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  • Encerrada a 6ª fase da Operação Incursões Sararé em Pontes e Lacerda (MT)

    Encerrada a 6ª fase da Operação Incursões Sararé em Pontes e Lacerda (MT)

    Na manhã desta sexta-feira (18/10), as forças de segurança encerraram as atividades da sexta fase da Operação Incursões Sararé, realizada na Terra Indígena Sararé, zona rural de Pontes e Lacerda/MT. Iniciada na quarta-feira, a operação envolveu a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, IBAMA, FUNAI, Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, GEFRON e CIOPAER.

    A ação teve como objetivo o combate a crimes ambientais e atividades ilegais na fronteira, com foco na extração ilegal de ouro e usurpação de bens da União.

    Durante a operação, foram apreendidos 45 gramas de ouro, duas motos, quatro antenas Starlink, armamentos diversos, incluindo um fuzil calibre 5.56, três escopetas calibre 12, duas pistolas (.380 e .40) e mil litros de óleo diesel. Duas pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de armas, crimes ambientais e transporte irregular de produtos perigosos.

    Além das apreensões, houve a destruição de onze escavadeiras e motores estacionários, equipamentos que não puderam ser removidos devido às condições adversas na Terra Indígena Sararé. Com o encerramento das atividades em campo, as investigações continuam para identificar os financiadores da operação ilegal, que vem causando graves danos ambientais e sociais, além de desequilíbrios no mercado financeiro.

  • FAMATO monitora decisão judicial sobre redemarcação de Terras Indígenas em Mato Grosso

    FAMATO monitora decisão judicial sobre redemarcação de Terras Indígenas em Mato Grosso

    A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (FAMATO) informou na noite desta quinta-feira (18) que está atenta aos desdobramentos da Ação Civil Pública que tramita na 1ª Vara Federal de Mato Grosso. A ação, promovida pelo Ministério Público Federal contra a União, a FUNAI, a Associação dos Produtores de Primavera do Leste e o Sindicato Rural de Primavera do Leste, busca a revisão dos limites da Terra Indígena (TI) Sangradouro/Volta Grande.

    A sentença judicial determinou que a FUNAI e a União concluam o processo administrativo de revisão dos limites da TI Sangradouro/Volta Grande em até dois anos, e que os demais acionados não interfiram na redemarcação.

    Segundo a FAMATO, a decisão ainda não é definitiva, pois embargos de declaração questionam a sentença e a existência de uma Ação Direta de Constitucionalidade (ADC) 87, relatada pelo ministro Gilmar Mendes. A ADC debate a constitucionalidade da Lei 14.701/2023, especialmente sobre o marco temporal e a ampliação de terras indígenas. A FAMATO foi aceita como amicus curiae nesta ADC, e uma Comissão Especial foi estabelecida para discutir a questão até dezembro de 2024.

    Duas sentenças e implicações

    Os embargos de declaração também contestam a existência de duas sentenças no processo. A primeira, de maio de 2024, julgou a demanda improcedente, afirmando que a revisão dos limites estava prescrita, uma vez que a demarcação original foi concluída em 1991 e a revisão só começou em 2003. A segunda sentença, de julho de 2024, determinou a conclusão do processo de redemarcação em até dois anos, caso haja base legal.

    Conforme a FAMATO, se a decisão for mantida, a fase inicial de identificação e delimitação da área pela FUNAI começará, com participação de todas as entidades e interessados. Após a aprovação do relatório técnico, haverá um prazo de 90 dias para manifestações e contestações, seguido pela análise da FUNAI e, finalmente, pelo Ministério da Justiça e pelo Presidente da República.

    A FAMATO já acompanha o procedimento administrativo da TI Sangradouro/Volta Grande e protocolou um requerimento junto à FUNAI em março de 2024, enfatizando a necessidade de seguir as alterações legais da Lei 14.701/2023. A federação também pediu participação em outros 28 processos administrativos de demarcação de terras indígenas no estado.

    No comunicado, a entidade destaca a necessidade de manter a defesa do direito constitucional à propriedade, em colaboração com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sindicatos Rurais, Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Instituto Pensar Agro (IPA), bancada ruralista e parlamentares de Mato Grosso. A entidade continuará monitorando os desdobramentos judiciais e administrativos que impactam o setor agropecuário.

  • Fachin suspende decisões que impediam demarcação de terra indígena

    Fachin suspende decisões que impediam demarcação de terra indígena

    O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (16) a suspensão de ações judiciais que travaram o processo de demarcação da Terra Indígena Tekoha Guasu Guavira, no Paraná.

    De acordo com o ministro, as decisões não observaram o direito ao contraditório e à ampla defesa das comunidades indígenas.

    “É fundamental que as soluções possam de fato refletir as diferenças de realidade e de percepção entre as partes. O envolvimento ativo de todos os atores estatais, sobretudo para ouvir as partes e as auxiliar a encontrar pontos comuns”, decidiu Fachin.

    A decisão foi tomada em meio ao aumento dos conflitos violentos na região diante da retomada do processo de demarcação de terra pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai)

    De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), na quarta-feira (10), indígenas da etnia Avá-Guarani foram alvo de tiros enquanto rezavam. O ataque deixou quatro feridos, que foram levados para um hospital de Toledo, no Paraná.

    Durante o governo anterior, a Funai anulou o processo de demarcação da Terra Indígena Tekoha Guasu Guavira. O território está localizado nos municípios paranaenses de Guaíra, Altônia e Terra Roxa, próximos à fronteira do Brasil com o Paraguai.

    Em 2022, o Ministério Público Federal (MPF) enviou uma recomendação à Funai para revogar a Portaria 418/2020, norma que invalidou o processo.

    No ano passado, a nova gestão da Funai anulou a medida anterior, o processo foi autorizado a ser retomado, mas continuou suspenso por uma decisão da Justiça Federal.

  • Famato conquista parecer favorável sobre emissão de APF para propriedades em área de expansão da TI Menku

    Famato conquista parecer favorável sobre emissão de APF para propriedades em área de expansão da TI Menku

    Em um desdobramento favorável para os produtores rurais, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) conquistou um parecer positivo da Procuradoria Geral do Estado (PGE-MT) em relação à emissão da Autorização Provisória de Funcionamento (APF) para imóveis rurais que se encontram sobre o perímetro de discussão da terra indígena Menku, situada no município de Brasnorte.

    O pedido, apresentado pela Famato juntamente com a Associação dos Produtores Rurais Unidos de Brasnorte (Aprub) e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), focaliza a emissão de APFs em imóveis rurais lindeiros ou localizados na área de expansão da referida terra indígena.

    A reconsideração do parecer da PGE, que inicialmente abordava a emissão de APFs em áreas sob discussão de delimitação e ampliação da terra indígena Menku em Brasnorte, representa uma vitória significativa para as entidades envolvidas. Essa revisão possibilita a emissão de APFs para imóveis que incidem sobre essas áreas, proporcionando aos produtores rurais o acesso a créditos e a segurança para produzir em conformidade com seus direitos dentro de suas propriedades.

    Com uma área delimitada de 45,24 mil hectares, a terra indígena Menku abriga, conforme dados de 2022 do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 129 propriedades rurais cuja principal fonte de sustento é a atividade agropecuária.

    A liberação das Autorizações Provisórias de Funcionamento não apenas alivia as preocupações dos produtores rurais, mas também fortalece a perspectiva de desenvolvimento sustentável na região, equilibrando as necessidades agrícolas com as questões ambientais e indígenas em Mato Grosso.