Tag: transplante

  • Mato Grosso realiza terceira captação de múltiplos órgãos em 2025

    Mato Grosso realiza terceira captação de múltiplos órgãos em 2025

    A Central Estadual de Transplantes (CET), órgão da Secretaria de Estado de Saúde (SES-Mato Grosso), concretizou, na manhã desta terça-feira (15 de abril), mais um gesto de generosidade que transformará a vida de pacientes na fila de espera por um transplante. Uma complexa operação de captação de múltiplos órgãos e tecidos foi realizada no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).

    Graças à ação coordenada, foram captados dois rins, um fígado e duas córneas, órgãos que beneficiarão diretamente cinco pessoas que aguardam ansiosamente por uma nova oportunidade de vida.

    A equipe médica responsável pela captação deslocou-se do Espírito Santo com o apoio logístico de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), demonstrando a agilidade e a integração do sistema nacional de transplantes. A cirurgia teve início às 6h35 e foi concluída às 8h30.

    Este procedimento representa a terceira captação de múltiplos órgãos realizada em Mato Grosso somente em 2025. Em 2024, o estado já havia contabilizado 13 captações, resultando em 22 rins, 10 fígados e 4 corações disponíveis para transplante.

    O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, enalteceu a solidariedade das famílias enlutadas e o empenho das equipes da Central Estadual de Transplantes. “Mato Grosso tem sido fundamental para salvar vidas em todo o país, graças à nobreza de famílias que, em um momento de dor, pensam no próximo, e ao trabalho incansável das nossas equipes da Central. Parabenizo a todos pelas três captações bem-sucedidas neste ano e pela dedicação que salva vidas”, declarou.

    A coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Anita Ricarda da Silva, destacou o investimento contínuo em capacitações para os profissionais dos hospitais notificadores. “A Coordenadoria Estadual de Transplantes promove constantemente ações de sensibilização para profissionais de saúde e para a sociedade em geral, reforçando a importância da doação de órgãos e tecidos para transplantes”, explicou.

    Já a secretária adjunta do Complexo Regulador, Fabiana Bardi, enfatizou o significativo trabalho de conscientização realizado junto aos profissionais e às famílias dos potenciais doadores, além da importante reativação do programa de transplante renal no estado. “Além de intensificar a conscientização sobre a doação, o Estado de Mato Grosso dedicou grandes esforços para restabelecer o transplante renal em nosso território. Graças ao comprometimento das equipes, já podemos oferecer novamente esse serviço essencial”, concluiu Fabiana.

  • Família de bebê afogado em Mato Grosso doa o coração para outra criança da mesma idade no Paraná

    Família de bebê afogado em Mato Grosso doa o coração para outra criança da mesma idade no Paraná

    Em um ato de generosidade e amor ao próximo em Mato Grosso, a família de Nicolas Valentim, de apenas 1 ano e 8 meses, transformou uma tragédia em esperança ao autorizar a doação do coração do filho. Nicolas sofreu um acidente doméstico fatal, e, diante de uma situação de luto profundo, seus pais decidiram doar o órgão para salvar a vida de um bebê da mesma idade, que aguardava por um transplante no estado do Paraná.

    A captação do coração foi realizada no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), na terça-feira, 12 de novembro, e, em seguida, o órgão foi transportado com urgência para garantir a viabilidade do procedimento. O transporte, realizado com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), representa a urgência necessária, pois o coração tem uma janela muito curta de viabilidade fora do corpo humano.

    A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) reforça o quanto a conscientização sobre a doação de órgãos é essencial para salvar vidas, especialmente em um país onde a demanda é alta e os recursos limitados. Além do coração, diversos órgãos podem ser doados, sendo a córnea o único tipo de transplante realizado no estado de Mato Grosso.

    Entenda o processo de doação e transplante de órgãos

    É importante lembrar que, uma vez captado, o coração precisa ser transplantado dentro de aproximadamente 4 horas, uma vez que possui uma janela de viabilidade muito curta fora do corpo humano.

    Para garantir essa urgência, a Força Aérea Brasileira (FAB) frequentemente colabora no transporte de órgãos para que o receptor possa recebê-lo a tempo.

    O transporte aéreo rápido é fundamental, especialmente quando o receptor está em outro estado, como foi o caso desse transplante para o Paraná.

    Como ser um doador de órgãos?

    Qualquer pessoa pode salvar vidas comunicando sua intenção de ser doador à família. Não é exigido nenhum documento formal para a doação de órgãos no Brasil; basta que, em caso de morte encefálica, a família autorize o procedimento. Ao declarar essa vontade, a pessoa ajuda a criar um ambiente de maior aceitação e compreensão sobre a importância da doação, além de facilitar a decisão da família em um momento tão delicado.

    Quem pode doar?

    A doação de órgãos pode ser feita por qualquer pessoa, desde que haja compatibilidade entre o doador e o receptor. Em casos de doações em vida, órgãos como rins e parte do fígado podem ser doados, e a medula óssea também pode ser oferecida a pacientes compatíveis. Porém, a maioria das doações de órgãos, como coração e pulmões, ocorre em situações de morte encefálica.

    Para onde vão os órgãos doados?

    Os órgãos doados são destinados a pacientes da lista de espera nacional, administrada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que segue critérios rigorosos para garantir justiça e equidade no acesso aos transplantes.

    O SNT busca o receptor mais compatível com o doador, o que maximiza as chances de sucesso do transplante e melhora a qualidade de vida do paciente.

    A doação de órgãos é um gesto que transcende a dor e representa um ato de amor e esperança. Cada doador oferece a possibilidade de uma nova vida a alguém que enfrenta a espera por um transplante, uma verdadeira corrida contra o tempo e as limitações de saúde.

    A família de Nicolas Valentim transformou seu luto em um ato de generosidade, proporcionando uma nova chance a outro bebê. Esse gesto nos lembra do poder da doação e do quanto essa prática pode fazer a diferença na vida de quem aguarda, muitas vezes, como última esperança.

  • Faustão está com função cardíaca normalizada e estável, diz hospital

    Faustão está com função cardíaca normalizada e estável, diz hospital

    Após 72 horas da realização de um transplante de coração, o apresentador Fausto Silva, conhecido como Faustão, está com a função cardíaca normalizada e estável. Nesta quarta-feira (30), foram retirados o dreno e alguns cateteres, informou boletim médico do Hospital Albert Einstein, onde ele está internado.ebc 9

    O comunicado diz ainda que ele segue evoluindo dentro do esperado e que iniciou a fisioterapia. Faustão “está se comunicando normalmente e se mostra muito disposto”, diz o texto assinado pelo cardiologista Fernando Bacal; pelo cirurgião cardiovascular Fábio Antônio Gaiotto; e pelo diretor médico e de Serviços Hospitalares do Hospital Israelita Albert Einstein, Miguel Cendoroglo Neto.

    No último domingo (27), Faustão recebeu um novo coração. Ele havia sido incluído na fila de transplantes do Sistema Único de Saúde após agravamento do quadro de insuficiência cardíaca, que é acompanhado desde 2020.

    Edição: Aline Leal

  • Hospital público de Rondônia fará transplante de tecido ósseo

    Hospital público de Rondônia fará transplante de tecido ósseo

    A capacitação de profissionais de saúde do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho, em Rondônia, feita no Rio de Janeiro pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), do Ministério da Saúde, permitirá que, a partir deste mês, o hospital de Rondônia passe a oferecer cirurgias de transplante de tecido ósseo. O primeiro passo neste sentido foi o credenciamento obtido pela unidade hospitalar da rede pública de saúde junto ao Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

    Durante a capacitação, os profissionais de saúde viram como é feito o processo de transplante de tecido ósseo no Into, com a expertise do órgão, de modo a fazer a melhor ação possível em seu estado.

    “Embora eles tivessem conseguido a autorização do SNT, não tinham experiência para implementar o processo no dia a dia. Por isso, foi importante que eles passassem um período conosco, até para entender como funciona o sistema, desde a captação do tecido, processamento e disponibilização. Isso é importante”, disse à Agência Brasil o chefe do Banco de Tecidos do Into, Rafael Prinz.

    Os profissionais de Rondônia acompanharam como funciona o Into na questão do transplante, desde o paciente internado, sua condução para o centro cirúrgico, o cuidado do tecido quando sai do banco e vai para o centro cirúrgico e como ocorre o procedimento, além do acompanhamento ambulatorial pós-operatório. “São vários detalhes do dia a dia em que eles puderam se aprofundar aqui com a gente”, sustentou Prinz.

    Suporte

    Ele afirmou que mesmo durante a realização do procedimento, o Into vai continuar dando suporte ao Hospital de Base Ary Pinheiro. “Eles já estão identificando os pacientes que estão na fila para realização do transplante, o primeiro paciente que eles vão trabalhar, e o Into dará suporte nesse processo todo de maneira continuada.”

    A expectativa do médico do Into é que o primeiro transplante com tecido músculo esquelético seja feito este mês no Ary Pinheiro. Ele entende que isso gera possibilidade de atendimento de pacientes em seu local de origem, o que vai reduzir custos para o Sistema Único de Saúde (SUS), que deixará de arcar com despesas de hospedagem de pacientes de tratamento fora de domicílio (TFD) e dos parentes que o acompanham, para serem transplantados no Into, por exemplo.

    “Tem toda uma questão de custeio nos pacientes TFD. E a gente racionaliza os recursos do SUS da melhor maneira. Nada melhor do que esse paciente estar em seu local onde vive, com todo suporte da família e, rapidamente, do serviço hospitalar onde ele operou. Estando mais perto, é muito mais fácil”, opinou.

    Todo o material para transplante – ossos, tendões, meniscos e cartilagens – será fornecido pelo Banco de Tecidos do Into. O início do serviço vai impactar a saúde pública da Amazônia, já que o procedimento não é oferecido em nenhum hospital da rede pública nos estados da Região Norte.

    Posto avançado

    Rafael pretende implementar, nos próximos seis meses, um posto avançado de distribuição de tecidos do Into no hospital de Rondônia, por uma questão de logística. O Banco de Tecidos do Into atende, atualmente, toda demanda de ortopedia nacional.

    “Só que, quando a gente fala desse banco, tem que pensar em logística e a gente não tem uma variedade de malha aérea para atender Rondônia em um curto espaço de tempo. Então, se eu tiver lá um posto avançado de distribuição, com controle e supervisão do Banco de Tecidos, em parceria com o hospital, a gente consegue dar um passo muito importante para escalonar esse atendimento, do ponto de vista do transplante ósseo para toda a Região Norte do país, que é pouco atendida, não só por hospitais aptos a transplantar mas, também do ponto de vista do atendimento logístico”, disse o chefe do Banco de Tecidos do Into.

    A medida constituirá um passo bastante importante para fomentar que novos hospitais da região se credenciem no SNT. O médico do Into acredita que, com isso, será gerado mais acesso a esse tipo de procedimento pelo SUS na Região Norte. Afirmou, ainda, que o Hospital de Base de Rondônia pode ser uma espécie de projeto modelo do Into. “A ideia é fomentar as ações de transplante de tecido ósseo na Região Norte até 2024”, finalizou.

    Edição: Kleber Sampaio