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  • Embaixador da Ucrânia visita Famato para fortalecer laços e discutir cooperação no agronegócio

    Embaixador da Ucrânia visita Famato para fortalecer laços e discutir cooperação no agronegócio

    Nesta quarta-feira (22/01), a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) recebeu a visita do Embaixador da Ucrânia no Brasil, Andrii Melnyk. Durante o encontro, que contou com a participação de lideranças do Sistema Famato, foram discutidos temas relacionados à resiliência da agricultura ucraniana e explorou oportunidades de cooperação tecnológica e inovação para impulsionar o setor produtivo rural de Mato Grosso.

    O presidente da Famato, Vilmondes Tomain, destacou a capacidade do país europeu em manter sua balança comercial positiva, mesmo enfrentando os impactos da guerra. “Ainda em meio aos prejuízos da guerra, vocês estão conseguindo manter a segurança alimentar e a autossuficiência na produção. Isso é uma prova da resiliência dos produtores ucraniano”, disse Vilmondes.

    O embaixador Andrii Melnyk elogiou a hospitalidade mato-grossense e expressou sua admiração pelo agronegócio no estado. Ele enfatizou que, embora Ucrânia e Mato Grosso compartilhem a característica de solos férteis, há um grande potencial para troca de experiências e tecnologias. “Espero que o senhor, presidente Vilmondes, possa visitar a Ucrânia e ver com seus próprios olhos as qualidades do nosso solo e sua prosperidade”, convidou o embaixador.

    Melnyk ressaltou a importância de parcerias para aprendizado mútuo. “Estabelecer cooperações trará benefícios para ambos os lados. Mato Grosso já é global e não precisa de ajuda para produzir tanto, mas tenho certeza de que podemos aprender juntos e crescer”, afirmou.

    O encontro contou com a presença do diretor de Relações Institucionais da Famato, Ronaldo Vinha, e dos superintendentes Cleiton Gauer (Instituto Mato-grossense e Economia Agropecuária – Imea), Paulo Ozaki (Instituto AgriHub) e Marcelo Lupatini (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar-MT). Cada representante compartilhou suas perspectivas sobre as possíveis contribuições de suas respectivas instituições para a parceria com a Ucrânia.

    Cleiton Gauer, superintendente do Imea, apresentou uma visão detalhada sobre o agronegócio de Mato Grosso, destacando a liderança na produção de soja, milho e algodão, além das inovações em práticas agrícolas que têm impulsionado a produtividade e a sustentabilidade. Ele também ressaltou o potencial de crescimento nas exportações de gado e etanol para mercados internacionais.

    Paulo Ozaki, do AgriHub, enfatizou o papel da inovação tecnológica e da bioenergia como pilares para o desenvolvimento conjunto, enquanto Marcelo Lupatini, do Senar-MT, destacou a possibilidade de capacitação em técnicas agrícolas avançadas e gestão no meio rural.

    A reunião também contou com a participação remota do Vice-Chefe do Comitê Agrícola, Câmara de Comércio e Comércio Ucraniana, Volodymyr Pugachov, que compartilhou os desafios enfrentados pelo setor agrícola ucraniano, como a degradação do solo e a resistência dos produtores a adotar práticas mais sustentáveis. Apesar disso, ele destacou que a Ucrânia continua a ser uma potência na exportação de milho, com 22 milhões de toneladas exportadas na última temporada.

    Vilmondes Tomain reforçou a importância do aprendizado conjunto e a troca de experiências para superar os desafios do setor agrícola global. “Nós também enfrentamos desafios no passado para aprender a plantar, cultivar e inovar. Por isso, essa troca de conhecimentos é essencial para o desenvolvimento contínuo de ambos os países”, concluiu.

    Também participou de maneira remota o primeiro-secretário da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Oskar Slushchenko.

    Como resultado do encontro, foram trocados contatos para alinhar os melhores caminhos para estreitar as relações entre Mato Grosso e a Ucrânia. A parceria deverá envolver todas as casas do Sistema Famato – Famato, Imea, AgriHub, Senar-MT e Sindicatos Rurais – cada uma contribuindo com sua expertise para promover inovações, tecnologias e avanços em bioenergia.

    O encontro foi marcado pela promessa de cooperação e pelo potencial de um futuro promissor para os dois países, que compartilham a visão de que a agricultura é uma base sólida para o crescimento e a segurança alimentar do mundo.

  • Visita do Embaixador da Ucrânia impulsiona oportunidades de parcerias para indústrias de Mato Grosso

    Visita do Embaixador da Ucrânia impulsiona oportunidades de parcerias para indústrias de Mato Grosso

    Visando estreitar relações comerciais, o presidente do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt), Silvio Rangel, recebeu a visita do Embaixador da Ucrânia no Brasil, Andrii Melnyk, nesta quarta-feira (22.01), na sede da Federação, em Cuiabá.

    O presidente ressaltou a importância da economia mato-grossense para o cenário nacional, destacando as potencialidades das indústrias do estado nos setores de alimentação e de biocombustível. “Mato Grosso vive um momento de verticalização da indústria e crescimentos expressivos na produção. Estamos de portas abertas para iniciar parcerias que possam auxiliar esse crescimento econômico, principalmente para a internacionalização dos nossos negócios’, pontuou.

    O Embaixador do país europeu reforçou o interesse nas parcerias com as indústrias mato-grossenses e que intensificar o contato com a Federação. “Temos intenção de fechar acordos e investimento em todos os setores, agrícola e tecnológico de ambas as regiões. A Ucrania tem registrado produção crescente”, disse.

    Cenário atual

    As relações econômicas entre Mato Grosso e a Ucrânia têm sido pouco expressivas nos últimos anos. Não há registro de exportações significativas do estado para o país, apesar de iniciativas pontuais, como a tentativa de exportação de carne suína realizada em 2005 pela Intercoop. No entanto, não há informações sobre a continuidade desse comércio.

    Por outro lado, o país europeu desempenha um papel relevante como fornecedora de fertilizantes para o Brasil, incluindo Mato Grosso. O conflito entre Ucrânia e Rússia, iniciado em 2022, gerou impactos significativos nesse fornecimento, trazendo desafios para o agronegócio mato-grossense. Além disso, a instabilidade elevou os custos de produção e impulsionou os preços de commodities agrícolas, como o milho, no mercadointerno.

  • Ucrânia está utilizando Starlink em drones de combate

    Ucrânia está utilizando Starlink em drones de combate

    A empresa de robótica militar Milrem Robotics, sediada na Estônia, e a AEC Skyline, fornecedora de soluções críticas de dados, integraram comunicações via satélite Starlink (satcom) no veículo terrestre não tripulado (UGV) THeMIS.

    Essa inovação permitirá o controle do THeMIS UGV a longas distâncias, aumentando a segurança e eficiência das operações militares.

    O sistema de comunicação por satélite foi integrado no THeMIS Cargo CASEVAC, atualmente em uso na Ucrânia para auxiliar os soldados ucranianos na guerra contra a Rússia. Além disso, as forças ucranianas utilizam o THeMIS configurado para a limpeza de rotas.

    Benefícios da integração Starlink

    A capacidade avançada de controle além da linha de visão (BLOS) será revelada durante a Eurosatory 2024, que acontece de 17 a 21 de junho em Paris, França. A integração Starlink permitirá que veículos de combate não tripulados sejam implantados com segurança no campo de batalha. Ao mesmo tempo, os operadores podem permanecer a uma distância segura, mesmo a milhares de quilômetros, garantindo maior segurança e eficiência.

    Por meio da conectividade por satélite, o veículo robótico pode transmitir dados, receber comandos e retransmitir informações vitais em tempo real, independentemente de sua localização no campo de batalha.

    “Este desenvolvimento marca um momento crucial na evolução da robótica militar, oferecendo capacidades incomparáveis para operação remota e consciência situacional”, explicou Raul Rikk, Diretor de Desenvolvimento de Capacidades da Milrem Robotics.

    “Com as comunicações via satélite, os operadores podem manter o controle do robô a partir de um ponto de vista estratégico seguro, minimizando os riscos associados ao envolvimento humano direto em zonas de combate”, acrescentou.

    A Milrem Robotics buscou a AEC Skyline para integrar a capacidade de conexão satcom com o UGV.

    O CEO da AEC Skyline, Stef Have, disse ainda: “Desde 2021, a AEC Skyline e a Milrem Robotics têm se empenhado em aprofundar sua cooperação”.

    “Tenho orgulho de ver nossa divisão de soluções de dados críticos atuar como parceira de integração na inserção de novas tecnologias, incluindo esta última capacidade baseada em SATCOM, na crescente linha de UGVs líderes mundiais de nosso parceiro”, finalizou.

    Adaptabilidade e importância do THeMIS UGV

    Ucrânia está utilizando Starlink em drones de combate

    De acordo com o acordo assinado entre a Milrem e a Indústria de Defesa da Ucrânia (UDI) em dezembro de 2023, desenvolvedores e fabricantes de defesa ucranianos integrarão sua tecnologia, como armas, guerra eletrônica e equipamentos de desminagem, com os veículos robóticos da Milrem para atender às necessidades das Forças Armadas.

    As partes envolvidas pretendem explorar a possibilidade de fabricar vários produtos oferecidos pela Milrem Robotics na Ucrânia.

    Esses produtos incluem o THeMIS UGV, capaz de transportar metralhadoras pesadas e armas antitanque. Ele também pode ser configurado para atividades de engenharia de combate, como detecção e remoção de minas. Além disso, existe o potencial para uma colaboração de engenharia para desenvolver um Veículo de Combate Robótico (RCV) sobre rodas ainda inexistente.

    O THeMIS, agora integrado com Starlink, é um UGV militar de médio porte projetado para fornecer suporte a soldados a pé, servindo como plataforma de transporte, estação de armas remota, unidade de detecção e descarte de dispositivos explosivos improvisados (IED) e muito mais. Sua arquitetura aberta permite que ele execute várias missões.

  • Lula diz que Putin e Zelensky “estão gostando da guerra”

    Lula diz que Putin e Zelensky “estão gostando da guerra”

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (13), que os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, “estão gostando da guerra” que começou em fevereiro de 2022 com a invasão dos russos ao território ucraniano. Lula reiterou a posição de neutralidade do Brasil e voltou a defender que os líderes encontrem uma solução negociada para a paz.

    “Eu não faço defesa do Putin, o Brasil foi o primeiro país a criticar a Rússia pela invasão do país. O que eu não faço é ter lado, o meu lado é a paz […]. O Brasil tem uma posição definida, nós estaremos dispostos a participar de qualquer reunião que discuta paz se tiver os dois conflitantes na mesa, se tiver Rússia e Ucrânia, porque senão não é discutir paz”, disse, em Genebra, na Suíça, após participação na conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

    Antes do evento, Lula esteve com a presidenta da Suíça, Viola Amherd, que convidou o líder brasileiro a participar de uma cúpula pela paz entre Rússia e Ucrânia, que será realizada entre os dias 15 e 16 de junho, no país europeu. Lula declinou do convite, reafirmando que o Brasil tem interesse viabilizar discussões caso as duas partes do conflito sentem-se à mesa.

    “Eu tinha mandado uma carta para a presidenta [da Suíça] de que o Brasil não vai participar de uma cúpula em que só tem um lado. A guerra é feita por duas nações, ou seja, se você quiser ir contra a paz, você tem que colocar os dois numa mesa de negociação. Mas [se] você coloca só um lado, você não quer paz”, disse, lembrando a sua conversa com Putin, na última segunda-feira (10).

    “Esta semana mesmo o Putin me ligou, eu mostrei para ele a necessidade de a gente encontrar uma solução, sentar numa mesa de negociação e parar de matar, para que as pessoas comecem a trabalhar e viver suas vidas”, afirmou Lula.

    “Acho que tem que ter um acordo, agora se o Zelensky diz que não tem conversa com o Putin e o Putin diz que não tem conversa com o Zelensky, ou seja, é porque eles estão gostando da guerra, porque senão já tinham sentado para conversar e tentar encontrar uma solução pacífica. Qualquer solução pacífica mata menos gente, destrói menos e é mais benéfica ao povo tanto da Ucrânia quanto da Rússia”, acrescentou o brasileiro.

    Desoneração da folha

    Lula também comentou decisão do Senado de devolver ao governo federal a medida provisória (MP) que restringe as compensações do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

    A MP foi proposta pela equipe econômica para compensar a perda de receitas com o acordo que manteve a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e para pequenos municípios este ano. A ideia era restringir o uso de créditos tributários do PIS/Cofins para o abatimento de outros impostos do contribuinte e colocar fim no ressarcimento em dinheiro do crédito presumido.

    Para o presidente, não há pressão contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já que a responsabilidade pela proposta de compensação é, desde o princípio, do Congresso Nacional.

    “Não sei qual é a pressão contra o Haddad. Todo ministro da Fazenda, desde que eu me conheço por gente, vira o centro do debate quando a coisa dá certo e quando a coisa não dá certo. O Haddad tentou ajudar os empresários construindo uma alternativa à desoneração feita para aqueles 17 grupos; que não deveria ter sido o Haddad a assumir a responsabilidade, mas o Haddad assumiu, fez uma proposta e os mesmos empresários não quiseram”, disse Lula.

    “Então, agora você tem uma decisão da Suprema Corte que vai acontecer. Se em 45 dias não houver um acordo sobre compensação, o que vai acontecer? Vai acabar a desoneração, que era o que eu queria, por isso eu vetei naquela época. Então, agora, a bola não está mais na mão do Haddad, a bola está na mão do Senado e na mão dos empresários: encontre uma solução. O Haddad tentou, não aceitaram, agora encontrem uma solução”, acrescentou o presidente.

    Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo e o Congresso têm prazo para encontrarem uma fonte de receita para compensar o prolongamento da desoneração.

    Criada em 2011 para estimular a geração de empregos, a desoneração da folha das empresas foi prorrogada diversas vezes. No fim do ano passado, os parlamentares aprovaram o projeto de lei da desoneração que prorroga, até 2027, a troca da contribuição previdenciária – correspondente a 20% da folha de pagamento – por uma alíquota entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta de empresas de 17 setores da economia.

    O projeto aprovado pelos parlamentares também cortou de 20% para 8% a alíquota das contribuições ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por parte dos municípios com até 156 mil habitantes. A continuidade da política de desoneração custará R$ 26,3 bilhões ao governo em 2024, segundo dados da Fazenda, sendo R$ 15,8 bilhões em relação às empresas e R$ 10,5 bilhões em relação aos municípios.

    O presidente Lula vetou o projeto de lei da desoneração. O Congresso derrubou o veto ainda em dezembro do ano passado, mantendo o benefício às empresas. O governo, então, editou uma medida provisória revogando a lei aprovada. Por falta de acordo no Congresso para aprovação, o governo concordou em transferir a discussão para outros textos.

    Após negociações, no mês passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciaram um acordo para superar o impasse. O benefício será mantido este ano, sendo reduzido gradualmente até 2028, quando os 17 setores da economia voltarão a pagar a alíquota de 20% da folha, como os demais segmentos. O acordo permitiu a extensão do benefício em troca de medidas para elevar a arrecadação e compensar a renúncia fiscal.

    Juscelino Filho

    Lula voltou a falar sobre o indiciamento, pela Polícia Federal, do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Ele é suspeito de uso indevido de recursos públicos para a pavimentação de estradas que dão acesso a propriedades de sua família na cidade de Vitorino Freire, no Maranhão.

    Mais cedo, o presidente afirmou que conversaria com o ministro ainda hoje sobre sua permanência ou não no governo, mas, agora, disse que a conversa ocorrerá após sua viagem à Europa.

    “Não tem essa pressa, quando eu voltar, depois do G7, eu vou sentar eu vou descobrir o que aconteceu de verdade, em uma conversa franca com ele. Porque eu digo para todo mundo, só você saber a verdade, se você cometeu o erro, reconheça que cometeu, se não cometeu, brigue pela sua inocência”, disse Lula.

    Depois da participação na conferência da OIT, ainda hoje, Lula segue para a Itália onde participa da Cúpula do G7, reunião de líderes de sete das maiores economias do mundo. O evento ocorre de 13 a 15 de junho em Borgo Egnazia, na região da Puglia, no Sul do país. Além das reuniões ampliadas de trabalho, a agenda do presidente prevê encontros bilaterais com autoridades.

    Trabalho digno

    Ainda em Genebra, o presidente também teve encontro bilateral com o diretor-geral da OIT, Gilbert Houngbo. Segundo comunicado da Presidência da República, Lula falou sobre as preocupações com as relações trabalhistas, citando a precariedade das novas formas de emprego, e frisou que superar desigualdades é tema central, pois as diversas formas de desigualdades, de gênero, social, racial, se refletem no mercado de trabalho.

    “Houngbo concordou com os pontos apresentados pelo presidente Lula. Falou também sobre o envelhecimento da força de trabalho em diversas regiões, e os consequentes déficits de formação profissional e aumento de gastos previdenciários. Lula citou preocupações sobre como os governos e os sistemas previdenciários devem lidar com a parcela cada vez maior de trabalhadores que preferem ser autônomos”, diz a nota.

    Antes de embarcar para a Itália, o presidente participa da cerimônia de lançamento do selo institucional dos Correios em homenagem aos 35 anos da obra O Alquimista, do escritor brasileiro Paulo Coelho. Coelho mora em Genebra.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Chances de pouso suave da economia global sobem, diz documento do G20

    Chances de pouso suave da economia global sobem, diz documento do G20

    A probabilidade de que a economia global desacelere de forma suave aumentou, informou um documento divulgado pela presidência do G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta), atualmente a cargo do Brasil. Sem um comunicado conjunto oficial, o governo brasileiro emitiu um resumo com as conclusões das reuniões entre os ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do grupo.

    Intitulado “Resumo do Presidente”, o documento ressalta que as perspectivas de crescimento no médio prazo permanecem moderadas, e as estimativas indicam que o crescimento econômico global se estabilizará em um nível mais baixo. De acordo com os países, o principal desafio consiste em estabelecer medidas que estimulem o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, mantenham a sustentabilidade nos Orçamentos e criem reservas.

    “Reiteramos a necessidade de políticas fiscais, monetárias, financeiras e estruturais bem calibradas e comunicadas para promover políticas fortes, sustentáveis, crescimento equilibrado e inclusivo, manter a estabilidade macroeconômica e financeira e ajudar a limitar as repercussões negativas [da desaceleração global]”, destaca o resumo.

    Em relação à inflação, os ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais destacaram que o papel fundamental das autoridades monetárias consiste em garantir que a inflação convirja para as metas estabelecidas. Segundo o documento, a situação está menos grave que nos anos anteriores.

    “A inflação diminuiu na maioria das economias, graças, em grande parte, a políticas monetárias adequadas, à redução dos estrangulamentos na cadeia de abastecimento e à moderação dos preços das matérias-primas”, aponta.

    Israel e Ucrânia

    De 2021 a 2023, a inflação global acelerou, impulsionada pelo estrangulamento das cadeias globais de produção, por causa de restrições à covid-19 impostas pela China, e pelo início da guerra entre Rússia e Ucrânia. O comunicado conjunto não saiu por falta de acordo à menção dos conflitos no leste europeu e da guerra na Faixa de Gaza, mas incluiu uma nota de rodapé.

    “Os ministros trocaram opiniões sobre guerras, conflitos e crises humanitárias em curso, destacando a Ucrânia e Gaza. A presidência brasileira do G20 observou que a trilha das finanças não é o fórum mais apropriado para resolver questões geopolíticas e propôs que estas questões continuem a ser discutidas em fóruns e reuniões relevantes”, destacou o texto, repetindo a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante a entrevista coletiva de encerramento do encontro.

    Tributação

    O resumo assume o compromisso da presidência brasileira no G20 no combate à desigualdade. “Em 2024, vamos focar em alçar a desigualdade como principal preocupação política”, destacou. O texto, no entanto, não especifica a proposta do Brasil de uma taxação mínima sobre a renda dos mais ricos, apesar de o assunto ter sido tratado com destaque nas reuniões e nas entrevistas.

    O texto cita apenas a intenção de acatar a solução de dois pilares da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a taxação internacional, com a intenção dos países de assinar o pilar 1, que busca adaptar a tributação de multinacionais à era digital, e continuar as discussões sobre o pilar 2, que busca estabelecer uma tributação global mínima para as empresas globais.

    O documento, no entanto, não menciona o terceiro pilar, proposto pelo Brasil, para uma taxação mínima de 2% sobre os rendimentos dos super-ricos. Embora o tema não conste no resumo, o ministro Haddad afirmou, em entrevista coletiva, que a proposta do Brasil foi bem aceita pelos demais países do G20 e que há “uma grande expectativa” de que o segundo pilar avance ainda este ano.

    Reforma do FMI

    Os países também assumiram o compromisso de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e de “dar prioridade para uma implementação ágil” da reforma das cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

    Entre os principais riscos para a economia global, apontou o documento, estão as guerras e a escalada dos conflitos, a fragmentação geoeconômica, o crescimento do protecionismo e a perturbação das rotas comerciais. Entre os pontos positivos, estão uma desinflação mais rápida que o previsto e uma “consolidação fiscal” mais favorável ao crescimento, ancorada em arcabouços fiscais mais críveis.

    Edição: Carolina Pimentel

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  • Onde assistir Ucrânia x Itália ao vivo hoje, 20 de novembro

    Onde assistir Ucrânia x Itália ao vivo hoje, 20 de novembro

    Nesta segunda-feira, 20 de novembro, nós vamos te mostrar onde assistir Ucrânia x Itália, que fazem um jogo decisivo pelas Eliminatórias da Eurocopa de 2024.

    A partida vale a segunda vaga do Grupo C, que já tem a Inglaterra classificada. Quem vencer garante a presença no torneio continental, enquanto quem perder terá que disputar a repescagem. O confronto será no Leverkusen Arena, Leverkusen, Alemanha, às 16h45 (horário de Brasília).

    Onde assistir Ucrânia x Itália ao vivo

    Para saber onde assistir Ucrânia x Itália, a partida terá transmissão ao vivo para o Brasil pelo canal SporTV, na TV fechada. Além disso, é possível acompanhar o jogo pela plataforma UEFA TV, que transmite as Eliminatórias da Eurocopa pela internet.

    Como chegam as equipes

    A Itália, atual campeã europeia, teve uma campanha irregular nas Eliminatórias. Em seis jogos, venceu apenas dois, empatou três e perdeu um, somando nove pontos. A equipe de Luciano Spalletti precisa da vitória para não depender de outros resultados e evitar um vexame histórico. No último jogo, a Itália goleou a Macedônia do Norte por 5 a 2, em casa.

    A Ucrânia, por sua vez, surpreendeu ao ficar na terceira posição do grupo, com 13 pontos. Em sete jogos, venceu quatro, empatou um e perdeu dois. A equipe de Serhiy Rebrov vem de uma vitória sobre Malta por 3 a 1, fora de casa, que manteve as chances de classificação direta. Um empate basta para a Ucrânia, que também pode se classificar até com uma derrota, desde que a Macedônia do Norte não vença a Inglaterra.

    Onde assistir Ucrânia x Itália ao vivo: Prováveis escalações

    Itália: Donnarumma, Di Lorenzo, Gatti, Acerbi, Dimarco, Barella, Jorginho, Frattesi, Berardi, Raspadori e Chiesa. Técnico: Luciano Spalletti.

    Ucrânia: Bushchan; Trublin, Karavayev, Zabarnyi, Matviyenko, Mykolenko, Sydorchuk, Zinchenko, Vanat, Sudakov, Mudryk e Dovbyk. Técnico: Serhiy Rebrov.

    Ficha técnica de onde assistir Ucrânia x Itália ao vivo:

    • Jogo: Ucrânia x Itália
    • Data: 20 de novembro de 2023
    • Horário: Segunda-feira, 20 de novembro, às 16h45 (horário de Brasília)
    • Competição: Eliminatórias da Eurocopa 2024
    • Local: Leverkusen Arena, Leverkusen, Alemanha
  • Brasil quer contribuir para paz justa e duradoura na Ucrânia, diz Lula

    Brasil quer contribuir para paz justa e duradoura na Ucrânia, diz Lula

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (23), em discurso na cúpula dos Brics, em Joanesbuergo, na África do Sul, que o Brasil quer contribuir com os esforços para um cessar-fogo imediato e uma paz duradoura na Ucrânia.

    Realizado na África do Sul, o encontro de chefes de Estado do bloco de cinco países, que também inclui China, Índia e Rússia, contou com a participação do presidente russo, Vladimir Putin, por videoconferência.

    Em seu discurso, Lula disse que o Brasil tem uma posição histórica de defesa da soberania e integridade territorial das nações e considerou positivo o fato de que há um número crescente de países engajado na tentativa de atingir um acordo para encerrar a guerra que se arrasta há um ano e meio.

    “Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz, tampouco podemos ficar indiferentes às mortes e à destruição que aumentam a cada dia. O Brasil não contempla fórmulas unilaterais para paz. Estamos prontos para nos juntar a um esforço que possa, efetivamente, contribuir para um pronto cessar-fogo e uma paz justa e duradoura”, afirmou Lula.

    Guerra na Ucrânia

    Ele acrescentou que a guerra na Ucrânia mostra as limitações do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e que os Brics têm um papel relevante na solução do conflito.

    “A busca pela paz é um coletivo e um imperativo para o desenvolvimento justo e sustentável. Os Brics devem atuar como uma força pelo entendimento e pela cooperação. Nossa disposição está expressa na contribuição da China, da África do Sul e do meu próprio país para os esforços de solução do conflito na Ucrânia”, enfatizou.

    Lula criticou ainda os gastos militares globais, que superam, segundo ele, US$ 2 trilhões em apenas um ano, enquanto existem 735 milhões de pessoas passando fome no mundo.

    Falando logo em seguida ao presidente brasileiro, Putin afirmou que o conflito na Ucrânia foi provocado por um “neocolonialismo” de países ocidentais e a tentativa dessas nações em manter sua hegemonia.

    Segundo ele, a Ucrânia passou por um golpe de Estado em 2014, referindo-se à Revolução de Maidan, que culminou na retirada do presidente Viktor Yanukovych, e as pessoas que não concordaram com o novo regime foram perseguidas, referindo-se à população etnicamente russa daquele país.

    “Uma guerra de atrito foi lançada contra eles e isso durou oito anos. A Rússia decidiu apoiar as pessoas que lutam por sua cultura, tradições, língua e seu futuro. Nossas ações na Ucrânia são guiadas por apenas um motivo: acabar com a guerra que foi lançada pelo Ocidente contra as pessoas em Donbass”.

    Putin também agradeceu aos “colegas do Brics” que estão buscando soluções para “acabar com essa situação”, por meios justos e pacíficos.

    Brics é o nome dado a um grupo de países que tem como objetivo a cooperação econômica e o desenvolvimento em conjunto. Esse grupo é formado por cinco nações: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Lula: Brasil quer se manter neutro sobre guerra entre Rússia e Ucrânia

    Lula: Brasil quer se manter neutro sobre guerra entre Rússia e Ucrânia

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (1º), que o Brasil faz parte de um grupo de países que quer “se manter neutro” para negociar o fim do conflito entre Ucrânia e Rússia.

    “Não acontecerá nada enquanto Ucrânia e Rússia não tomarem a decisão de que querem a paz. Portanto, o Brasil faz parte de um grupo de países que querem se manter neutros para construir a possibilidade do fim da guerra”, disse Lula, após encontro com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, no Palácio Itamaraty, em Brasília.

    “Estamos tentando formular a oportunidade, quando convier aos dois presidentes, da Rússia e da Ucrânia, de colocar uma proposta de paz na mesa que tem que ser combinada com os dois”, destacou.

    Lula reiterou a posição do Brasil de defesa da integridade territorial da Ucrânia e de condenação da invasão.

    O presidente finlandês disse que tem a mesma opinião sobre o conflito e que toda tentativa pela paz é muito valiosa.

    Niinistö chegou nesta quarta-feira (31) ao Brasil e, além de Brasília, manterá agenda em São Paulo, nesta sexta-feira (2), com foco na promoção comercial e de investimentos. Segundo ele, há várias possibilidade de cooperação econômica entre Brasil e Finlândia, citando comunicação cibernética e economia circular.

    Durante declaração à imprensa, Lula destacou que a cooperação em ciência, tecnologia e inovação é de particular relevância nessa agenda bilateral.

    “A Rede de Inovação Brasil-Finlândia reúne pesquisadores e especialistas e fortalece vínculos entre a pesquisa básica e aplicada dos dois países. Maior colaboração em áreas como comunicações, segurança cibernética, tecnologia militar e transição ecológica certamente trará benefícios concretos. Queremos retomar o dinamismo do relacionamento, inclusive utilizando os cientistas brasileiros na Finlândia, em áreas como 5G e 6G e bioeconomia”, disse.

    Lula citou ainda parcerias no setor de biocombustíveis, serviços aéreos e combate a mudanças climáticas. “Estou certo de que a delegação empresarial que acompanha o presidente Niinistö encontrará excelentes oportunidades de negócios e investimentos no Brasil”, disse. “Em 2022, alcançamos um intercâmbio comercial de US$ 1,8 bilhão. É possível ir ainda muito além disso”, acrescentou o presidente.

    Brasil e Finlândia estabeleceram relações diplomáticas em 1929. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a agenda bilateral é “marcadamente positiva” e existe interesse mútuo em expandir a cooperação em áreas estratégicas. Após a visita da presidenta Dilma Rousseff à Finlândia, em 2015, o presidente Niinistö esteve no Rio de Janeiro, nas Olimpíadas de 2016.

  • Lula recusa convite de Putin para ir a fórum econômico

    Lula recusa convite de Putin para ir a fórum econômico

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou, por telefone, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e reforçou a posição do Brasil para as negociações de um acordo de paz entre russos e ucranianos. Lula recusou o convite de Putin para ir ao Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, evento que ocorre desde 1997 na cidade russa. A edição de 2023 será entre 14 e 17 de julho.

    Desde o início do mandato, Lula articula com diversos países apoio para o fim do conflito na Ucrânia.

    “Agradeci a um convite para ir ao Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, e respondi que não posso ir à Rússia nesse momento, mas reiterei a disposição do Brasil, junto com a Índia, Indonésia e China, de conversar com ambos os lados do conflito em busca da paz”, escreveu o presidente em publicação nas redes sociais.

    No último fim de semana, Lula esteve no Japão para participar da Cúpula do G7, grupo formado por sete dos países mais industrializados do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). O brasileiro teve uma série de encontros bilaterais, e o conflito entre russos e ucranianos esteve na mesa de discussões.

    Nesta semana, Lula também tratou por telefone com o presidente da China, Xi Jinping, sobre a situação da guerra na Ucrânia.

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também esteve no Japão e participou de uma das sessões de debates do G7 sobre paz e prosperidade. Houve tentativa de reunião bilateral entre Lula e Zelensky, mas não foi possível por dificuldade na conciliação das agendas dos dois líderes.

    No G7, Lula manteve sua posição sobre a guerra na Ucrânia, condenando a invasão territorial do país pela Rússia. Segundo o presidente brasileiro, apesar dos esforços, neste momento, não há interesse das partes em falar sobre a paz.

    Para Lula, para que haja negociação, os dois lados terão que ceder em alguma medida. “O Celso Amorim [assessor internacional da Presidência] foi lá na Rússia e depois na Ucrânia. E o Amorim falou que, por enquanto, eles não querem conversar sobre paz. Se um tem uma proposta, é a rendição do outro, se o outro tem uma proposta, é a rendição do primeiro. E ninguém vai se render. Negociação não é rendimento e vai ter um momento que vão querer uma negociação”, disse em coletiva de imprensa, no Japão.

  • Lula relata nova conversa com Xi Jinping sobre Ucrânia

    Lula relata nova conversa com Xi Jinping sobre Ucrânia

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na noite desta quinta-feira (25), que conversou por telefone com o presidente da China, Xi Jinping. A conversa ocorreu no dia anterior e abrangeu diferentes temas, incluindo reunião dos Brics, bloco econômico integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e também sobre a situação da guerra na Ucrânia.

    “Ontem [24] conversei por telefone com o Presidente da China, Xi Jinping. Falamos sobre a conjuntura global, a necessidade da paz na Ucrânia, a participação dos nossos países na cúpula dos Brics em agosto. E sobre nossa parceria estratégica em âmbito bilateral”, escreveu Lula em rede social.

    A conversa ocorre pouco mais de um mês após o encontro bilateral entre os dois presidentes em Pequim, e dias após Lula retornar de viagem ao Japão, onde participou do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7, grupo formado pelos sete países mais industrializados do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).

    Em Hiroshima, entre os dias 19 e 21, Lula se reuniu com 11 chefes de governo e de entidades, quando tratou de assuntos bilaterais e de temas da agenda internacional. Além das questões ambientais e segurança alimentar, que foram centrais durante a cúpula, o assunto que dominou as mesas de debate foi o conflito entre a Rússia e Ucrânia.

    Edição: Marcelo Brandão