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  • Páscoa: entenda a transição de ovos decorados para ovos de chocolate

    Páscoa: entenda a transição de ovos decorados para ovos de chocolate

    Levantamento divulgada pela empresa de pesquisa e inteligência de dados Nexus revelou, recentemente, que 52% dos brasileiros pretendem comprar ovos de chocolate na Páscoa, sendo que cada um pretende adquirir em média três produtos.

    Mas como foi a passagem dos tradicionais ovos decorados que eram presenteados no passado para os ovos feitos de chocolate, que dominam as prateleiras dos comércios e são aguardados ansiosamente nesta época do ano pelas crianças?

    A doutora em Teologia e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Ana Beatriz Dias Pinto, explicou que a transição dos ovos decorados para os de chocolate seguiu uma adaptação do mercado.

    “Embora o ovo seja símbolo ancestral de fertilidade e vida (presente antes mesmo do cristianismo, em rituais pagãos e em tradições cristãs orientais), a prática de presentear ovos de chocolate é resultado de um processo de industrialização e mercantilização da Páscoa, que se intensificou ao longo do século XIX e permanece há 175 anos”, afirmou.

    Segundo a professora e pesquisadora, a fabricação dos primeiros ovos de chocolate começou na França e na Alemanha por volta de 1850.

    “Foi uma forma de presentear com algo mais gostoso e bonito. Antes eram ovos de galinha, pato, avestruz, muito frágeis e visualmente enriquecidos com pinturas e adornos, mas que geralmente tinham tamanhos menores.”

    O tamanho dos ovos de chocolate veio com o crescimento e desenvolvimento das indústrias.

    “Há países onde já vi ovos do tamanho de uma pessoa”, disse Ana Beatriz.

    Para a pesquisadora, “por conta deste marketing, os ovos de chocolate acabam servindo ao consumismo de mercado, mas sua dimensão simbólica para a Páscoa verdadeira não está associada às campanhas publicitárias, brinquedos e embalagens festivas, assim como a vela, o coelho, o círio pascal e as flores,. ela é um elemento que fala sobre a vida, o renascimento”.

    O consumismo que pode ser representado pelos números da indústria. A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Bala (Abicab) estimou que a produção do setor neste ano deve atingir cerca de 45 milhões de unidades. Apesar do aumento nos preços do produto por causa da crise da produção do cacau, ainda assim são números expressivos.

    Mas para Páscoa:

  • Transição de governo é regulamentada em cerca de 1 a cada 5 municípios

    Transição de governo é regulamentada em cerca de 1 a cada 5 municípios

    O processo de transição entre gestões no Poder Executivo após eleições ainda é pouco estruturado no país, sendo marcado pela falta de um padrão claro e de uma sequência de ritos e protocolos capaz de tornar a adaptação das novas administrações mais célere e eficiente. Um seminário, promovido em parceria entre a Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) discutiu a transição especificamente em governos municipais e buscou integrar a perspectiva de estudos sobre o tema com a de gestores públicos.

    O evento contou com a apresentação do Manual de Transição Municipal, lançado no último dia 10 pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO). A publicação busca orientar prefeitos que iniciarão suas gestões sobre os principais elementos para garantir “a continuidade de serviços básicos, além de fortalecer o senso de responsabilidade com a administração pública e maior racionalidade na tomada de decisão, tornando mais eficiente os resultados da atuação dos agentes públicos”, segundo nota do MPO. Na ocasião, o representante da pasta informou que haverá a compilação de versões exclusivas sobre saúde e educação, já nos planos do ministério.

    O encontro foi idealizado durante o primeiro semestre deste ano, segundo Luís Paulo Bresciani, professor e vice-coordenador do Programa de Mestrado Profissional em Gestão e Políticas Públicas da Escola de Administração Pública da FGV, em razão da necessidade de melhorar esse momento da gestão das cidades. Geralmente, são poucos os municípios com legislação voltada para essas mudanças ou com protocolos claros de transição. Bresciani considera que este seja um tema bem estruturado no âmbito federal, desde a transição entre as gestões de Fernando Henrique Cardoso e de Lula, em 2002, e ocorre em alguns estados como Pernambuco, mas na maior parte dos municípios não há nem institucionalização nem estruturação.

    Além de ser um processo recente em nossas instituições ele é localizado, ocorrendo a cada quatro anos para as municipalidades, o que dificulta inclusive a produção de conhecimento acadêmico, mas é muito importante, inclusive em reeleições ou na continuidade de um grupo político, quando algumas recomposições podem alterar figuras-chave no primeiro escalão do Executivo, com impacto sobre a continuidade de políticas públicas, seja para sua extinção ou para renovação. “De todo modo, alguma mudança há em termos de composição do primeiro escalão, das principais bandeiras, e isso influencia processos importantes como a construção do plano plurianual, que o prefeito terá de encaminhar logo no primeiro ano. Também é importante para garantir a continuidade de serviços básicos, como saúde, assistência social, educação, coleta de lixo, abastecimento, transporte coletivo, abastecimento de água, etc, que têm de continuar logo após a virada do ano”, destaca Bresciani.

    Abaixo seguem alguns trechos da entrevista do professor à Agência Brasil:

    Agência Brasil: nos casos de transição com ruptura ou mudança de comando, o que deve ser o primeiro item de atenção para quem irá começar a gerir a cidade?
    Luís Paulo Bresciani: os serviços básicos, principalmente os ligados ao saneamento básico. Embora muitos municípios tenham esse serviço por meio de convênios é importante que o gestor se aproprie desse processo, pois ele é o responsável por isso, principalmente em relação à coleta de lixo, que é atribuição municipal.

    Também outros serviços, como a abertura do próximo ano letivo, a continuidade das unidades de saúde e assistência social, além da conservação de parques e áreas verdes. Todos esses são serviços não apenas visíveis mas também sensíveis pela população. Em segundo lugar, entender a composição das equipes, quem são os técnicos-chave e onde deve haver recomposição na nova gestão. Em seguida, tomar conhecimento de convênios e parcerias, como consórcios intermunicipais e convênios com estados e o governo federal. Esses são os pontos críticos. Quando não é ruptura, e acredito que ai a gente já adianta a próxima pergunta, você já sabe o que é o governo, já conhece a máquina, seus pontos críticos e positivos e já tem em mente o que quer mudar. É uma situação em que a possibilidade de haver surpresas é menor, na qual é fundamental entender quais as novas políticas e programas de um governo que foi reeleito e vai continuar algumas políticas, mas que precisa também inovar. Para esses governos é importante entender a consistência de novas políticas e estabelecer seus frutos com celeridade, inclusive quando novas alianças políticas determinarem recomposições, que precisam ser bem delineadas. Aí há o risco de haver uma perda de efetividade em relação às políticas em andamento.

    Agência Brasil: e qual a importância de uma boa relação dos prefeitos com os órgãos de controle nesse processo?
    Bresciani: ela é bem importante. Além da relação com os tribunais de contas, das informações disponíveis tanto nos tribunais de Contas dos estados quanto da União, assim como aquelas informações que estão disponíveis nos portais de Transparência, onde há muitas informações não gerenciáveis, que precisam ser entendidas pelos novos gestores, existe todo um processo de passagem dessas informações, que são complexas e necessitam da participação das controladorias municipais e de outros órgãos de controle dos municípios para que sejam eficientes. Essa participação e a troca de informações substantivas é fundamental para as equipes que vão assumir.

    Agência Brasil: e esse processo podemos dizer que já está maduro no país?
    Bresciani: em geral, os processos de transição são bastante restritos. Cerca de 18% dos municípios têm já uma prática de transição mais estruturada, mas esse ainda é um processo muito pontual e esporádico, como foi dito em algumas mesas do seminário. Não existem processos bem estruturados de transição municipal, via de regra, e ela sempre é dependente de um pacto entre os prefeitos que saem e os que entram. Ocorre que, muitas vezes, não é comum que esses prefeitos, tanto os que deixam o cargo quanto os que assumem, não tenham disposição para um processo pactuado de transição, com troca de informação, informação livre e uma comissão responsável por isso. Podemos ter, por exemplo, uma transição boa agora, em 2024, em algumas cidades, mas isso não ter ocorrido em 2020 ou não ocorrer novamente em 2028, pois depende desses dois atores na maioria das cidades do país. Isso [a construção desses processos] é importante para criar uma cultura de transição ao longo dos próximos anos e alternâncias.

    Agência Brasil: como isso vai de encontro com a discussão sobre extinção da reeleição, que está sendo retomada?
    Bresciani: não discutimos muito essa questão ainda, e particularmente sou contrário, mas independentemente disso, da manutenção ou não dessa possibilidade, você terá ainda, em geral, candidatos da continuidade e continua tendo dois processos. Um quase natural, que mesmo assim precisa ser pactuado, com regras, e outro com ruptura, onde normalmente a gente tem transições tumultuadas, onde o novo governante chega e, por exemplo, alguns sistemas são apagados. É uma narrativa que aparece com frequência, é menos frequente do que aparenta ser, mas não temos uma mensuração. Para evitar isso é preciso ter um processo estruturado, protocolado e que inclua os órgãos de controle e transição. Isso também é, ou deveria ser, de interesse dos prefeitos, pela responsabilidade em torno daquilo que der errado.

    Agência Brasil: em relação a esse interesse por parte dos prefeitos, podemos dizer que temos um sistema já naturalizado?
    Bresciani: temos um processo bastante estabelecido de controle e responsabilização. Claro que pode haver falhas nesse processo, mas, em geral, temos processos bem estruturados de gestão, validação e controle. Pode haver, em alguns momentos, também alguns excessos, quando [a burocracia] leva a um processo disfuncional, mas podemos dizer que temos uma estruturação bastante razoável dos órgãos de controle. Agora, do ponto de vista dos novos prefeitos é importante que conheçam, tenham clareza, não apenas dos papéis, mas também de qual a relação dos órgãos de controle com seu município, até para esclarecer questões, pois alguns tribunais de contas têm uma prática de diálogo e orientação, além das de controle e apontamento.

    Agência Brasil: essa cultura de controle é uniforme no país hoje?
    Bresciani: creio que não. Claro que a gente tem históricos institucionais diferentes nos estados hoje, pois a relação é com os órgãos estaduais e há especificidades.

    Agência Brasil: e quando esses processos devem começar?

    Bresciani: eles podem surgir não como uma determinação, de cima para baixo, mas dos próprios interessados em assumir o governo municipal, ou seja, os governantes que tomam posse no dia 1º de janeiro, que já podiam pensar em como esses processos iniciam com um desenho mais claro, em cada município, antes mesmo de o pleito ser finalizado. É importante também que se conheça melhor as boas práticas já estabelecidas. Esse alcance institucional maior é mais viável, assim como sua regulação, nas grandes cidades. Também é importante que esse processo seja conhecido, estruturado e conduzido da forma republicana, como deveria ser.

    Agência Brasil: esse processo é mais simples para os grandes municípios, pelas suas estruturas mais complexas, do que para os pequenos, mesmo que tenham também uma gestão mais simples?
    Bresciani: em tese sim, pois eles têm boas máquinas, bons quadros técnicos e boa estruturação. Isso em função de capacidades institucionais que esses municípios maiores já têm e podem colocar à disposição desses projetos. Agora, em pequenos municípios, nada impede que sejam também virtuosos nessa questão, e aí entra a capacitação dos municípios, dos gestores e principalmente dos servidores de carreira, que irão ficar de um governo para o outro e são importantes nesse processo. Nesse momento [do ano] em que chegamos, após a eleição, temos por exemplo a participação de partidos que estão fazendo a formação desses novos gestores. Universidades e associações municipalistas também poderiam participar desses processos. Se a gente quer fazer uma boa transição para 2028 temos de preparar as equipes com  boa antecedência. Hoje, municípios grandes e estados têm condições mais favoráveis para esses processos. Agora, ele não é um bom processo por si mesmo, tem por finalidade fazer com que o gestor que assuma faça um bom processo, atendendo e correspondendo às demandas da população.

    Agência Brasil: no seminário foram apresentados alguns elementos de apoio para esses gestores. Quando eles começam a ter impacto? Podem ser pensados já em fase de candidatura, como na construção do plano de governo?

    Bresciani: dentro da questão da capacitação, e voltado aos manuais, cartilhas e guias de capacitação, tivemos a cartilha do ministério (do Planejamento e Orçamento) de transição para governos municipais. Hoje, a professora Maria do Carmo Meirelles, da Unicid [Universidade Cidade de São Paulo], e o professor Fernando Coelho, da USP, mostraram suas pesquisas e o material que produziram em 2020 [para apoio a pequenos e médios municípios paulistas] sobre o tema. A existência de materiais desse tipo é importante pois permite que equipes, candidaturas e eventuais equipes já se informem com grande antecedência, inclusive apoiando a construção de programas de governo a partir de um estudo mais fino da situação existente. Pode ter, sim, papel na construção de programas mais robustos e qualificados, mas estamos olhando principalmente para o papel desses instrumentos nas transições.

  • 89% das indústrias médias ou grandes adotam práticas de proteção ambiental

    89% das indústrias médias ou grandes adotam práticas de proteção ambiental

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 18, os dados referentes à Pesquisa de Inovação Semestral (PINTEC) 2023: Indicadores temáticos – Práticas ambientais e biotecnologia, na Casa Brasil IBGE, situada no andar térreo do Palácio da Fazenda, no centro do Rio de Janeiro (RJ). A pesquisa foi realizada em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro.

    A pesquisa acompanhou 9.827 empresas industriais com 100 ou mais pessoas ocupadas. Os resultados apontam que 89,1% delas (8.758), entre as 9.827 realizaram pelo menos uma iniciativa ou prática ambiental, sendo as relacionadas a resíduos sólidos a mais declarada (79,6%).

    De acordo com o estudo, as atividades que mais implementaram iniciativas e práticas foram: Fabricação de bebidas, que lidera os rankings de atividades relacionadas a recursos hídricos (93,3%), eficiência energética (87%), reciclagem e reuso (93,4%). “Uma atividade como a de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, é natural ser menos ativa nas práticas ambientais, por se uma atividade mais de serviços industriais do que de transformação”, afirmou o gerente de pesquisas temáticas do IBGE, Flávio Peixoto.

    Outro destaque da PINTEC inclui o aumento no número das empresas que publicaram relatórios de sustentabilidade. 36,7% pertenceram à indústria de Fabricação de bebidas, enquanto 69,6% das que integraram os critérios ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, conceito que avalia o desempenho de uma empresa em três áreas: meio ambiente, social e governança) às suas estratégias corporativas fazem parte da indústria de Fabricação de produtos químicos.

    “A adoção de alguma iniciativa ou prática ambiental nas empresas industriais é ampla. Setores mais regulados apresentam maior proporção de empresas atuando para diminuir impactos negativos no meio ambiente a partir de seus processos industriais. Vale destacar que, em geral, as práticas são realizadas a partir de um plano estruturado de ação e grande parte das empresas realiza dispêndios nos temas materiais relacionados. Mais de 60% das empresas realizam pelo menos quatro temas materiais simultaneamente”, explicou Peixoto.

    Apresentação da pesquisa

    Mais de 80 pessoas, entre ibgeanos e ibgeanas e autoridades de outras instituições públicas como ABDI, UFRJ, Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), compareceram presencialmente ao evento de divulgação, que também contou com transmissão online por meio do IBGE Digital e pelas redes sociais do Instituto. A mediação ficou por conta do diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, João Hallak Neto.

    Hallak Neto explicou que a PINTEC “investiga uma amostra de empresas de médio e grande portes das indústrias de transformação e extrativas, apurando os indicadores temáticos rotativos e os básicos de inovação e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Uma vez que a PINTEC constitui novidade metodológica sobre o IBGE em diversos ângulos, cabe ressaltar que esta edição é divulgada sob o selo de investigações experimentais. O uso desse selo é para identificar estatísticas inovadoras que ainda estão em fase de teste e sob avaliação”.

    Em vídeo, a diretora da ABDI, Perpétua Almeida, ressaltou sua alegria em realizar “de modo integrado ao IBGE, esta pesquisa inédita que trata das práticas ambientais e da biotecnologia na indústria brasileira. É a primeira vez em nosso país que teremos um retrato de como o nosso polo industrial lida com as práticas de sustentabilidade”.

    Diretor do Instituto de Economia da UFRJ (IE-URFJ), Carlos Frederico destacou que a parceria entre a universidade e o IBGE “envolve o caráter inovador no ponto de vista de acompanhamento da indústria nacional tecnológica, trazendo temas específicos, como inovação, Inteligência Artificial e, agora, meio ambiente. Esperamos que, no futuro, outras pesquisas como esta tenham continuidade”.

    Diretora substituta de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Neide Freitas destacou estar “absolutamente comprometidos com a realização da PINTEC. Sabemos da importância de termos um instrumento de mensuração como esta pesquisa, para nós da ABDI, este momento representa muito mais do que a divulgação. Com esta divulgação inédita, trazendo dados relacionados às práticas ambientais e biotecnologias, ela simboliza um trabalho conjunto com a inovação e o desenvolvimento sustentável do nosso país”.89 das industrias medias ou grandes adotam praticas de protecao ambiental interna 2 2024 09 18 163683611

    Ângela Carnaval, superintendente regional de administração do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos no Estado do Rio de Janeiro destacou a parceria do Palácio da Fazenda com o IBGE, que trouxe bastante aprendizado a quem visita e conhece a Casa Brasil IBGE, local da divulgação. “Conhecemos melhor a cada dia o trabalho do IBGE por conta desta parceria que trouxe esta Casa para o Palácio da Fazenda”, disse Ângela.89% das indústrias médias ou grandes adotam práticas de proteção ambiental89% das indústrias médias ou grandes adotam práticas de proteção ambiental

    Coleta e divulgação

    Ibegeanos e ibgeanas que participaram do processo de coleta da PINTEC acompanham a divulgação dos resultados. Supervisor de pesquisas econômicas do Instituto, Daniel Henriques explicou que para realizar este processo de coleta é preciso de grupos de 10 pessoas trabalhando diariamente em busca dos resultados. Henriques ressaltou que “é uma satisfação não só ver os resultados, mas ver toda a equipe unida neste evento. Os resultados são compatíveis com a realidade que assistimos diariamente, todo esse conjunto de coisas nos deixa muito orgulhosos”.89 das industrias medias ou grandes adotam praticas de protecao ambiental interna 4 2024 09 18 615948140

    Cláudia Forge, agente de Pesquisas por Telefone do IBGE, explicou como foi realizada esta etapa de coleta para coletar os dados da PINTEC. “A pesquisa por ser temática é um tema leve, onde observamos que as empresas tinham interesse em participar por conta do tema meio ambiente, muito em voga atualmente”, disse Cláudia.

    Assista na íntegra a divulgação da PINTEC 2023: Indicadores temáticos – Práticas ambientais e biotecnologia:

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  • Em Stand-by: Câncer, Virgem, Leão e Aquário se preparam para segunda-feira (09/09/2024)

    Em Stand-by: Câncer, Virgem, Leão e Aquário se preparam para segunda-feira (09/09/2024)

    A segunda-feira, 9 de setembro, promete ser um dia de stand-by para os signos de Câncer, Virgem, Leão e Aquário. As energias cósmicas estarão em um momento de transição, pedindo por um pouco de paciência e reflexão. É como se os astros estivessem se preparando para um novo ciclo, e nesse momento, é importante manter a calma e observar os sinais. As previsões astrológicas para hoje trazem insights valiosos sobre como cada signo pode aproveitar ao máximo este período de espera.

    Câncer (21 de junho a 22 de julho):

    Em Stand-by
    Em Stand-by: Câncer, Virgem, Leão e Aquário se preparam para segunda-feira (09/09/2024) – Imagem do Canva

    Câncer, a intuição estará à flor da pele hoje. Confie nos seus instintos, mas evite tomar decisões precipitadas. É um dia para refletir sobre o passado e planejar o futuro. Mantenha-se em stand-by para novas oportunidades que podem surgir de forma inesperada.

    Virgem (23 de agosto a 22 de setembro):

    Virgem, a organização será sua aliada hoje. Aproveite para colocar seus projetos em dia e planejar as próximas etapas. No entanto, evite se sobrecarregar com tarefas demais. Mantenha-se em stand-by para receber novas informações que podem mudar seus planos.

    Leão (23 de julho a 22 de agosto):

    Leão, a criatividade estará em alta, mas a impulsividade pode te atrapalhar. Antes de tomar qualquer atitude, pense bem nas consequências. Mantenha-se em stand-by para novas oportunidades de mostrar seu talento.

    Aquário (21 de janeiro a 18 de fevereiro):

    Aquário, a mente estará inquieta e cheia de ideias inovadoras. No entanto, é importante ter os pés no chão e evitar se dispersar com tantos projetos. Mantenha-se em stand-by para novas amizades e conexões.

    A segunda-feira, 9 de setembro, é um dia para os signos de Câncer, Virgem, Leão e Aquário se manterem em stand-by. As energias cósmicas estão em um momento de transição, e a paciência será fundamental para aproveitar ao máximo este período. Ao confiar na intuição e manter a mente aberta, será possível encontrar novas oportunidades e crescer pessoalmente.

  • Retrospectiva 2022: confira as principais notícias de novembro

    Retrospectiva 2022: confira as principais notícias de novembro

    Uma das mais importantes competições esportivas do planeta – a Copa do Mundo – que geralmente ocorre entre maio e julho, começou desta vez no fim do ano. A abertura foi realizada no estádio Al Bayt, em Al Khor, cidade localizada a 35 quilômetros de Doha, no Catar, no dia 20. O estádio foi também a sede do jogo de abertura do mundial.

    O Brasil estreou no dia 24, com vitória sobre a Sérvia de 2 a 0. O segundo jogo, no dia 28, foi contra a Suíça e fez com que a seleção conseguisse, pela primeira vez, vencer o time europeu por 1 a 0, garantindo seu lugar nas oitavas de final.

    Transição de governo e protestos

    O feriado de Finados (2) foi marcado por atos em diversas cidades, entre elas Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Os manifestantes protestavam contra o resultado da eleição para a Presidência da República. Eles pediam intervenção federal.

    No dia 22, o Partido Liberal (PL) entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular votos de cerca de 280 mil urnas eletrônicas usadas no segundo turno das eleições. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, deu prazo de 24 horas para que o partido fizesse o aditamento da petição em que pediu a anulação de votos das eleições. No despacho, Moraes pediu que o partido apresentasse a relação de urnas supostamente defeituosas nos dois turnos, alegando que as urnas também foram usadas no primeiro turno. Na tarde do dia 23, o partido pediu que o requerimento com escopo somente para o segundo turno fosse mantido pelo TSE. Nesse mesmo dia, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, negou o pedido do PL e estabeleceu multa de R$ 22,9 milhões para a Coligação Pelo Bem do Brasil.

    Ataque em Aracruz

    Um ataque a tiros na cidade de Aracruz (ES), em duas escolas do município, deixou mortos e feridos. No mesmo dia, a Polícia Militar do Espírito Santo informou que prendeu um suspeito de ser o autor do ataque. O autor é filho de um policial militar e usou a arma do pai nos ataques.

    Obituário

    Ícones da música brasileira deram o último adeus em novembro. No dia 9, a cantora Gal Costa morreu aos 77 anos. Não foram divulgados detalhes sobre a causa do falecimento. Também no dia 9, morreu Rolando Boldrin,  aos 86 anos. Ele era ator, cantor, compositor e apresentador de TV.

    No dia 22, foi a vez do cantor e compositor Erasmo Carlos, 81 anos, falecer em decorrência de problemas causados por uma síndrome edemigênica (quando há excesso de líquido nos tecidos do corpo).

  • Itamaraty confirma presença de 17 chefes de estado na posse de Lula 

    Itamaraty confirma presença de 17 chefes de estado na posse de Lula 

    O embaixador Fernando Igreja, responsável pelos trâmites relativos à posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro, disse ontem (14) que 17 chefes de estado confirmaram presença na cerimônia. 

    Até o momento, estão confirmados os chefes de estado de: Alemanha, Angola, Argentina, Bolivia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Guiana, Guiné Bissau, Paraguai, Portugal, Suriname, Timor Leste, Uruguai e Zimbábue.

    Caso todas essas presenças se confirmem, seria a posse com a maior presença de chefes de estado desde redemocratização. Igreja não descartou que haja um número ainda maior. “O Itamaraty continua recebendo confirmações”, disse ele.

    Em relação à representação dos Estados Unidos, o embaixador disse ainda não haver indicação da embaixada norte-americana sobre quem deverá comparecer à posse. Há expectativa em torno da vinda da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris.

    Igreja informou ainda que, ao contrário de informações preliminares, não está descartado o uso do Rolls Royce tradicionalmente utilizado para o desfile em carro aberto no dia da posse do Presidente da República.

    “O carro deverá estar à disposição da Polícia Federal em breve para uma avaliação do estado do carro e se será usado ou não. A Policia Federal que vai dizer se poderá ser utilizado”, disse Igreja.

    Países como México, Costa Rica e Turquia confirmaram que enviarão seus ministros das Relações Exteriores para a posse de Lula. O mesmo foi feito pelo território da Palestina. O Panamá confirmou a vice-presidente do país.

    Edição: Aline Leal

  • Casa Civil conversará com estados e empresas para ampliar PPP

    Casa Civil conversará com estados e empresas para ampliar PPP

    A articulação com estados, municípios e o setor privado para ampliar concessões e parcerias público-privadas (PPP) será prioridade na Casa Civil, disse hoje (9) o futuro ministro Rui Costa, confirmado mais cedo pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista no fim da tarde, ele anunciou que a pasta coordenará a gestão do governo e não cuidará da articulação política, que será exercida por outra pessoa a ser anunciada na próxima semana por Lula.

    Segundo Costa, governador da Bahia que deixará o cargo no fim do ano, Lula pretende repetir o organograma do segundo governo, entre 2007 e 2010. Na época, cabia à Secretaria de Relações Institucionais a articulação com o Congresso Nacional.

    “A minha função será ajudar na gestão. Não farei articulação política. A articulação política, o presidente [eleito Lula] nomeará quem fará. O presidente Lula voltará com o organograma do segundo mandato. Aquele é o organograma básico que ele tem em mente. Os ajustes serão definidos numa reunião no domingo”, esclareceu Costa.

    O futuro ministro disse ter pedido ao Tribunal de Contas da União (TCU) a relação de obras paralisadas. “O quadro é grave. Vocês já ouviram o relato dos grupos de transição. Há muitas obras paralisadas. Já fiz contato com o ministro do TCU para ter acesso ao levantamento deles, que eles dizem que não é um levantamento preciso. Só na Bahia, temos 500 obras na área de educação paralisadas”, comentou.

    Investimentos privados

    Segundo Costa, o aumento do número de concessões e de PPP terá destaque no futuro governo. Principalmente por meio de diálogos com os governos locais. Segundo o novo ministro, o governo federal poderá entrar em PPP sozinho ou em conjunto com os governos estaduais. Ele disse que pretende repetir o sucesso dessas parcerias aplicadas em alguns estados e que a participação da iniciativa privada é importante para contornar as restrições orçamentárias no próximo ano.

    “Buscaremos intensificar o retorno de investimentos através do número de concessões e de parcerias público-privadas. Vamos estudar isso. Os estados brasileiros têm tido sucesso nessa modelagem de PPP para alavancar investimentos. O que sai do aprisionamento fiscal que estamos neste momento e possibilita obras de longo prazo estruturantes que ajudariam na retomada dos negócios e dos investimentos”, declarou.

    Entre as áreas que seguirão esse modelo, Costa citou o saneamento básico e os investimentos em energias renováveis. Disse que pretende revisar o Marco Regulador do Saneamento que, segundo ele, travou as obras na área. Todo o processo, ressaltou, será feito com diálogo amplo com o setor privado e com as empresas públicas estaduais, que executam mais de 85% do saneamento no país.

    “O que nós queremos é destravar os investimentos. Entendemos que, no formato em que ficou, os investimentos ficaram travados. Isso ficou engessado e, desde que foi votado e regulamentado, não vimos a explosão dos investimentos, como se esperava. Na época da votação [em que o Congresso alterou o projeto de última hora], eu adverti para esse risco”, disse.

    Linhas de transmissão

    Em relação às energias renováveis, Costa informou que a prioridade será impulsionar investimentos em usinas de hidrogênio produzido com energias limpas e em leilões de linhas de transmissão para destravar projetos já licenciados e com áreas reservadas, que não são concluídos por causa do atraso em leilões de linhas de transmissão.

    “Todos os dias, de 10% a 15% da energia solar e eólica produzida no Brasil é jogada fora, por falta de linhas de transmissão. Porque, nos últimos anos, não foram feitos, no fluxo necessário, leilões privados que seriam remunerados no longo prazo para viabilizar o escoamento dessa energia. Temos muitos projetos prontos, em carteira, com áreas reservadas e licenciadas, que só não iniciam as atividades porque não há a previsibilidade das linhas de transmissão”, criticou.

    O futuro ministro da Casa Civil prometeu uma atuação coordenada e transversal entre os ministérios para agilizar a execução de projetos. “Muitas ações envolvem mais de um ministério. Se a gente quer uma execução rápida, temos de envolver todos os entes dentro de um projeto”, explicou.

  • Transição foi a mais participativa e econômica, diz Lula

    Transição foi a mais participativa e econômica, diz Lula

    Prestes a apresentar os relatórios finais, o Gabinete de Transição foi o que mais teve participação da sociedade e que economizou no Orçamento, disse o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Ele e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, apresentaram estatísticas dos trabalhos realizados nas últimas semanas.

    Com 32 grupos técnicos, o Gabinete de Transição reuniu 940 participantes, a maioria absoluta voluntários. Ao mesmo tempo, segundo Lula e Alckmin, teve o menor custo da história. De 50 cargos disponíveis, somente 22 foram nomeados.

    “Penso que foi a transição mais democrática já feita na história das transições. O que me impressionou bastantes foi a quantidade de voluntários e que não usamos a quantidade de dinheiro que ofereceram para a transição”, disse Lula.

    Coordenador-geral da equipe de transição, Alckmin disse que os grupos técnicos apresentaram 180 requerimentos de informação ao governo federal, dos quais muitos não foram respondidos. Ele também detalhou o cronograma para a próxima semana.

    Na segunda-feira (12), os grupos técnicos encerrarão os relatórios. Na terça-feira (13), haverá uma cerimônia de agradecimento, com a apresentação do relatório final.

    Segundo Alckmin, o relatório final terá um diagnóstico de cada área, com alerta para os primeiros meses de governo. O relatório também terá emergências orçamentárias, sugestões de revogações, ações prioritárias e propostas de estrutura para cada área.

    “Foi a transição mais participativa e plural que tivemos”, disse Alckmin.

    Os grupos de trabalho foram divididos em dois conselhos, um de participação social, que reuniu especialistas e voluntários, e outro político, formado por parlamentares.

    https://www.cenariomt.com.br/cenario-politico/lula-anunciou-cinco-ministros-entre-eles-haddad-na-fazenda/

  • Lula anunciou cinco ministros, entre eles Haddad na Fazenda

    Lula anunciou cinco ministros, entre eles Haddad na Fazenda

    O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou os cinco primeiros ministros do futuro governo. Os nomes foram apresentados no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, onde está instalado o gabinete de transição.

    Segundo Lula, alguns nomes foram antecipados para que possam montar as equipes. “Preciso que algumas pessoas comecem a trabalhar para montar a estrutura do governo e para que o governo comece a funcionar”, disse.

    Os futuros ministros serão os seguintes:

    Casa Civil: Rui Costa, governador da Bahia até dezembro
    Fazenda: Fernando Haddad, ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo
    Defesa: José Múcio Monteiro, ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-ministro de Relações Institucionais
    Justiça e Segurança Pública: Flávio Dino, senador eleito pelo Maranhão e ex-governador do estado
    Relações Exteriores: Mauro Vieira, ex-chanceler e embaixador do Brasil na Croácia

    Os demais ministros serão anunciados na próxima semana, após a cerimônia de diplomação de Lula e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Originalmente, a equipe do futuro governo só seria anunciada após a diplomação, mas Lula decidiu antecipar alguns nomes após a aprovação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição.

    Após anunciar os nomes, Lula disse que todos os ministros, até agora, são homens e prometeu mais diversidade na apresentação dos próximos cargos, a partir da semana que vem. “Vai chegar uma hora em que vocês vão ver mais mulheres do que homens e muitos afrodescendentes”, declarou.

    O adiantamento dos nomes pretende desfazer impasses no Ministério da Defesa e agilizar as negociações na tramitação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados. Na semana passada, Lula disse que estava com “80% do ministério na cabeça”, mas informou que a montagem definitiva da equipe dependia de negociações.

    Em alguns casos, os futuros titulares começaram a visitar os ministérios que comandarão. Ontem (8) pela manhã, Haddad reuniu-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

    Em relação ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, Lula disse que pretende desmembrar a pasta no futuro, mas que, no primeiro momento, Flávio Dino concentrará as duas pastas. Segundo ele, caberá ao futuro ministro reestruturar as carreiras da Polícia Rodoviária Federal e reduzir a interferência política nas forças de segurança.

    Em rápido discurso após ser confirmado no cargo, Dino informou ter indicado a Lula o delegado Andrei Rodrigues para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Segundo o futuro ministro, Rodrigues tem experiência em investigações sobre a Amazônia, participou de diálogos com estados e municípios e atuou nos esquemas de segurança da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

    Em relação à indicação sobre os futuros comandantes militares, Lula informou que o novo ministro da Defesa conversará com os nomes sondados para fazer os convites. Ao sair do CCBB, Múcio informou que pretende reunir-se com o atual presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e os atuais comandantes das Forças Armadas na próxima semana.

    https://www.cenariomt.com.br/cenario-politico/transicao-foi-a-mais-participativa-e-economica-diz-lula/

  • Tebet: recursos para assistência social tiveram corte de 96%

    Tebet: recursos para assistência social tiveram corte de 96%

    Integrante da equipe de transição, na área de assistência social, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou nesta quinta-feira (1º), durante coletiva de imprensa para apresentar os primeiros resultados do trabalho, que o setor perdeu cerca de 96% do orçamento para o ano que vem

    “Grosso modo, houve um corte de algo em torno de 96% do orçamento do Ministério da Cidadania”, declarou a jornalistas que cobrem a transição no Centro de Cultura Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Para garantir a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600, mais o pagamento extra de R$ 150 por criança de até seis anos, o grupo de trabalho aponta a necessidade de pelo menos R$ 70 bilhões a mais no Orçamento. Além disso, seriam necessários recursos extras em outros programas essenciais de assistência social.

    A senadora disse que também seria necessário incluir mais R$ 2 bilhões do auxílio gás. “Fora isso, para que minimamente o SUAS [Sistema Único de Assistência Social] funcione, mantendo os 8 mil Cras [Centro de Referência de Assistência Social], 7 mil unidades de atendimento, precisamos de [outros] R$ 2,6 bilhões em valores atuais. Isso fora valores de cisternas e todos os outros programas que foram abandonados”, disse Tebet. Apenas na pasta que cuida dos mais vulneráveis, o orçamento extra pode chegar a R$ 80 bilhões.

    Para a senadora emedebista, o gasto extra-teto mínimo necessário para recompor o orçamento do ano que vem dificilmente poderá ser inferior a R$ 140 bilhões, considerado as necessidade de outras áreas. Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pela equipe de transição prevê a exclusão do Bolsa Família (atual Auxílio Brasil) da regra do Teto de Gastos, o que pode chegar a mais de R$ 170 bilhões, segundo cálculos técnicos divulgados pelo governo eleito.

    Além de Tebet, participaram da coletiva as ex-ministras do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello e Márcia Lopes, e o coordenador dos grupos de trabalho da transição, Aloizio Mercadante.

    Segundo Campello, o atual governo desorganizou as atualizações do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) e defendeu a retomada de informações fundamentais para o monitoramento de famílias vulneráveis que recebem auxílio do governo, como dados de frequência escolar, informação sobre vacinação e acesso a outros serviços públicos básicos, como água e saneamento. “Precisamos construir uma estratégia de retomada da atualização do CadÚnico, retomar informações sobre frequência escolar. A gente não tem informação de vacinação de mais da metade das crianças mais pobres. Queremos saber se têm acesso a saneamento, à água, se mudou de endereço ou não”, disse a ex-ministra.

    Irregularidades

    A equipe de transição também diz ter identificado possíveis irregularidades com o aumento exponencial de famílias unipessoais, aquelas que são formadas por um indivíduo, como beneficiárias do Auxílio Brasil. Pelos cálculos apresentados, com base em dados oficiais do programa, entre dezembro de 2018 e outubro de 2022 houve um aumento de 197% no total de adultos morando sozinhos e recebendo o benefício, enquanto o crescimento de famílias com dois ou mais integrantes cresceu 21% no mesmo período.

    “A população foi induzida a se cadastrar dessa forma. Não é um malfeito da pessoa pobre, é um malfeito do Estado”, disse Tereza Campello.

    “O atual governo colocou mais de 2 milhões de pessoas no programa social, sem qualquer gestão, sem critério e sem acompanhamento, e agora entrega ao novo governo a tarefa de retirar essas pessoas do programa social”, criticou Mercadante.

    Edição: Aline Leal