robustos e confiáveis”, destaca o professor apontando que outro desafio é a limitação de financiamento para pesquisas de longa duração, principalmente por agências estaduais.

    Pesquisa mostra insetos indicam dificuldades no fluxo de água

    O professor Leandro Schlemmer Brasil explica que o principal desdobramento prático deste estudo é a geração de um produto técnico voltado para órgãos ambientais estaduais e federais, assim como o Ministério Público. “Com base nos resultados, esses órgãos terão uma base científica mais sólida para orientar estudos de impacto ambiental (EIA) e relatórios de impacto ambiental (RIMA), utilizando insetos aquáticos como bioindicadores. Isso é fundamental, pois qualquer empreendimento com potencial de causar danos ambientais precisa dessas análises, e nosso estudo aponta com precisão qual a melhor época para realizá-las no Cerrado, garantindo avaliações mais eficazes e representativas”, explica o docente.

    Os principais resultados estão em demonstrar que a riqueza e abundância de insetos aquáticos foram significativamente maiores durante a estação seca, pela maior estabilidade das condições ambientais, menor fluxo de água e maior disponibilidade de folhas nos riachos. Além da forte influência da estação seca, o estudo também tem como resultado o aumento da seca extrema pode transformar riachos perenes em intermitentes, levando à homogeneização das comunidades de insetos aquáticos e reduzindo sua capacidade de prestar serviços ecossistêmicos, como o controle biológico e a decomposição da matéria orgânica.

    “Com o aumento das ondas de calor e a intensificação das secas, muitos riachos do Cerrado, antes perenes, estão se tornando temporários, ou seja, deixam de ter água corrente o ano todo. Essa mudança compromete serviços ecossistêmicos essenciais, como a decomposição da matéria orgânica e o controle de insetos transmissores de doenças – ambos desempenhados por insetos aquáticos. Além disso, essa transformação aumenta as incertezas sobre a segurança hídrica na região, o que pode afetar diretamente o desenvolvimento sustentável do bioma, analisa o professor.

    O estudo é importante para mostrar a importância dos insetos aquáticos como bioindicadores da qualidade da água e da integridade ecológica dos riachos. Além do monitoramento ambiental é um estudo importante para abordar os impactos das mudanças climáticas pelo aumento de eventos climáticos extremos pode afetar a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos dos riachos do Cerrado. A expectativa do Lacea é que os achados possam orientar políticas públicas e estratégias de conservação para proteger os ecossistemas aquáticos do Cerrado diante das ameaças climáticas e do uso da terra.

  • UFMT conclui estudo sobre milho Enogen para produção de etanol e DDG no Brasil

    UFMT conclui estudo sobre milho Enogen para produção de etanol e DDG no Brasil

    O Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Planejamento Energético (NIEPE) da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) finalizou o projeto “Tropicalização do produto Enogen para a produção de etanol e DDG no Brasil”. O estudo avaliou a viabilidade da produção de biocombustível e alimentos a partir do milho Enogen, uma variedade rica em alfa-amilase desenvolvida pela Syngenta nos Estados Unidos.

    O projeto foi financiado pela Syngenta, com a interveniência administrativo-financeira da Fundação Uniselva, e coordenado pelo engenheiro Ivo Leandro Dorileo, pesquisador associado do NIEPE. Também teve participação do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (NIPE) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sob coordenação da engenheira Bruna de Souza Moraes.

    De acordo com Dorileo, o relatório final do estudo apontou as especificidades do cultivar em terras tropicais, considerando aspectos técnicos, econômicos, ambientais, energéticos e de mercado. Além dos avanços científicos, o projeto reforçou a importância da parceria entre universidades e setor privado, permitindo capacitação de pesquisadores e aquisição de equipamentos que modernizam as estruturas da Faculdade de Economia da UFMT.

    A pesquisa contou com a participação de diversos especialistas, incluindo Leonardo Gomes de Vasconcelos (Instituto de Química), Eduardo Beraldo de Morais (Engenharia Sanitária e Ambiental) e Margarete Nunes (NIEPE). O discente Bruno Dantas Muniz, do Instituto de Química, também colaborou por meio da Central Analítica do Laboratório de Pesquisas em Química de Produtos Naturais e Novas Metodologias Sintéticas em Química Orgânica. Pelo NIPE, contribuíram os pesquisadores Mauro Berni, Paulo Manduca e Rubens Lamparelli.

    Com os resultados obtidos, o estudo abre caminho para novas pesquisas e potenciais investimentos na produção de etanol e DDG no Brasil, destacando-se como uma referência na busca por soluções inovadoras e sustentáveis para o setor agroenergético.

  • Pesquisadores da UFMT realizam biomonitoramento dos jacarés

    Pesquisadores da UFMT realizam biomonitoramento dos jacarés

    Desde 2012, o Grupo de Pesquisa CO.BRA, da sigla em inglês, Computational Bioacoustics Research Unit ou Unidade de Pesquisa em Bioacústica Computacional, criado no âmbito do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU/CNPq/UFMT), tem utilizado tecnologias para estudar os jacarés do Pantanal, tornando-se um pilar essencial no biomonitoramento da região. Com o uso de gravadores acústicos passivos, armadilhas fotográficas e drones, os pesquisadores e pesquisadoras do grupo conseguem obter dados valiosos sobre os padrões comportamentais desses animais e os impactos das mudanças climáticas sobre estes organismos.

    O jacaré-do-pantanal (Caiman yacare) é uma espécie emblemática dos ambientes aquáticos do bioma, mas enfrenta ameaças crescentes devido às alterações climáticas e às atividades humanas. A população, antes estimada em mais de 10 milhões de indivíduos, vem sofrendo declínio devido a secas prolongadas e incêndios florestais.

    Diante desse cenário, o monitoramento da espécie exige abordagens inovadoras. É o que explica a coordenadora de Pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP), a Professora Doutora Marinez Isaac Marques, que também coordena, junto do Professor Doutor Charly Schuchmann, do Museu de Zoologia Alexander Koenig, Bonn, Alemanha, o CO.BRA da UFMT e atua no subprojeto de biomonitoramento do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU). Segunda ela, os métodos tradicionais, como contagens visuais e captura, enfrentam desafios no Pantanal, devido à extensão e dificuldade de acesso a muitas áreas; para superar essas limitações, o grupo de pesquisa tem adotado a bioacústica e o drone. Segundo o Professor Doutor Charly Schuchmann ”a bioacústica está sendo utilizada como ferramenta para descrever os diferentes tipos de vocalizações e padrões de atividade vocal da espécie. No caso do drone, utilizamos as imagens para contar a quantidade de indivíduos, monitorar a dinâmica de ocupação de baías nas diferentes estações do ano e avaliar a estrutura etária da população”.

    Ainda de acordo com o Professor, esses recursos possibilitam avaliar a sazonalidade na densidade populacional da espécie, ou seja, o número de indivíduos por unidade de área, e identificar os comportamentos associados e quais são os períodos de menor e maior atividade.

    “A análise de gravações obtidas ao longo de diferentes anos também está sendo realizada para entender como fatores sazonais e ambientais, como o pulso de inundação do Pantanal, que vem se alterando nos últimos anos, influenciam a atividade desses animais. Além disso, a partir das imagens obtidas pelo drone, estão sendo geradas várias fotografias aéreas, as ortoimagens, que permitem avaliar se os indivíduos têm preferências no uso dos micro-habitats aquáticos disponíveis nas baías estudadas”, destacou Carolinne Zatta Fieker, pesquisadora membra do CO.BRA e bolsista do Programa de Capacitação Institucional (PCI) do INPP.

    Apoio essencial da Base Avançada de Pesquisa do Pantanal

    As pesquisas conduzidas pelo CO.BRA contam com a infraestrutura da Base Avançada de Pesquisa do Pantanal (BAPP), gerida pela Pró-Reitoria de Pesquisa da UFMT (Propesq). A pesquisadora Marinez Marques, lembra que utiliza a BAPP desde de 2009, com os trabalhos de campo do seu grupo de pesquisa em Ecologia e Taxonomia de Artrópodes, e destaca o suporte que a Base lhe ofereceu ao longo destes 16 anos. “A infraestrutura da BAPP oferece instalações adequadas como cozinha, laboratórios, dormitórios, áreas de convivência, o que permite aos pesquisadores realizar suas atividades de forma mais eficaz e confortável, contribuindo para a qualidade das pesquisas, que é particularmente importante em áreas remotas onde o acesso é difícil, como o Pantanal”.

    O Pró-reitor de Pesquisa da UFMT, Bruno Araújo, reforça que fortalecer as investigações científicas na região, contribuindo diretamente para a conservação e desenvolvimento da biodiversidade no Pantanal. “Nosso compromisso é aprimorar essa estrutura e ampliar as oportunidades para que mais estudos contribuam com soluções para os desafios ambientais e sociais do Pantanal”, destacou.

    A combinação entre tecnologia de ponta e apoio estrutural é um diferencial que potencializa as pesquisas na região do Pantanal, reforçando a importância da ciência na preservação dos ecossistemas pantaneiros.

    Ecologia dos jacarés e relação com pulsos de inundação

    Os jacarés desempenham um papel importante na ecologia, principalmente por serem animais de topo de cadeia em ambientes alagados. Desta forma, contribuem para regular a quantidade de indivíduos de outras espécies, mantendo o equilíbrio e a saúde dos ecossistemas aquáticos.

    De acordo com a doutora Carolline Zatta Fieker, membra do Grupo CO.BRA e pesquisadora do INPP e do INAU, a sobrevivência desta espécie está fortemente ligada ao ciclo hidrológico do Pantanal, em especial aos pulsos de inundação, evento crucial para a reprodução dos jacarés e alimentação. “É durante a enchente que os indivíduos se distribuem pela planície seguindo o fluxo das águas, determinam territórios e acasalam. As fêmeas em seguida constroem seus ninhos e depositam os ovos no solo em camadas cobertas por folhiço em áreas elevadas, onde permanecem protegendo os ovos e depois os filhotes”, comentou Fieker.

  • Jovem morre após colidir moto contra poste em Sinop 

    Jovem morre após colidir moto contra poste em Sinop 

    Um jovem identificado como Kawê da Silva Vieira, de 20 anos, morreu após colidir a moto que pilotava contra um poste no Bairro Setor Comercial, em Sinop, a 503 km de Cuiabá. O acidente ocorreu na madrugada deste sábado (22).

    De acordo com o boletim da Polícia Civil, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. As circunstâncias do acidente ainda estão sendo investigadas.

    Acidente aconteceu na madrugada deste sábado (22); vítima era estudante de agronomia da UFMT.
    Foto: arquivo pessoal.

    Kawê era estudante de agronomia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Sinop. Nas redes sociais, o curso de agronomia publicou uma nota de pesar lamentando o ocorrido e prestando condolências aos familiares e amigos do jovem.

    A Polícia Civil segue apurando os detalhes da ocorrência para esclarecer a dinâmica do acidente.

  • UFMT propõe seminário para debater ferrovia entre Rondonópolis e Cuiabá

    UFMT propõe seminário para debater ferrovia entre Rondonópolis e Cuiabá

    A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) deve se tornar palco de discussões sobre a construção da ferrovia ligando Rondonópolis a Cuiabá. Em reunião recente, a reitora da instituição, professora Marluce Souza e Silva, debateu a possibilidade de trazer esse tema para o ambiente acadêmico e, ao final, ficou encaminhada a realização de um seminário para reunir comunidade acadêmica, sociedade e autoridades.

    De acordo com a reitora, a proposta resgata um antigo projeto do senador Vicente Vuolo, que vem sendo trabalhado por um grupo de engenheiros da UFMT. “O grupo veio buscar nosso apoio para que o debate aconteça dentro da universidade. Disponibilizamos espaço físico e apoio logístico para a organização do seminário, além de um momento de reflexão sobre a necessidade de garantir que o projeto original seja cumprido”, explicou.

    Marluce Souza e Silva destacou que as decisões institucionais são tomadas coletivamente e reforçou a importância do debate com profissionais especializados, além de ouvir tanto a comunidade acadêmica quanto a sociedade em geral. “Não cabe à reitoria ou à figura da reitora decidir sozinha. Não é apenas uma questão de tramitar pelo Consepe [Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão] e pelo Consuni [Conselho Universitário]. O diálogo com as bases é essencial para construir um posicionamento sólido”, ressaltou.

    O encontro contou com a presença de Vicente Vuolo Filho, que defendeu a necessidade de priorizar a ferrovia “Senador Vuolo”, cujo traçado entre Rondonópolis e Cuiabá está previsto em lei, mas não avançou. Segundo ele, o trecho atualmente em construção conecta Rondonópolis a Lucas do Rio Verde. “Não somos contra novas ferrovias no estado, pelo contrário. Quanto mais infraestrutura ferroviária, melhor. No entanto, Cuiabá, como capital, não pode ser esquecida. É uma questão de respeito à sua história”, afirmou.

    Ele também ressaltou o papel estratégico da UFMT como indutora do desenvolvimento e destacou os benefícios que a construção da ferrovia traria para a universidade, incluindo oportunidades de pesquisa e a geração de empregos para alunos formandos. “Os impactos positivos são imensos, tanto para a instituição quanto para o estado. Essa é uma causa de grande relevância”, concluiu.

    O seminário deve reunir especialistas, autoridades e a sociedade civil para aprofundar a discussão sobre a viabilidade da ferrovia e os impactos de sua implementação. Para mais informações sobre o tema e os próximos passos do debate, acompanhe o CenarioMT.

  • Ibama e UFMT firmam acordo para reforçar atendimento à fauna silvestre em Mato Grosso

    Ibama e UFMT firmam acordo para reforçar atendimento à fauna silvestre em Mato Grosso

    O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio da Diretoria de Biodiversidade e Florestas (DBFlo), e a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) formalizaram o Acordo de Cooperação Técnica 1/2025 (SEI nº 21643861), com o objetivo de fortalecer as ações de resgate, reabilitação e destinação da fauna silvestre acolhida pelo Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres da UFMT (Cempas/UFMT), ampliando a Rede-Cetas (Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres) do Ibama.

    A parceria surge como resposta à necessidade de garantir melhores condições para a reabilitação e monitoramento de animais silvestres, especialmente os resgatados de apreensões e fiscalizações ambientais conduzidas pelo Ibama. A UFMT, que já desempenha um papel crucial na triagem, identificação, recuperação e bem-estar desses animais, buscou o apoio do instituto diante de restrições orçamentárias que dificultavam a manutenção do centro.

    Sensibilizada pela situação, a diretora da DBFlo, Livia Karina Passos Martins, determinou a formalização do acordo, com articulação da Superintendência do Ibama em Mato Grosso (Supes-MT), sob liderança da superintendente Cibele Madalena Xavier Ribeiro, e apoio da coordenadora-geral da CGFau, Gracicleide dos Santos Braga.

    A assinatura do acordo representa um avanço significativo para a conservação da biodiversidade no Mato Grosso, especialmente devido à ausência de Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) no estado. Como primeiro passo dessa cooperação, já foi realizada a entrega de insumos ao Cempas-UFMT no dia 5 de fevereiro de 2025, por meio de um projeto de Conversão de Multa Ambiental.

    A iniciativa também terá um impacto direto no enfrentamento da temporada de incêndios no Pantanal em 2025, uma vez que fortalecerá a capacidade de resposta ao resgate e reabilitação da fauna afetada pelos incêndios florestais. Além disso, a parceria poderá ser ampliada para pesquisas acadêmicas voltadas à flora e às mudanças climáticas, reforçando o compromisso conjunto com a preservação ambiental e o desenvolvimento científico, por meio de coprodução transdisciplicar.

    Com esse acordo, o Ibama reafirma seu compromisso com a proteção da fauna silvestre e a busca por soluções eficazes para sua conservação, garantindo que todos os esforços necessários sejam empregados para a sobrevivência dos animais resgatados e a ampliação do conhecimento sobre a biodiversidade brasileira.