Tag: tilápia

  • Preços da tilápia sobem em abril, mas oferta elevada limita aumento

    Preços da tilápia sobem em abril, mas oferta elevada limita aumento

    As cotações da tilápia viva ou no gelo subiram em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo colaboradores do Centro de Pesquisas, a valorização da tilápia era esperada pelo setor, devido ao período da Quaresma, mas o aumento no preço acabou sendo limitado pela maior oferta, tendo em vista o fato de os peixes ainda estarem com peso elevado.

    De acordo com levantamento do Cepea, na região dos Grandes Lagos (noroeste do estado de São Paulo e divisa de Mato Grosso do Sul), o preço médio da tilápia foi de R$ 8,06/kg em abril, alta de 3,4% em relação à de março. No front externo, o volume e a receita com as exportações de tilápia recuaram em abril em relação aos do mês anterior.

    No entanto, os desempenhos de abril ficaram acima dos apresentados no mesmo mês de 2024. Segundo dados da Secex, as exportações totalizaram 1.533 toneladas, queda de 1,9% no comparativo mensal, mas expressivos 82,8% acima das do mesmo período de 2024. A receita totalizou US$ 5,8 milhões, recuo mensal de 17,6%, mas avanço anual de 49,4%.

  • Exportações da piscicultura brasileira batem novos recordes

    Exportações da piscicultura brasileira batem novos recordes

    As exportações brasileiras de peixe no primeiro trimestre de 2025 foram as maiores dos últimos anos. O volume exportado foi de mais de 3.900 toneladas, aumento de 89% com relação ao mesmo período do ano passado. Em faturamento, houve crescimento ainda maior: de 112%, chegando a mais de US$ 18,5 milhões. Esses são alguns dos dados do Informativo Comércio Exterior da Piscicultura, publicado a cada três meses pela Embrapa Pesca e Aquicultura em parceria com a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR).

    Como era de se esperar, a tilápia permanece a principal espécie exportada. Entre janeiro e março, foram praticamente US$ 17 milhões de faturamento, que significaram 92% do total. Na sequência, mas bem abaixo, estiveram curimatá e tambaqui (com 3% cada) e pacu (com 2% do faturamento total no período). Também como vem sendo nas últimas análises trimestrais, os Estados Unidos foram o principal importador da piscicultura nacional, responsáveis por mais de US$ 16,3 milhões ou 88% do total no primeiro trimestre deste ano. Com 7%, o Peru foi o segundo colocado.

    São cinco as categorias de produtos de tilápia exportados: o filé, tanto congelado como fresco ou refrigerado; o peixe inteiro, também tanto congelado como fresco ou refrigerado; e subprodutos impróprios para alimentação humana. À exceção da tilápia congelada, as demais categorias apresentaram queda de preço médio comparando-se os primeiros trimestres do ano passado com este ano. A principal categoria exportada pelo país, que é o filé de tilápia fresco ou refrigerado, teve 7% de queda, passando de US$ 7,57 para US$ 7,07 o kg.

    “É possível que essa queda nos preços dos produtos de tilápia no primeiro trimestre de 2025 seja reflexo de uma acomodação do mercado norte-americano, após sucessivas altas nos preços ao longo de 2024. Esse aumento dos preços no ano passado pode ter tido um impacto na redução na demanda junto aos consumidores, o que pode ter levado a essa queda nos preços”, explica Manoel Pedroza, pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura na área de economia.

    Crescimento consistente

    As exportações brasileiras da piscicultura têm crescido de maneira consistente nos últimos anos. Fazendo o recorte apenas para a tilápia, os Estados Unidos, no primeiro trimestre de 2025, foram o principal destino, com 95% da movimentação, num total de mais de US$ 16,2 milhões. E, analisando-se as importações de tilápia pelos Estados Unidos, percebe-se que o Brasil foi o terceiro maior fornecedor nos dois primeiros meses deste ano; em janeiro e fevereiro de 2024, o país era o quinto maior fornecedor. Foram mais de 2.400 toneladas, ficando atrás apenas de Taiwan, com mais de 2.800 toneladas, e da China, com mais de 32.500 toneladas exportadas para os Estados Unidos em janeiro e fevereiro deste ano.

    Manoel contextualiza esse mercado: “o crescimento das exportações de tilápia brasileira para os Estados Unidos tem relação direta com o aumento da produção desta espécie no Brasil e a busca por novos mercados. O Brasil exportou apenas 3% das 662 mil toneladas de tilápia produzidas no país em 2024. Com o aumento da produção, o mercado local passou a apresentar sinais de saturação na demanda de tilápia, resultando numa queda nos preços no mercado interno em 2024, tornando a exportação mais atrativa”. Ele acrescenta que “o setor privado é o grande responsável pelo aumento das exportações de tilápia do Brasil, porém algumas instituições, como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Embrapa, têm colaborado com diversas ações de apoio”.

    A expectativa é de continuidade no crescimento das exportações brasileiras da piscicultura, sobretudo de tilápia. De acordo com o pesquisador da Embrapa, “o aumento das tarifas de importação que os Estados Unidos impuseram à tilápia vinda da China pode oferecer uma oportunidade para os exportadores brasileiros, porém ainda existem incertezas quanto à manutenção dessas tarifas no longo prazo e também é importante destacar que outros países exportadores (em particular da Ásia) são fortes concorrentes nesse mercado”. Manoel finaliza afirmando que “os produtores brasileiros têm buscado novos mercados além dos Estados Unidos (por exemplo, o Canadá e países da América do Sul) e também têm tentado diversificar as espécies a partir do embarque de peixes nativos, como tambaqui e curimatá”.

  • Distribuição de tilápia beneficia quase 3 mil pessoas em duas cidades

    Distribuição de tilápia beneficia quase 3 mil pessoas em duas cidades

    Mais de quatro toneladas de peixe tilápia estão sendo entregues nesta quarta e quinta-feira (16 e 17/04) a instituições sociais de Cabo de Santo Agostinho e Vicência, no estado de Pernambuco. A ação integra o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade Compra com Doação Simultânea, que conecta diretamente agricultores familiares a entidades que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atua na execução e fiscalização do programa, garantindo a efetividade das entregas e o apoio à produção rural local. Os recursos são provenientes do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

    Ao todo, 4.261 kg de peixe in natura foram adquiridos da Cooperativa Pernambucana de Agropecuários e Criadores de Organismos Aquáticos, sediada em Cabo de Santo Agostinho. Os alimentos serão doados para quatro instituições: Associação Comunitária dos Pequenos Produtores Rurais dos Engenhos Novo e Serra Adjacências (Acpensa), Associação Irmãos e Cia, Conselho de Moradores do Alto do Colégio – todas localizadas no próprio município da cooperativa – e a Associação dos Moradores dos Loteamentos João Ramos, em Vicência. Juntas, essas entidades atenderão 2.880 pessoas com a doação.

    Com a iniciativa, a Conab estimula a circulação da produção da agricultura familiar e contribui para o abastecimento de entidades que prestam serviços sociais. A Companhia integra as etapas do processo, desde a formalização dos projetos até a entrega dos alimentos, assegurando que os recursos investidos cumpram sua função social.

  • Preço da tilápia varia entre regiões em março; alta em São Paulo e queda no Paraná

    Preço da tilápia varia entre regiões em março; alta em São Paulo e queda no Paraná

    O mercado da tilápia viva ou no gelo apresentou comportamentos distintos entre as principais regiões produtoras do país ao longo de março. Segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), enquanto o Norte e o Oeste do Paraná registraram quedas nos preços, as demais regiões monitoradas tiveram valorização, influenciadas principalmente pelo avanço da demanda durante a Quaresma.

    Na região dos Grandes Lagos — que abrange o noroeste do estado de São Paulo e a divisa com Mato Grosso do Sul — a cotação média da tilápia subiu 3,5% frente a fevereiro, atingindo R$ 7,79/kg. A alta reflete o maior consumo do pescado neste período, típico da tradição religiosa que reduz o consumo de carnes vermelhas e impulsiona a procura por peixes.

    Em contrapartida, o Oeste do Paraná viu os preços recuarem 2,7%, com a tilápia sendo negociada a R$ 7,46/kg. Já no Norte paranaense, a média ficou em R$ 8,61/kg, representando queda de 2,4% em relação ao mês anterior. Segundo o Cepea, a pressão de baixa no estado é atribuída à elevada oferta de peixes, apontada por produtores locais, o que limitou os repasses das altas da demanda ao consumidor final.

    Apesar das diferenças regionais, o período foi marcado por aumento no consumo do pescado, o que garantiu suporte aos preços em algumas praças e trouxe expectativa positiva para o setor em regiões que enfrentaram recuos. A tendência agora é de reacomodação dos preços com o fim da Quaresma, enquanto os produtores seguem atentos ao equilíbrio entre oferta e demanda.

  • Preço da tilápia sobe no início de 2025 com demanda aquecida para a Quaresma

    Preço da tilápia sobe no início de 2025 com demanda aquecida para a Quaresma

    Os preços da tilápia registraram uma leve alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea no primeiro mês de 2025. Embora o aumento tenha sido modesto, produtores e comerciantes perceberam uma demanda mais aquecida ao longo de janeiro, um reflexo do início do período de abastecimento de peixes para a Quaresma, quando tradicionalmente o consumo cresce em diversas partes do país.

    De acordo com levantamento do Cepea, no Oeste do Paraná, uma das principais regiões produtoras do país, a cotação da tilápia atingiu R$ 7,78/kg, representando um avanço de 0,26% em relação ao mês anterior. Já na região dos Grandes Lagos, que engloba o noroeste paulista e a divisa com Mato Grosso do Sul, o preço médio alcançou R$ 7,13/kg, um incremento de 0,34% na comparação com dezembro de 2024.

    O leve reajuste nos preços ocorre em um momento estratégico para o setor, que já começa a se preparar para atender à alta demanda característica do período religioso. A Quaresma, que se inicia em fevereiro, impulsiona historicamente o consumo de pescados, levando frigoríficos e distribuidores a reforçarem os estoques. Essa movimentação pode contribuir para manter a tendência de alta nos preços da tilápia nos próximos meses.

    Apesar do cenário positivo para os produtores, o mercado ainda observa com cautela a oferta e a variação do consumo ao longo das próximas semanas. Questões climáticas, custos de produção e a competitividade com outras proteínas podem influenciar a comercialização e a precificação do pescado. No entanto, a expectativa é de que a tilápia continue ganhando espaço entre os consumidores brasileiros, consolidando-se como uma opção de peixe acessível e de qualidade.

  • Ceviche Peruano de Tilápia: Refrescante, Saboroso e Repleto de Frescor

    Ceviche Peruano de Tilápia: Refrescante, Saboroso e Repleto de Frescor

    O ceviche é um prato típico da culinária peruana, reconhecido mundialmente por seu sabor refrescante e irresistível. Feito com peixe cru marinado em suco de limão, o ceviche é uma mistura de frescor, acidez e temperos únicos. Esta versão com tilápia é leve, saudável e perfeita para os dias quentes. A combinação do peixe com o coentro e a cebola roxa traz um equilíbrio de sabores que vai agradar a todos. Se você é fã de pratos frescos e cheios de personalidade, o ceviche de tilápia com limão e coentro é a escolha certa.

    Além de ser uma delícia, o ceviche é uma receita muito fácil de fazer, ideal para quem busca praticidade sem abrir mão de um sabor sofisticado. A tilápia, com sua carne branca e suave, absorve o sabor do limão de forma impecável, criando uma textura maravilhosa. O coentro adiciona um toque aromático que se destaca no prato. Para completar, a cebola roxa oferece um contraste crocante e saboroso, tornando este prato uma experiência gastronômica única.

    Para quem ama a cozinha peruana e quer aprender a preparar um ceviche simples, mas saboroso, este é o momento! A seguir, confira todos os detalhes para fazer essa receita maravilhosa que vai conquistar seu paladar. E se você gosta de outras opções de receitas fáceis e deliciosas, como uma lasanha de berinjela ou um camarão ao alho e óleo, continue explorando nosso site!

    Ingredientes do Ceviche Peruano de Tilápia

    Ingredientes frescos para ceviche peruano de tilápia, incluindo filés de tilápia, coentro, cebola, pimentas e batata doce.

    • 500g de tilápia fresca cortada em cubos
    • Suco de 5 limões
    • 1 cebola roxa fatiada finamente
    • 1 maço de coentro fresco picado
    • Pimenta a gosto
    • Sal a gosto
    • 1 dente de alho picado (opcional)

    O ceviche peruano é simples de fazer, e com ingredientes frescos, você tem um prato delicioso e nutritivo. A tilápia, que é de fácil acesso e tem um sabor neutro, é uma excelente opção para o ceviche. A marinada de limão é o que transforma este prato, dando-lhe a acidez e o frescor necessários. O coentro é o tempero que dá um toque especial e aromático, enquanto a cebola roxa proporciona uma textura crocante e um sabor delicado. Além disso, a pimenta traz um leve toque picante que combina perfeitamente com os outros ingredientes.

    Para garantir que a marinada esteja perfeita, é importante deixar o peixe descansar no limão por pelo menos 15 minutos, até que ele fique “cozido” no suco cítrico. Durante esse tempo, o peixe absorve todos os sabores e adquire uma textura mais firme. Para um toque extra de sabor, você pode adicionar alho picado à marinada, mas isso é opcional, dependendo da sua preferência.

    Como Preparar o Ceviche Peruano de Tilápia

    Passo a passo de como preparar ceviche peruano de tilápia, com limão fresco e ingredientes sendo misturados.

    • 1. Comece cortando a tilápia em cubos pequenos, de cerca de 2 cm cada. É importante que o peixe seja fresco, então escolha um peixe de qualidade para garantir um ceviche delicioso.
    • 2. Coloque os cubos de tilápia em uma tigela e adicione o suco de limão. Misture bem para que o peixe fique completamente coberto pelo limão.
    • 3. Cubra a tigela e deixe o peixe marinar por cerca de 15 a 20 minutos, mexendo ocasionalmente.

    Uma das etapas mais importantes para o sucesso deste prato é a marinada. O limão deve “cozinhar” o peixe, proporcionando o sabor característico do ceviche. Quando o peixe estiver levemente opaco e firme ao toque, é hora de adicionar os outros ingredientes.

    Após o tempo de marinada, acrescente a cebola roxa fatiada e o coentro fresco picado. Ajuste o sal e a pimenta a gosto. Misture bem e sirva imediatamente para aproveitar o ceviche no seu ponto mais fresco. Este prato pode ser servido com fatias de batata-doce ou milho, como é tradicional no Peru, ou até mesmo com uma deliciosa fatias de pão de alho fresquinho.

    Variantes e Dicas de Acompanhamentos

    Acompanhamentos típicos para ceviche peruano, como milho cozido, batata doce e banana frita.

    • 1. Para um toque de sabor extra, experimente adicionar um pouco de molho de pimenta ou até mesmo um toque de limão siciliano.
    • 2. Caso queira variar, você pode substituir a tilápia por outro peixe fresco, como o linguado ou o robalo.
    • 3. Servir com uma sopa quente de lentilha com bacon, como a sopa de lentilha com bacon, pode ser uma excelente combinação.

    Se você gosta de um ceviche ainda mais fresco, uma boa dica é servir o prato imediatamente após prepará-lo, acompanhando-o de batata-doce cozida e milho. Essas combinações são tradicionais no Peru e trazem um equilíbrio perfeito entre os sabores do mar e os ingredientes terrestres. E se você está buscando outras receitas que complementam bem seu ceviche, experimente receitas com mandioca ou um delicioso risoto de cogumelos.

  • Prazo para consulta pública sobre importação de tilápia é prorrogado por 60 dias

    Prazo para consulta pública sobre importação de tilápia é prorrogado por 60 dias

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, na última sexta-feira (7), a prorrogação do prazo para envio de sugestões à consulta pública sobre a importação de tilápias. Inicialmente prevista para encerrar nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, a consulta agora se estenderá até 10 de abril. A decisão atende a um pedido do Sistema FAEP e de outras entidades do setor, que consideraram o tempo inicial insuficiente para um debate mais amplo sobre o impacto da importação na piscicultura brasileira.

    O Paraná, maior produtor de tilápia do país, responde atualmente por 36% da produção nacional, com 213,3 mil toneladas registradas em 2023. A relevância da atividade na economia estadual é evidente, gerando empregos, renda e exportações. No último ano, o estado foi responsável por US$ 35 milhões em exportações de tilápia, o que representa 64% do total nacional. Com uma logística eficiente, o Brasil já ocupa a posição de quarto maior fornecedor da espécie para os Estados Unidos, com um crescimento expressivo nas exportações de filés frescos.

    Diante da ameaça que a importação pode representar para os produtores nacionais, o Sistema FAEP também tem buscado apoio político para barrar essa possibilidade. No dia 3 de fevereiro, a entidade e outras instituições privadas e públicas entregaram um documento ao governador Carlos Massa Junior, solicitando intervenção para impedir a entrada de tilápias importadas. O argumento central é que a cadeia produtiva nacional necessita de proteção sanitária e comercial para continuar crescendo e expandindo suas exportações.

    Importação de tilápia

    A preocupação com a importação de tilápia não é recente. Em dezembro de 2023, o Brasil importou 25 mil quilos da espécie vindos do Vietnã, o que gerou forte reação do setor. Na época, a FAEP enviou um documento ao Ministério da Pesca e Aquicultura expressando repúdio à aquisição, argumentando que a entrada de tilápia estrangeira pode prejudicar a piscicultura brasileira, especialmente no Paraná. Com a prorrogação da consulta pública, o setor espera que os impactos econômicos e sanitários sejam amplamente debatidos antes que qualquer decisão definitiva seja tomada.

  • Piscicultura brasileira apresenta aumento recorde nas exportações

    Piscicultura brasileira apresenta aumento recorde nas exportações

    As exportações da piscicultura brasileira tiveram um crescimento recorde de valor em 2024: aumento de 138%, em relação a 2023, chegando a 59 milhões de dólares. Em volume, o crescimento foi de 102%, passando de 6.815 toneladas para 13.792 toneladas. É o maior aumento no volume exportado desde 2021. O aumento dos embarques de arquivos frescos foi o principal fator responsável pelo incremento das exportações em 2024, atingindo US$ 36 milhões. Os peixes inteiros congelados foram a segunda categoria mais exportados com US$ 17 milhões. Essas e outras informações constam na mais nova edição do Informativo Comércio Exterior da Piscicultura , produzido pela Embrapa Pesca e Aquicultura, em parceria com a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR).

    De acordo com Manoel Pedroza, pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura, o motivo do aumento de 138% no valor exportado deve-se à redução no preço da tilápia no mercado interno. “Houve uma importante queda no preço da tilápia paga ao produtor ao longo de 2024. Se,  no final de 2023,  o preço da tilápia paga ao produtor chega a uma média de R$ 9,73 o quilo, ao término de 2024 esse o valor caiu para R$ 7,85, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea . Isso estimulou que algumas empresas passassem a mirar o mercado externo”, explicou.

    O aumento da cotação do dólar frente ao real também é outro fator que justifica o aumento das exportações, além do aumento da produção da tilápia. “Houve um aumento de produção da espécie, e o mercado interno não absorveu a maior oferta. Com isso, as empresas procuraram outros países para vender o pescado”, explica Pedroza.

    Tilápia responde por 94% das exportações

    A tilápia representa 94% das exportações na piscicultura nacional, totalizando US$ 55,6 milhões – crescimento de 138% em relação ao ano anterior. Em volume, houve um crescimento de 92%, atingindo 12.463 toneladas de tilápia vendidas a outros países. Os curimatás ocuparam a segunda posição, com US$ 1,2 milhão e crescimento de 437% em valor.

    Os Estados Unidos foram o país que mais importou o peixe brasileiro, sendo responsáveis ​​por 89% das exportações nacionais da piscicultura em 2024, totalizando US$ 52,3 milhões. A principal espécie vendida aos norte-americanos foi a tilápia. Já os peixes nativos foram a preferência do Peru, que importou US$ 1,1 milhão de curimatá, US$ 746 mil de pacu e US$ 571 mil do nosso tambaqui.

    Apesar do crescimento recorde nas exportações em 2024, a balança comercial de produtos da piscicultura fechou com déficit de US$ 992 milhões, devido ao aumento das despesas que atingiram US$ 1 bilhão. O salmão é a principal espécie importada na piscicultura pelo Brasil, seguida pelo pangasius. “Houve um aumento de 9% em valor da importação do salmão e de 5% em volume, atingindo a marca de 909 milhões de dólares. Isso corresponde a 87% do volume total importado pelo país”, afirma Pedroza.

  • Cotações da tilápia registram queda em dezembro enquanto exportações batem recorde

    Cotações da tilápia registram queda em dezembro enquanto exportações batem recorde

    As cotações da tilápia, tanto viva quanto no gelo, encerraram dezembro de 2024 com novas quedas, ainda que menos acentuadas em comparação aos meses anteriores. Segundo pesquisadores do Cepea, a desvalorização continua relacionada à alta oferta de animais prontos para abate, reflexo de uma produção crescente e de ganhos significativos no peso médio da tilápia ao longo do segundo semestre do ano passado.

    Por outro lado, o cenário de exportações foi marcado por resultados excepcionais. Impulsionados pela alta do dólar e pela ampla disponibilidade interna, os embarques brasileiros de tilápia, incluindo filés e produtos secundários, cresceram substancialmente no último mês de 2024. Dados da Secex, analisados pelo Cepea, apontam que 2,1 mil toneladas da proteína foram enviadas ao exterior em dezembro, volume 40,3% maior do que em novembro e impressionantes 202,3% superior ao registrado no mesmo período de 2023.

    Esse desempenho robusto no mercado internacional reforça a competitividade da tilápia brasileira, que tem ganhado espaço em importantes mercados globais. No entanto, no mercado doméstico, a pressão de oferta sobre os preços exige cautela por parte dos produtores, que devem monitorar os estoques e os custos operacionais para mitigar os impactos da desvalorização.

  • Queda nos preços da tilápia em novembro reflete oferta elevada e demanda fraca

    Queda nos preços da tilápia em novembro reflete oferta elevada e demanda fraca

    Os preços da tilápia registraram queda em todas as regiões monitoradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) durante o mês de novembro. De acordo com a análise do Cepea, o recuo nas cotações foi impulsionado pela combinação de uma oferta elevada e uma demanda interna abaixo do esperado.

    No mercado internacional, as exportações brasileiras de tilápia, incluindo filés e produtos secundários, também apresentaram redução de outubro para novembro. Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) analisados pelo Cepea, foram embarcadas 1,5 mil toneladas no último mês, uma queda de 11% em relação ao mês anterior. Apesar disso, o desempenho anual das exportações segue expressivo, com um aumento de 134,2% em comparação ao mesmo período de 2023.

    Esses dados indicam que, enquanto o mercado interno enfrenta dificuldades, as exportações continuam mostrando crescimento significativo no longo prazo, refletindo a competitividade da produção nacional no cenário internacional.