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  • Maior projeto da ciência brasileira para pesquisa começa a funcionar oficialmente

    Maior projeto da ciência brasileira para pesquisa começa a funcionar oficialmente

    Batizada com o nome Manacá, foi lançada oficialmente, nesta quarta-feira (21), em Campinas (SP), a primeira linha de Luz Sirius, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que vai ajudar no desenvolvimento de pesquisas. O Presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia de lançamento e, antes, visitou as instalações onde o projeto será desenvolvido.

    “Aqui, realmente podemos buscar a independência da nossa nação”, disse o Presidente Bolsonaro. O Sirius é um acelerador de última geração que promete ajudar no desenvolvimento de pesquisas em várias áreas, desde a física básica até a ciência médica. É considerado uma das fontes de luz síncrotron mais avançadas do mundo, um enorme microscópio.

    Funciona como um acelerador de elétrons que produz um tipo específico de luz tão intensa que nos permite enxergar materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, ligas metálicas e outros, para entender como eles funcionam. O Sirius pode ser usado em pesquisa de diversas áreas, com impacto no desenvolvimento de medicamentos, alimentos, fertilizantes, novas fontes de energia e muitas outras possibilidades.

    A Manacá, que é a primeira estação de pesquisa em uso no Sirius, já estava sendo usada em caráter emergencial no esforço de apoiar pesquisas relacionadas à Covid-19. Agora, inaugurada oficialmente, vai apoiar também o avanço dos estudos de outras doenças, como Alzheimer, câncer e esquizofrenia.

    “O Brasil está progredindo, e muito, em inovações. Uma estrutura como essa é capaz de ajudar o Brasil a ser ponta em muitas áreas. Ciência, tecnologia e inovações, isso está no futuro”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, ao participar do lançamento da Primeira Linha de Luz Sirius.

    Segundo o ministro, o Sirius vai colocar o Brasil numa posição de destaque no mundo. “Esse centro consegue colocar o Brasil na ponta em termos de aceleradores de partículas como essa daqui. E, junto com outros laboratórios aqui de biorrenováveis, de nanotecnologia e biociências, esse centro aqui ele realmente é capaz de levantar o Brasil em biotecnologia e transformar, sim, essa região numa região que seja pólo de biotecnologia no país”, disse Marcos Pontes.

    As linhas de luz do Sirius funcionam de forma independente entre si, e permitem que diversos grupos de pesquisadores trabalhem simultaneamente. Outras cinco linhas de luz, – Carnaúba, Cateretê, Ema, Ipê, Mogno -, seguem em fase avançada de montagem e deverão ter o projeto concluído até o final deste ano. A primeira fase do projeto prevê a instalação de um total de 14 estações de pesquisa até o final de 2021.

  • Pix encerra a 1ª semana com 24,8 milhões de chaves cadastradas; saiba mais

    Pix encerra a 1ª semana com 24,8 milhões de chaves cadastradas; saiba mais

    Especialistas avaliam que o número de cadastros no Pix é um grande sucesso

    Muitos brasileiros já fizeram o cadastro das chaves Pix.  No primeiro dia, 5 de outubro, mais de 3,5 milhões de chaves foram cadastradas no Banco Central. Contudo, até os últimos dados divulgados, já foram cadastradas mais de 24,8 milhões de chaves.

    Conforme já divulgado, cada pessoa física poderá possuir até 5 chaves por conta, já as pessoas jurídicas poderão ter até 20 chaves. Além disso, o registro poderá ser feito a qualquer momento que o correntista desejar, já que estes primeiros dias são somente para o cadastro.

    Ademais, o Banco Central argumenta que não é obrigatório ter a chave, já que esta é somente para facilitar o dia a dia dos clientes. Gilmar Lima, economista sênior do BMG, entende que o cadastro de mais de 24.8 milhões somente na primeira semana demonstra que esta nova ferramenta foi bem recebida pelos brasileiros.

    Pix encerra a 1ª semana com 24,8 milhões de chaves cadastradas; saiba mais

    Pix encerra a 1ª semana com 24,8 milhões de chaves cadastradas

    Mas, o que é a “chave pix”?  Ela nada mais é que uma identificação do usuário no sistema, pois tem como finalidade agilizar o processo de pagamento, transferência, necessitando de menos informações de quem receberá os recursos.

    Nos dias atuais, para realizar um TED, você precisa de vários dados como, número da agência e da conta, CPF e nome do beneficiário. Com o Pix, haverá somente a solicitação do CPF ou CNPJ, número de celular, e-mail ou chave aleatória.

    Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, alega que a grande adesão demonstra que o brasileiro recebe muito bem a mudança tecnológica pelo fato de ter uma economia, população e sistema monetário jovem.

    O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, concorda que o número de adesões parece ser um sucesso. Para ele, o brasileiro costuma receber bem as mudanças tecnológicas por ter uma população, economia e sistema monetário jovem.

    Além disso, ele disse o seguinte sobre o Pix.

    “A gente tem que entender essa mudança de comportamento da sociedade, não só da sociedade brasileira, como da sociedade global, que é exatamente essa relação com mobilidade digital, ou seja, os serviços via mobile”.

    “Tem uma coisa em particular que o brasileiro consegue se adaptar muito rapidamente aos sistemas de tecnologia, questão do mobile principalmente, basta ver o que a gente tem de transferência por celular, por internet”.

    Por fim, confira atualizações e novidade em breve. Até lá!

  • Cientistas pedem apoio de parlamentares para a liberação de recursos para ciência no Brasil

    Cientistas pedem apoio de parlamentares para a liberação de recursos para ciência no Brasil

    Representantes da comunidade científica brasileira defenderam nesta segunda-feira (17) investimentos maiores em ciência, tecnologia e inovação no País. A avaliação dos participantes de uma videoconferência promovida pela comissão mista que acompanha os gastos públicos com a pandemia de Covid-19 é a de que o Brasil gasta pouco, especialmente se comparado a outros países.

    O pedido é para que se liberem totalmente os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para superar as crises sanitária, humanitária e econômica que assolam o País.

    O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira, fez um apelo pela liberação dos recursos do fundo. “É nossa luta permanente, não só neste momento. Estamos preocupados com o orçamento do ano que vem. Os discursos sobre a importância da ciência, da tecnologia e da educação são fáceis de serem feitos, mas é mais difícil colocar mais recursos para essa área, mas é fundamental que seja feito.”

    Recentemente, o Senado aprovou projeto de lei complementar (PLP 135/20) que proíbe o contingenciamento de recursos do FNDCT. Autor da proposta, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) defendeu a aprovação da matéria pela Câmara dos Deputados o mais rapidamente possível e sem alterações, para que o texto não retorne ao Senado antes de ir à sanção.

    O presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, criticou a alocação de apenas R$ 600 milhões, em 2020, provenientes do fundo, embora sua arrecadação tenha sido de R$ 5,2 bilhões. Entre 2006 e 2020, cerca de R$ 25 bilhões foram contingenciados, segundo os dados compilados pelos cientistas.

    Também Glauco Arbix, ex-presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), lamentou que a ciência e a tecnologia não sejam prioridade no Brasil e criticou editais recentes.

    “São recursos que foram colocados à disposição para editais do CNPq, editais da Capes e de várias outras instituições, menos de R$ 500 milhões. A nossa avaliação, no começo de julho, é que desses 500 milhões de reais, cerca de 100 milhões chegaram efetivamente na mão de quem faz pesquisa.”

    Para o deputado Felício Laterça (PSL-RJ), os investimentos em ciência se justificam também para segurar os melhores cientistas brasileiros no País. “A gente não tem como fazer algo maior, de longo prazo, se você não sabe os recursos que você vai poder utilizar.”

    Os debatedores chamaram ainda atenção para a falta de investimento em pesquisa científica na Amazônia e o desmatamento do bioma. Foi o alerta de Luiz Davidovich, da Academia Brasileira de Ciências. “Exemplos de recursos que são dados de graça para nós e estão sendo destruídos pelo desmatamento da Amazônia, que não só prejudica o clima, mas prejudica também o estoque de riqueza do País, que está na biodiversidade e vale mais que o ouro.”

    Davidovich também alertou para os riscos sanitários do desmatamento ao liberar novos vírus para a civilização urbana. “Cerca de 500 vírus já foram classificados e identificados na região amazônica. Calcula-se que algumas dezenas de vírus podem ter impacto sobre o ser humano. Fonte de uma nova pandemia? Espero que não. Mas veja que é um sistema complexo e, para dominar esse sistema e colocá-lo a serviço do País, precisamos de ciência, tecnologia e inovação.”

    O deputado General Peternelli (PSL-SP) acredita que tal assunto deva se vincular ao estímulo da indústria.

    Pesquisa da Covid-19
    Apesar das críticas aos investimentos em ciência, os debatedores ressaltaram o trabalho das universidades brasileiras durante a pandemia de Covid-19, que, com poucos recursos, atuaram na produção e na realização de testes, e na produção de equipamentos hospitalares (como respiradores) e de proteção individual.

    Diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Américo Pacheco lembrou que a entidade, por exemplo, passou a redirecionar recursos durante a pandemia, sem lançar mão de novos gastos. Mais de 150 grupos de pesquisas e startups, nos quais a Fapesp já havia investido R$ 260 milhões em laboratórios e pessoal qualificado, se dispuseram a focar suas pesquisas para o enfrentamento da Covid-19.

    Reportagem – Noéli Nobre
    Edição – Geórgia Moraes

  • Participantes de videoconferência defendem projeto que regulamenta pesquisas clínicas no Brasil

    Participantes de videoconferência defendem projeto que regulamenta pesquisas clínicas no Brasil

    “Hoje todos os países têm dois estágios de pesquisa: um ético e um técnico. No projeto, pareamos o marco legal com esses outros países. Estabelecemos prazos adequados, prazos de pós-estudo, transparência na pesquisa, biossegurança nos candidatos”, comentou. “Quem pesquisa, quem financia, quem utiliza, está todo mundo de acordo. O que falta para a nossa Casa dar essa resposta à sociedade?”, questionou Gonçalves.

    Relatora da comissão externa, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) ressaltou que a proposta já foi suficientemente discutida. “Se há algo a ser acrescentado, que a gente o faça no Plenário.”

    Mesmo o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), que discorda de pontos do texto, pediu sua votação. Ele defende, por exemplo, que a empresa privada que fizer pesquisa clínica tenha o compromisso de fornecer o medicamento ao participante que necessite dele. “A gente pode fazer esse debate”, ressaltou.

    Mãe de um jovem portador de uma doença metabólica chamada mucopolissacaridose, a vice-presidente do Instituto Vidas Raras, Regina Próspero, enxerga no projeto de lei uma oportunidade de proporcionar o direito à vida a todas as pessoas que precisam de pesquisa. “Gostaria que vocês, deputados, dessem prioridade porque temos crianças morrendo por falta de pesquisa clínica”, declarou.

    Legado da pandemia
    Representantes da área de pesquisa chamaram a atenção para o fato de que a pandemia de Covid-19 acelerou estudos clínicos sobre a doença e esperam agora que isso fique como legado para o Brasil.

    “De repente, a gente viu o protagonismo da pesquisa clínica em função da pandemia. Ela sai do meio acadêmico e passa a fazer parte do noticiário. Não é raro a gente ligar a televisão e estar se falando de ‘fase 1’, de ‘fase 2’, de ‘fase 3’”, observou a diretora da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, Solange Nappo. “E a sociedade muito orgulhosa de o Brasil ter sido escolhido para o desenvolvimento de algumas vacinas, o que mostra um status diferente da pesquisa clínica.”

    Ela lamentou, por outro lado, a atual falta de estabilidade, previsibilidade e transparência para o setor, o que também afugenta estudos no País. “Em 2018, foram feitos no mundo mais de 11 mil estudos clínicos e, no Brasil, apenas 245. O Brasil tem a quinta maior população, é o sétimo mercado farmacêutico no mundo, tem o nono PIB mundial, mas é só o 24º em pesquisa clínica”, disse Nappo. “Ou seja, o ambiente regulatório não é atrativo.”

    O presidente da Aliança Pesquisa Clínica Brasil, Fábio Franke, acredita que o País tem condições de fazer as pesquisas clínicas, precisando para isso de regras claras e prazos competitivos. “Infelizmente, o Brasil não tem prazos previsíveis. A demora de aprovação faz com que a gente perca estudos todos os dias”, reclamou. “Precisamos de uma aprovação que seja de dois a três meses.”

    Os processos hoje podem ser superiores a seis meses, de sua concepção até a chegada do produto investigacional para o participante da pesquisa.

    Na audiência, a diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Camile Sachetti, informou que desde 2018 a pasta vem atuando fortemente para que a pesquisa clínica no Brasil se desenvolva, e o País atraia ensaios clínicos.

    “Estamos trabalhando há mais de um ano, qualificando o sistema, para que as análises sejam de qualidade. Estamos também com processo para apoiar comitês de ética e pesquisa, a questão da acreditação dos comitês de ética”, destacou a representante do ministério.

    Covid-19
    Especificamente sobre a Covid-19, Camile Sachetti informou que o Ministério da Saúde possui uma chamada pública para contratação de pesquisas e está atento às publicações institucionais sobre tratamentos e vacinas no Brasil e no mundo. “A nossa posição é dar o acesso a toda a população brasileira à primeira vacina que se mostrar eficaz”, declarou.

    Em relação à anunciada vacina russa, a diretora afirmou que as informações de que a pasta dispõe são as mesmas que estão na mídia, mas que relatórios já foram solicitados sobre o produto.

    Reportagem – Noéli Nobre
    Edição – Marcelo Oliveira

  • Deputados citam pontos polêmicos a serem analisados durante votação do projeto de combate a fake news

    Deputados citam pontos polêmicos a serem analisados durante votação do projeto de combate a fake news

    Margarete Coelho acredita que o grande dissenso no tema são as regras previstas para a moderação pelas redes sociais

    Na última rodada do ciclo de debates sobre o projeto das fake news (PL 2630/20), deputados indicaram os pontos polêmicos a serem analisados durante a votação da proposta, já aprovada no Senado e em análise na Câmara dos Deputados.

    A mediadora do debate, deputada Margarete Coelho (PP-PI), resumiu questões a serem pensadas pelos deputados, a partir dos debates feitos.”Eu percebo que o grande dissenso que nós temos no tema é sobre as regras previstas para a moderação pelas redes sociais, qual a melhor forma de fazer. Autorregulação regulada, dar mais poder, ou garantir que a porta de entrada seja o poder Judiciário ou se o poder Judiciário deve ficar apenas naqueles momentos dos interesses resistidos, nas omissões das plataformas?”, indagou.

    O coordenador da discussão, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), sugeriu que os deputados discutam também não apenas o projeto das fake news, mas a criação de normas infralegais para que a lei não precise entrar em um grau elevado de detalhamento, mas possa inibir condutas. Segundo o parlamentar, é preciso impedir as “engenharias criadas nas redes para assassinar reputações”.

    No debate realizado nesta sexta (7), cujo tema foi desinformação e discurso de ódio,  especialistas apontaram a necessidade de melhorias no projeto. A jornalista Bianca Santana, da Uneafro Brasil, disse que a proposta precisa ser aprimorada. Um dos pontos levantados por ela é possibilidade de que a futura lei possa abrir brecha para a remoção de conteúdos, uma vez que, apesar das evidências estatísticas, parte da imprensa não usa a palavra genocídio ao se referir à morte de pessoas negras no Brasil. O uso da palavra poderia, portanto, ser considerado notícia falsa.

    “Apesar de sabermos que a cada 23 minutos um jovem negro é exterminado no Brasil, que 75,5 % das pessoas assassinadas no Brasil são negras, que 91% das crianças mortas pelas ditas balas perdidas no Rio de Janeiro são negras, que o feminicídio entre mulheres brancas caiu 9,8% em dez anos e aumentou 54% entre mulheres negras, parte da imprensa brasileira não utiliza a palavra genocídio, e há quem questione os dados, afirmando que genocídio é uma palavra inadequada.”

    Segundo a jornalista, também faz falta na proposta a exigência de que as plataformas tenham seus algoritmos auditados, para que seja verificada a possibilidade de “racismo algorítmico”.

    Em sentido similar, Evorah Cardoso, co-diretora da ONG #MeRepresenta e integrante do coletivo #VoteLGBT, sugeriu alterações no artigo 13 do projeto de lei, que trata de transparência e estabelece, por exemplo, que provedores produzam relatórios sobre moderações de conteúdos, com dados quantitativos, motivações, metodologia empregada.

    Gustavo Sales/Câmara dos Deputados
    Lei de combate às Fake News. Dep. Orlando Silva(PCdoB - SP)

  • Governo abre crédito de R$ 1,9 bilhão para produção e aquisição de vacina contra o coronavírus

    Governo abre crédito de R$ 1,9 bilhão para produção e aquisição de vacina contra o coronavírus

    O Governo Federal abriu crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para viabilizar a produção e aquisição de 100 milhões de doses da vacina que está sendo testada pelo laboratório AstraZeneca e Universidade de Oxford contra a Covid-19. A liberação do recurso foi feita por meio de Medida Provisória assinada, nesta quinta-feira (6), pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, em cerimônia no Palácio do Planalto.

    Vacina do Instituto Butantan contra Covid-19 deve estar disponível em janeiro

    A medida também prevê a transferência de tecnologia ao País caso a vacina se mostre eficaz e segura. A vacina de Oxford está na terceira e última fase de testes em humanos no Brasil e em outros países.

    A iniciativa, como afirmou o ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, é mais uma das ações do Governo Federal para atenuar os graves impactos sociais e econômicos causados pela pandemia. “Hoje, o Governo Federal reforça mais uma vez o seu compromisso de salvar vidas. Com a sua assinatura, nessa Medida Provisória, estamos garantindo a aplicação de recursos em uma vacina que tem se mostrado a mais promissora do mundo”, disse Pazuello.

    Dos quase R$ 2 bilhões previstos na MP, R$ 1,3 bilhão será destinado a farmacêutica do Reino Unido, AstraZeneca para pagamentos de encomenda tecnológica. Outros R$ 95,6 milhões serão dedicados a investimentos para absorção da tecnologia de produção pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); e R$ 522,1 milhões, para as despesas necessárias ao processamento final da vacina por Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos.

    Segundo o ministro, deste modo, além de garantir que o produto esteja à disposição da população, dá autonomia brasileira à produção da vacina contra a doença. “Essa nova tecnologia dá sustentabilidade ao Programa Brasileiro de Imunizações. Cuidamos dos brasileiros agora e no futuro. A vacina é peça fundamental nas respostas do Governo Federal no enfrentamento da pandemia”.

    O acordo entre Fiocruz e AstraZeneca é resultado da cooperação entre o governo brasileiro e governo britânico, anunciado em 27 de junho pelo Ministério da Saúde. Na semana passada, representantes do Governo Federal e da farmacêutica AstraZeneca, já haviam assinado um documento que define como será conduzido o acordo entre os laboratórios sobre a transferência de tecnologia e a produção da vacina contra a Covid-19 aqui no Brasil, caso seja comprovada a sua eficácia. O acordo garante, segundo Ministério da Saúde, total domínio tecnológico para que Bio-Manguinhos tenha condições de produzir a vacina de forma independente.

    O próximo passo será a assinatura de um acordo de encomenda tecnológica que garante o acesso a 100 milhões de doses do insumo da vacina, das quais 30 milhões de doses entre dezembro e janeiro e 70 milhões ao longo dos dois primeiros trimestres de 2021.

    A previsão do governo é que a produção da vacina no Brasil tenha início a partir de dezembro deste ano. E a ideia é, que no início de 2021, já possa ser realizada uma campanha de vacinação dirigida aos públicos prioritários, aqueles que estão mais vulneráveis à Covid-19, como idosos, pessoas com comorbidades, profissionais de saúde e segurança e indígenas.

    Vacina

    A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford é feita a partir de uma versão enfraquecida do adenovírus, que causa resfriado em chimpanzés. Ele é alterado geneticamente para carregar os traços da proteína S do Coronavírus, responsável por acoplar o invasor nas células humanas.

    Neste momento, aqui no Brasil – no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia -, a imunização é aplicada em trabalhadores da saúde e pessoas com alta exposição ao vírus.

    Outras vacinas contra a Covid-19 são testadas no mundo, incluindo versões em produção na China, na Rússia e nos Estados Unidos. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil acompanha o desenvolvimento de 231 vacinas. Dessas, 38 estão em fase clínica.

    “Estamos empenhados em salvar vidas. Para isso, estamos buscando no mundo, todas as tecnologias e as melhores práticas para enfrentamento da Covid-19”, disse.

    Tratamento Precoce

    O ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, voltou a ressaltar que o tratamento precoce da doença é fundamental. “As antigas orientações de ficar em casa, aguardando o agravamento dos sintomas, e só procurar o médico com falta de ar, isso não funcionou. O que funciona é procurar o médico imediatamente”.

    O ministro também destacou a dedicação dos profissionais de saúde neste momento de pandemia: “Muitos, mesmo correndo risco, estão na linha de frente para salvar vidas. Não há dúvida que os brasileiros reconhecem esse esforço diário. Ao longo desse período, já somamos mais de 2 milhões de recuperados. É a maior taxa de recuperados no mundo”, finalizou.

    O Brasil registrou nesta quinta-feira (06) 2.047.660 de recuperados da Covid-19. O número de pessoas curadas no Brasil é superior à quantidade de casos ativos (741.180), que são pacientes que estão em acompanhamento médico. E foram registadas 98.493 mortes por coronavírus.

    UnB e Hospital Universitário de Brasília fazem teste de vacina contra o coronavírus

    A vacina contra a Covid-19 resultante da parceria entre o Instituto Butantan e uma indústria farmacêutica da China poderá ser produzida a partir de outubro, mas o presidente da instituição, Dimas Covas, prevê que só em janeiro de 2021 ela esteja pronta para distribuição. É o mesmo prazo dado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para produzir a vacina da Universidade de Oxford (Inglaterra). [Veja mais]

  • Projeto Luz lança aplicativo em defesa das vítimas de abuso sexual

    Projeto Luz lança aplicativo em defesa das vítimas de abuso sexual

    O “Projeto Luz – Nova Mutum protege as suas crianças e adolescentes” realizou nesta terça-feira (26), durante encontro promovido por videoconferência, o lançamento de um aplicativo que proporcionará agilidade no enfrentamento aos casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes. Nesse primeiro momento, a ferramenta foi disponibilizada apenas aos integrantes da rede de proteção para treinamento e eventuais ajustes. A próxima etapa será a disponibilização do acesso para toda a sociedade.

    Com o aplicativo, os integrantes da rede de proteção poderão acompanhar os casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes em andamento e registrar em tempo real a ocorrência de novos casos. A ferramenta permite também a inclusão de arquivos em imagem dos documentos que normalmente acompanham o registro, como exame de corpo e delito, formulário da notificação, boletim de ocorrência, fotografias, entre outros ítens. Além disso, as instituições parceiras terão a oportunidade de incluir todos os atos relativos ao caso, o que possibilitará o acompanhamento da rede de todas as providências adotadas.

    A nova ferramenta possibilitará ainda o acesso a estatísticas como faixa etária das vítimas, perfil do agressor, número de casos por localidade, entre outras informações. Os contatos das pessoas que integram a rede de proteção também serão disponibilizados. A promotora de Justiça Ana Carolina Rodrigues Alves Fernandes explica que, antes do aplicativo, a comunicação era feita pelo whatsApp. Agora, a expectativa é que o trabalho ocorra de forma mais dinâmica e sistematizada.

    Importante deixar claro, que o acesso às informações será diferenciado entre os integrantes da rede e a sociedade em geral, até mesmo por conta do sigilo que estas situações exigem. A proposta é que a versão que será disponibilizada à sociedade possibilite apenas o registro de denúncias, a inclusão de eventuais provas e os contatos dos integrantes da rede de proteção”, explicou a promotora de Justiça.

    O titular da Procuradoria de Justiça Especializada na Defesa da Criança e do Adolescente, Paulo Roberto Jorge do Prado, participou do lançamento e destacou a importância da iniciativa. “É mais uma ferramenta que passaremos a contar na defesa das crianças e dos adolescentes. Tenho certeza que em breve esta iniciativa poderá ser compartilhada com outras comarcas e também será vista como meio inibidor contra o agressor que está presente em todas as camadas sociais”, destacou.

    Os promotores de Justiça que também atuam em Nova Mutum, Henrique de Carvalho Pugliesi e Daniele Crema da Rocha de Souza, também estão cheios de expectativas. “Vamos para mais este desafio com a certeza que será uma iniciativa bem-sucedida”, ressaltou Pugliese. “Esse aplicativo será um sucesso, pois a rede de proteção às crianças e adolescentes em Nova Mutum é muito integrada”,acrescentou Daniel Crema da Rocha.

    Também participaram a videoconferência de lançamento do aplicativo, representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal de Saúde, Creas, Polícia Militar, Polícia Civil, Secretarias Municipal e Estadual de Educação e Conselho Tutelar.

    TROCA DE EXPERIÊNCIAS: Nesta sexta-feira (29), às 14h, o “Projeto Luz – Nova Mutum protege as suas crianças e adolescentes” participará de uma live promovida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso sobre Depoimento Especial. O tema será abordado pela promotora de Justiça Ana Carolina Rodrigues Alves Fernandes e magistrados. A transmissão ocorrerá na página do YouTube do TJ/MT.

  • Projeto torna Rondonópolis polo tecnológico de Mato Grosso

    Projeto torna Rondonópolis polo tecnológico de Mato Grosso

     

    Tramita na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, projeto de lei 1146/2019 do deputado estadual Thiago Silva que torna o município de Rondonópolis, localizado na região sudeste, um polo tecnológico estadual.

    Desde quando era vereador no município, Thiago sempre defendeu a pauta da ciência e tecnologia e aprovou leis durante os seis anos de vereança que ajudaram a cidade a se destacar como referência na área.

    A cidade é a única do Estado de Mato Grosso que tem um Conselho de Ciência e Tecnologia e Inovação (Lei 7857/2013) ativo, fomentando e debatendo o tema no estado e o deputado Thiago tem grande participação nessa pauta. O município também é o único no estado que tem no calendário oficial a realização anual da Feira Municipal de Ciência e Tecnologia (Lei 8.701/2015), incentivando as práticas na cidade – também uma lei de Thiago Silva.

    Legislação – Thiago Silva é o autor da lei municipal nº 8.179/2014 que instituiu a Semana Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação;  da Lei municipal nº 8.328/2015, que criou medidas de incentivo a inovação e à pesquisa científica e tecnológica e da Lei municipa, nº 9.183/2017, que instituiu o programa municipal de estímulo, incentivo e promoção ao desenvolvimento local de startups.

    “Rondonópolis já é uma cidade polo quando o assunto é tecnologia devido ao nosso trabalho como vereador com leis que possibilitaram este rótulo e queremos agora uma lei que reconheça o município”, disse o parlamentar.

    No Parlamento estadual, Thiago Silva tem apresentado projetos de lei para o fomento e apoio a criação de startups, empresas no ramo de tecnologia e ciência.