Tag: Terra Indígena Sararé

  • R$ 2,1 milhões em máquinas furtadas são recuperados em garimpo na Terra Indígena Sararé

    R$ 2,1 milhões em máquinas furtadas são recuperados em garimpo na Terra Indígena Sararé

    A Polícia Civil de Pontes e Lacerda (cidade a 445 km de Cuiabá) conseguiu recuperar, na segunda-feira (28 de abril), três máquinas de grande porte, cada uma avaliada em R$ 700 mil. As máquinas haviam sido furtadas por meio de um golpe de locação e estavam sendo utilizadas em uma área de garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Sararé.

    Duas das máquinas recuperadas, ambas escavadeiras modelo 20T/R220, foram inicialmente alugadas de uma empresa por um período de 12 meses. No entanto, os locatários deixaram de efetuar os pagamentos, desativaram o sistema de GPS dos equipamentos e os retiraram do local original. A empresa proprietária registrou um boletim de ocorrência por estelionato em março de 2025. A terceira máquina havia sido furtada no estado do Paraná e levada para a área de garimpo em Pontes e Lacerda.

    Na segunda-feira (28), a Polícia Civil recebeu uma denúncia informando que as três máquinas estavam em posse de um homem de 34 anos em uma região conhecida como Garimpo dos Pegas, localizada na Terra Indígena Sararé.

    Diante da informação, o delegado regional de Pontes e Lacerda, João Paulo Berté, enviou uma equipe policial ao local indicado. Com o auxílio de um drone, os policiais avistaram diversas escavadeiras hidráulicas em operação na área. Ao perceberem a presença da polícia, os operadores das máquinas se esconderam na mata com os equipamentos. Três dessas máquinas, no entanto, formaram um comboio e tentaram fugir na direção oposta à da equipe policial. Os policiais reconheceram que se tratavam das três máquinas procuradas e iniciaram o acompanhamento com o drone.

    Os operadores continuaram tentando ocultar as máquinas, chegando a se deslocar para uma área de mata a cerca de dois quilômetros do ponto inicial. Utilizando o drone, os policiais localizaram uma estrada próxima e a equipe se dirigiu até lá.

    Os policiais permaneceram no local até a noite e realizaram um sobrevoo com o drone, na tentativa de forçar a saída das máquinas do esconderijo. A estratégia funcionou, e os suspeitos movimentaram os equipamentos, aproximando-se da equipe policial.

    Foi dada ordem de parada, mas os suspeitos abandonaram as escavadeiras, deixando-as ligadas, e fugiram correndo para a mata. As três máquinas foram então levadas para a estrada principal, onde foram carregadas em caminhões-prancha e devolvidas às empresas proprietárias.

    As investigações prosseguem com o objetivo de identificar e prender os indivíduos envolvidos no furto e na utilização ilegal das máquinas.

  • Garimpo dispara 93% em terra indígena de Mato Grosso e lidera ranking nacional de destruição

    Garimpo dispara 93% em terra indígena de Mato Grosso e lidera ranking nacional de destruição

    A devastação causada pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, localizada em Mato Grosso, registrou um aumento estarrecedor de 93% entre 2023 e 2024. O dado alarmante integra um relatório inédito divulgado nesta semana pelo Greenpeace Brasil, que aponta a destruição de 4.219 hectares em terras indígenas da Amazônia brasileira somente nos últimos dois anos. Na TI Sararé, epicentro da crise, a área devastada saltou de 619 hectares em 2023 para 1.197 hectares no ano passado.

    Diante da escalada da atividade ilegal, a Defensoria Pública da União (DPU) emitiu uma recomendação contundente, exigindo a retirada imediata dos cerca de 5 mil garimpeiros que se estima atuarem na Terra Indígena Sararé.

    O território, situado entre Conquista D’Oeste, Nova Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, abriga aproximadamente 200 indígenas Katitãuhlu, da etnia Nambikwara, e possui uma extensão de 67.420 hectares, com demarcação datada de 1985. O documento da DPU alerta para o aumento da violência na região, impulsionada pela presença de facções criminosas.

    “Multiplicam-se os registros de ameaça de morte e de danos à integridade física dos indígenas, bem como os registros de danos e de ameaças de destruição das aldeias, já que o território está sendo ocupado, loteado e explorado ilegalmente”, denuncia um trecho do documento da DPU.

    Sararé: Líder Nacional em Alertas de Garimpo Ilegal

    A gravidade da situação é reforçada pelo fato de que a Terra Indígena Sararé ocupa o primeiro lugar no ranking nacional de alertas de garimpo ilegal, conforme dados do governo federal citados na recomendação da DPU.

    Somente em 2024, o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Inpe identificou 570 hectares de destruição no território, uma área equivalente a cerca de 570 campos de futebol.

    A DPU enfatiza que a atividade garimpeira não apenas atinge a cultura e a autonomia do povo Katitãuhlu, mas também causa danos irreparáveis ao meio ambiente e compromete a subsistência tradicional da comunidade.

    Diante da urgência e da magnitude da crise, a recomendação da DPU clama por medidas imediatas de proteção ao povo Katitãuhlu e seu território.

    Além da desintrusão emergencial, o órgão federal requer ações definitivas para cessar o ciclo de exploração ilegal, a degradação ambiental, o desmatamento e a invasão da TI.

    A DPU também exige a inclusão da Terra Indígena Sararé no calendário de desintrusões já em 2025 e a adoção de medidas estruturantes para garantir a defesa efetiva de todos os povos e comunidades tradicionais de Mato Grosso.

  • Garimpo ilegal ameaça indígenas em Mato Grosso e Defensoria Pública da União exige ação federal

    Garimpo ilegal ameaça indígenas em Mato Grosso e Defensoria Pública da União exige ação federal

    O garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso, atingiu um nível alarmante, levando a Defensoria Pública da União (DPU) a clamar por uma resposta federal imediata e eficaz. Em um documento contundente, a DPU pressiona órgãos como o Ministério dos Povos Indígenas, a Polícia Federal e o Ibama a irem além de operações paliativas e implementarem um plano robusto para expulsar os invasores e proteger o povo Katitãuhlu.

    A situação em Sararé é crítica. As investidas anteriores para conter o avanço do garimpo têm se mostrado como meros curativos em uma ferida profunda. A reação violenta dos criminosos, muitas vezes fortemente armados, coloca em risco constante a vida dos agentes e dos próprios indígenas.

    A DPU não se contenta com medidas temporárias; a exigência é por uma estratégia de longo prazo, com estruturas integradas capazes de estancar de vez a sangria da extração ilegal, da devastação ambiental e da invasão que dilaceram o território.

    O pedido da Defensoria é claro: desintrusão imediata dos garimpeiros, proteção urgente ao povo Katitãuhlu e sua terra, um plano definitivo para sufocar o ciclo do garimpo ilegal, e a inclusão prioritária de Sararé no calendário de desintrusões de 2025. Mais do que isso, a DPU mira em medidas estruturantes que garantam a defesa efetiva de todos os povos e comunidades tradicionais de Mato Grosso.

    A TI Sararé, lar de cerca de 200 indígenas Nambikwara, se tornou um alvo fácil para o garimpo, facilitado por sua localização às margens de uma rodovia federal. A exploração, que ganhou força nos últimos anos, transformou a paisagem e a vida dos Katitãuhlu.

    O barulho incessante das máquinas, a poluição dos rios com mercúrio e a destruição da floresta não são apenas danos ambientais; são ataques diretos à cultura, à subsistência e à segurança dessa comunidade originária. O córrego Água Suja, vital para os indígenas, foi brutalmente alterado, e o Rio Sararé agoniza sob a contaminação.

    A violência se tornou uma sombra constante, com relatos de ameaças e a presença crescente de facções criminosas. O grito da DPU ecoa a urgência de proteger o povo Katitãuhlu antes que a devastação se torne irreversível.

  • Forças de segurança apreendem escavadeiras furtadas e destroem maquinário de garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé

    Forças de segurança apreendem escavadeiras furtadas e destroem maquinário de garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé

    Na última quinta-feira (13), forças de segurança realizaram operações significativas na Terra Indígena Sararé, localizada em Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá, visando combater o garimpo ilegal que tem devastado a região.

    Apreensão de escavadeiras furtadas

    Durante a “Operação Protetor das Fronteiras e Divisas”, que contou com a participação do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Polícia Civil, duas escavadeiras que haviam sido furtadas foram apreendidas na Terra Indígena Sararé. As máquinas estavam sendo utilizadas para a extração ilegal de ouro na região. A ação resultou em um prejuízo estimado de R$ 1 milhão ao crime organizado. Até o momento, ninguém foi preso em relação a esse caso.

    Destruição de maquinário e devastação ambiental

    Paralelamente, a Polícia Federal deflagrou a “Operação Rondon” entre os dias 12 e 13 de março, com o objetivo de combater a extração ilegal de ouro e desintrusar áreas afetadas por garimpeiros na Terra Indígena Sararé. Imagens aéreas registradas durante a operação revelaram a transformação do território em um pântano de lama devido às atividades de garimpo ilegal. Durante a ação, foram inutilizadas escavadeiras hidráulicas, motores estacionários e outros equipamentos utilizados na extração ilegal de ouro. Além disso, munições de vários calibres, celulares e anotações foram apreendidos.

    Histórico de operações na região

    A Terra Indígena Sararé, que abriga o povo Nambikwara e abrange os municípios de Conquista D’Oeste, Nova Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, tem sido alvo de intensas atividades de garimpo ilegal nos últimos anos. Desde 2020, diversas operações foram realizadas para desativar garimpos ilegais na região. Em julho de 2023, o Ibama destruiu pelo menos 19 escavadeiras hidráulicas utilizadas em garimpos ilegais na Terra Indígena Sararé. Em agosto de 2024, durante a “Operação Xapiri III”, um esconderijo para três escavadeiras foi encontrado e destruído na região.

    Forças de segurança apreendem escavadeiras furtadas e destroem maquinário de garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé
    Imagem aérea mostra degradação causada por garimpeiros — Foto: PF

    Impacto ambiental e social

    A exploração ilegal de ouro na Terra Indígena Sararé tem causado não apenas a degradação ambiental significativa, transformando áreas de floresta em pântanos de lama, mas também ameaçado a saúde e os modos de vida das comunidades indígenas locais. As operações recentes buscam frear a exploração ilegal de recursos naturais e combater crimes como usurpação de bens da União, crimes ambientais, porte ilegal de armas e homicídios motivados por disputas territoriais.

  • Polícia Federal realiza operação contra garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé

    Polícia Federal realiza operação contra garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé

    A Polícia Federal, em ação conjunta com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e o Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER), realizou entre os dias 12 e 13 de março a Operação Rondon, com foco na repressão a crimes ambientais e crimes contra a ordem econômica na Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso.

    A ofensiva teve como objetivo combater a extração ilegal de ouro e a desintrusão de áreas ocupadas por garimpeiros. Durante a operação, foram inutilizados diversos equipamentos empregados na atividade ilícita, incluindo escavadeiras hidráulicas, motores estacionários e outros instrumentos usados na degradação ambiental.

    Além da destruição do maquinário, as equipes apreenderam munições de vários calibres, celulares, anotações e outros itens que podem auxiliar nas investigações.

    A PF destacou que a operação busca conter o agravamento da situação na região, onde os garimpos ilegais têm sido palco de crimes como usurpação de bens da União, porte ilegal de armas e até homicídios motivados por disputa de território.

    As investigações continuam para identificar os responsáveis pela extração ilegal e outros crimes relacionados à exploração clandestina de ouro na área protegida.

  • Perigo! Garimpo ilegal devasta terras indígenas em Mato Grosso e ameaça cultura

    Perigo! Garimpo ilegal devasta terras indígenas em Mato Grosso e ameaça cultura

    A intensificação das ações contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, tem gerado uma preocupante migração de garimpeiros para outras regiões do país. Entre os destinos mais impactados está o estado de Mato Grosso, em especial a Terra Indígena Sararé, que abriga cerca de 200 indígenas da etnia Nambikwara e enfrenta crescente pressão devido à invasão de milhares de garimpeiros. Segundo o Ministério da Justiça, liderado por Ricardo Lewandowski, e dados da Polícia Federal (PF), aproximadamente 5 mil pessoas já estariam atuando ilegalmente na região.

    A situação na Terra Indígena Sararé destaca a complexidade de combater o garimpo ilegal, que não apenas destrói o meio ambiente, mas também compromete a segurança e os direitos dos povos indígenas. Além dos impactos ambientais, como a contaminação dos rios e a devastação da floresta, o garimpo ilegal está associado a crimes como trabalho escravo e exploração sexual. O problema não se limita ao Mato Grosso: a pressão das ações em Roraima tem levado garimpeiros a migrar para outras partes do Brasil e até para países vizinhos, agravando a crise ambiental e humanitária.

    Com uma extensão de mais de 67 mil hectares e homologada em 1985, a Terra Indígena Sararé já vinha enfrentando desafios relacionados à exploração madeireira e à grilagem de terras. A recente invasão de garimpeiros adiciona uma camada ainda mais preocupante a essa realidade, exigindo uma resposta enérgica e coordenada por parte do governo federal.

    As ações do governo para proteger a Terra Indígena Sararé

    Garimpo ilegal devasta a Terra indígena Sararé e aumenta a violência em Mato Grosso
    Garimpo ilegal devasta a Terra indígena Sararé e aumenta a violência em Mato Grosso

    Para conter o avanço do garimpo ilegal, o governo federal lançou uma grande operação integrada, que envolve órgãos como as Forças Armadas, Funai, Ibama, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal. A iniciativa é coordenada pela Casa Civil e busca não apenas combater os garimpeiros, mas também desmantelar as estruturas que sustentam a atividade ilegal, incluindo equipamentos, acampamentos e rotas logísticas.

    Apesar desses esforços, a Defensoria Pública da União (DPU) destaca a necessidade de operações de longo prazo. De acordo com o órgão, ações pontuais não têm sido suficientes para garantir a expulsão definitiva dos invasores e a proteção dos direitos dos povos indígenas. A experiência de outras operações, como na Terra Indígena Yanomami e na Munduruku, no Pará, serve como referência para estruturar uma abordagem mais consistente e duradoura.

    Impactos sociais e ambientais do garimpo ilegal em Mato Grosso

    Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski
    Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski
    Bruno Peres/Agência Brasil

    O garimpo ilegal causa danos irreparáveis à Terra Indígena Sararé, afetando diretamente os povos tradicionais e o meio ambiente.

    Entre os principais impactos estão a destruição da floresta, a contaminação dos rios por mercúrio e outros produtos químicos, além da degradação das condições de vida das comunidades indígenas.

    Além disso, a atividade está associada a uma série de crimes, incluindo trabalho escravo, exploração sexual, conflitos violentos e até mesmo assassinatos. A presença de garimpeiros em territórios indígenas ameaça a cultura e a sobrevivência dos povos que ali vivem, agravando uma situação já vulnerável.

  • Garimpo ilegal devasta a Terra indígena Sararé e aumenta a violência em Mato Grosso

    Garimpo ilegal devasta a Terra indígena Sararé e aumenta a violência em Mato Grosso

    A Terra Indígena Sararé, lar do povo Nambikwara em Mato Grosso, está sofrendo um ataque sem precedentes. O garimpo ilegal, intensificado nos últimos anos, tem devastado a região, colocando em risco a vida dos indígenas e o equilíbrio ambiental.

    Apesar de diversas operações de combate ao crime ambiental, com apreensões de maquinário e até mesmo confrontos que resultaram em mortes, os garimpeiros persistem em suas atividades ilegais. Estimativas indicam que cerca de 2.000 garimpeiros ainda atuam na região, impulsionados pela promessa de riqueza fácil e pela presença de organizações criminosas que controlam a exploração do ouro.

    A devastação ambiental é evidente: em 2023, foram registrados 570 hectares de floresta destruídos, um número alarmante que demonstra a escala do problema. A contaminação dos rios, a destruição da fauna e a perda da biodiversidade são apenas algumas das consequências desse crime ambiental.

    A presença de milícias e facções criminosas na região tem intensificado os conflitos e aumentado o nível de violência. O confronto ocorrido em setembro, que resultou em cinco mortes, é um exemplo claro da gravidade da situação.

    A Terra Indígena Sararé, demarcada em 1985, enfrenta uma ameaça constante desde então. No entanto, o ano de 2023 se destaca pela escalada da violência e pela destruição ambiental sem precedentes. A comunidade internacional e as autoridades brasileiras precisam agir de forma rápida e eficaz para proteger os direitos dos povos indígenas e preservar um dos ecossistemas mais ricos do país.

    Contaminação e desmatamento: O legado do garimpo ilegal

    Os suspeitos operavam no local um motor estacionário com dragagem para a extração de minérios              Crédito - Sema-MT
     Sema-MT

    O garimpo ilegal em Mato Grosso, especialmente em regiões de floresta tropical como a Amazônia, deixa um rastro de destruição ambiental que se estende por gerações. A busca desenfreada por ouro e outros minerais preciosos resulta em um ciclo vicioso de contaminação, desmatamento e impactos sociais profundos.

    Contaminação:

    • Mercúrio: O uso do mercúrio no processo de extração do ouro é uma das maiores ameaças à saúde humana e ao meio ambiente. Esse metal pesado altamente tóxico contamina rios, solos e organismos vivos, causando sérios danos neurológicos e afetando o desenvolvimento de crianças.
    • Sedimentos: O desmatamento e a remoção de vegetação para o acesso às áreas de mineração aumentam a erosão do solo, liberando grandes quantidades de sedimentos nos cursos d’água. Essa sedimentação assoreia rios, prejudica a vida aquática e compromete a qualidade da água para consumo humano.
    • Águas ácidas: A oxidação dos minerais presentes no solo pode gerar águas ácidas, que contaminam os rios e levam à morte de diversas espécies aquáticas.

    Desmatamento:

    • Perda de habitat: A derrubada da floresta para a abertura de áreas de mineração destrói o habitat de inúmeras espécies de plantas e animais, levando à perda da biodiversidade e ao desequilíbrio ecológico.
    • Fragmentação de ecossistemas: A criação de áreas isoladas de floresta dificulta a dispersão de animais e a polinização de plantas, comprometendo a capacidade de regeneração dos ecossistemas.
    • Alterações climáticas: O desmatamento contribui para o aumento das emissões de gases de efeito estufa, acelerando o processo de mudanças climáticas e intensificando eventos extremos como secas e inundações.

    Impactos sociais:

    • Conflitos: A disputa por áreas de mineração, a presença de grupos criminosos e a invasão de terras indígenas geram conflitos violentos e insegurança nas comunidades locais.
    • Problemas de saúde: A exposição ao mercúrio e a outros contaminantes presentes nos rios e alimentos afeta a saúde das populações locais, causando doenças crônicas e deformidades.
    • Perda de cultura: A destruição do ambiente e a invasão de terras indígenas levam à perda de conhecimentos tradicionais e à fragilização das culturas locais.

    Combate ao garimpo ilegal:

    Para combater o garimpo ilegal e seus impactos, são necessárias ações coordenadas em diversos níveis, como:

    • Fiscalização: Intensificação das ações de fiscalização e combate ao crime ambiental.
    • Recuperação de áreas degradadas: Implementação de projetos de recuperação de áreas degradadas e reflorestamento.
    • Fortalecimento das comunidades locais: Apoio às comunidades locais para que possam desenvolver alternativas econômicas sustentáveis.
    • Cooperação internacional: Fortalecimento da cooperação internacional para combater o tráfico de ouro ilegal.

    A luta contra o garimpo ilegal é um desafio complexo que exige a união de esforços de governos, sociedade civil e comunidades locais. Somente com ações coordenadas e eficazes será possível proteger o meio ambiente, garantir os direitos dos povos indígenas e construir um futuro mais sustentável.

  • Garimpo ilegal deixa rastro de destruição e mortes em Mato Grosso

    Garimpo ilegal deixa rastro de destruição e mortes em Mato Grosso

    A Terra Indígena Sararé, localizada em Mato Grosso, tem sido palco de uma tragédia ambiental e social. O avanço desenfreado do garimpo ilegal tem devastado a região, colocando em risco a vida dos povos indígenas Nambiquaras e causando danos irreparáveis ao meio ambiente.

    De acordo com dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mais de 1,9 mil hectares da reserva já foram degradados desde 2021. A exploração ilegal de ouro tem provocado desmatamento em larga escala, poluição dos rios e desequilíbrio ambiental, ameaçando a sobrevivência de um povo e de suas tradições.

    A situação se agravou nos últimos meses. Entre janeiro e setembro de 2022, foram registrados 150 alertas de garimpo na região, um aumento de 636% em relação ao período anterior. A TI Sararé ocupa o segundo lugar no ranking de alertas de garimpo em terras indígenas brasileiras, perdendo apenas para a área Kayapó.

    Confronto fatal em Mato Grosso

    A violência gerada pelo garimpo ilegal chegou a um ponto crítico. Na última semana, houve um confronto entre garimpeiros e agentes do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal durante uma operação de combate à exploração ilegal. Cinco garimpeiros foram mortos e seis armas foram apreendidas.

    As autoridades destruíram equipamentos utilizados no garimpo, como escavadeiras, caminhonetes e acampamentos, em uma tentativa de conter a atividade criminosa.

  • Cinco morrem em confronto entre garimpeiros em Mato Grosso

    Cinco morrem em confronto entre garimpeiros em Mato Grosso

    Um confronto na Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda (MT), terminou com cinco mortos na madrugada deste sábado (28), conforme noticiado anteriormente pelo CenárioMT.

    Durante a fiscalização contra o garimpo ilegal, seguranças dos garimpeiros trocaram tiros com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que acompanhava agentes do Ibama.

    O arsenal apreendido incluiu fuzis, submetralhadoras e pistolas. Além disso, o Ibama destruiu maquinários usados na extração ilegal. A Terra Indígena Sararé, habitada pelos Nambiquaras, enfrenta graves danos ambientais devido ao garimpo clandestino.

    Sararé (MT), 28/09/2024 - Armas apreendidas com garimpeiros que atacaram equipes do Ibama e da PRF na Terra Indígena Sararé. Foto: PRF/Divulgação

    O confronto começou na madrugada deste sábado (28), terminou com cinco mortos.

    As cinco vítimas eram ligadas aos garimpeiros. Nenhum policial ou fiscal ficou ferido. Além dos armamentos apreendidos pela PRF, o Ibama destruiu 30 escavadeiras, 22 caminhonetes, dois caminhões, uma pá-carregadeira, seis motocicletas, cerca de cinco mil litros de combustíveis, motores e equipamentos para 25 acampamentos.

    Há cinco dias, uma chacina resultou na morte de quatro pessoas na mesma Terra Indígena de Sararé, também em área ocupada pelo garimpo clandestino. Entre as vítimas, um homem de 33 anos e a esposa, de 20.

    Uma das regiões mais atingidas pelo garimpo ilegal, a TI Sararé tem 67 mil hectares, habitada por vários grupos Nambiquaras.

  • Garimpeiros atacam equipes do Ibama e da PRF em Mato Grosso

    Garimpeiros atacam equipes do Ibama e da PRF em Mato Grosso

    Um confronto violento marcou a operação de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso.

    Na madrugada deste sábado (28/9), servidores do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram atacados a tiros por garimpeiros, resultando na morte de cinco criminosos.

    A operação, iniciada na segunda-feira (23/9), tem como objetivo combater a intensa atividade de garimpo ilegal na região, que causa graves danos ambientais e viola os direitos dos povos indígenas Nambiquara, que habitam a área.

    Intenso confronto em Mato Grosso

    A violência na região é crescente.
    FOTO: PMMT

    Durante o confronto em Mato Grosso, as equipes federais apreenderam um arsenal de guerra, incluindo fuzis, submetralhadoras, pistolas e revólveres. Além das armas, foram apreendidos diversos equipamentos utilizados no garimpo, como escavadeiras, caminhonetes e motores.

    A TI Sararé, com seus 67 mil hectares, é uma das áreas mais devastadas pelo garimpo ilegal no Brasil. Desde 2021, mais de 1,9 mil hectares foram destruídos pela exploração de ouro, causando um impacto ambiental irreparável.

    A violência na região é crescente. Na segunda-feira (23), antes mesmo do confronto com as autoridades, quatro pessoas morreram em um confronto entre grupos criminosos rivais que disputam o controle das áreas de garimpo.