Tag: #Tecnologia

  • Microsoft cancela lançamento universal do Recall após reação negativa

    Microsoft cancela lançamento universal do Recall após reação negativa

    A Microsoft cancelou o lançamento generalizado do Recall, a ferramenta controversa para PCs Copilot+ que tirava instantâneos regulares da máquina para criar um registro de tudo o que os usuários faziam nela. Por enquanto, o Recall estará disponível apenas para membros do Windows Insider.

    O Recall foi anunciado em 20 de maio, quando a Microsoft o promoveu como uma ferramenta útil para ajudar os usuários a se lembrarem do nome daquele ótimo site que visitaram na semana passada, mas não salvaram nos favoritos, ou para encontrar aquele e-mail que enviaram para o Cenário com uma dica valiosa. O Recall usa IA para decifrar perguntas que, em teoria, deveriam encontrar aquele site ou e-mail – ou qualquer outra coisa que os usuários fizeram em seus PCs e desejam recuperar.

    Essa ideia não foi recebida com entusiasmo. Em vez disso, rapidamente gerou controvérsia depois que um FAQ foi descoberto, no qual a Microsoft admitia que a ferramenta também poderia gravar senhas ou dados pessoais – como números de contas bancárias. A perspectiva de que qualquer pessoa capaz de fazer login em um PC com o Recall em execução pudesse acessar esses dados tem implicações óbvias de privacidade.

    A Microsoft foi afogada em críticas

    Microsoft cancela lançamento universal do Recall após reação negativa
    Créditos: BBC

    O Recall foi anunciado no mesmo dia que o PC Copilot+ – termo da Microsoft para uma máquina equipada com uma NPU de 40 TOPS ajustada para lidar com aplicativos de IA – e sugerido como uma demonstração do poder dessas máquinas.

    No entanto, os programadores rapidamente descobriram que o Recall poderia rodar em hardwares mais modestos, o que significa que mais PCs poderiam estar em risco assim que a ferramenta fosse amplamente lançada.

    Os problemas da Microsoft só aumentaram quando se descobriu que a ferramenta estava ativada por padrão, e desabilitá-la exigia uma jornada profunda nas Configurações do Windows.

    Uma onda de críticas se seguiu. Analistas sugeriram que a Microsoft havia cometido um grande erro. O autor de ficção científica Charles Stross – que ocasionalmente menciona o The Register em seu trabalho – opinou que o Recall é uma delícia para advogados, pois o fato de registrar tudo significa que cada ação realizada com um PC estaria disponível para ser descoberta durante a preparação de um litígio.

    A teimosia de um gigante

    Microsoft cancela lançamento universal do Recall após reação negativa
    Créditos: Microsoft

    A Microsoft apoiou resolutamente o Recall por um bom tempo, mas a gigante do software finalmente cedeu e anunciou que a ferramenta seria opt-in (requereria ativação manual) em vez de ativada por padrão, e também introduziu precauções de segurança extras – como produzir resultados do Recall somente após autenticação e nunca descriptografar dados armazenados pela ferramenta até depois de uma consulta.

    Essas decisões não acabaram com as críticas ao Recall, já que a falta de atenção da Microsoft aos problemas de privacidade não foi vista como um bom reflexo de sua cultura.

    Na quinta-feira, a gigante do software ferida deu outro passo para trás: uma atualização do anúncio da reversão do Recall para opt-in trouxe a notícia de que a ferramenta não seria entregue a todos os usuários de PCs Copilot+ a partir de 18 de junho.

    Em vez disso, o Recall será entregue aos membros do Programa Windows Insider “nas próximas semanas”.

    Uma vez que esses aficionados dedicados do Windows tenham tido sua experiência com o Recall e oferecido feedback, uma versão de teste para todos os PCs Copilot+ estará “chegando em breve”, de acordo com o vice-presidente corporativo da Microsoft para dispositivos Windows+, Pavan Davuluri.

    Adiar a estreia do Recall é indesejável para a Microsoft depois que ela decidiu seguir sozinha ao cunhar seu próprio termo – PC Copilot+ – em um momento em que seus principais parceiros de silício, Intel e AMD, estavam interessados em “PC de IA”.

    Os primeiros PCs Copilot+ a serem anunciados, no entanto, foram equipados com processadores Qualcomm – um movimento importante para a empresa de design de chips que domina o mercado de dispositivos móveis, mas tem lutado para entrar no mercado de PCs.

    Nas semanas desde que o Recall causou tanta consternação, ele e agora os PCs com processadores Qualcomm se tornaram um tópico de discussão muito mais frequente do que os méritos dessas novas máquinas.

    E agora os melhores processadores da Qualcomm não receberão imediatamente o aplicativo que a Microsoft usa para exibi-los da melhor maneira.

    Pode levar meses até que isso aconteça. Entre o pequeno tamanho da comunidade do Windows Insider em relação a toda a base de usuários do Windows e o fato de o Recall precisar de um PC Copilot+, poucas pessoas poderão colocar a ferramenta à prova nas próximas semanas.

    Considerações finais

    Microsoft cancela lançamento universal do Recall após reação negativa
    Créditos: Divulgação / Microsoft

    A Microsoft cancelou o lançamento geral do Recall, a ferramenta controversa para PCs Copilot+ que tirava instantâneos regulares da máquina para criar um registro de tudo o que os usuários faziam nela. Em vez disso, o Recall estará disponível apenas para membros do Windows Insider por enquanto. Essa decisão foi tomada após a ferramenta gerar controvérsia devido a preocupações com privacidade. A Microsoft ainda não definiu uma data para o lançamento geral do Recall.

  • Agro do futuro: Satélites japoneses impulsionam o setor

    Agro do futuro: Satélites japoneses impulsionam o setor

    Tóquio, 14 de junho de 2024 – Em uma iniciativa inovadora que combina tecnologia espacial com marketing de precisão, a Agência Espacial do Japão (JAXA) e a gigante da publicidade Dentsu se uniram para usar imagens de satélite para otimizar as campanhas publicitárias de produtos agrícolas. O projeto, que teve início com o repolho como foco principal, visa prever a safra com mais precisão e direcionar os anúncios no momento ideal para maximizar o impacto e minimizar o desperdício.

    Tradicionalmente, o planejamento de campanhas publicitárias no agronegócio dependia de métodos menos precisos, como estimativas e dados históricos. Essa abordagem muitas vezes resultava em anúncios mal direcionados, com produtos sendo promovidos antes ou depois do pico da safra, levando a perdas para produtores e desperdício de alimentos.

    Um avanço indireto e potente

    Agro do Futuro: Satélites japoneses revolucionam o setor

    A parceria entre JAXA e Dentsu busca resolver esse problema utilizando imagens de satélite de alta resolução para monitorar o crescimento das plantações e prever a safra com maior grau de confiabilidade. Essa tecnologia inovadora permite que as empresas de marketing identifiquem com precisão o momento ideal para lançar campanhas publicitárias, garantindo que os anúncios alcancem os consumidores quando os produtos frescos estiverem disponíveis e prontos para consumo.

    Em um projeto piloto realizado na vila de Tsumagoi, no Japão, a equipe utilizou imagens de satélite para prever a colheita de repolho de 2023 com precisão notável. Essa informação foi então repassada para a Dentsu, que a utilizou para otimizar as campanhas publicitárias de produtos relacionados ao repolho. O resultado foi um aumento significativo na demanda por repolho fresco durante o pico da safra, beneficiando tanto os produtores quanto os consumidores.

    O projeto não se limita apenas ao repolho. A JAXA e a Dentsu pretendem expandir a tecnologia para outros produtos agrícolas, como frutas, legumes e grãos. Ao utilizar imagens de satélite para monitorar diversas plantações, as empresas esperam revolucionar a forma como os produtos agrícolas são anunciados e vendidos, otimizando a cadeia de suprimentos e reduzindo o desperdício de alimentos.

    “Acreditamos que essa tecnologia tem o potencial de transformar a forma como o agronegócio opera”, afirma um representante da JAXA. “Ao utilizar imagens de satélite para prever a safra com mais precisão, podemos ajudar os produtores a maximizar seus lucros e reduzir o desperdício, ao mesmo tempo que oferecemos aos consumidores produtos frescos no momento ideal.”

    A iniciativa da JAXA e da Dentsu é um exemplo inspirador de como a tecnologia espacial pode ser aplicada para resolver problemas reais e melhorar a vida das pessoas. Ao combinar expertise em diferentes áreas, como agricultura, marketing e tecnologia espacial, as duas empresas estão abrindo caminho para um futuro mais sustentável e eficiente no agronegócio.

    Impacto esperado tanto no agro quanto na tecnologia em geral

    Agro do Futuro: Satélites japoneses revolucionam o setor

    A aplicação de imagens de satélite na publicidade do agronegócio traz diversos benefícios para diferentes partes da cadeia de valor:

    Produtores:

    • Maior previsibilidade de renda através de safras mais bem planejadas e comercializadas.
    • Redução do desperdício de alimentos, otimizando a colheita e a venda dos produtos.
    • Melhoria na gestão da produção, com base em dados precisos sobre o crescimento das plantações.

    Empresas de marketing:

    • Campanhas publicitárias mais eficientes e direcionadas, com maior retorno sobre investimento.
    • Melhor compreensão das tendências do mercado e das necessidades dos consumidores.
    • Fortalecimento da reputação da marca através de práticas sustentáveis e de combate ao desperdício.

    Consumidores:

    Acesso a produtos frescos de alta qualidade no momento ideal de consumo.
    Maior variedade de produtos agrícolas disponíveis durante todo o ano.
    Preços mais justos e competitivos, devido à otimização da oferta e da demanda.

    Desafios e Oportunidades Futuras

    Agro do Futuro: Satélites japoneses revolucionam o setor
    Imagem representativa

    Embora a iniciativa da JAXA e Dentsu seja promissora, existem alguns desafios que precisam ser superados para garantir sua adoção em larga escala:

    1. Custo da tecnologia: O uso de imagens de satélite de alta resolução pode ser caro para pequenos produtores rurais. Será necessário encontrar soluções acessíveis para viabilizar a participação de todos os elos da cadeia produtiva.
    2. Dependence climática: As previsões baseadas em imagens de satélite podem ser afetadas por condições climáticas imprevistas, como tempestades, secas ou pragas. É crucial desenvolver modelos que integrem dados meteorológicos para aumentar a precisão das previsões.
    3. Infraestrutura e acesso à tecnologia: A implementação bem-sucedida do projeto dependerá da disponibilidade de infraestrutura de comunicação e acesso à tecnologia por parte dos produtores rurais. Iniciativas de capacitação e subsídios governamentais podem ser necessários para superar essa barreira.

    Apesar dos desafios, a aplicação de imagens de satélite na publicidade do agronegócio abre um leque de oportunidades para o futuro:

    1. Novas parcerias e modelos de negócios: A tecnologia pode abrir caminho para parcerias entre agências espaciais, empresas de marketing e produtores rurais, criando novos modelos de negócios sustentáveis.
    2. Rastreamento e certificação: As imagens de satélite podem ser utilizadas para rastrear a origem dos produtos agrícolas, garantindo a autenticidade e certificação de itens orgânicos e cultivados com práticas sustentáveis.
    3. Mercados internacionais: A previsão precisa da safra baseada em satélite pode facilitar a exportação de produtos agrícolas, tornando o comércio internacional mais eficiente e previsível.

    Considerações finais

    É importante ressaltar que a aplicação dessa tecnologia deve ser acompanhada de medidas para garantir a segurança e a privacidade dos dados coletados. A JAXA e a Dentsu devem se comprometer com a transparência e a ética no uso das informações obtidas através das imagens de satélite, garantindo que essa ferramenta poderosa seja utilizada para o bem de todos os envolvidos.

    A iniciativa da JAXA e Dentsu representa um salto significativo na aplicação da tecnologia espacial para resolver problemas concretos. Ao otimizar a publicidade do agronegócio, o projeto contribui para a redução do desperdício de alimentos, melhora a renda dos produtores e garante o acesso dos consumidores a produtos frescos de alta qualidade. Com a superação dos desafios e a exploração das oportunidades, a combinação de imagens de satélite, marketing e agricultura tem o potencial de revolucionar o setor e contribuir para um sistema alimentar mais sustentável e eficiente para o futuro.

  • Diraq e GlobalFoundries se unem para fabricar chips quânticos de silício

    Diraq e GlobalFoundries se unem para fabricar chips quânticos de silício

    Uma nova era na computação quântica se aproxima?

    A Diraq, uma startup australiana focada em computação quântica, anunciou uma parceria com a GlobalFoundries, uma das maiores fabricantes de chips do mundo, para a produção de dispositivos de amostra em suas fábricas. Essa colaboração marca um passo importante no desenvolvimento de sistemas quânticos em larga escala e coloca a Diraq na mesma rota da Intel, que também utiliza técnicas de produção CMOS padrão para construir seus chips.

    A GlobalFoundries fabricará dispositivos de amostra que combinam circuitos quânticos e clássicos em um único chip de silício. A tecnologia da Diraq, similar à da Intel, utiliza spins de elétrons em pontos quânticos de silício. No início deste ano, a empresa captou investimentos que elevam seu total para US$ 120 milhões, incluindo financiamento de pesquisas de governos australiano e americano.

    Andrew Dzurak, fundador e CEO da Diraq, já havia declarado a ambição da empresa de ter um sistema quântico “comercialmente relevante” dentro de cinco anos, produzindo hardware tolerante a falhas baseado em “muitos milhões” de qubits em um horizonte de dez anos.

    A busca por uma computação quântica acessível

    Diraq e GlobalFoundries se unem para fabricar chips quânticos de silício
    Créditos: Intel

    A parceria com a GlobalFoundries visa demonstrar que o design de qubit de silício da Diraq pode ser implementado usando processos de produção padrão com ferramentas existentes, além de se integrar com transistores CMOS convencionais. Segundo a Diraq, essa integração é crucial para aumentar o número de qubits em um chip para milhões ou mais.

    “Assim como a fabricação moderna de chips permite que milhões de transistores sejam colocados em um chip comum, podemos obter milhões de qubits em um chip quântico”, disse Dzurak em entrevista à Bloomberg. “A computação quântica pode se tornar muito mais barata e acessível do que tecnologias concorrentes de qubit.”

    A Diraq afirma ter projetado chips de amostra que serão fabricados ainda este ano pela GlobalFoundries usando sua tecnologia de processo 22FDX Silicon-on-Insulator de 22nm. Se tudo correr como planejado, a empresa espera escalar a produção para atingir sua meta de um sistema completo de computação quântica até 2028. Não está claro se a Diraq pretende usar as fábricas da GlobalFoundries para a produção em massa.

    Viabilidade e testes já realizados

    Diraq e GlobalFoundries se unem para fabricar chips quânticos de silício

    No entanto, a empresa garante que a viabilidade de sua tecnologia já foi demonstrada usando dispositivos fabricados pelo instituto belga de pesquisa e desenvolvimento Imec (Interuniversity Microelectronics Center). Esses dispositivos, produzidos usando wafers padrão de 300 mm, demonstraram fidelidade de controle de qubit único de 99,9%, segundo a Diraq. A fidelidade é uma medida da eficiência de um computador quântico em realizar operações sem erros causados por ruído ou decoerência.

    Os dispositivos apresentavam um layout semelhante a trabalhos anteriores de membros da equipe Diraq, mas foram redesenhados e fabricados pelo Imec usando sua linha de produção de 300 mm.

    GlobalFoundries: Parceira de longo prazo

    Um porta-voz da GlobalFoundries informou que sua equipe técnica discute há anos projetos para qubits spin baseados em CMOS. “A tecnologia de transistor 22FDX da GF possui diversas vantagens que fazem com que os transistores funcionem extremamente bem em temperaturas criogênicas (1 kelvin ou -272.15 C°) e também sejam adequados para a criação de qubits spin.

    O chip que a Diraq está produzindo este mês, e que será fabricado pela GF, é o primeiro da parceria e se baseia em designs proprietários de circuitos de qubit e transistor da Diraq. A empresa receberá uma remessa de chips deste ciclo inicial de fabricação com a GF ainda este ano. Haverá uma série de chips futuros projetados pela Diraq que serão fabricados pela GF nos próximos anos, sob acordos comerciais de fornecimento padrão.”

    De acordo com o porta-voz, a GlobalFoundries seria fornecedora de longo prazo da Diraq para “ambos os qubits e chips eletrônicos clássicos usados para controlar e medir os chips de qubit – que também precisam operar a -272.15 C°.”

    O futuro da computação quântica: desafios e esperanças

    Diraq e GlobalFoundries se unem para fabricar chips quânticos de silício
    Imagem representativa

    Assim como os chips de ponto quântico de silício da Intel, os dispositivos da Diraq são projetados para operar em temperaturas criogênicas, ou seja, perto do zero absoluto. Recentemente, a Intel revelou um método para testar seus protótipos usando uma câmara criogênica grande o suficiente para acomodar um wafer de silício inteiro. No ano passado, a empresa também forneceu amostras de seu chip de teste Tunnel Falls de 12 qubits para instituições de pesquisa e universidades americanas avaliarem.

    É importante ressaltar que a Diraq não é a única startup australiana de computação quântica que busca inovação. Em 2022, a Archer Materials anunciou uma parceria com a GlobalFoundries para fabricar sua tecnologia de chip quântico, que, ao contrário da Diraq e da Intel, promete operar em temperatura ambiente. Essa possibilidade eliminaria a necessidade de resfriamento extremo, tornando a computação quântica mais acessível e viável para implementações práticas.

    Apesar do otimismo da Diraq e de outras empresas, o caminho para a computação quântica comercialmente viável ainda é longo. Os desafios técnicos persistem, e a correção de erros em sistemas com muitos qubits continua sendo um obstáculo significativo. Além disso, as aplicações práticas da computação quântica ainda estão sendo exploradas, e o impacto real dessa tecnologia em nosso cotidiano ainda é incerto.

    No entanto, a parceria entre a Diraq e a GlobalFoundries representa um passo importante na direção de tornar a computação quântica uma realidade. A capacidade de fabricar chips quânticos usando processos de produção padrão é crucial para reduzir custos e aumentar a escalabilidade. Se a Diraq conseguir alcançar sua meta de construir um sistema quântico “comercialmente relevante” dentro de cinco anos, isso poderá acelerar significativamente o desenvolvimento da computação quântica e abrir caminho para novas descobertas científicas e inovações tecnológicas.

    Fique ligado para atualizações:

    À medida que a Diraq e outras empresas continuam a desenvolver a tecnologia quântica, nós acompanharemos o progresso e vamos postar atualizações sobre as últimas descobertas e avanços nesse campo fascinante.

  • Mouthpad: Touchpad bucal permite que pessoas com paralisia usem computadores

    Mouthpad: Touchpad bucal permite que pessoas com paralisia usem computadores

    A Augmental, uma startup fundada por Tomás Vega, ex-aluno do MIT, apresenta o MouthPad, uma tecnologia revolucionária que promete transformar a maneira como pessoas com deficiência motora interagem com o mundo digital. O mundo da tecnologia está em constante evolução, e com ela, surgem soluções inovadoras que visam melhorar a vida de pessoas com diferentes necessidades.

    Tecnologia de ponta permite o controle de dispositivos eletrônicos usando a língua e a cabeça, o MouthPad é um dispositivo intraoral que se encaixa no céu da boca e utiliza um touchpad sensível à pressão para registrar os movimentos da língua. Através de sensores de movimento, esses movimentos são traduzidos em comandos para controlar o cursor e clicar em dispositivos eletrônicos como computadores, smartphones e tablets.

    Uma história de superação e inovação

    Mouthpad: Touchpad bucal permite que pessoas com paralisia usem computadores
    Créditos: Augumental

    A inspiração para o MouthPad surgiu da própria experiência de Vega. Aos 5 anos de idade, ele começou a gaguejar, o que o levou a buscar soluções tecnológicas para superar essa dificuldade. Foi nesse contexto que ele descobriu o poder da tecnologia para auxiliar pessoas com deficiência.

    Na Universidade da Califórnia em Berkeley e no MIT, Vega dedicou seus estudos ao desenvolvimento de tecnologias assistivas. Ele já havia criado dispositivos para auxiliar pessoas com deficiências nas mãos e na esclerose múltipla, mas o MouthPad representa um salto significativo em termos de funcionalidade e acessibilidade.

    Abrindo portas para a inclusão

    Mouthpad: Touchpad bucal permite que pessoas com paralisia usem computadores
    Créditos: Augmental

    O MouthPad oferece diversas vantagens para pessoas com deficiência motora, principalmente para aquelas que possuem limitações no uso das mãos. Com o dispositivo, elas podem navegar na internet, escrever mensagens, jogar, controlar dispositivos domésticos inteligentes e realizar diversas outras tarefas que antes eram impossíveis ou extremamente desafiadoras.

    Um dos principais benefícios do MouthPad é sua discrição. O dispositivo é praticamente invisível na boca, o que permite que os usuários o utilizem sem chamar a atenção. Isso contribui para a autoestima e o bem-estar das pessoas com deficiência, que muitas vezes se sentem constrangidas ou limitadas por suas condições.

    Testes e resultados promissores do Mouthpad

    O MouthPad já está sendo utilizado por diversas pessoas com deficiência motora, principalmente aquelas com lesão medular. Os resultados dos testes são animadores: os usuários relatam um aumento significativo na sua independência e autonomia, além de uma maior qualidade de vida.

    Um caso exemplar é o de uma estudante de matemática e ciência da computação com tetraplegia que utiliza o MouthPad para escrever fórmulas matemáticas e estudar na biblioteca. Antes do dispositivo, ela enfrentava dificuldades para realizar essas tarefas, o que limitava seu aprendizado e desenvolvimento.

    O futuro da tecnologia assistiva

    A Augmental está comprometida em aprimorar continuamente o MouthPad e expandir sua aplicação para outras áreas. A empresa busca obter a aprovação da FDA americana para que o dispositivo possa ser utilizado para controlar cadeiras de rodas e braços robóticos, o que abrirá ainda mais possibilidades para pessoas com tetraplegia e outras deficiências graves.

    Além disso, a empresa está trabalhando em uma nova versão do MouthPad que será capaz de responder a sussurros e movimentos ainda mais sutis dos órgãos internos da fala. Essa tecnologia será crucial para usuários que possuem perda ou comprometimento da função pulmonar.

    Um passo importante para a inclusão digital

    O MouthPad representa um marco importante na história da tecnologia assistiva. Ao oferecer uma interface intuitiva, discreta e eficaz para pessoas com deficiência motora, o dispositivo abre portas para a inclusão digital e social, permitindo que essas pessoas participem plenamente da sociedade e realizem seus sonhos.

    A história de Tomás Vega e da Augmental é um exemplo inspirador de como a tecnologia pode ser utilizada para transformar vidas. A perseverança, a criatividade e o compromisso com a inclusão são os pilares dessa iniciativa inovadora que tem o potencial de impactar positivamente a vida de milhões de pessoas em todo o mundo.

  • Apple é multada por coletar dados de usuários sem autorização

    Apple é multada por coletar dados de usuários sem autorização

    A recente multa aplicada à Apple pela Comissão de Comunicações Coreana (KCC) por coletar dados de localização dos usuários sem o devido consentimento gerou um turbilhão de questionamentos e debates sobre a privacidade de dados e as práticas de empresas de tecnologia. O valor da multa, 210 milhões de wons (aproximadamente US$ 153.000), pode parecer insignificante para uma gigante como a Apple, mas o significado por trás da decisão da KCC é muito mais profundo.

    Desvendando as motivações por trás da multa da Apple

    Apple é multada por coletar dados de usuários sem autorização
    Créditos: Tim Cook / Apple

    As razões pelas quais a Apple foi multada, enquanto o Google recebeu uma penalidade significativamente menor, ainda não estão completamente claras. A Apple se orgulha de sua postura proativa em relação à obtenção do consentimento do usuário para rastreamento de localização. O sistema operacional iOS apresenta diversas etapas que exigem autorização explícita para o uso desse tipo de dado.

    Essa aparente contradição levanta questionamentos sobre os critérios utilizados pela KCC para determinar as multas. A falta de transparência nesse processo gera dúvidas sobre a imparcialidade da decisão e abre margem para especulações sobre possíveis motivações políticas ou econômicas.

    A questão da segurança nacional e a proibição de iPhones nas forças armadas

    Apple é multada por coletar dados de usuários sem autorização
    Créditos: SurfShark

    Outro ponto intrigante nesse caso é a recente decisão da Coreia do Sul de banir o uso de iPhones nas Forças Armadas. Essa medida, que se estende a qualquer dispositivo com capacidade de gravação de voz que não permita a desativação do recurso por aplicativos de terceiros, levanta preocupações sobre a segurança nacional e a potencial espionagem por parte de potências estrangeiras.

    Embora a Apple tenha se esforçado para garantir a segurança dos dados dos usuários, a decisão do governo sul-coreano demonstra que ainda existem preocupações legítimas sobre a vulnerabilidade de dispositivos móveis a ataques cibernéticos e espionagem.

    A falta de punição para a Samsung e a transparência questionável do Android

    Apple é multada por coletar dados de usuários sem autorização

    A ausência de multa para a Samsung, principal fabricante de smartphones na Coreia do Sul e que utiliza o sistema operacional Android, gera ainda mais questionamentos. O Android é conhecido por sua postura menos transparente em relação às permissões de coleta e uso de dados de localização, o que torna ainda mais intrigante a decisão da KCC de não punir a empresa.

    Essa disparidade nas punições levanta suspeitas de favoritismo e falta de isonomia no tratamento das empresas. É possível que fatores como o peso da Samsung na economia sul-coreana e a influência política da empresa tenham influenciado a decisão da KCC.

    As implicações da multa e os desafios pela frente

    A multa aplicada à Apple na Coreia do Sul é um lembrete de que a questão da privacidade de dados é cada vez mais importante e que os governos estão tomando medidas para proteger seus cidadãos de práticas abusivas por parte das empresas de tecnologia.

    É provável que esse episódio incentive a Apple a revisar suas práticas de coleta de dados na Coreia do Sul para se adequar às regulamentações locais. Resta saber se outras empresas seguirão o mesmo caminho e se a Coreia do Sul implementará medidas mais abrangentes para proteger a privacidade digital de seus cidadãos.

    O futuro da privacidade de dados na Coreia do Sul e em todo o mundo ainda é incerto. É fundamental que haja um diálogo aberto e transparente entre governos, empresas de tecnologia e a sociedade civil para encontrar soluções que protejam os direitos dos indivíduos e permitam o desenvolvimento responsável da tecnologia.

    Pontos de Destaque:

    • A Apple foi multada na Coreia do Sul por coletar dados de localização dos usuários sem o devido consentimento.
    • As razões pelas quais a Apple foi multada, enquanto o Google recebeu uma penalidade menor, não estão claras.
    • A Coreia do Sul baniu o uso de iPhones nas Forças Armadas devido a preocupações com a segurança nacional.
    • A Samsung, principal fabricante de smartphones na Coreia do Sul, não foi multada pela KCC.
    • A multa à Apple levanta questões sobre a privacidade de dados e as práticas de empresas de tecnologia.
    • O futuro da privacidade de dados na Coreia do Sul e no mundo ainda é incerto.

    Conclusão:

    A multa da Apple na Coreia do Sul é um marco importante na luta pela privacidade de dados. É um sinal de que os governos estão tomando medidas para proteger seus cidadãos de práticas abusivas por parte das empresas de tecnologia. No entanto, ainda há muito a ser feito para garantir que haja transparência e equidade na aplicação das leis de privacidade de dados. A falta de clareza em torno da multa da Apple e a ausência de punição para a Samsung exigem uma revisão dos critérios utilizados pela KCC e um maior diálogo entre o órgão regulador e as empresas de tecnologia.

    Além disso, a proibição de iPhones nas Forças Armadas da Coreia do Sul indica que a segurança nacional continua sendo uma preocupação fundamental quando se trata de dispositivos móveis e coleta de dados. É necessário encontrar um equilíbrio entre privacidade do usuário e a capacidade do governo de proteger seus cidadãos.

    Olhando para o futuro, a multa da Apple pode servir como um catalisador para uma reforma mais ampla da privacidade de dados na Coreia do Sul. O país pode se tornar um modelo para outras nações que buscam regulamentar a coleta e uso de dados por empresas de tecnologia.

    No entanto, desafios significativos permanecem. A Apple precisará se adaptar às regulamentações locais, o que pode exigir mudanças em seu modelo de negócios global. Outras empresas de tecnologia também precisarão se adequar a um ambiente regulatório mais rigoroso na Coreia do Sul.

    Além disso, é fundamental que a Coreia do Sul incentive a colaboração internacional em questões de privacidade de dados. A natureza global da internet exige um esforço conjunto para garantir a proteção dos usuários em todo o mundo.

    Em última análise, a multa da Apple na Coreia do Sul é um passo na direção certa, mas apenas o primeiro de muitos. É necessário um comprometimento global com a privacidade de dados para garantir que a tecnologia sirva à humanidade, e não o contrário. Somente por meio de um diálogo aberto e colaborativo, governos, empresas e a sociedade civil podem construir um futuro digital que respeite a privacidade individual e promova a inovação responsável.

  • ASUS: Discretamente se tornando um gigante da tecnologia empresarial

    ASUS: Discretamente se tornando um gigante da tecnologia empresarial

    A ASUS, empresa taiwanesa mais conhecida por seus laptops e dispositivos Wi-Fi, está silenciosamente construindo um império no mercado de tecnologia empresarial e nuvem. Após grandes sucessos em seu país natal, a empresa começa a apresentar seus produtos e serviços ao mundo.

    Em entrevista com Jackie Hsu, vice-presidente sênior e co-chefe dos grupos de negócios de Plataforma Aberta e IoT da ASUS, durante a conferência Computex em Taiwan, o The Register teve a oportunidade de conhecer os planos ambiciosos da empresa.

    Hsu destacou o papel fundamental da empresa na construção do supercomputador Taiwania 2, uma máquina de nove petaflops que alcançou a 20ª posição na lista Top 500 de Supercomputadores em 2018. Mais recentemente, a empresa conquistou um contrato para auxiliar na construção do supercomputador Taiwania 4.

    A Asus não fica satisfeita com um truque só

    ASUS: Discretamente se tornando um gigante da tecnologia empresarial

    A ASUS não se limitou apenas à construção de supercomputadores. A empresa também construiu um data center para abrigar o Taiwania 4, alcançando um índice de eficiência de uso de energia (PUE) de 1,17 – um feito notável para qualquer instalação, especialmente em um local quente e úmido como Taiwan.

    Outro projeto inovador da empresa é o Formosa Foundation Model, um modelo de linguagem grande (LLM) com 176 bilhões de parâmetros, especialmente projetado para gerar texto com semântica do chinês tradicional. Hsu ressaltou a importância de LLMs treinados em dados de idiomas locais, considerando que a maioria dos modelos existentes é treinada em inglês americano.

    A empresa também possui uma linha de servidores, incluindo modelos básicos, nós para supercomputadores e servidores de IA, lançados recentemente na Computex. A empresa atua no mercado de servidores há anos, mas ainda não se consolidou como um player principal. No entanto, Hsu revelou que a ASUS já se envolveu com hiperescaladores que a consideraram como fornecedora para seus parques de servidores, demonstrando sua capacidade de produzir máquinas excepcionalmente eficientes em termos de energia.

    Ter apenas uma fonte de lucros é uma sentença na indústria

    ASUS: Discretamente se tornando um gigante da tecnologia empresarial

    Aproveitando seus diversos projetos e expertise, a ASUS agora oferece um pacote completo para seus clientes. Hsu mencionou ter dialogado com clientes que buscavam data centers com PUE de 1.17, característica que a ASUS domina, e também observou grande interesse no Formosa Foundation Model.

    O vice-presidente sênior salientou que a ASUS já firmou diversos contratos para projetar e construir sistemas substanciais para executar IA, oferecendo grande parte da pilha de software e hardware necessária para o trabalho.

    Hsu reconhece que o tamanho da ASUS como fabricante de servidores em comparação com seus rivais pode ser um obstáculo em termos de preço, mas acredita que os clientes valorizam a oferta completa da empresa.

    “Esta é definitivamente uma grande área de crescimento para nós”, declarou Hsu ao The Register.

    A ASUS segue em sua estratégia discreta, mas com ambições grandiosas. Com o tempo, Hsu espera que a empresa se torne um player mais significativo no mercado corporativo. A crescente demanda por computação e o interesse em IA abrem portas promissoras para o sucesso da ASUS, tanto em seu mercado doméstico quanto no cenário global.

    Pontos de destaque:

    • A ASUS está expandindo sua atuação para o mercado de tecnologia empresarial e nuvem, após grandes sucessos em Taiwan.
    • A empresa possui expertise na construção de supercomputadores, data centers e modelos de linguagem grande (LLMs).
    • Ela Oferece um pacote completo de soluções para seus clientes, incluindo hardware, software e serviços.
    • Apesar de ser um player menor no mercado de servidores, a empresa se destaca pela eficiência energética e pela oferta completa.
    • Também está otimista em relação ao seu crescimento neste mercado, aproveitando a demanda por computação e IA.

    A ASUS está se consolidando como um gigante silencioso no mundo da tecnologia empresarial. Com sua expertise em diversos campos, desde supercomputação até IA, e sua abordagem abrangente para oferecer soluções completas aos clientes, a empresa está bem posicionada para alcançar um sucesso significativo neste mercado em constante crescimento. O futuro da ASUS no cenário global da tecnologia empresarial parece promissor, e a empresa certamente continuará a surpreender com seus avanços inovadores.

  • Japão força Apple e Google a permitir lojas de aplicativos e pagamentos de terceiros

    Japão força Apple e Google a permitir lojas de aplicativos e pagamentos de terceiros

    O parlamento japonês aprovou uma lei que exigirá que a Apple e o Google permitam acesso a lojas de aplicativos e provedores de pagamento de terceiros em dispositivos que executam seus sistemas operacionais móveis.

    Apple vai ter que aguentar uma DMA 2.0 no mercado de smartphones japonês

    Japão força Apple e Google a permitir lojas de aplicativos e pagamentos de terceiros

    A Lei de Promoção da Concorrência para Software Específico para Smartphones foi aprovada pela câmara alta do Japão ontem e entrará em vigor assim que o Gabinete a sancionar, em algum momento nos próximos 18 meses.

    A lei permite que as autoridades locais nomeiem “provedores designados” de um determinado porte – atualmente alcançado apenas pela Apple e Google – e exija que esses provedores façam três coisas:

    • Permitir lojas de aplicativos de terceiros em seus dispositivos;
    • Permitir que os desenvolvedores de aplicativos usem serviços de cobrança de terceiros;
    • Habilitar os usuários a alterar as configurações padrão com procedimentos simples e oferecer telas de escolha para ferramentas como navegadores;

    E os proíbe de fazer mais três coisas:

    • Participar em qualquer forma de tratamento preferencial de seus serviços em relação aos dos concorrentes na exibição de resultados de pesquisa sem motivo justificável;
    • Usar dados adquiridos sobre aplicativos concorrentes para seus próprios aplicativos;
    • Impedir que os desenvolvedores de aplicativos usem recursos controlados pelo sistema operacional com o mesmo nível de desempenho que o usado pelos provedores designados.

    O último item da lista é um tiro certeiro na Apple, já que a gigante relutava em permitir que desenvolvedores terceirizados usassem o chip NFC em iPhones para pagamentos. Exigir o mesmo nível de acesso é um grande negócio – especialmente porque a não conformidade pode resultar em multas que representam “20% do faturamento relevante”.

    Os legisladores japoneses justificaram a lei por vários motivos, sendo o primeiro que o mercado de smartphones se tornou um oligopólio no qual os aspirantes a concorrentes têm muita dificuldade em se firmar – o que significa que os inovadores são desencorajados até mesmo de tentar entrar no mercado.

    A justificativa é que as leis antimonopólio existentes não são instrumentos úteis para regular o ecossistema de smartphones. “A autocorreção pelos mecanismos de mercado, como novas entradas, é difícil e leva um tempo extraordinariamente longo para demonstrar atividades anticompetitivas em resposta a casos individuais sob a Lei Antimonopólio”, afirma um esboço [PDF] da Lei publicado pela Comissão de Comércio Justo do Japão (JFTC).

    Por fim, a Comissão considera que, dadas as respostas legislativas internacionais – a Lei dos Mercados Digitais (DMA) da UE, a Lei de Mercados Digitais, Concorrência e Consumidores do Reino Unido e ações antitruste em andamento nos Estados Unidos com o objetivo de alcançar fins semelhantes – o Japão precisa ter sua própria legislação em vigor.

    À medida que implementa a lei, a JFTC buscará comentários de ministérios e agências relevantes sobre questões como segurança, privacidade e proteção de crianças. Conversas sobre segurança podem ser especialmente importantes, pois a lei dá espaço para que provedores designados afirmem que os planos de terceiros podem criar problemas de segurança e sugiram abordagens diferentes.

    A Apple às vezes argumentou que a segurança é uma grande preocupação se lojas de aplicativos de terceiros puderem acessar dispositivos iOS – mas cumpriu os requisitos para abrir seus dispositivos à concorrência sob o DMA.

    A mudança tectônica no mercado de smartphones japonês

    Japão força Apple e Google a permitir lojas de aplicativos e pagamentos de terceiros

    A recente aprovação de uma lei no Japão que exige que a Apple e o Google permitam lojas de aplicativos e pagamentos de terceiros marca um momento crucial para o futuro da indústria de smartphones no país. Essa lei inovadora, inspirada na Lei dos Mercados Digitais (DMA) da União Europeia, tem o potencial de remodelar a dinâmica do mercado, introduzindo maior concorrência, inovação e escolha para os consumidores japoneses.

    Um mercado mais aberto e competitivo

    No cerne da nova lei está a ambição de abrir o mercado de smartphones anteriormente fechado, dominado pela Apple e pelo Google. Ao permitir lojas de aplicativos e opções de pagamento alternativas, a lei abre caminho para novos participantes entrarem no mercado, desafiando o status quo e oferecendo aos consumidores mais opções. Essa maior concorrência deve estimular a inovação, levando a aplicativos e serviços mais criativos e benéficos para os usuários.

    Empoderando os consumidores

    Um dos principais benefícios da lei reside no empoderamento dos consumidores. Com mais opções de lojas de aplicativos e métodos de pagamento, os usuários não serão mais reféns dos ecossistemas controlados pela Apple e pelo Google. Essa liberdade de escolha permitirá que os consumidores explorem diferentes opções, selecionando as que melhor atendem às suas necessidades e preferências. Além disso, a lei visa proteger os consumidores de práticas anticompetitivas, como preços excessivos e falta de inovação.

    Desafios e implementação

    Apesar dos benefícios promissores, a implementação da nova lei também apresenta desafios. Um dos principais obstáculos reside na garantia da segurança e da privacidade dos usuários em um ambiente mais aberto. A JFTC, a Comissão de Comércio Justo do Japão, terá a responsabilidade crucial de supervisionar a implementação da lei e garantir que as medidas de segurança adequadas estejam em vigor para proteger os dados dos consumidores.

    Outro desafio reside na adaptação das empresas às novas regras. A Apple e o Google, em particular, precisarão fazer ajustes significativos em seus modelos de negócios para se adequar às exigências da lei. Resta saber como essas empresas responderão e quais serão as implicações de longo prazo para seus negócios.

    Conclusão

    A aprovação da lei que exige que a Apple e o Google permitam lojas de aplicativos e pagamentos de terceiros no Japão representa um passo significativo em direção a um mercado de smartphones mais aberto, competitivo e centrado no consumidor. Essa mudança tectônica tem o potencial de beneficiar usuários, desenvolvedores e a economia japonesa como um todo. No entanto, o sucesso da lei dependerá da efetiva implementação e da capacidade de superar os desafios relacionados à segurança, privacidade e adaptação das empresas. Os próximos meses serão cruciais para observar como essa nova lei se desenrola e molda o futuro do mercado de smartphones no Japão.

  • Ford reforça equipe secreta de veículos elétricos com talentos de Rivian, Tesla e Apple

    Ford reforça equipe secreta de veículos elétricos com talentos de Rivian, Tesla e Apple

    A área de veículos elétricos anda agitada recentemente, e a Ford está capitalizando em cima disso para fortalecer sua secreta equipe de EVs de baixo custo.

    Uma análise da TechCrunch feita em dados do LinkedIn revelou que a Ford expandiu essa equipe para cerca de 300 funcionários no último ano. Isso inclui aproximadamente 50 vindos da Rivian, mais de 20 da Tesla e uma dúzia da Canoo, empresa com problemas financeiros. A empresa também contratou cerca de 10 funcionários da Lucid Motors e alguns da equipe de veículos elétricos recentemente desmantelada da Apple, conhecida como Projeto Titan.

    Para trabalhar no projeto, a Ford ainda recrutou dois aerodinamicistas seniores de equipes de Fórmula 1.

    O crescimento da equipe secreta acontece em um momento em que a empresa, assim como suas rivais, busca maneiras de reduzir drasticamente o custo dos EVs para alcançar a Tesla e se defender da concorrência chinesa de baixo custo. “Todas as nossas equipes de EVs estão focadas implacavelmente em custo e eficiência em nossos produtos elétricos, porque a competição final será a Tesla acessível e as fabricantes chinesas”, disse o CEO Jim Farley em fevereiro, quando revelou o projeto em uma teleconferência com analistas.

    As contratações recém-divulgadas se juntam a um grupo que a empresa já havia reforçado com a aquisição da startup Auto Motive Power (AMP) no final de 2023. Essa equipe de mais de 100 pessoas foi incorporada à Ford para ajudar a avançar o trabalho em uma plataforma de veículo elétrico de baixo custo, destinada a equipar veículos de próxima geração que possam competir de verdade com a Tesla no mercado de massa.

    A empresa já estava expandindo a equipe antes da aquisição. O centro principal está localizado em Irvine, Califórnia, a mesma cidade reivindicada como sede pela Rivian. No segundo semestre de 2023, a Ford contratou cerca de doze ex-funcionários da Rivian, muitos deles engenheiros. Também trouxe a bordo o ex-diretor de operações de software da Canoo e um fabricante sênior. (A Canoo possui um grande escritório na vizinha Torrance, Califórnia.)

    As contratações se aceleraram no início de 2024, trazendo um engenheiro sênior de projeto mecânico que trabalhou na equipe de “gigafundição” da Tesla. Esse esforço envolve a criação da parte inferior de um veículo em apenas algumas peças grandes, em vez de soldar ou rebitar muitas outras, para simplificar o processo.

    Ford reforça equipe secreta de veículos elétricos baratos com talentos de Rivian, Tesla e Apple
    Créditos: Ford

    A decisão da Rivian de demitir 10% de sua força de trabalho em fevereiro também parece ter oferecido à Ford a oportunidade de adquirir talentos, já que a equipe de EVs Avançados contratou mais uma dúzia de engenheiros nos meses seguintes. A Ford também trouxe o ex-vice-presidente de engenharia da Canoo em maio.

    Mais recentemente, a Ford expandiu a presença da equipe em Palo Alto. Contratou engenheiros elétricos e gerentes de programa da operadora de veículos autônomos Nuro (que se reestruturou em 2023), Lucid Motors (que cortou 1.300 empregos no ano passado) e a startup de eVTOL Joby. Em maio e junho de 2024, também adicionou vários engenheiros do Projeto Titan ao escritório de Palo Alto.

    Pouquíssimas das novas contratações da Ford para o projeto no último ano vieram de fora do mundo dos carros elétricos. Aqueles que vieram tendiam a ser de startups de eVTOL como Joby, Archer e Supernal.

    A empresa se recusou a responder a perguntas específicas sobre como está construindo a equipe, conhecida internamente como Ford Advanced EV. Também observou que parte do trabalho realizado pela FAEV poderia ser aplicado a outros esforços da empresa, não necessariamente apenas ao projeto de veículos elétricos de baixo custo.

    “A equipe Ford Advanced EV faz parte de um esforço global para construir equipes focadas em tecnologia e desenvolvimento de produtos locais aos melhores centros de talento. Esta equipe está liderando o desenvolvimento de produtos e tecnologias revolucionárias para EVs”, disse Doug Field, diretor de EVs, digital e design da empresa, em comunicado à TechCrunch.

    Análise da contratação agressiva da Ford: Impacto e Estratégias

    Ford reforça equipe secreta de veículos elétricos baratos com talentos de Rivian, Tesla e Apple
    Créditos: Ford

    A investida da Ford na equipe secreta de EVs de baixo custo levanta questões interessantes sobre o futuro do mercado de veículos elétricos. Vamos analisar o impacto dessas contratações e as estratégias por trás delas.

    Impacto:

    • Aceleração do desenvolvimento: A adição de centenas de engenheiros talentosos, vindos de empresas líderes em EVs como Tesla e Rivian, sem dúvida acelerará o desenvolvimento da plataforma de EVs de baixo custo da Ford. A experiência desses profissionais em projetos elétricos inovadores pode contribuir significativamente para a criação de um veículo competitivo.
    • Acesso a tecnologias avançadas: Ao atrair talentos que trabalharam em conceitos como “gigafundição” da Tesla, a Ford pode obter uma vantagem tecnológica. Isso pode se traduzir em processos de fabricação mais eficientes e veículos com melhor desempenho e alcance.
    • Redução de custos: A experiência coletiva da equipe recém-formada deve auxiliar a Ford na busca por soluções que reduzam o custo final do veículo elétrico. Isso é crucial para competir com a Tesla e as fabricantes chinesas que estão entrando no mercado com EVs acessíveis.
    • Fortalecimento da posição no mercado: Com uma equipe especializada e focada, a Ford tem a chance de se consolidar como uma player importante no segmento de EVs de massa. O sucesso desse projeto pode mudar o panorama do mercado e atrair mais consumidores para a marca Ford.

    Estratégias:

    • Caça talentos agressiva: A Ford demonstrou sua seriedade na corrida dos EVs ao mirar ex-funcionários de empresas líderes no setor. Aproveitando-se de reestruturações e demissões na concorrência, a Ford conseguiu atrair profissionais experientes.
    • Centros de desenvolvimento estratégicos: A escolha de Irvine, Califórnia, como sede principal coloca a Ford próxima a Rivian e aproveita o ecossistema de tecnologia local. A expansão para Palo Alto permite acesso a talentos de empresas como Tesla e startups de eVTOL.
    • Aquisição estratégica: A compra da AMP forneceu à Ford uma base sólida para o projeto, com engenheiros especializados em EVs de baixo custo.
    • Confidencialidade: Manter a equipe em segredo permite à Ford trabalhar sem muita interferência e especulação. Isso pode ser vantajoso para evitar vazamentos de tecnologia e estratégias.

    Desafios:

    Apesar das vantagens, a Ford também enfrenta alguns desafios:

    • Integração da equipe: Reunir centenas de novos funcionários de diversas origens exigirá um esforço significativo para promover a integração e o compartilhamento de conhecimento.
    • Cultura corporativa: Integrar a mentalidade ágil e inovadora de startups como Tesla na cultura tradicional da Ford pode ser um obstáculo.
    • Pressão para entregar resultados: A expectativa do mercado é alta, e a empresa precisará entregar um produto competitivo e acessível para justificar o investimento pesado na equipe.

    Conclusão

    A contratação agressiva da Ford para sua equipe secreta de EVs de baixo custo é uma jogada ousada com o potencial de mudar o cenário do mercado. O sucesso dependerá da capacidade da empresa de integrar talentos, inovar e entregar um produto que atenda às necessidades dos consumidores. Somente o tempo dirá se a estratégia será suficiente para alcançar a Tesla e outras fabricantes que dominam o segmento atualmente.

  • Microsoft aposenta DirectAccess e recomenda Always On VPN para acesso remoto seguro

    Microsoft aposenta DirectAccess e recomenda Always On VPN para acesso remoto seguro

    A Microsoft anunciou a aposentadoria do DirectAccess, solução de acesso remoto presente desde o Windows 7, em versões futuras do Windows. A empresa recomenda a migração para o Always On VPN, que oferece maior segurança, suporte contínuo e mais flexibilidade.

    DirectAccess em declínio:

    Microsoft aposenta DirectAccess e recomenda Always On VPN para acesso remoto seguro

    O DirectAccess, lançado no Windows 7 e Windows Server 2008 R2, permitia aos usuários remotos uma conexão “always on” à rede corporativa sem a necessidade de VPNs tradicionais. Era utilizado por funcionários remotos que precisavam de acesso constante à rede e por administradores de TI que gerenciavam dispositivos fora do local.

    A Microsoft está aposentando o DirectAccess por diversas razões, principalmente devido à evolução das tecnologias de acesso remoto e à necessidade de soluções mais seguras e flexíveis. Vamos analisar os principais motivos:

    1. Segurança Aprimorada:

    • O DirectAccess utiliza protocolos VPN mais antigos (IKEv1 e SSL/TLS), considerados menos seguros do que os protocolos modernos presentes no Always On VPN (IKEv2 e SSTP).
    • O Always On VPN oferece suporte nativo à autenticação multifator (MFA), uma camada adicional de segurança crucial para proteger o acesso remoto.

    2. Maior Flexibilidade:

    • O DirectAccess funciona apenas com dispositivos Windows e requer que os clientes sejam membros do domínio.
    • O Always On VPN é compatível com uma gama mais ampla de plataformas, incluindo Windows, macOS, iOS, Android e Linux, e funciona com dispositivos dentro e fora do domínio.

    3. Suporte Contínuo:

    • O DirectAccess não está mais em desenvolvimento ativo, o que significa que não receberá novas atualizações de segurança ou recursos.
    • O Always On VPN é uma solução em constante evolução, com novos recursos e melhorias de segurança sendo lançados regularmente.

    4. Melhorias na Experiência do Usuário:

    • O Always On VPN oferece uma experiência de conexão mais rápida e confiável do que o DirectAccess, com melhor gerenciamento de largura de banda e menor latência.
    • O Always On VPN permite maior controle granular sobre o acesso à rede, permitindo que os administradores definam quais aplicativos e serviços podem ser acessados remotamente.

    5. Simplificação da Gerenciamento:

    • O Always On VPN é mais fácil de gerenciar e configurar do que o DirectAccess, utilizando ferramentas e tecnologias de gerenciamento modernas como o Windows PowerShell e o Microsoft Intune.

    Em resumo, a Microsoft aposentou o DirectAccess para oferecer uma solução de acesso remoto mais moderna, segura, flexível e fácil de gerenciar. O Always On VPN garante que as empresas estejam preparadas para o futuro do acesso remoto, com melhor proteção, controle e experiência do usuário.

    Always On VPN: a alternativa moderna e segura:

    Microsoft aposenta DirectAccess e recomenda Always On VPN para acesso remoto seguro

    O Always On VPN, sucessor do DirectAccess, foi introduzido no Windows Server 2016 e Windows 10, e está presente em versões subsequentes. Oferece diversas vantagens, como:

    • Segurança aprimorada: Suporta protocolos VPN modernos como IKEv2 e SSTP, além da autenticação multifator (MFA) para maior proteção.
    • Maior controle: Permite aos administradores definir quais aplicativos e serviços podem usar a conexão VPN.
    • Flexibilidade: Funciona com dispositivos dentro e fora do domínio, oferecendo mais opções de acesso.

    Migração para o Always On VPN: um processo bem tranquilo

    A Microsoft recomenda que as empresas migrem para o Always On VPN o mais rápido possível para evitar interrupções e garantir a segurança contínua. Um guia oficial de migração detalhado está disponível na própria plataforma de aprendizado “Learn” da microsoft, fornecendo instruções passo a passo, incluindo:

    • Emissão de certificados para clientes.
    • Scripts do PowerShell para configurar a VPN.
    • Gerenciamento com o Intune.
    • Monitoramento de problemas.

    Após a migração:

    Microsoft aposenta DirectAccess e recomenda Always On VPN para acesso remoto seguro
    Créditos: Barry Bros Security

    Após concluir a migração para o Always On VPN, é necessário remover a função do servidor DirectAccess no Gerenciador de Servidor, atualizar os registros DNS e desativar o servidor do Active Directory.

    A aposentadoria do DirectAccess marca o fim de uma era para o acesso remoto no Windows. O Always On VPN surge como a solução moderna e segura, oferecendo maior proteção, controle e flexibilidade para as empresas. A migração para o Always On VPN garante que as empresas estejam preparadas para o futuro do acesso remoto.

    Recomendações:

    • Leia o guia oficial de migração da Microsoft para o Always On VPN.
    • Comece a planejar e implementar sua migração para o Always On VPN o mais rápido possível.
    • Entre em contato com um parceiro da Microsoft para obter ajuda na migração para o Always On VPN.

    Ao seguir estas etapas, as empresas podem garantir uma migração tranquila e desfrutar dos benefícios de uma solução de acesso remoto moderna e segura.

  • Diga adeus ao AdBlock: Youtube pode forçar propagandas diretamente nos vídeos

    Diga adeus ao AdBlock: Youtube pode forçar propagandas diretamente nos vídeos

    O YouTube está testando um novo método de inserção de anúncios chamado SSAI (Server-Side Ad Insertion), que coloca os anúncios diretamente no fluxo do vídeo, antes mesmo de chegar ao seu dispositivo. Essa mudança, embora pareça simples, cria um obstáculo significativo para ferramentas como o SponsorBlock, que dependem de timestamps precisos para identificar e pular segmentos de anúncios.

    A situação do Youtube

    Diga adeus ao AdBlock: Youtube pode forçar propagandas diretamente nos vídeos
    Créditos: Youtube

    Tradicionalmente, os anúncios eram inseridos no lado do cliente (seu dispositivo) em pontos predefinidos do vídeo. O SponsorBlock utiliza timestamps coletados pela comunidade para marcar e pular esses segmentos de anúncios. No entanto, com o SSAI, os anúncios são inseridos no lado do servidor (nos servidores do YouTube), antes mesmo de o vídeo chegar ao seu dispositivo. Isso desloca o conteúdo original do vídeo, alterando os timestamps originais e tornando-os imprecisos.

    Para combater esse problema, o SponsorBlock implementou uma medida temporária: detectar envios de usuários que estão usando navegadores afetados pelo SSAI e rejeitá-los. Essa ação evita que o banco de dados do SponsorBlock seja preenchido com timestamps incorretos.

    No entanto, essa é apenas uma solução paliativa. A longo prazo, o SponsorBlock e a comunidade de usuários precisam encontrar maneiras de se adaptar ao SSAI. Algumas soluções possíveis incluem:

    • Adaptação da Comunidade: A comunidade do SponsorBlock pode se organizar para coletar timestamps específicos para vídeos afetados pelo SSAI. Isso criaria um sistema de timestamps de duas partes: um para a versão pré-SSAI e outro para a versão SSAI.
    • Detecção de SSAI: O SponsorBlock pode explorar maneiras de detectar SSAI no lado do cliente. Isso pode envolver a análise do comportamento de reprodução de vídeo ou a comunicação com os servidores do YouTube. Se o SSAI for identificado, a ferramenta poderá ajustar seu processamento de acordo.
    • Colaboração com o YouTube: O cenário ideal seria a colaboração entre o SponsorBlock e o YouTube. O YouTube poderia fornecer algum sinal ou metadado dentro do fluxo de vídeo para indicar a presença e a duração dos anúncios inseridos no lado do servidor. Isso permitiria que o SponsorBlock ajustasse os timestamps com precisão.

    A polêmica em torno do SSAI e o futuro dos SponsorBlocks

    Diga adeus ao AdBlock: Youtube pode forçar propagandas diretamente nos vídeos

    A introdução do SSAI pelo YouTube certamente gerará controvérsia, e as implicações para o SponsorBlock e para a comunidade de usuários em geral são multifacetadas. Vamos analisar alguns dos pontos que provavelmente alimentarão o debate:

    Impacto na Experiência do Usuário:

    • Frustração com Anúncios: O SSAI pode tornar os anúncios mais difíceis de pular, pois os timestamps tradicionais do SponsorBlock não funcionarão mais. Isso pode gerar frustração entre os usuários que dependem da ferramenta para evitar anúncios intrusivos.
    • Preocupações com Privacidade: Alguns usuários podem levantar preocupações sobre a coleta e o uso de dados pelo YouTube com o SSAI. A inserção de anúncios no lado do servidor pode gerar mais oportunidades para o YouTube coletar dados sobre o comportamento de visualização dos usuários, o que pode levar a preocupações com privacidade.

    Efeitos no SponsorBlock:

    • Futuro Incerto: A viabilidade do SponsorBlock a longo prazo pode ser questionada se o SSAI se tornar a norma. A comunidade precisará se adaptar significativamente para encontrar maneiras de contornar os desafios impostos pelo SSAI.
    • Potencial Divisão: A comunidade do SponsorBlock pode se dividir entre aqueles que defendem a adaptação ao SSAI e aqueles que resistem à mudança e buscam alternativas. Isso pode fragmentar a comunidade e enfraquecer o impacto geral do SponsorBlock.

    Possíveis Respostas:

    • Diálogo com o YouTube: É crucial que o SponsorBlock e a comunidade se engajem em um diálogo aberto com o YouTube para entender melhor as motivações por trás do SSAI e explorar soluções potenciais que beneficiem tanto a plataforma quanto os usuários.
    • Desenvolvimento de Soluções Alternativas: A comunidade de desenvolvedores pode buscar alternativas ao SponsorBlock que sejam menos afetadas pelo SSAI. Isso pode incluir ferramentas que utilizem diferentes métodos para identificar e pular anúncios.
    • Empoderamento do Usuário: É importante que os usuários estejam cientes das implicações do SSAI e das ferramentas disponíveis para gerenciar sua experiência de visualização. O SponsorBlock e outras ferramentas semelhantes podem continuar a ter um papel importante em dar aos usuários mais controle sobre o que assistem e como assistem.

    O SSAI é uma mudança significativa que terá um impacto no YouTube, no SponsorBlock e na comunidade de usuários em geral. A controvérsia em torno dessa mudança é inevitável, e o futuro do SponsorBlock dependerá da capacidade da comunidade de se adaptar e encontrar soluções inovadoras. O diálogo aberto com o YouTube, o desenvolvimento de soluções alternativas e o empoderamento do usuário serão essenciais para navegar nesse novo cenário e garantir que a experiência de visualização de vídeos permaneça agradável e livre de interrupções indesejadas.