Tag: trabalhadores

  • Acordo Salarial Homologado entre Trabalhadores e Hospitais Universitários Federais

    Acordo Salarial Homologado entre Trabalhadores e Hospitais Universitários Federais

    Representantes da gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e de entidades sindicais assinaram, nesta terça-feira (14), o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) referente ao período 2024/2026. Foram homologados, junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), pontos das cláusulas sociais e econômicas. A assinatura ocorreu após a homologação do acordo, na quinta-feira (9).

    Em termos salariais, houve o reajuste de 80% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) sobre salários e benefícios neste ano e 100% no próximo, conferindo previsibilidade financeira para os trabalhadores da estatal. Alguns ganhos foram acima do INPC, dentre eles o vale-alimentação, que passa de R$ 660,09 para R$ 800,00 com crédito a partir de julho, e a R$ 1.000,00 em março do próximo ano, um aumento de 51,49%. O auxílio-creche foi incrementado em 126,63%, saindo de R$ 213,96 para R$ 484,90.

    Para o assessor da presidência da estatal, Fausto Figueira, os avanços nas cláusulas econômicas e sociais reafirmam a postura da Ebserh de valorização dos trabalhadores, o ‘cuidar de quem cuida’, e, também, o equilíbrio financeiro que garante a exequibilidade das propostas, tendo em vista os limites econômicos da empresa pública dependente do Tesouro. “Somos sujeitos a um orçamento federal e, a rigor, ele determina o limite dos nossos avanços. Dependemos 100% do orçamento federal”, afirma.

    Já a diretora de Gestão de Pessoas, Luciana de Gouvêa Viana, destaca que esta é a primeira vez na história da Ebserh que um acordo é fechado com vigência de dois anos, o que permite melhor implantação das conquistas. “Desta forma, o ACT bienal é muito bem-vindo, pois entendemos que as relações e negociações com os trabalhadores não terminam com a assinatura do acordo. Mantemos diálogo permanente com os empregados, promovendo avanços de carreira e de benefícios independentes da assinatura do ACT”.

    Luciana ressalta também a mudança da data base para 1º de junho, pois neste período a Empresa já contará com as diretrizes de negociação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest). “Isso permite que o processo negocial seja mais célere”, concluiu a diretora.

    Sobre a Ebserh

    Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

    Por Ebserh

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  • MST faz ato ecumênico em local de massacre que completa 28 anos

    MST faz ato ecumênico em local de massacre que completa 28 anos

    O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), como em todos os anos há quase três décadas, transforma a semana do dia 17 de abril em marco na luta pela reforma agrária. A data lembra o assassinato de 21 trabalhadores rurais, em 1996, na chamada Curva do S, como ficou conhecido o trecho da rodovia PA-150, no município de Eldorado dos Carajás, no Pará, em que policiais militares armaram uma emboscada e atiraram contra um grupo do movimento que seguia em marcha até a capital Belém.

    O local transformou-se em memorial em homenagem aos mártires do movimento, ponto de encontro anual para atividades do MST, que já sediou um acampamento pedagógico da juventude, e este ano promove ato político e religioso em defesa de uma reforma agrária que promova a agricultura familiar sustentável.

    “Em um processo de cura coletiva, a curva do S, que ficou marcada pela violência, se transformou também em símbolo de resistência, tornando-se campo sagrado de onde as vozes silenciadas dão o grito. O grito pela terra, pela vida, pela natureza, pelos seres humanos. E neste espírito, convocamos para nos reunirmos entre as castanheiras para um ato de semeadura dos dias de abundância e felicidade que construiremos”, diz o movimento, em nota. O ato que marca os 28 anos do massacre começa às 8h desta quarta-feira (17), entre as castanheiras que perfilam o local, com atividades culturais como música, poesia, dança e discursos.

    Na atual jornada de luta pela reforma agrária, chamada de Abril Vermelho, o MST informou ter realizado, até o momento, 30 ações diversas em 14 estados do país, mobilizando mais de 20 mil famílias sem terra. Desse total, foram 24 ocupações de terra em 11 estados. O movimento, que completa 40 anos de fundação, denuncia a existência de 105 mil famílias acampadas às margens de rodovias em todo o país aguardando um pedaço de terra.

    “As ocupações de terra enfatizam a importância da reforma agrária como alternativa urgente e necessária para a produção de alimentos saudáveis no Brasil, tendo como foco a erradicação da fome no campo e na cidade, garantindo o desenvolvimento do país, no contexto agrário, social, econômico e político. Vale destacar que estamos em uma conjuntura em que o orçamento voltado para a obtenção de terra e direitos básicos no campo, como infraestrutura, crédito para produção, moradia, entre outros, é por dois anos consecutivos, o menor dos últimos 20 anos”, diz o movimento.

    Na última segunda-feira (14), o governo federal anunciou nova estratégia para a destinação de terras destinadas à reforma agrária no país. O programa Terra da Gente, regulamentado em decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sistematiza alternativas legais de obtenção de terras para a reforma agrária, além das formas tradicionais, como a desapropriação de áreas improdutivas e a regularização de terras públicas. O objetivo é incluir 295 mil novas famílias no programa nacional de reforma agrária até 2026.

    Além da desapropriação de terras, cujos processos podem levar anos, a medida permitirá a transferência de áreas rurais de grandes devedores da União e a possibilidade de negociação com bancos, empresas públicas e governos estaduais para a aquisição de terras em troca do abatimento de dívidas ou permutas, em procedimentos mais ágeis e sem conflito judicial.

    O governo também destacou a recomposição do orçamento para a desapropriação de terras este ano, com recursos de R$ 520 milhões, o maior dos últimos anos, mas inferior às dotações de gestões anteriores.

    Edição: Graça Adjuto

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  • Há 11 meses sem receber salário, trabalhadores ocupam pátio da Avibras

    Há 11 meses sem receber salário, trabalhadores ocupam pátio da Avibras

    Trabalhadores da Avibras, empresa fabricante de armamentos militares localizada em Jacareí, interior de São Paulo, ocuparam na manhã desta quinta-feira (14) o pátio da fábrica. A decisão foi tomada após a direção da Avibras se recusar a abrir os portões para os metalúrgicos realizarem uma assembleia.

    Há 11 meses sem receber salários, os operários da Avibras estavam na expectativa de uma reunião entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, agendada para hoje, mas o encontro foi desmarcado. Os trabalhadores pretendem permanecer no pátio até que a empresa ofereça uma solução para o problema.

    “Os trabalhadores estão angustiados com o desrespeito contínuo da Avibras. São profissionais com altíssima qualificação sem salários. Ao longo desses 11 meses, muitos foram obrigados a ir para a informalidade para tentar manter o sustento de suas famílias. Desesperados, decidiram ocupar o pátio”, afirma o presidente do sindicato, Weller Gonçalves.

    A companhia, que integra a Base Industrial de Defesa (BID) do Brasil, foi criada em 1964. É fabricante de armamentos como mísseis, lançadores de foguetes e bombas inteligentes, além de insumos para combustível sólido. Tem cerca de 1,2 mil trabalhadores, que estão em greve há um ano e meio. A paralisação começou em setembro de 2022, devido a sucessivos atrasos nos salários.

    Dívida

    A dívida total da Avibras, até abril do ano passado, estava em R$ 376 milhões. Em março de 2022, foi feito um pedido de recuperação judicial. Naquela data foram demitidos 420 trabalhadores.

    Posteriormente, os cortes foram cancelados pela Justiça, em resposta a ação movida pelo Sindicato. Então os trabalhadores foram transferidos para o regime de layoff (suspensão ou exclusão temporária de um vaga de emprego). A suspensão dos contratos de trabalho já foi renovada quatro vezes desde então. Em fevereiro deste ano, o pedido de recuperação judicial foi homologado pela 2ª vara cível de Jacareí.

    O que diz a Avibras

    Em nota, a Avibras se diz empenhada em várias frentes, incluindo o plano de recuperação que está em execução e o processo de entrada de um investidor estratégico que se encontra em fase final e irá capitalizar a empresa. “Reconhecemos que o momento é muito difícil para todos, mas a Avibras está confiante que irá superar todos esses desafios e voltar a operar normalmente em breve, sanando todas as pendências trabalhistas”, diz o texto.

    A nota diz ainda que a Avibras “repudia veementemente” os atos violentos praticados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que invadiu a empresa na manhã desta quinta-feira. “Consideramos esse ato incoerente e truculento, pois a companhia tem comunicado constantemente, tanto ao sindicato quanto aos seus colaboradores, o andamento de suas iniciativas de recuperação econômico-financeira”, complementa a nota.

    *Texto ampliado às 14h25 para incluir nota da Avibras

    Edição: Nádia Franco

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  • Homem perda a vida ao respirar gases tóxicos durante limpeza de poço em MT

    Homem perda a vida ao respirar gases tóxicos durante limpeza de poço em MT

    Um homem de 29 anos morreu e outro de 51 anos está internado após respirarem gases tóxicos durante a limpeza de um poço, no município de Pontes e Lacerda (MT). A fatalidade aconteceu ontem, terça-feira (13).

    As autoridades foram acionadas após o desmaio do primeiro trabalhador, conforme relatado no boletim de ocorrência registrado.

    O segundo indivíduo, ao tentar socorrer seu companheiro, também foi vítima da atmosfera contaminada do poço, resultando em um chamado de emergência ao Corpo de Bombeiros para o resgate das vítimas.

    A intervenção dos bombeiros foi crucial para retirar ambos os trabalhadores do poço, sendo então conduzidos para atendimento médico no Hospital Vale do Guaporé.

    Infelizmente, o homem de 29 anos não resistiu aos efeitos dos gases tóxicos, enquanto seu colega encontra-se internado em estado grave.

    A Polícia Civil foi prontamente acionada para conduzir as investigações a fim de esclarecer as circunstâncias que levaram a essa tragédia.

  • Salário mínimo de 2024: o que muda

    Salário mínimo de 2024: o que muda

    O novo Salário Mínimo de 2024, no valor de R$ 1.412, já está valendo. Mas o que isso significa para os trabalhadores?

    Aumento de 6,9%

    Dinheiro real brasileiro - Fotos do Canva
    Dinheiro real brasileiro – Fotos do Canva

    O aumento de 6,9% é o maior em dois anos, desde o reajuste de 5,26% em 2022. O valor diário corresponde a R$ 47.Veja mais

    Pagamento em fevereiro

    Transferência bancária por DOC termina nesta segunda-feira
    Com sucesso do Pix, ferramenta tornou-se obsoleta nos últimos anos

    Embora o valor de R$ 1.412 já esteja valendo em 2024, o montante será pago a partir de fevereiro referente à folha de janeiro. Isto é, neste mês os trabalhadores ainda recebem o mínimo de R$ 1.320 no quinto dia útil.Veja mais

    Reajuste não é obrigatório para quem ganha acima do mínimo

    5 signos que terão prosperidade financeira hoje, 30 de dezembro de 2023 | Foto Canva
    5 signos que terão prosperidade financeira hoje, 30 de dezembro de 2023 | Foto Canva

    Já para aqueles que recebem cifras superiores ao valor do salário mínimo, isso não ocorre de forma obrigatória ou automática. O valor e a data de aumento para esses trabalhadores variam de acordo com suas respectivas categorias e dependem do acordo negociado pelo sindicato da categoria.Veja mais

    Reajuste como estratégia para reduzir desigualdades

    5 signos que terão prosperidade financeira hoje, 30 de dezembro de 2023 | Foto Canva
    5 signos que terão prosperidade financeira hoje, 30 de dezembro de 2023 | Foto Canva

    O Governo Federal informa que o reajuste é uma das estratégias do para reduzir as desigualdades no Brasil, garantindo que os trabalhadores tenham um ganho real e sejam incluídos no crescimento econômico.Veja mais

    Política de valorização do salário mínimo

    dinheiro real brasileiro

    Segundo a Agência Brasil, a política de valorização foi instituída em 2007 e transformada em lei em 2011, a política de valorização do salário mínimo foi interrompida na gestão anterior (2019-2022).Veja mais

    Conclusão:

    Real Moeda brasileira, dinheiro Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo
    Real Moeda brasileira, dinheiro Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

    O novo salário mínimo de 2024 representa um aumento real para os trabalhadores, mas é importante lembrar que o reajuste não é obrigatório para quem ganha acima do mínimo.Veja mais

  • Mais de 2,8 mil pessoas deixam trabalho análogo à escravidão

    Mais de 2,8 mil pessoas deixam trabalho análogo à escravidão

    Um total de 2.847 trabalhadores foram resgatados entre janeiro e novembro deste ano de trabalho análogo à escravidão no Brasil. O número parcial de 2023 já é o maior em resgates dos últimos 14 anos e um recorde histórico em toda a série de pagamento de verbas rescisórias.

    O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fiscalizou no período 516 estabelecimentos urbanos e rurais, o que possibilitou o pagamento de mais de R$ 10,8 milhões em verbas salariais e rescisórias aos trabalhadores resgatados.

    O cultivo de café foi o setor com a maior quantidade de resgatados (300), e o setor da cana-de-açúcar, que liderava os dados até junho deste ano, teve 258 resgates. Segundo o MTE, o resultado se deve, principalmente, à atuação da fiscalização, que coordena as ações do Grupo Móvel em parceria com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Ministério Público do Trabalho, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público Federal.

    A Região Sudeste foi a que registrou o maior número de ações e resgates, com 192 estabelecimentos fiscalizados e 1.043 trabalhadores resgatados, seguida do Centro-Oeste, com 103 fiscalizações e 720 resgates. O Sul teve 475 trabalhadores resgatados e 76 ações realizadas. No Nordeste, foram realizadas 83 ações e 450 resgates e no Norte, 159 resgatados e 62 ações realizadas pelo MTE.

    Entre os estados, os maiores resgates ocorreram em Goiás (640), Minas Gerais (571) e São Paulo (380). Minas teve o maior número de ações realizadas (102).

    Edição: Graça Adjuto
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  • Saiba como empresários e trabalhadores avaliam o veto à desoneração

    Saiba como empresários e trabalhadores avaliam o veto à desoneração

    Entidades empresariais ligadas aos 17 setores da economia que desde 2011 são beneficiadas com desonerações da folha de pagamento manifestaram seus posicionamentos sobre o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que manteria esses benefícios até 2027.

    Aprovado pelo Congresso em outubro, o PL pretendia manter a contribuição para a Previdência Social de setores intensivos em mão de obra entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta. A política beneficia principalmente o setor de serviços. Até 2011, a contribuição correspondia a 20% da folha de pagamento. Esse cálculo voltará a ser aplicado em janeiro de 2024.

    Implementada inicialmente como medida temporária, a política de desoneração da folha de pagamento, que reduz a contribuição para a Previdência Social paga por pequenos municípios, vinha sendo prorrogada desde então. Com o veto presidencial, a medida perde a validade em dezembro deste ano.

    Os 17 setores são a confecção e vestuário; calçados; construção civil; call center; comunicação; empresas de construção e obras de infraestrutura; couro; fabricação de veículos e carroçarias; máquinas e equipamentos; proteína animal; têxtil; tecnologia da informação (TI); tecnologia de comunicação (TIC); projeto de circuitos integrados; transporte metroferroviário de passageiros; transporte rodoviário coletivo; e transporte rodoviário de cargas.

    Governo e entidades

    No início da manhã desta sexta-feira (24), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que, apesar do veto, o governo apresentará “uma solução que nos pareça mais adequada”, e que a questão será pacificada.

    Ele reiterou que o tema deve ser discutido após a aprovação da reforma tributária, com a definição das mudanças a serem aplicadas no Imposto de Renda e na Contribuição Social sobre Lucro Líquido.

    Segundo o ministro, “quando a desoneração foi feita, esperávamos contratação. Mas isso não aconteceu”. Ele argumenta que a questão precisa ser tratada com parcimônia.

    A Agência Brasil procurou algumas das entidades representativas dos setores que seriam beneficiados pelas desonerações previstas pelo PL vetado.

    Rádio e TV

    A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) representa um dos 17 setores que seriam beneficiados pela prorrogação da desoneração. Diante do veto, a entidade disse que vai trabalhar junto aos deputados e senadores para a derrubada do veto, e que “não poupará esforços” para manter a alíquota diferenciada para o setor que representa.

    “A desoneração da folha de pagamentos é de vital importância para a radiodifusão, setor que contribui de modo expressivo para a geração de empregos no Brasil. A Abert não poupará esforços para que o rádio e a TV tenham uma alíquota diferenciada, que garanta a preservação de vagas do setor”, afirmou o presidente da Abert, Flávio Lara Resende.

    Veículos e construção civil

    A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) disse que, para o setor automotivo, a desoneração da folha de pagamento é uma “medida de baixo impacto”. No entanto, acrescenta que “defende e apoia todas as medidas que combatam os elementos do Custo Brasil, que tanto prejudica o crescimento do nosso mercado interno, quanto a competitividade de nossas exportações”.

    Já o setor de construção civil reclama que será diretamente afetado pelo veto presidencial. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, disse “lamentar” o veto, que “implicará diretamente na redução de postos de trabalho”, indo na contramão da necessidade do país de geração de emprego.

    “Para a construção, uma das atividades que mais emprega no país, é essencial manter o processo de desoneração vigente desde 2011. A construção é intensiva de profissionais, e deixar a tributação sobre a mão de obra limita as possibilidades de contratação e induz a perda de postos de trabalho”, disse Correia. Segundo ele, o setor produtivo precisa de segurança jurídica e previsibilidade para contribuir com a geração de emprego e renda e com a competitividade do país.

    A CBIC avalia que há uma expectativa de que o Congresso Nacional derrube o veto, diante da importância e do impacto da medida para a geração de emprego. “Nosso setor trabalha com ciclos de produção e planejamento de longo prazo. É danoso para o setor que uma obra seja iniciada considerando uma forma de contribuição e no meio do processo precise considerar um novo formato”.

    Máquinas e equipamentos

    O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, disse que a entidade atuará para mostrar à classe política, ao governo e à sociedade a importância da manutenção da desoneração.

    Segundo ele, os setores que se se beneficiavam da desoneração foram os que mais aumentaram salários no período da vigência da medida, e que mais mantiveram os empregados com carteira assinada. “Já está demonstrado que foi um projeto bom, e que tem sido ao longo dos anos um projeto bom”.

    “Nosso trabalho [agora] é mostrar para a sociedade, para os setores envolvidos, a importância da manutenção da prorrogação por mais 4 anos da desoneração da folha”, acrescentou.

    CUT

    A Central Única dos Trabalhadores (CUT) tem questionado se a desoneração da folha de pagamentos tem, de fato, gerado empregos. A entidade argumenta que “não há mecanismos oficiais para medir o impacto da medida na geração de empregos, principal argumento dos setores para a desoneração”, em especial com relação à contrapartida social exigida em 2011.

    De acordo com o presidente da CUT, Sérgio Nobre, “a desoneração da folha, da forma como foi aprovada pelo Congresso, não estabeleceu nenhum tipo de garantias ou contrapartidas que empregos e direitos seriam mantidos enquanto o incentivo fiscal vigorasse”.

    Ele disse que o argumento da proteção de empregos apresentado pelos setores beneficiados “não se sustenta”, e significa a retirada de recursos que financiam a Previdência Social, “que passou por profunda reforma, em 2019, sob o argumento de que faltavam recursos para o seu financiamento”.

    “Desde que foram desonerados em 2011, os 17 setores mantiveram seus movimentos de contratação e demissão vinculados às variações do mercado”, disse.

    A CUT avalia que o veto do presidente Lula traz a oportunidade para o assunto ser mais debatido, de forma a viabilizar “um melhor caminho na direção de um sistema tributário mais justo e progressivo, que beneficie a sociedade brasileira como um todo e não setores específicos”.

    ABIT

    A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) disse lamentar “profundamente” o veto, e alertou sobre os riscos para a indústria e para a economia. Na avaliação da entidade, a decisão “contraria a agenda de industrialização do país e o melhor programa social que existe, que é a geração de postos formais de trabalho”.

    A ABIT lembrou que o setor mantém 1,5 milhão de postos de trabalho formais, e que os 17 setores contemplados são responsáveis por empregar diretamente mais de 8,5 milhões de pessoas. “O risco do veto é sistêmico. Isso porque o aumento da carga tributária sobrecarregará os custos, o que, provavelmente, gerará aumento de preços, impactando a capacidade de consumo da sociedade”, argumentou a entidade.

    Procurada, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse que não vai se pronunciar sobre o tema.

    Transporte urbano

    Também contrária ao veto, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) disse prever aumento de até R$ 0,31 na tarifa média nacional de ônibus urbanos, e um aumento de 6,78% nos custos totais do serviço.

    “Atualmente, o valor médio da tarifa nacional está em torno de R$ 4,60 e, portanto, pode ultrapassar R$ 4,91 em função do veto”, informou por meio de nota.

    “A redução do custo foi repassada para as tarifas públicas ao longo da última década e impactou positivamente no bolso dos passageiros, situação que pode ser revertida se o veto não for derrubado”, acrescentou ao informar que apelará ao Congresso Nacional para que o veto do Executivo seja revisto e a desoneração, mantida.

    Matéria ampliada às 15h38 para inclusão dos três últimos parágrafos

    Edição: Fernando Fraga
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  • Lucro do FGTS: Caixa inicia distribuição de R$ 12,7 bilhões; veja se você vai receber

    Lucro do FGTS: Caixa inicia distribuição de R$ 12,7 bilhões; veja se você vai receber

    A grana está chegando!

    Agora é oficial: a Caixa Econômica Federal já começou a distribuir os R$ 12,7 bilhões de lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nesta quinta-feira (27). E o melhor de tudo é que cerca de 132 milhões de trabalhadores que tinham saldo em suas contas no dia 31 de dezembro de 2022 vão receber uma parte desse montante, na boa!

    Quem tem direito?

    Pra você ficar ligado, só terá direito ao bônus quem possuía conta com saldo na data mencionada. Se você faz parte desse time sortudo, o valor do crédito vai ser proporcional ao saldo que você tinha nessa época.

    O prazo tá correndo

    Se liga no calendário: a distribuição vai até o dia 31 de julho, ou seja, só dá para esperar até a próxima segunda-feira. E o mais massa é que essa grana toda representa incríveis 99% do lucro que o fundo faturou em 2022, que foi de R$ 12,8 bilhões. Só alegria!

    Como calcular o valor do seu lucro

    A fórmula é tranquila: o governo já deixou claro que o índice de distribuição é de 0,02461511. O que você precisa fazer é multiplicar o saldo da sua conta vinculada em 31 de dezembro de 2022 por esse índice. Vamos exemplificar pra você ficar ligado: se naquela data sua conta tinha R$ 10 mil, o lucro que vai cair na sua conta será de R$ 246,15. Muito bom, né?

    Consulta fácil, fácil!

    Fica de boa que a Caixa pensou em tudo! Pra você saber o quanto vai receber, é só consultar o extrato da sua conta de FGTS pelo Aplicativo FGTS. O app é grátis e tá disponível nas lojas do Google Play e App Store. Facilitou demais, né?
    Então, não perde tempo! Vai lá conferir se você vai ser contemplado com esse lucro maneiro do FGTS. É uma graninha extra que pode fazer toda a diferença no orçamento.

    Boa sorte e aproveite bem essa bolada!

    Entre no grupo do CenárioMT no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).

  • Abono salarial é pago nesta segunda aos nascidos em julho e agosto

    Abono salarial é pago nesta segunda aos nascidos em julho e agosto

    Trabalhadores da iniciativa privada nascidos nos meses de julho e agosto recebem, nesta segunda-feira (15), o abono salarial de 2023 (ano-base 2021). De acordo com a Caixa, serão pagos R$ 3,8 bilhões aos cerca de 3,9 milhões de trabalhadores que têm direito ao benefício.

    O valor a ser recebido por cada trabalhador varia de acordo com a quantidade de dias trabalhados durante o ano-base (2021). Recebe o abono, de até um salário mínimo, quem trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias em 2021, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos.

    O abono salarial de até um salário mínimo é pago aos trabalhadores inscritos no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há, pelo menos, cinco anos.

    É também necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

    A Caixa informa que o crédito será depositado automaticamente para quem tem conta no banco. Os demais beneficiários receberão os valores por meio da Poupança Social Digital, podendo ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem.

    Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, sempre de acordo com o calendário de pagamento.

    No caso de trabalhadores do setor público que possuem inscrição Pasep, a liberação do benefício é feita por meio do Banco do Brasil.

    Mais informações sobre o Abono Salarial estão disponíveis no site da Caixa.

    Trabalhadores da iniciativa privada que recebem pela Caixa Econômica Federal:

    Mês de nascimento……….Data do pagamento

    Janeiro e fevereiro………..15 de fevereiro

    Março e abril………………15 de março

    Maio e junho………………17 de abril

    Julho e agosto……………15 de maio

    Setembro e outubro………15 de junho

    Novembro e dezembro…..17 de julho

    Trabalhadores do setor público, que recebem pelo Banco do Brasil:

    Final da inscrição Pasep….Data do pagamento

    0……………………………..15 de fevereiro

    1……….……….……………15 de março

    2 e 3……….……….……….17 de abril

    4 e 5……….……….………15 de maio

    6 e 7……….……….………15 de junho

    8 e 9……….……….………17 de julho

    Edição: Valéria Aguiar

  • Ministro recua de ideia de fim do saque-aniversário do FGTS

    Ministro recua de ideia de fim do saque-aniversário do FGTS

    Um dia após lançar a possibilidade de extinguir o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, voltou atrás. Em postagem na rede social Twitter, ele escreveu que a modalidade de saque será “objeto de amplo debate” entre o Conselho Curador do FGTS e as centrais sindicais.

    “A nossa preocupação é com a proteção dos trabalhadores e trabalhadoras em caso de demissão e com a preservação da sua poupança”, escreveu o ministro.

    A primeira declaração sobre um eventual fim do saque-aniversário havia sido dada ontem (4) pelo ministro em entrevista ao jornal O Globo. Em seguida, a própria assessoria de imprensa do ministério confirmou a informação de que a pasta pretendia encerrar a modalidade.

    “A manutenção ou não do saque-aniversário do FGTS será objeto de amplo debate junto ao Conselho Curador do FGTS e com as centrais sindicais. A nossa preocupação é com a proteção dos trabalhadores e trabalhadoras em caso de demissão e com a preservação da sua poupança”, postou o ministro no Twitter.

    Desde a entrada em vigor do saque-aniversário, em abril de 2020, 28 milhões de trabalhadores aderiram a modalidade e retiraram R$ 34 bilhões do FGTS. Em média, R$ 12 bilhões são retirados por ano.

    Retiradas anuais

    Por meio do saque-aniversário, o trabalhador pode retirar, a cada ano, uma parte do saldo de qualquer conta ativa ou inativa. O período de saques começa no primeiro dia útil do mês de aniversário do trabalhador. Os valores ficam disponíveis até o último dia útil do segundo mês subsequente. Caso o dinheiro não seja retirado no prazo, volta para as contas do FGTS em nome do trabalhador.

    A adesão ao saque-aniversário, no entanto, exige cuidado. Pelas regras atuais, ao retirar uma parcela do FGTS a cada ano, o trabalhador deixará de receber o valor depositado pela empresa caso seja demitido sem justa causa. O pagamento da multa de 40% nessas situações está mantido.

    A qualquer momento, o trabalhador pode desistir do saque-aniversário e voltar para a modalidade tradicional, que só permite a retirada em casos especiais, como demissão sem justa causa, aposentadoria, doença grave ou compra de imóveis. No entanto, existe uma carência na reversão da modalidade.

    Ao voltar para o saque tradicional, o trabalhador ficará dois anos sem poder sacar o saldo da conta no FGTS, mesmo em caso de demissão. Se for dispensado, receberá apenas a multa de 40%.

    Edição: Valéria Aguiar