Tag: Trigo

  • Avanços tecnológicos na produção de trigo tropical e milho na segunda safra no Cerrado são discutidos com o setor produtivo

    Avanços tecnológicos na produção de trigo tropical e milho na segunda safra no Cerrado são discutidos com o setor produtivo

    Equipes de pesquisa e transferência de tecnologia da Embrapa visitaram no último dia 26 fazendas parceiras da Embrapa Cerrados localizadas nos municípios de Água Fria de Goiás (GO) e São João D’Aliança (GO) a fim de avaliar os resultados dos plantios de trigo tropical e de milho na segunda safra na região do Cerrado do Planalto Central. As propriedades visitadas participam do projeto estruturante LabCerrado (Aceleradora de Agroinovação dos Cerrados – Desenvolvimento Sustentável Agroterritorial) e possuem unidades de experimentação e de avaliação de valor de cultivo e uso de cultivares desenvolvidas pela Embrapa. Os produtores rurais Luis Fiorese, do grupo Quati, e Edson Tanabe, do Grupo Tanabe, participaram das discussões.

    As propriedades visitadas (fazendas Primavera e Veneza do Grupo Quati) também possuem unidades de avaliação de valor e cultivo e uso do programa de melhoramento de soja da Embrapa; além de unidades de manejo de solos e de cultivos que fazem parte do sistema de produção agrícola do Cerrado. O chefe geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro, explica que o projeto LabCerrado tem como objetivo promover intervenções junto ao ambiente produtivo do agronegócio em regiões de interesse, notadamente situadas no bioma Cerrado, de modo a acelerar seus respectivos processos de desenvolvimento social e econômico, mas dentro de premissas sustentáveis, com ganhos ambientais.

    As fazendas visitadas também possuem unidades de referência tecnológica utilizadas para diferentes ações de transferência de tecnologia. O chefe adjunto de Transferência de Tecnologia, Fábio Faleiro, defendeu que a Embrapa deve estar sempre próxima do setor produtivo levantando as demandas reais para retroalimentar as ações de pesquisa e desenvolvimento e também para direcionar as ações de transferência de tecnologia. “Com o uso da ciência e da tecnologia, é possível economizar os ganhos econômicos e ambientais no cultivo do trigo tropical e do milho na segunda safra na região do Cerrado. As parcerias com o setor produtivo são estratégicas para ações de pesquisa e transferência de tecnologia no sentido de aumentar os impactos positivos da adoção das tecnologias desenvolvidas”, afirmou.

    De acordo com o produtor Luiz Fiorese, do grupo Quati, há 10 anos atrás havia um trigo safrinha plantar. “A grande vantagem aqui é que economizamos no herbicida na próxima cultura que é a soja, e tenho notado que por conta dessa palhada tenho colhido cinco sacas a mais de soja por hectare, onde fiz trigo”, conta. Um dos ajustes que serão feitos para a próxima safra e que foi discutido durante a visita técnica foi a quantidade de plantas que ele colocou por hectare. “Pelo que discutimos aqui, acho que usei muita planta. Como faltou água, isso acabou impactando no enchimento de grãos. Essa conversa foi ótima, pois ainda estamos ajustando essa cultura por aqui”, explicou.

    Segundo o pesquisador da Embrapa Trigo, Jorge Chagas, durante a visita foram repassadas aos produtores de informações sobre práticas de manejo, como melhor época de semeadura, densidade de semeadura dos materiais, ou seja, a quantidade indicada de sementes por área, manejo da brusone, dentre outros assuntos. De acordo com ele, nesta safra o clima realmente não ajudou. “Mas, é importante que o produtor esteja convencido de que a cultura melhora seu sistema de produção. É fundamental que eles busquem conhecimento para cada vez mais expandir o cultivo do trigo em suas propriedades. O uso de cultivares mais adaptadas às condições climáticas e de manejo fitotécnico adequado são muito importantes para potencializar o desempenho produtivo do trigo no Cerrado do Brasil Central”, afirmou. Também participaram da visita técnica e das discussões dos pesquisadores da Embrapa Cerrados, Ângelo Sussel e Rui Veloso.

    Durante a visita técnica foram discutidas ainda estratégias de manejo fitossanitário e nutricional do milho, em especial as estratégias de manejo das cigarrinhas que transmitem os patógenos causadores dos enfezamentos na cultura do milho . Segundo João Dalla Corte, supervisor do Setor de Prospecção e Avaliação de Tecnologias da Embrapa Cerrados, um trabalho mais detalhado será realizado para verificar as percepções de produtores de milho, em relação à adoção de estratégias de manejo e seus impactos, em trabalhos com problemas de enfezamentos nas regiões do DF, Goiás, Tocantins e Minas Gerais.

  • Preços do trigo permanecem altos em junho mesmo com negociações lentas

    Preços do trigo permanecem altos em junho mesmo com negociações lentas

    Os preços do trigo permaneceram em alta ao longo de junho, um período marcado pela entressafra e pela baixa disponibilidade do cereal. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a valorização do dólar em relação ao real também contribuiu para a sustentação das cotações domésticas, já que encarece as importações do trigo.

    Apesar desse cenário de preços elevados, o ritmo de negociação foi lento em junho. Os produtores se concentraram na semeadura da próxima safra, enquanto os vendedores ativos no mercado spot solicitaram preços maiores para novos fechamentos. Por outro lado, muitos agentes de moinhos, estando já bem abastecidos, não sentiram a necessidade de adquirir grandes volumes adicionais de trigo.

    Assim, mesmo com os fatores que impulsionaram os preços, como a baixa oferta interna e o impacto da taxa de câmbio sobre as importações, o mercado se manteve em um ritmo moderado de negociações.

  • Cotações do trigo permanecem firmes no mercado brasileiro

    Cotações do trigo permanecem firmes no mercado brasileiro

    As cotações do trigo seguem firmes no mercado brasileiro, operando acima dos níveis registrados no mesmo período do ano passado. Pesquisadores do Cepea apontam que esse suporte se deve aos baixos estoques domésticos, especialmente de trigo de qualidade superior, e ao aumento da paridade de importação.

    A área destinada à nova safra, que está em fase de semeadura, deve ser menor que a da temporada anterior. Isso faz com que a oferta dependa fortemente das condições climáticas e de seu impacto na produtividade. As pesquisas do Cepea indicam que os produtores estão concentrados nos tratos culturais das lavouras já implantadas e/ou na semeadura, com destaque para os agricultores do Rio Grande do Sul, que iniciaram as atividades mais tarde neste ano.

    Os baixos estoques de trigo e a elevação da paridade de importação têm mantido os preços em alta, refletindo a oferta restrita de produto de qualidade. Esse cenário evidencia a importância de monitorar as condições climáticas, que serão cruciais para determinar o sucesso da safra atual.

    Os produtores estão focados em garantir a saúde das lavouras e na correta semeadura para tentar mitigar os riscos associados à menor área plantada e às possíveis adversidades climáticas. O esforço concentrado dos agricultores, especialmente no Rio Grande do Sul, visa assegurar uma produção que atenda às demandas do mercado interno, mantendo a qualidade e a competitividade do trigo brasileiro.

    A firmeza nas cotações do trigo no mercado brasileiro reflete uma combinação de fatores, incluindo baixos estoques, aumento dos custos de importação e desafios na nova safra. A atenção dos produtores nas práticas agrícolas será decisiva para enfrentar as incertezas e garantir a estabilidade do mercado nos próximos meses.

  • Cotações do trigo seguem em alta durante entressafra

    Cotações do trigo seguem em alta durante entressafra

    As cotações domésticas do trigo continuam em alta durante o período de entressafra. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os produtores têm mantido suas ofertas a preços mais elevados no mercado spot, especialmente para o trigo de qualidade superior (PH>78). Em contrapartida, agentes de moinhos tentam adquirir novos lotes a preços mais baixos, o que tem limitado a liquidez e resultado em negociações pontuais.

    No campo, as estimativas oficiais apontam uma redução na área a ser cultivada no país. Em um relatório divulgado neste mês, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicou que a área plantada com trigo em 2024 será de 3,087 milhões de hectares, uma queda de 11,4% em relação ao ano passado. Apesar da diminuição na área cultivada, a produtividade está projetada para crescer 26,3%, atingindo 2.945 kg/ha.

    Com isso, a produção de trigo está estimada em 9,065 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 12% em comparação com a safra finalizada em 2023. Este cenário de menor área plantada, mas maior produtividade, poderá impactar os preços e a dinâmica do mercado de trigo no Brasil nos próximos meses.

  • Preços internos do trigo sobem no início de junho

    Preços internos do trigo sobem no início de junho

    Os preços internos do trigo no Brasil têm registrado uma alta expressiva no início de junho. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa elevação é impulsionada pelos menores estoques domésticos durante o período de entressafra. Nem mesmo as desvalorizações no mercado externo na última semana conseguiram frear a tendência de alta.

    Os pesquisadores do Cepea observam que os agentes das indústrias estão cautelosos na compra de novos lotes de trigo, especialmente devido às recentes mudanças relacionadas ao uso de créditos tributários do PIS/COFINS. Essas alterações foram introduzidas pela Medida Provisória 1.227, publicada na terça-feira, 4 de junho.

    No que diz respeito ao comércio internacional, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que em maio chegaram aos portos brasileiros 657,13 mil toneladas de trigo, um aumento de 44,6% em comparação com o volume importado em abril e 131,8% superior ao de maio de 2023. Por outro lado, as exportações de trigo em maio se limitaram a 55,2 mil toneladas, um volume significativamente inferior às 362,85 mil toneladas exportadas em abril de 2023 e também abaixo das 71,04 mil toneladas exportadas em maio do ano passado.

    Esta combinação de fatores — baixos estoques internos, cautela nas compras industriais e um significativo aumento das importações — está moldando o cenário atual do mercado de trigo no Brasil, resultando em uma tendência de alta nos preços internos.

  • O que é a doença celíaca?

    O que é a doença celíaca?

    Você sabe o que é a doença celíaca? Uma pesquisa efetuada pela redação do CenárioMT constatou que a doença celíaca é uma condição autoimune crônica que afeta cerca de 1% da população mundial, embora muitos casos ainda permaneçam subdiagnosticados.  Caracteriza-se pela intolerância permanente ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, centeio e cevada.

    Quando indivíduos celíacos ingerem glúten, seu sistema imunológico responde atacando o revestimento do intestino delgado, levando a danos nas vilosidades intestinais e comprometendo a absorção de nutrientes.

    Embora complexa, pode ser gerida eficazmente com uma dieta sem glúten rigorosa. A conscientização sobre a condição é crucial para um diagnóstico precoce e uma melhor qualidade de vida. Com informação e apoio adequados, indivíduos celíacos podem viver de forma saudável e plena.

    O que é a doença celíaca? Sintomas e diagnóstico

    Atualmente, o único tratamento eficaz para a doença celíaca é a adesão estrita e permanente a uma dieta sem glúten.
    Atualmente, o único tratamento eficaz para a doença celíaca é a adesão estrita e permanente a uma dieta sem glúten.
    FOTO:PIXABAY

    Os sintomas da doença celíaca variam amplamente entre os indivíduos e podem incluir distúrbios gastrointestinais como diarreia crônica, constipação, dor abdominal e inchaço. Além disso, manifestações extraintestinais como anemia, fadiga, perda de peso, problemas dermatológicos e até mesmo distúrbios neurológicos podem ocorrer. Devido a essa variabilidade, a doença é frequentemente confundida com outras condições, o que dificulta seu diagnóstico.

    O diagnóstico da doença celíaca é feito por meio de exames de sangue que detectam anticorpos específicos e, frequentemente, confirmado por uma biópsia do intestino delgado. É importante que os testes sejam realizados antes do início de uma dieta sem glúten para evitar resultados falsos negativos.

    Atualmente, o único tratamento eficaz para a doença celíaca é a adesão estrita e permanente a uma dieta sem glúten. Isso envolve evitar todos os alimentos e produtos que contenham trigo, centeio e cevada. Embora possa parecer simples, essa dieta requer atenção constante, pois o glúten pode estar presente em alimentos processados, medicamentos e até produtos de cuidados pessoais.

    Dicas para a vida sem glúten

    Cozinhar em casa garante maior controle sobre os ingredientes e evita a contaminação cruzada
    Cozinhar em casa garante maior controle sobre os ingredientes e evita a contaminação cruzada
    FOTO:PIXABAY
    1. Leitura de Rótulos: Desenvolver o hábito de ler os rótulos dos alimentos é essencial. Ingredientes como “amido modificado” e “aromas naturais” podem conter glúten.
    2. Educação e Informação: Manter-se informado sobre a doença e participar de grupos de apoio pode ajudar a lidar com os desafios diários.
    3. Preparação de Alimentos em Casa: Cozinhar em casa garante maior controle sobre os ingredientes e evita a contaminação cruzada.
    4. Consultoria Nutricional: Trabalhar com um nutricionista pode ajudar a garantir uma dieta equilibrada, compensando a ausência de alimentos que contêm glúten.

    Embora a adaptação a uma vida sem glúten possa ser desafiadora, muitas pessoas celíacas relatam uma significativa melhora na qualidade de vida após a implementação da dieta. Os sintomas geralmente diminuem, e a saúde intestinal se recupera, permitindo uma absorção adequada de nutrientes.

  • Devido a clima desfavorável na Rússia e estoques reduzidos no Brasil, aumenta os preços do trigo

    Devido a clima desfavorável na Rússia e estoques reduzidos no Brasil, aumenta os preços do trigo

    Os preços do trigo estão subindo tanto nos mercados externos quanto internos. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), esse aumento é impulsionado por preocupações climáticas em importantes regiões produtoras da Rússia, o maior exportador mundial de trigo. As condições climáticas adversas no país têm gerado incertezas quanto à oferta global do cereal, refletindo diretamente nos preços internacionais.

    No mercado internacional, os agentes estão atentos às previsões climáticas desfavoráveis na Rússia, que podem comprometer a produção e, consequentemente, reduzir a oferta global de trigo. Essa incerteza está elevando os preços nos mercados globais, enquanto os compradores e vendedores ajustam suas expectativas e estratégias de negociação.

    No Brasil, triticultores consultados pelo Cepea estão respondendo a esse cenário global segurando as vendas, especialmente de lotes de trigo de melhor qualidade. Eles aguardam ofertas de valores mais altos, aproveitando a menor disponibilidade de estoque durante este período de entressafra. Os pesquisadores do Cepea destacam que a menor quantidade de trigo em estoque fortalece a posição dos vendedores, permitindo-lhes negociar preços mais elevados.

    Com o mercado global enfrentando incertezas na oferta e os produtores brasileiros retendo suas vendas, é provável que os preços do trigo continuem a subir. Essa tendência deve persistir enquanto as condições climáticas na Rússia permanecerem desfavoráveis e enquanto os estoques internos brasileiros estiverem baixos.

    Essa combinação de fatores globais e locais cria um ambiente de negociação complexo, onde os triticultores brasileiros têm a vantagem de aguardar melhores condições de venda, influenciando os preços do trigo no mercado interno.

  • Margens dos produtores de trigo permanecem apertadas apesar da recuperação dos preços

    Margens dos produtores de trigo permanecem apertadas apesar da recuperação dos preços

    Apesar da recente recuperação nos preços do trigo e da redução nos custos de produção em comparação ao ano anterior, os produtores ainda enfrentam margens reduzidas. Segundo cálculos da Equipe de Custódia do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a receita estimada em abril de 2024 estava apenas em linha com o custo operacional. Isso significa que, quando considerados os custos totais, as margens ficam negativas. Em 2023, as estimativas do Cepea apontaram uma margem positiva ao se comparar a receita bruta com o custo operacional.

    Dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que os agricultores não estão animados para cultivar trigo em 2024. A Conab ampliou a previsão de redução de área cultivada com trigo para a temporada atual, estimando uma redução de 11,1% em relação a 2023, totalizando 3.086 milhões de hectares. No entanto, a produtividade pode crescer 26,2% no mesmo comparativo, resultando em uma produção de 9,082 milhões de toneladas, um avanço de 12,2% frente à safra finalizada em 2023.

    Esta combinação de aumento de produtividade e redução de área plantada revela um cenário complexo para os produtores de trigo. Embora uma maior produtividade possa compensar parcialmente uma menor área plantada, a falta de margens positivas suficientes é uma preocupação significativa para o setor. A expectativa de aumento na produção total não se traduz necessariamente em melhores condições econômicas para os agricultores, que começam a enfrentar desafios financeiros significativos.

    A retração no ânimo dos produtores para o cultivo de trigo reflete a incerteza econômica e a pressão sobre as margens de lucro. A situação exige atenção tanto do setor produtivo quanto das políticas públicas, passando a criar condições mais desenvolvidas para os agricultores e garantir a sustentabilidade da produção de trigo no Brasil.

  • Soja e Trigo em Queda no Paraná e Rio Grande do Sul: Segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

    Soja e Trigo em Queda no Paraná e Rio Grande do Sul: Segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

    Os preços da soja e do trigo registraram queda nesta segunda-feira (26) no Paraná e no Rio Grande do Sul. A saca de 60 quilos de soja está cotada a R$ 111,70 no Paraná, uma queda de 0,80% em relação à última cotação. Em Paranaguá, a queda foi de 1,02%, com a saca sendo negociada a R$ 116,60.

    No Paraná, a tonelada do trigo também caiu 0,80%, sendo negociada a R$ 1.251,30. No Rio Grande do Sul, a queda foi de 0,30%, com a tonelada da commodity sendo negociada a R$ 1.198,33.

    Possíveis Fatores para a Queda:

    • Aumento da oferta: A colheita da soja está em andamento no Brasil, o que aumenta a oferta da commodity no mercado.
    • Redução da demanda: A demanda global por soja e trigo pode ter diminuído devido à desaceleração da economia mundial.

    Impacto para os Produtores:

    A queda nos preços da soja e do trigo pode afetar a renda dos produtores rurais.

    Recomendações para os Produtores:

    • Buscar alternativas para reduzir os custos de produção.
    • Buscar novos mercados para seus produtos.
    • Diversificar a produção.

    Expectativas para o Futuro:

    As perspectivas para os preços da soja e do trigo no curto prazo são incertas. No entanto, a longo prazo, a demanda por commodities agrícolas deve aumentar com o crescimento da população mundial.

  • Produção de trigo no BR cresceu 76%, nos últimos 5 anos

    Produção de trigo no BR cresceu 76%, nos últimos 5 anos

    Quando foram intensificadas as pesquisas com o trigo no Brasil, na década de 1970, a produção tritícola nacional era incipiente, com cultivares de baixo rendimento e inexistência de tecnologias agrícolas apropriadas. Nessa evolução, a média de produtividade das lavouras brasileiras saiu de 800 quilos por hectares (kg/ha) em 1970 para um rendimento superior a 3000 kg/ha em 2022. Entre 1977 e 2022, o crescimento na produtividade foi, em média, de 3,5% ao ano (série histórica CONAB).

    Evolução para garantir o abastecimento

    O trigo é o segundo alimento mais consumido no mundo, logo após o leite e derivados. A medida em que o desenvolvimento econômico evolui nos países, também aumenta a ingestão calórica. É neste cenário que, nos últimos cinco anos, o consumo de trigo cresceu 8% no mundo, enquanto a produção cresceu 4,6% no mesmo período (USDA).

    No Brasil, nos últimos cinco anos, a produção de trigo cresceu 76%, enquanto a área cresceu 50% e o consumo cresceu 4,2%, segundo dados da Conab. Ainda há espaço para crescer já que o consumo brasileiro de trigo é estimado em 53 kg por habitante ao ano, metade do consumo dos europeus, por exemplo (Abitrigo).

    Aumento de área

    Na questão de aumento da área, novas fronteiras têm sido prospectadas pela pesquisa em diversos ambientes do País, de norte à sul, intensificando os sistemas de produção agropecuária já existentes, com o trigo na rotação de culturas, na alimentação animal e no melhor aproveitamento de áreas que ficam ociosas no inverno.

    Em 2015, o Brasil colheu 5,5 milhões de toneladas. Em 2020, a produção chegou a 6,2 milhões. Em 2021, atingiu 7,7 milhões e em 2022, a safra encerrou com 9,5 milhões de toneladas, volume que atende 76% da demanda nacional.

    Projeções da Embrapa Trigo indicam que, caso a produção de trigo continue crescendo 10% ao ano, o Brasil poderá chegar aos 20 milhões de toneladas até 2030. Com o consumo interno estimado entre 12 e 14 milhões de toneladas, o Brasil poderá exportar o superavit para o mundo,  saindo de grande importador para entrar na lista de países exportadores de trigo no mercado internacional.

    Em 2022 (janeiro a novembro), o volume de exportações chegou a 2,5 milhões de toneladas, mais do que o dobro do volume exportado no ano anterior. Por outro lado, as importações brasileiras tiveram queda de 9,7% devido à maior oferta do cereal no mercado interno e aumento de preços internacionais (MDIC).

    Para  Jorge Lemainski, chefe-geral da Embrapa Trigo, o trigo está seguindo o mesmo caminho que o milho e a soja percorreram no Brasil, é já começa a alterar a geopolítica de grãos no mundo.

    “O Brasil tem área, conhecimento e demanda aquecida. A expansão do trigo no país precisa assegurar tanto a oferta de alimento de qualidade ao consumidor, quanto a rentabilidade do produtor. Para isso é necessário diversificar mercados, internos e externos”, ressalta Lemainski.

    Resultados animam o produtor

    O trigo de sequeiro faz parte do sistema de produção nas propriedades da família Bortoncello em Cristalina (GO) e Paracatu (MG) desde o final dos anos 1990, na rotação com soja, milho, feijão e sorgo. A família já cultivava o cereal em Xanxerê (SC) e, com a migração para o Centro-oeste há 26 anos, o produtor Odacir Bortoncello precisou avaliar fatores como altitude, Clima e logística para investir no trigo tropical no Cerrado.

    “Há quatro anos, perdemos toda a lavoura para a brusone e, no ano seguinte, o prejuízo veio com déficit hídrico. Mas não desistimos, ajustamos o manejo e os bons resultados vieram na sequência, superando os 60 sacos por hectare nesta safra, o dobro da média do trigo em sequeiro na região”, conta o produtor.

    A área, que em 2022 contou com 200 hectares de trigo, com três cultivares em cultivo de sequeiro, deverá ser triplicada na próxima safra.

    “Com investimento em fertilidade e bom manejo do solo, nosso rendimento passou dos 2 mil kg/ha para 3.650 kg/ha nesta safra, e a meta é chegar a 6 mil kg/ha no prazo de dois anos”, planeja Bortoncello, destacando que o caminho para o sucesso é buscar genética de qualidade e interação constante com instituições de pesquisa e assistência técnica.

    “Estou muito otimista com o trigo. A cultura está equiparando à rentabilidade da soja e com grande liquidez na região. Acredito que a área com trigo deverá crescer muito no cerrado na próxima safra”, diz o produtor.

    Em Passo Fundo (RS), a colheita do trigo avançou sobre o mês de dezembro na propriedade do Mauro Fabiani. Na região, ao norte do estado, chuvas intensas nos meses de junho e julho atrasaram a semeadura de inverno, mas o atraso acabou beneficiando o trigo, evitando problemas com geadas tardias e perda de fertilizantes no escoamento do solo. Na média final de rendimento da lavoura de 70 hectares foram contabilizados 76 sacos por hectare (sc/ha), mas nos talhões onde houve atraso na semeadura o rendimento chegou a 89 sc/ha.

    Os grãos foram comercializados a R$ 94,00/sc de 60kg, rentabilidade e liquidez consideradas boas pelo produtor.

    “Como eu antecipei a compra dos fertilizantes, consegui bons preços antes da alta. Isso me garantiu uma boa rentabilidade nesta safra. Tivemos até oferta de contratos acima de R$ 100,00 a saca uns dois meses antes da colheita, mas os riscos com clima causam muita insegurança quanto às possíveis frustrações na qualidade”, explica Mauro.

    No próximo dia 01 de março ocorre a primeira reunião da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo de 2023. O encontro será realizado em formato híbrido. Na pauta, a conjuntura nacional e mundial do trigo, que segue sofrendo as consequências do conflito entre Rússia e Ucrânia um ano após o início dessa crise, além de questões de melhoramento genético do grão que é plantado em solo paulista, com a apresentação de novos materiais disponíveis para cultivo.

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