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  • Lucas do Rio Verde: Além de cemitério clandestino, local funcionava como ‘tribunal do crime’

    Lucas do Rio Verde: Além de cemitério clandestino, local funcionava como ‘tribunal do crime’

    Até o momento, 14 corpos foram resgatados do cemitério clandestino de uma facção criminosa descoberto durante operação da Polícia Civil em Lucas do Rio Verde. O espaço, localizado numa área de mata nas imediações do bairro Tessele Junior, além de servir como esconderijo para os cadáveres, também funcionava como um ‘tribunal do crime’, onde facções criminosas executavam seus membros.

    A operação é o desfecho de investigações que se arrastaram durante todo o ano de 2024. Em entrevista à imprensa, o delegado Allan Vitor explicou que a localização do cemitério foi possível graças a diligências intensivas após diversos casos de desaparecimentos, homicídios e sequestros, cujos corpos nunca haviam sido localizados. “Nosso objetivo sempre foi dar uma resposta à sociedade e às famílias das vítimas. Hoje, conseguimos identificar e recuperar esses corpos, o que representa um grande avanço nas investigações”, disse Vitor.

    Tribunal do crime e a guerra de facções

    Os corpos encontrados estavam em diferentes estágios de decomposição, incluindo alguns que haviam sido enterrados recentemente. O delegado João Antonio, responsável pelas investigações de homicídios, confirmou que a descoberta do local revela mais do modus operandi das facções criminosas que atuam na região, intensificando a guerra entre facções no estado.

    “O local funcionava como um tribunal do crime, onde indivíduos eram executados após serem punidos por suas facções. Foram encontrados vestígios de objetos como bitucas de cigarro, facas, cordas, cabos de telefone celular, que indicam que o local era utilizado para torturas e, eventualmente, assassinatos”, explicou o delegado.

    Esses indivíduos, segundo a investigação, poderiam ser membros de facções rivais ou pessoas que cometeram algum tipo de infração dentro do mundo do crime, como vender drogas para facções concorrentes ou realizar gestos simbólicos que indicavam lealdade a grupos rivais. O método de execução desses crimes incluía, frequentemente, videochamadas para determinar os castigos e torturas a serem aplicadas.

    Colaboração entre forças de segurança

    A operação foi possível graças à integração entre as forças de segurança de Lucas do Rio Verde, que contou com o apoio de policiais da Cavalaria da Polícia Militar. Durante um confronto armado na noite anterior, um suspeito foi detido e, após uma série de entrevistas e investigações, os policiais conseguiram localizar o cemitério clandestino.

    “Essa é uma ação bem-sucedida, que demonstra a importância da colaboração entre as diferentes forças de segurança. A partir da prisão de um indivíduo, conseguimos informações que nos levaram até esse local. A operação foi conduzida com grande profissionalismo pela Polícia Civil e todas as forças envolvidas”, disse o Tenente Coronel Fernandes da Cavalaria.

    Além da Polícia Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros também está envolvido na operação, auxiliando na remoção dos corpos do local de difícil acesso. “Estamos prestando apoio na retirada dos corpos, utilizando equipes especializadas para garantir que o trabalho de escavação seja feito de maneira segura e eficiente”, informou o Capitão Bertolazzo, comandante do Corpo de Bombeiros, adiantando que militares e um cão farejador estão vindo de Cuiabá para reforçar as buscas na região.

    A Guarda Municipal está auxiliando com o isolamento da área para que os profissionais envolvidos nas buscas e identificações de covas possam dar sequência ao trabalho. “As forças integradas têm atuado de forma a dar uma resposta positiva à população, cada instituição prestando o papel que é devido dentro de suas atribuições”, comentou o comandante J. Lima.

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    Investigação em andamento e possível ligação com outras regiões

    A Polícia Civil ainda investiga se os corpos encontrados pertencem a pessoas da região de Lucas do Rio Verde ou se há vítimas de outras localidades. “Embora seja cedo para afirmar, estamos em contato com delegacias de cidades vizinhas, como Diamantino e Tapurah, que já registraram desaparecimentos que podem estar relacionados a esse local”, explicou o delegado João Antonio.

    O trabalho da Polícia Civil continuará, com a coleta de material genético e DNA para tentar identificar as vítimas e estabelecer qualquer vínculo com desaparecimentos registrados nas investigações. O uso de tecnologia, como análise de vestimentas e possíveis aparelhos de telefone encontrados no local, também será essencial para a identificação dos envolvidos e das vítimas.

    A descoberta do cemitério clandestino é mais uma prova da crescente violência ligada às facções criminosas em Mato Grosso, que têm adotado novas táticas para escapar da fiscalização das autoridades. Com a continuidade das investigações, espera-se que mais informações sobre os responsáveis por esses crimes sejam reveladas.

    Operação Tolerância Zero e o combate ao crime organizado

    A operação, que faz parte da “Operação Tolerância Zero” estabelecida pelo Governo do Estado, tem como objetivo combater o avanço do crime organizado no estado e, em particular, a guerra entre facções que tem gerado constantes casos de violência. O governador Mauro Mendes reforçou a importância da cooperação entre as forças de segurança e destacou que, apesar das dificuldades enfrentadas, o trabalho de investigação está sendo intensificado para desmantelar as redes criminosas.

    A localização do cemitério clandestino representa não apenas uma vitória no combate ao crime, mas também um alívio para as famílias das vítimas que esperavam respostas sobre o destino de seus entes queridos. As investigações continuarão, e a polícia segue trabalhando para identificar os responsáveis por essas execuções brutais e desmantelar a atuação dessas facções no estado.

  • Família resgatada do “tribunal do crime” em Sorriso: suspeitos morrem em confronto com a polícia

    Família resgatada do “tribunal do crime” em Sorriso: suspeitos morrem em confronto com a polícia

    Em uma ação da Força Tática, Rotam e 12° BPM de Sorriso (MT), na madrugada desse quinta-feira (18), uma família foi resgatada de uma situação de cárcere privado e submissão ao “Tribunal do Crime”. A operação, que faz parte da continuidade da Vitae Fase XIII, resultou na morte de dois suspeitos durante um confronto armado.

    Segundo informações, a polícia recebeu uma denúncia via 190 indicando que no bairro São José, na Rua Santa Rita, uma família estava sendo mantida em cativeiro, sob ameaças e violência. As equipes se mobilizaram rapidamente para o local e, ao se aproximarem, os suspeitos reagiram atirando, iniciando um confronto.

    Na ação, dois dos criminosos foram baleados e socorridos, mas não resistiram aos ferimentos. A família refém foi libertada ilesa.

    De acordo com o relato da vítima, ela e seus familiares estavam sendo submetidos ao “Tribunal do Crime”, uma prática cruel e ilegal utilizada por facções criminosas para punir supostos transgressores.

    No local, a polícia apreendeu uma pistola calibre 380, um revólver calibre 38, munições, um celular, um relógio e um rolo de fio de luz que era utilizado para amarrar a vítima.

    Um dos suspeitos, de 24 anos, que já possuía antecedentes criminais por roubo tentado, uso de drogas e assédio sexual. O outro suspeito ainda não foi identificado.

    Combate ao “Tribunal do Crime”

    O “Tribunal do Crime” é uma prática que causa grande preocupação às autoridades, pois se configura como uma forma de justiça privada cruel e desumana. As forças de segurança intensificam os esforços para combater essa prática e garantir a segurança da população.

  • Operação Reset desarticula organização criminosa em Campos de Júlio

    Operação Reset desarticula organização criminosa em Campos de Júlio

    A Delegacia de Campos de Júlio deflagrou, na manhã desta quarta-feira (10), a Operação Reset, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa atuante na região.

    A operação cumpriu oito ordens judiciais, entre prisões e buscas e apreensões, contra integrantes do grupo investigados por diversos crimes, incluindo tráfico de drogas, tortura, tentativa de homicídio e outros atos violentos.

    Investigações revelam “tribunal do crime”

    As investigações, conduzidas pela equipe da Delegacia de Campos de Júlio, revelaram que a organização criminosa atuava como uma espécie de “tribunal do crime”, impondo punições violentas a seus próprios membros e a outras pessoas.

    Apreensões e prisões

    Durante a operação, foram apreendidas: 34 porções de crack; 150g de crack; 5 porções de maconha; Apetrechos para o tráfico e tortura; Celulares e Simulacros de arma de fogo.

    Em uma das casas, os policiais flagraram três pessoas com porções de entorpecentes, configurando o crime de tráfico de drogas. Além disso, um foragido da comarca de Porto Velho (RO), com mandado de prisão em aberto por roubo, também foi capturado.

    Em outro imóvel, foram encontrados mais drogas e balanças de precisão, resultando na prisão de três suspeitos por tráfico e associação para o tráfico.

    Combate ao crime organizado

    A Operação Reset faz parte do trabalho da Polícia Civil no combate ao tráfico de drogas e integra a Operação Erga Omnes, do planejamento estratégico da instituição para desarticular organizações criminosas em Mato Grosso.

    A operação resultou em:; 4 prisões em flagrante; 2 prisões por mandado; 5 mandados de busca cumpridos.

    Investigações continuam

    As investigações continuam para identificar outros membros da organização e desarticular completamente suas atividades.

    Atuação da Polícia Civil

    A Polícia Civil de Mato Grosso reforça seu compromisso com a segurança da população e o combate ao crime organizado. Ações como a Operação Reset demonstram a capacidade da instituição de investigar e desarticular grupos criminosos, garantindo a justiça e a paz social.