Tag: tráfico de drogas

  • Política de drogas causa extermínio de jovens negros, diz pesquisadora

    Política de drogas causa extermínio de jovens negros, diz pesquisadora

    Mulheres presas acusadas de tráfico de drogas são na maioria negras e com poucas oportunidades de estudar, diz a pesquisadora Dina Alves que analisa as condições de mulheres encarceradas.

    “A política de drogas é instrumento de extermínio da juventude negra. Porque são jovens e são negras. São mulheres que nem sequer tiveram a oportunidade de acessar a universidade”, enfatiza.

    Para a pesquisadora, a forma como está estabelecido o combate aos mercados ilícitos de drogas é uma maneira de perseguir populações sem oportunidades. “Se as mulheres negras que estão encarceradas compõem o mesmo perfil de mulheres negras fora do sistema prisional que estão desempregadas, que são mães com mais de um, dois ou três filhos, que exercem função muitas vezes de subemprego – de empregada doméstica, de babá, de faxineira ou de vendedoras ambulantes – elas já estão em um lugar de vulnerabilidade”, aponta.

    Perseguição a negras e periféricas

    Essas mulheres são atingidas ainda, segundo Dina, pela forma como as ações que têm como pretexto o enfrentamento ao tráfico de drogas são direcionadas a determinadas comunidades.

    “As mulheres que são acusadas de tráfico com penas muito severas sobre os seus corpos, não exerciam nenhuma função de gerência no microtráfico de drogas. Muitas estavam no varejo ou exerciam um lugar de aproximação ao que se chama de tráfico. Porque elas já moram em comunidades criminalizadas como lugar de produção do tráfico”, acrescenta.

    Como marco nesse processo, a pesquisadora destaca a promulgação da lei de drogas de 2006, que estabeleceu penas mais duras às pessoas acusadas de tráfico. Essa mudança, na visão de Dina, faz parte de um recrudescimento da repressão a nível global que aconteceu a partir da década de 1990.

    “Desde que a lei foi promulgada, a gente vê um alarmante crescimento de mulheres encarceradas sob a justificativa que são perigosas traficantes de drogas”, diz. “De 2000 a 2016, se a gente for fazer esse recorte, foi um crescimento de 525% – encarceramento de mulheres.”, acrescenta.

    O fato dessas prisões atingirem, na grande maioria, pessoas negras, é, na avaliação da pesquisadora, um reflexo do racismo que descende do regime escravocrata brasileiro, que vigorou legalmente até 1888. “Se existe uma perseguição histórica contra negros e indígenas no Brasil, a gente tem que enxergar e compreender o sistema de justiça criminal como um dos braços mais expressivos do Estado de extermínio dessa população.”

    Sem condenação e sem estudo

    Dados do Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça (Sisdepen) apontam que, em junho de 2022, estavam nas prisões brasileiras 45,5 mil mulheres. Dessas, pelo menos 29%, cerca de 13,2 mil, não tinham condenação.

    As informações relativas ao perfil racial e a escolaridade só abrangem 33,3 mil das encarceradas. Nessa amostragem, o número de analfabetas, que totalizam 675, supera daquelas que tem curso superior (661). Há ainda 1,5 mil que são alfabetizadas, mas não frequentaram o ensino regular e 13,8 mil que não concluíram o ensino fundamental.

    Dina alerta que é preciso ter cuidado ao fazer análises a partir das informações fornecidos pelo Poder Público, que tem sido, segundo ela, um dos principais violadores de direitos dessas populações. “A gente não pode confiar nos dados que o Estado produz sobre as suas próprias violações”, afirma.

    Por isso, em seus trabalhos, ela tem optado por ouvir diretamente as pessoas afetadas. “Existem outros dados que devem também ser considerados que são as narrativas que se produzem dentro do sistema prisional, a narrativa das mulheres”, ressalta. Essas escutas embasaram o espetáculo de Dança Rés, montado pela Corpórea Companhia de Corpos em 2017.

    Indulto e desencarceramento

    A socióloga e cofundadora da Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas, Nathália Oliveira, defende que seja feita uma inflexão na forma como o Estado brasileiro lida com a questão das drogas.

    “A gente pode ter neste ano um bom indulto de mulheres. Muitas dessas mulheres são presas por baixas quantidades, são vítimas do tráfico de drogas, não necessariamente apenas agentes de violência, como é colocado pela mídia”, diz ao defender que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva promova uma anistia a mulheres presas por acusações de tráfico a partir do indulto presidencial. É costume que na época de Natal o presidente conceda perdão a grupos de pessoas condenadas.

    Esse gesto poderia, na opinião de Nathália, ser um indicativo de mudança na atual política de drogas. “Nós precisamos desenvolver uma relação pacífica com a indústria que envolve a produção, circulação e consumo de substâncias em geral. Uma relação racional do ponto de vista da nossa sociedade. Isso é fundamental. Não faz sentido a gente ficar investindo o nosso orçamento público em uma agenda de morte em vez de investir em uma agenda de garantia de direitos”, ressalta.

    A secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Martha Machado, diz que o Ministério da Justiça não deve atuar pela mudança na atual legislação sobre o tema. “Essas decisões devem ser resolvidas ou pelo STF [Supremo Tribunal Federal] ou pelo legislativo”, diz. O ministério promoveu em março um seminário sobre os impactos da política de drogas na população feminina e lançou um edital, com inscrições até 21 de abril, para apoiar grupos que trabalham com essas pessoas.

    Segundo Marta, a secretaria tem feito ações para reduzir o número de mulheres presas acusadas de tráfico. “A gente já tem uma lei que não penaliza o usuário. A gente entende que tem muito o que fazer para evitar os vieses de aplicação dessa lei. Trabalhar junto às audiências de custódia. Existe uma experiência exitosa no CNJ [Conselho Nacional de Justiça] de fomentar as audiências de custódia, de melhorar a qualidade, de trabalhar na porta de entrada do sistema de justiça criminal, auxiliando o juiz”, diz.

    As audiências de custódia são o momento em que as pessoas presas em flagrante são ouvidas por um juiz para averiguar a legalidade ou necessidade daquela pessoa ser mantida privada de liberdade. Nessa ocasião, o magistrado pode optar por liberar o acusado ou determinar medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, em substituição à prisão.

    “Então, a gente tem como modelo de ter uma rede psicossocial de profissionais – psicólogos, assistentes sociais, pessoas ligadas ao sistema de saúde que, por exemplo, atendem essa pessoa antes do encaminhamento ao juiz e conseguem fazer um laudo que ajude o juiz. O laudo pode mostrar mais claramente se a pessoa é usuária ou traficante. Nessa separação a gente acha que isso é muito importante”, acrescenta a secretaria.

    Dina Alves defende a adoção de uma agenda ampla de desencarceramento e de reconhecimento dos erros cometidos pela política instituída até aqui. “Um dos primeiros passos é reconhecer essa memória escravocrata, que é póstuma na memória e na existência das instituições. Reconhecer a formação política, com perspectiva racial para a sociedade. Mas, principalmente, eu acho que o cárcere precisa ser aberto na sociedade. A gente precisa falar sobre a desmilitarização da polícia como agenda urgente. E também políticas de desencareramento. Que as políticas de desencarceramento sejam efetivas.”

    Edição: Heloisa Cristaldo

  • Pobres e negras estão na ponta da superexploração do tráfico de drogas

    Pobres e negras estão na ponta da superexploração do tráfico de drogas

    Mulheres pobres e negras estão na ponta da superexploração do tráfico de drogas e expostas a uma série de violências, avaliam especialistas ouvidas pela Agência Brasil. Além disso, a repressão à venda dessas substâncias pelas forças de segurança pública acaba atingindo de forma desigual as camadas mais vulneráveis da população.

    “Assim como as mulheres negras são a base do mercado formal de trabalho, com os menores salários, com trabalhos informais, na questão da indústria do tráfico internacional, isso não vai ser diferente”, diz a cofundadora da Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas, Nathália Oliveira.

    A própria aproximação com o comércio ilegal ocorre a partir de condições de vida precárias, destaca a pesquisadora Luana Malheiro, autora do livro Tornar-se Mulher Usuária de Crack.

    “A questão do mercado entra no Brasil, no Uruguai e na América Latina inteira capturando essas companheiras que não têm escolaridade, não têm acesso ao mercado formal, e que são chefes de família, estão ali criando os filhos sozinhas. O único trabalho mais acessível para a mulher com um filho é o mercado local de drogas, que está crescendo cada vez mais e sempre tem um espaço”, explica a especialista que faz parte da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (RENFA) e da Rede Latino Americana e Caribenha de Mulheres que Usam Drogas.

    Ciclo de violências

    A participação em uma atividade de risco pode, de acordo com Luana Malheiro, agravar a situação dessas pessoas. “A mulher entrou no mercado de drogas para sustentar a família, passou por uma série de violências e acaba entrando no consumo abusivo de drogas para esquecer ou lidar com essas violências”, exemplifica.

    A pesquisadora acompanhou mulheres usuárias de crack em Salvador e consumidoras de pasta base no Uruguai. Ao se aproximar desses cenários, identificou a violência de gênero como elemento constante. “O estupro, a violência sexual, é uma questão que é muito comentada. Tem produzido trauma, tem produzido sofrimento. E o consumo da droga vem como esse caminho de aguentar essas dores, essas memórias, esses traumas que não foram trabalhados. Muitas das mulheres não tinham acesso a serviços de saúde”, detalha sobre algumas das percepções a partir das pesquisas em campo.

    Ao procurarem ajuda, essas mulheres também encontram pouco amparo nos serviços públicos, acrescenta Luana. “Poucos serviços de saúde voltados a atenção de pessoas que usam drogas têm espaços específicos para mulheres. E os serviços estão sempre cheios de homens”, diz.

    Esses espaços deixam de atender necessidades específicas dessa população, segundo a pesquisadora. “São serviços que não têm salas de lactância [para amamentação], que não estão preparados para receber uma mãe que tem um filho. Acabam produzindo um monte de barreiras de acesso”, afirma.

    Negação da maternidade

    O consumo de drogas é, inclusive, um argumento usado para afastar as mães dos filhos, como aponta Nathália Oliveira. “Muitas mulheres que são usuárias de crack quando têm seus filhos, no hospital são desencorajadas a seguir com a maternidade. Ou muitas vezes as crianças já vão para um processo de adoção.”

    Ela destaca que isso acontece não só com mulheres em grande vulnerabilidade. Segundo ela, em divórcios, alguns parceiros se valem da alegação que a mãe usa drogas em disputas judiciais pela guarda dos filhos.

    A pesquisadora do sistema carcerário, Dina Alves, avalia que as punições por tráfico afetam de maneira expandida as famílias e comunidades negras. “A mãe não pode ter contato com seu filho. Então, ele é retirado da sua guarda, levado para alguém da família que possa cuidar. Normalmente, é outra mulher preta – uma avó ou uma tia. Ou quando não tem outra pessoa da família que possa exercer o cuidado, a criança é levada para centros de cuidado ou para adoção”, enumera.

    “Uma outra população carcerária que cumpre pena fora do sistema prisional visto como lugar físico. Porque aí se produz uma outra população que é punida, que são as crianças”, ressalta a pesquisadora.

    Geração de renda

    Para evitar a exposição das mulheres às redes ilegais, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça propõe ações de geração de renda e apoio às comunidades. Em março, a pasta lançou um edital, que fica aberto até o dia 21 de abril, para fomentar projetos que apoiem mulheres que usam drogas. Serão disponibilizados R$ 6 milhões para fortalecer grupos e coletivos de todo o país.

    “[Essas mulheres] estão em uma situação de vulnerabilidade e acabam sendo cooptadas, aliciadas pelo tráfico de drogas, mas que a gente poderia investir nessas mulheres, oferecer alternativas de trabalho e renda para essas mulheres, evitar o envolvimento com o tráfico”, enfatizou a titular da Senad, Martha Machado, em entrevista à Agência Brasil.

    A secretária reconhece a situação de extrema fragilidade a que as mulheres são submetidas nos mercados ilegais. “Dentro da cadeia do tráfico de drogas as mulheres também sofrem uma série de violências e opressões, são usadas com mulas. Às vezes vítimas de outros crimes, tanto violência sexual como tráfico de pessoas. A gente gostaria de trabalhar para evitar esse tipo de aliciamento”, acrescenta.

    Reparação e redução de danos

    Marta explica que a Senad está sendo recomposta pelo governo atual e voltando a coordenar, em diálogo com o Ministério da Saúde, não só os aspectos repressivos da política de drogas, mas também o atendimento e a prevenção ao uso.

    Dentro dessas possibilidades, estão também as ações de redução de danos, que buscam atenuar os problemas decorrentes do consumo abusivo de substâncias, entendendo que algumas pessoas não querem ou não conseguem interromper completamente o uso. “Nós apoiamos a redução de danos e construímos políticas junto com a rede de atendimento, junto com organizações da sociedade civil”, ressaltou.

    Luana Malheiro defende que a redução de danos seja entendida de uma forma ampla e tome protagonismo no lugar das ações repressivas.

    “Quando a gente defende uma política com redução de danos, com justiça social, com reparação, é entendendo que a gente consegue pensar para esses territórios uma outra presença do Estado. Para que o Estado possa pensar ali de equipamentos de proteção, cultura, lazer. A redução de danos trabalha com essa ideia ampliada. Você precisa cuidar do sujeito dentro da comunidade, com arte, com cultura, com diversos recursos terapêuticos”, explica.

    Edição: Heloisa Cristaldo

  • MT realiza leilão de 56 veículos apreendidos do tráfico de drogas

    MT realiza leilão de 56 veículos apreendidos do tráfico de drogas

    A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) abriu o prazo para a oferta de lances a 56 lotes de veículos apreendidos nos últimos três anos em operações desencadeadas pelas forças de segurança no combate às drogas em Mato Grosso. Dentre os lotes, estão 32 carros, 20 motocicletas e quatro caminhões em condições de circulação e sucatas.

    O leilão, coordenado pela Secretaria Adjunta de Justiça, ocorre no formato híbrido (presencial e online). “Todos esses veículos são bens provenientes de operações de combate ao tráfico de drogas, perdidos em favor do Fundo Estadual sobre Drogas (FUNESD/MT), onde recursos ficarão disponíveis para que o Estado de Mato Grosso invista ainda mais nas políticas de prevenção e combate às drogas. Todos são bens com decretação de perdimento e com sentença transitado em julgado”, informou a secretária adjunta de Justiça, Lenice Silva dos Santos Barbosa.

    Dentre os bens móveis, estão um cavalo mecânico Volvo FH 460 6x2T, ano 2012, com 4 eixos direcional, avaliado em R$ 125 mil; um cavalo mecânico Volvo FH 440 6x2T, ano 2010, com lance inicial de R$ 100 mil; e conjunto semirreboque Guerra AG GR, ano 2008, dianteiro e traseiro, com preço mínimo de arrematação de R$ 30 mil.

    Constam ainda um Ford Fiesta Edge, ano 2004, avaliado em R$ 8 mil, um Volkswagen Fox 1,6 Plus, ano 2005/6, com lance inicial de R$ 8,5 mil, uma caminhonete F-1000 Turbo, carroceria em madeira ano 1991/92, com preço mínimo de R$ 15 mil; e uma motocicleta Honda NXR 124 Broz ES, ano 2005, com preço mínimo de arrematação de R$ 800,00.

    A estimativa é de que seja arrecadado cerca de R$ 250 mil com o leilão. Os lances deverão ser ofertados na forma eletrônica, por meio do portal www.kleiberjrleiloes.com.br, até o seu encerramento em 05 de abril de 2023, às 09 horas, na Galeria Leiloar – Auditório Antônio & Lizandra, na Avenida São Sebastião, nº 1447, no Bairro Goiabeiras, em Cuiabá.

    As visitas já podem ser realizadas e vão até o dia 04 de abril de 2023, no horário comercial por agendamento com o leiloeiro pelo telefone (65) 3027-5131 ou pelo celular 99289-8092.

    Também as fotos e descrições de todos os bens a serem leiloados estão disponíveis no portal www.kleiberjrleiloes.com.br, mas somente a título de ilustração, cabendo ao interessado realizar suas visitas “in loco”, não podendo alegar desconhecimento do estado em que se encontram e nem desistir da compra.

     

  • PRF faz a maior apreensão única de cocaína da sua história: 1.860 Kg

    PRF faz a maior apreensão única de cocaína da sua história: 1.860 Kg

    A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou nesta segunda-feira (27) a maior apreensão única de cocaína da sua história. Foi 1,86 tonelada da droga, encontrada em um caminhão-tanque em Sidrolândia (MS). O condutor, um homem de 44 anos, foi preso na operação.

    O condutor disse que foi contratado por R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para transportar a cocaína do município de Jardim/MS para Campo Grande/MS, e que receberia ainda o veículo como parte de pagamento. Ele disse ainda que entregaria a droga para uma pessoa desconhecida em um posto de combustível em Campo Grande.

    Os responsáveis por encontrar a droga no caminhão foram os cães de faro K9 Thor e K9 Amélia. Segundo a PRF, o prejuízo ao crime organizado com a apreensão é estimado em 354 milhões de reais.

  • Operação da PF combate tráfico de drogas no Porto de Santos

    Operação da PF combate tráfico de drogas no Porto de Santos

    A Polícia Federal (PF) participa da Operação Ágata, no Porto de Santos, litoral sul de São Paulo. A ação, que ocorre deste o último dia 21, visa a prevenção e repressão ao tráfico internacional de drogas e ocorre em parceria com outras instituições públicas. 

    As ações englobam patrulhamentos do canal portuário, bem como inspeções de cascos de navios, no intuito de localizar substâncias e materiais ilícitos inseridos em compartimentos das embarcações.

    No dia 21 foram retirados 191 quilos cocaína, em tabletes, por mergulhadores da Marinha. A droga estava escondida no caixa-mar de um navio que fora selecionado para inspeção.

    O entorpecente foi apreendido pela PF, que instaurou inquérito policial para a continuidade das investigações.

    Edição: Aécio Amado

  • PF prende acusado de tráfico de cinco toneladas de cocaína

    PF prende acusado de tráfico de cinco toneladas de cocaína

    Policiais federais cumpriram na manhã de hoje (24) mandado de prisão contra um nigeriano de 33 anos acusado de ser o responsável por uma carga de cinco toneladas de cocaína, encontrada em outubro do ano passado no Porto do Rio de Janeiro. “Trata-se da maior apreensão já realizada no Rio de Janeiro e uma das maiores do país”, disse o delegado federal Geraldo Almeida.

    O mandado da Operação Maputo foi cumprido no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no momento em que o acusado desembarcava no Brasil. “A investigação, a cargo da Delegacia de Repressão a Drogas do Rio de Janeiro, contou com o apoio da agência antidrogas dos Estados Unidos e da Interpol”, afirmou Almeida.

    O preso já tinha sido incluído na lista vermelha da Interpol e havia sido localizado pela Agência Antidrogas norte-americana (DEA) na semana passada em Barbados, ilha no sul no Caribe.

    A operação Maputo, cujo nome se refere à capital de Moçambique, que seria o destino da droga apreendida, também cumpre três mandados de busca e apreensão no estado de São Paulo, além de uma ordem de restrição de contas bancárias do preso no valor de R$ 2 milhões.

  • Homem é preso após ser flagrado com munições, maconha e cocaína em MT

    Homem é preso após ser flagrado com munições, maconha e cocaína em MT

    A Polícia Militar prendeu, nesta terça-feira (15.11), um homem de 31 anos por tráfico ilícito de drogas, resistência e desobediência, na região central de São José do Xingu (952 km de Cuiabá). Com o suspeito foram apreendidas 21 porções de substância análoga à maconha e duas de cocaína, uma máquina de cartão de crédito/débito, seis munições calibre 38 e R$ 272 em espécie.

    Segundo informações do boletim de ocorrência, os militares foram acionados após o suspeito ser flagrado andando com uma mochila com drogas e, supostamente, portando arma de fogo.

    Diante das características e do local informado, os policiais identificaram o homem, que, ao visualizar a viatura, saiu correndo pulando o muro de diversas casas. Durante a fuga, o suspeito acabou caindo em cima de alguns pedaços de madeira e foi detido em seguida.

    Ao revistar a mochila, os policiais encontraram as porções de maconha, cocaína, máquina de passar cartão, dinheiro em espécie e seis munições calibres 38.

    Questionado sobre o porte de uma arma de fogo, o suspeito afirmou que não era sua e apontou a casa de um amigo, proprietário da arma. Os policiais se deslocaram até o local, onde foram recebidos por uma mulher, que entregou a espingarda. O proprietário da arma não foi localizado.

    O suspeito, os entopecentes e os produtos apreendidos foram encaminhados à delegacia para registro do boletim de ocorrência e demais providências que o caso requer.

    Disque-denúncia  

    A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190, ou disque-denúncia 0800.065.3939.

     

     

  • PF investiga grupo suspeito de tráfico de drogas na Paraíba

    PF investiga grupo suspeito de tráfico de drogas na Paraíba

    Com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico interestadual de drogas, roubos e lavagem de dinheiro a Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de hoje (18) a Operação Sol Nascente.

    Na ação estão sendo cumpridos 38 mandados, expedidos pelo Juízo da Vara de Entorpecentes de Campina Grande (PB), nos estados da Paraíba, Amazonas, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Norte. São 23 mandados de prisão, 30 de busca e apreensão, além do bloqueio de mais de 170 contas.

    “Em relação ao tráfico de drogas, foi possível identificar ao menos três grupos que atuavam no fornecimento de grandes quantidades de maconha (skunk), ecstasy e cocaína para outros traficantes de drogas, principalmente localizados no estado da Paraíba”, explicou a PF em nota.

    A investigação descobriu que mais de R$ 500 milhões foram movimentados no período investigado, parte destes valores foi lavado por empresas com atuação em vários ramos. As contas bancárias utilizadas no esquema e o patrimônio identificados foram bloqueados por determinação judicial.

    “Os investigados deverão responder pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas ultrapassam 20 anos de reclusão”, acrescentou a PF.

    Edição: Valéria Aguiar

  • Polícia Federal investiga esquema de venda ilegal de ouro

    Polícia Federal investiga esquema de venda ilegal de ouro

    A prisão de um homem por tráfico de drogas levou a Polícia Federal (PF) a identificar um esquema ilegal de comércio de ouro e de lavagem de dinheiro que pode ter movimentado mais de R$ 300 milhões ao longo de 5 anos.

    Ao analisar a movimentação financeira do homem detido com drogas, os investigadores chegaram a uma joalheria de Roraima que, segundo a PF, era usada para encobrir a origem ilícita de parte do dinheiro obtido com a venda ilegal de ouro em 20 estados.

    Com base nos indícios reunidos durante a investigação preliminar, a PF deflagrou, hoje (20), uma operação para cumprir 18 mandados de busca e apreensão. Batizada de Gold Rush, a ação policial ocorreu simultaneamente em sete estados: Amapá, Amazonas, Minas Gerais, Pará, Rondônia, Roraima e São Paulo.

    O cumprimento dos mandados judiciais foi autorizado pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima, que também determinou o bloqueio de mais de R$ 118 milhões de posse dos investigados.

    Ainda de acordo com a PF, uma parte do ouro que os investigados comercializavam foi extraído de garimpos ilegais em Roraima. A outra parte chegava ao país irregularmente, trazido da Venezuela. Para ocultar a origem ilícita do ouro venezuelano, os investigados simulavam comprar pequenas quantidades do metal precioso de migrantes venezuelanos recém-chegados ao Brasil em busca de melhores condições de vida.

    Além de empresas de fachada, a PF também está apurando o possível envolvimento de empresas devidamente regularizadas, como uma prestadora de serviços de limpeza urbana que teria movimentado mais de R$ 3 milhões para alvos da investigação.

    Se confirmados os crimes de lavagem de dinheiro, contrabando, extração ilegal de recursos minerais e usurpação de bens da União, os envolvidos podem ser condenados a penas que podem ultrapassar 20 anos de prisão, além de multa.

    Edição: Fernando Fraga

  • Lula diz que vai recriar Ministério da Segurança Pública

    Lula diz que vai recriar Ministério da Segurança Pública

    O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje (20) que pretende criar o Ministério da Segurança Pública com foco no combate ao tráfico de armas e drogas na região de fronteira. “Nós vamos ter que construir policiais especiais, uma nova polícia nacional que possa dar conta do recado”, disse à imprensa no Rio de Janeiro.

    Lula destacou ainda a necessidade de aumentar o controle sobre a venda de armas. “Nós, com o Ministério da Segurança, vamos estabelecer um novo padrão de controle. Não é possível que a gente não tenha nenhum controle das armas que são vendidas nesse país”, acrescentou.

    Segundo ele, as medidas que facilitaram o acesso a armas e munições nos últimos anos acabaram beneficiando as organizações criminosas. “O que nós estamos vendo é o narcotráfico se preparando, se modernizando, com autorização do governo, para poder enfrentar não só a polícia, mas a tranquilidade da sociedade brasileira”, enfatizou.

    O candidato defendeu ainda mudanças na atual legislação sobre drogas para evitar a criminalização de usuários. “Nós temos que aperfeiçoar as leis de drogas que foram feitas em 2008 e 2009 para que fique claro que usuário precisa de tratamento, de recuperação, de centros de excelência”, disse.

    Emprego

    Lula disse que como medida para conter o desemprego pretende retomar obras que ficaram paralisadas após a saída do PT do governo, com o impeachment de Dilma Rousseff em 2016. “Tem quase 13,4 mil obras que ficaram pela metade porque a Dilma foi cassada com um golpe. E essas obras precisam ser retomadas com uma certa urgência. Como essas obras já tinham o projeto, já tinham a licença ambiental, é só a gente começar a tocar essas obras e acertar com os empresários que ganharam a licitação que os trabalhadores têm que ser contratados nas comunidades onde essas obras vão ser feitas”, disse.