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  • Cuiabá terá que devolver R$ 2,1 milhões aos cofres públicos por irregularidades em contratos de transporte escolar

    Cuiabá terá que devolver R$ 2,1 milhões aos cofres públicos por irregularidades em contratos de transporte escolar

    Em uma decisão que repercute na gestão pública de Cuiabá, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) determinou que a Prefeitura devolva R$ 2,1 milhões aos cofres públicos. A quantia se refere a pagamentos irregulares realizados pela Secretaria Municipal de Educação em 2020 a duas empresas contratadas para o transporte escolar de alunos da zona rural.

    A decisão do TCE, tomada na última terça-feira (3), revela que as empresas de transporte escolar receberam pagamentos indevidos por trechos chamados de “carga seca”, ou seja, deslocamentos realizados sem a presença de alunos. Essa prática, que não era prevista nos contratos iniciais, foi autorizada pela Secretaria de Educação sem a devida justificativa e análise.

    O conselheiro Antonio Joaquim, relator do processo, destacou que a decisão da Secretaria de Educação de autorizar o pagamento dos trechos sem alunos demonstra falta de prudência administrativa e viola o planejamento do orçamento público. Além disso, as empresas de transporte não realizaram a vistoria das rotas antes de apresentarem suas propostas, o que evidencia a falta de rigor na contratação do serviço.

    A Secretaria Municipal de Educação, por sua vez, informou que não irá se manifestar sobre o caso.

    A decisão do TCE-MT demonstra a importância do controle social e da atuação dos órgãos de fiscalização na prevenção e combate à corrupção. A devolução dos recursos aos cofres públicos é fundamental para garantir que o dinheiro público seja utilizado de forma transparente e eficiente, em benefício da população.

    Possíveis desdobramentos em Cuiabá

    A decisão do TCE-MT pode abrir caminho para novas investigações sobre possíveis irregularidades em outros contratos da Prefeitura de Cuiabá. Além disso, a Prefeitura pode ser alvo de outras sanções administrativas e até mesmo de ações judiciais.

    A Prefeitura de Cuiabá deverá cumprir a decisão do TCE-MT e devolver os R$ 2,1 milhões aos cofres públicos. As empresas de transporte escolar também podem ser responsabilizadas pelas irregularidades e serem obrigadas a devolver os valores recebidos indevidamente.

  • Mato Grosso discute políticas de combate a Hanseníase

    Mato Grosso discute políticas de combate a Hanseníase

    Em um marco histórico no combate à hanseníase em Mato Grosso, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) anunciou nesta segunda-feira (04/11) que a doença se tornará um dos indicadores obrigatórios nas contas anuais dos municípios. A medida, inédita no país, visa intensificar o controle e o combate à doença, que ainda acomete milhares de mato-grossenses.

    A decisão foi tomada durante a abertura do seminário “Construindo Ações para Mato Grosso Livre da Hanseníase”, que reuniu mais de 350 gestores e profissionais de saúde de todo o estado. O presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, destacou a gravidade da situação e a necessidade de ações mais efetivas.

    “Mato Grosso é líder em casos de hanseníase no Brasil, uma realidade que contrasta com a riqueza do nosso estado. É inaceitável que em pleno século XXI ainda tenhamos essa doença acometendo nossa população”, afirmou o conselheiro.

    Transparência e controle 

    A partir de agora, todos os municípios mato-grossenses serão obrigados a informar ao TCE-MT o número de casos de hanseníase, as ações de prevenção e tratamento realizadas e os recursos investidos na área. Essa medida visa garantir maior transparência e controle social, além de estimular os gestores a intensificarem as ações de combate à doença.

    “Com essa iniciativa, queremos dar visibilidade ao problema e cobrar dos gestores resultados concretos. A hanseníase não é mais um tabu, e todos nós temos a responsabilidade de trabalhar para erradicá-la”, disse o conselheiro Guilherme Antonio Maluf, coordenador do seminário.

    O evento contou com a participação de diversas autoridades, como representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Secretaria de Estado de Saúde. Todos destacaram a importância da união de esforços para enfrentar o problema.

    “A hanseníase é uma doença curável e tratável, mas ainda estigmatiza e exclui muitas pessoas. Precisamos trabalhar juntos para mudar essa realidade”, afirmou o secretário estadual de saúde, Juliano Silva Melo.

    Próximos passos

    O seminário serviu como ponto de partida para a construção de um plano de ação mais efetivo para o combate à hanseníase em Mato Grosso. Entre as propostas apresentadas, destacam-se:

    • Fortalecimento da rede de atenção básica à saúde;
    • Intensificação das campanhas de conscientização e prevenção;
    • Melhoria do diagnóstico e tratamento da doença;
    • Combate ao estigma e à discriminação;
    • Monitoramento contínuo dos casos e dos resultados das ações implementadas.