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  • Lucas: “Investir em ferrovia vai acelerar produção e desenvolvimento de Mato Grosso”, avalia deputado

    Lucas: “Investir em ferrovia vai acelerar produção e desenvolvimento de Mato Grosso”, avalia deputado

    O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), participou, na segunda-feira (19), de reunião com o governador Mauro Mendes (DEM), no Palácio Paiaguás, para avaliação da apresentação de um edital público para construção de ferrovia estadual que vai ligar os municípios de Rondonópolis à capital Cuiabá e às cidades de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, no norte do estado por meio de dois ramais.

    Max, que esteve presente na assinatura da ordem de serviço para a elaboração de projetos e execução do Contorno Norte de Cuiabá e Várzea Grande, no sábado (17), com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, onde foi garantido o início dos serviços para a elaboração de projetos e execução da obra conhecida como rodoanel, aproveitou a oportunidade para pedir que o governo federal agilize a chegada dos trilhos da Ferrovia Senador Vicente Vuolo, a Ferronorte, até Cuiabá – para impulsionar o desenvolvimento logístico de Mato Grosso.  “Quando melhoramos a logística de nosso estado, damos condições ao nosso produtor, aprimoramos a balança comercial do país e damos melhores condições de vida ao nosso povo”, justificou o parlamentar, que ainda no sábado cobrou do ministro Tarcísio mais agilidade do governo federal para a conclusão da Ferronorte. “Ele nos garantiu que em agosto deste ano as obras terão início. Precisamos nos conectar aos grandes centros”, avaliou.

    A Rumo, empresa responsável pela concessão da ferrovia federal que liga Rondonópolis  ao porto de Santos (SP), já manifestou interesse no projeto que envolve um trajeto de cerca de 730 quilômetros.

    Segundo o governo mato-grossense, o projeto tem previsão de ser concluído em sete anos e deve envolver investimentos da ordem de 12 bilhões de reais. A licitação usará o modelo de regime privado, por meio do qual o investidor assume todo o risco do projeto. A concessão terá prazo de 45 anos de operação.

    Conforme já noticiado pelo CenárioMT, hoje, a concessão da ferrovia que liga Sudeste e Centro-Oeste é da Rumo Logística. São 755 km de extensão, passando pelos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, ligando Santa Fé do Sul (SP) à Rondonópolis. Desde 2020, a Rumo vinha indicando interesse em participar de uma extensão da malha ferroviária em Mato Grosso, para interligar regiões do estado à malha federal.

    O presidente Max Russi reforçou a parceria integral do Parlamento às ações de melhorias das estradas mato-grossenses e assegurou recursos da ALMT como complemento do aporte financeiro para a efetivação das obras de infraestrutura. Parabenizou a união entre os poderes e ressaltou que o estado é o principal produtor de soja no país e primeiro na produção de grãos. “Investimentos na infraestrutura de ferrovias são essenciais para baixar custos de produtos e aumentar as exportações nacionais”, concluiu o presidente da Assembleia.

  • Governo de MT e Federal vão investir R$ 204,9 milhões para retomar obras do Rodoanel

    Governo de MT e Federal vão investir R$ 204,9 milhões para retomar obras do Rodoanel

    O governador Mauro Mendes e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, assinaram neste sábado (17.07) a ordem de início de serviço que vai retomar a elaboração de projetos e execução da obra do Contorno Norte de Cuiabá e Várzea Grande, conhecido como Rodoanel, paralisada desde 2006. O investimento será de R$ 204,9 milhões, com recursos oriundos do Estado e da União.

    Também assinaram a ordem de serviço o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Antônio Leite dos Santos Filho, e os representantes do Consórcio MT Sul – SBS Engenharia – Future ATP – Vereda, durante evento no Palácio Paiáguas.

    De acordo com Mauro Mendes, retomar tão importante obra para a região Metropolitana de Cuiabá é mais um resultado das medidas adotadas logo no início da gestão, de implantação de uma agenda fiscal dura e de recuperação fiscal, que pudesse reequilibrar as contas do Governo do Estado.

    “Essas dificuldades apareceram e superamos. Por isso estamos aqui dando ordem de serviço e tenho certeza de que daqui a um tempo estaremos lá, comemorando essa obra pronta. O Governo tem feito um esforço gigantesco para consertar o Estado.  Essa é uma obra que começou lá em 2006, teve muitas confusões e estamos aí, olha que coisa vergonhosa, 15 anos depois. Uma vergonha para todos nós e para todo o Brasil. É uma obra impactante e importante, que vai ter um olhar muito especial para que o prazo e qualidade sejam cumpridos”, afirmou o governador.

    A ordem de serviço prevê a elaboração dos projetos básico e executivo de engenharia, além de obras de melhoria viária e de artes especiais, em uma extensão de 21,5 quilômetros da BR-163/364, em Várzea Grande, até o entroncamento da MT-251, em Cuiabá.  Este é o primeiro lote de obras do Rodoanel, que vai melhorar a trafegabilidade na região metropolitana de Cuiabá, segundo Mendes.

    “Essa obra será uma das mais importantes obras estruturantes para Cuiabá e Várzea Grande. É uma obra que muito provavelmente daqui a 50 anos teremos certeza de que todos que estão atuando para que ela aconteça terão o orgulho de saber a importância e o impacto que ela vai trazer na vida de todos que vivem aqui no complexo Cuiabá – Várzea Grande e milhões de pessoas que passarão de maneira mais tranquila e segura por esse anel viário que estamos construindo”, disse o governador.

    Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, a emissão da ordem de serviço de mais uma obra em Mato Grosso é fruto da importante relação que a atual gestão do Governo do Estado tem junto ao Governo Federal, que percebe o crescimento do Estado e seu grande potencial econômico.

    Situação que possibilita, segundo o ministro, a aplicação de vultosos investimentos em obras rodoviárias. Somente para a retomada das obras do Rodoanel, aproximadamente R$ 73 milhões já foram destinados pela União e estão na conta do Governo do Estado. Os recursos complementares a serem investidos pelo Estado também já estão assegurados.

    “A pujança dessa cidade e a grandeza do Estado precisam da BR-163 adequada às condições de tráfego e de demanda. O grande passo está sendo dado hoje. Os Governos Federal e Estadual estão empenhados e vão caminhar de braços dados. Essa parceria vai render muitos frutos. E assim as soluções vão sendo construídas. Essa é uma visita de resultados, de esperança e que vai trazer transformações para Mato Grosso. Aqui temos um Brasil que dá certo. Parabéns, governador, por mais essa obra, essa conquista que vai ser feita em parceria com o Governo Federal. Uma parcela importante do dinheiro já está na conta e parabenizo a todos por essa grande realização”, disse o ministro.

    O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, lembrou que a retomada das obras só foi possível em razão do grande trabalho para adequação de anteprojeto e para esclarecimentos das dúvidas do Tribunal de Contas da União, que já havia determinado a suspensão de outros contratos e licitações, sob a alegação de irregularidades e inconsistências, que tentaram retomar a obra.

    “Em 2006 foi iniciada a obra; em 2011 assinou o convênio e em 2013 licitou e contratou o novo projeto para concluir a obra. Porém, o TCU apontou indícios de ilegalidades processuais e sobrepreço e a obra foi novamente paralisada. Em 2015, o contrato foi rescindido. Em 2017, apresentaram um novo conceito de qualidade da obra, quando o DNIT aceitou o anteprojeto. Já em 2019, assumimos a atual gestão e seguimos as determinações do DNIT. Licitamos, esclarecemos todas as dúvidas e solicitações da auditoria do TCU uma dezena de vezes. Tudo isso para que, hoje, pudéssemos estar aqui dando início a essa obra”, esclareceu Marcelo de Oliveira.

    Ainda segundo o secretário, além do esforço de proporcionar toda lisura e transparência na contratação da obra, ainda foi possível obter uma importante  economia de recursos públicos aos cofres do Estado.  “Quero ressaltar que todas as dúvidas levantadas pelo TCU, a Sinfra respondeu. Não deixamos nenhum questionamento sem resposta. E ainda conseguimos, na licitação, obter a economia. A obra estava orçada em R$ 237 milhões e tivemos economia de aproximadamente R$ 33 milhões.  Mais um resultado do trabalho do Governo e Mato Grosso”, afirmou.

    Ao todo, o projeto do Rodoanel prevê a  implantação de 21,5 quilômetros do trecho da BR-163/364 e duplicação da pista em pavimento rígido. Em razão dessa duplicação, também deverão ser construídos dois viadutos na BR-163/364, dois viadutos na MT-010 e duas pontes sobre o Rio Cuiabá. Também está prevista a construção de uma trincheira na Avenida Antártica e três retornos/passagens em desnível. A execução de todas obras somente se iniciará após a aprovação dos projetos de engenharia pela Sinfra.

    Representando o consórcio executor das obras, Márcio Bozetti assegurou que vai cumprir todas as exigências de prazo e, acima de tudo, de qualidade da obra. “Estamos felizes em participar desse projeto e engajados nessa construção primordial na ligação dos municípios e de todo o trafego pesado que passa dentro de Várzea Grande. Mato Grosso é um grande estado, um grande produtor. Acreditamos muito nesse Estado. Sabemos do nosso compromisso e vamos fazer uma obra com qualidade, segurança e respeito ao cidadão, além de aliar tecnologia à engenharia”, encerrou.

    Diretamente beneficiado pela obra, o município  de Várzea Grande vai ter um salto de desenvolvimento, segundo o prefeito Kalil Baracat, que considera essa a maior obra de infraestrutura já executada pelo Governo de Mato Grosso na região.  Isso porque vai desafogar o trânsito de veículos de carga que circulam pelo perímetro urbano de  Várzea Grande, já que todo o tráfego pesado da Rodovia dos Imigrantes (MT-040) terá outra rota pelas rodovias federais.

    “Quero parabenizar o governador. Uma obra importante para Cuiabá e Várzea Grande. Vai dar mobilidade urbana para ambas as cidades. Temos um tráfego bem pesado na Rodovia dos Imigrantes e essa obra vai ajudar muito. Com isso, teremos melhor mobilidade urbana agregada à nossa cidade. Isso se deve à grande gestão que o governador Mauro Mendes está fazendo em Mato Grosso. Reequilibrou as financias e está investindo em Mato Grosso. Só tenho a agradecer a todos vocês que estão olhando para a região metropolitana, inclusive Várzea Grande, com obras que vão melhorar a qualidade de vida do cidadão várzea-grandense”, ressaltou o prefeito.

    Também participaram do evento o secretário nacional de Transportes Terrestres Marcello Costa, e os senadores Carlos Fávaro e Wellington Fagundes, além do deputado federal Neri Geller.

    Participaram ainda os secretários Mauro Carvalho (Casa Civil), Laíce Souza (Secom) e César Miranda (Sedec), Jordan (Gabinete do Governo) e os presidentes Werner Santos (MT Par) e Alberto Nespoli (Ager).Também estiveram presentes os deputados estaduais Max Russi, Wilson Santos, Xuxu Dalmolin, Dr. Gimenez e Ondanir Bortolini, além de vereadores e outras autoridades.

  • Em evento sobre ferrovia, ministro volta a citar Lucas do Rio Verde sobre investimentos

    Em evento sobre ferrovia, ministro volta a citar Lucas do Rio Verde sobre investimentos

    O ministro de Infraestrutura do Brasil, Tarcísio Freitas, voltou a fazer referência a Lucas do Rio Verde sobre investimento em ferrovia. Freitas prestigiou nesta segunda-feira (12) em Contagem, a entrega oficial da 500ª locomotiva de corrente alternada (AC44) produzida no Brasil.

    No discurso, o ministro destacou a importância das ferrovias para o desenvolvimento do país. Em determinado momento, Freitas mencionou Lucas do Rio Verde e a previsão do município receber três ferrovias. “A primeira autorização que nós vamos dar será da extensão da Ferronorte, de Rondonópolis a Lucas do Rio Verde. A agência já está informada disso, nós já colocamos isso como prioridade”, anunciou o ministro.

    “Eu imagino que Lucas do Rio Verde será o grande entroncamento ferroviário do Brasil, de onde vai nascer a Ferrogrão, chegando até Miritituba, a Ferronorte, passando depois por Rondonópolis até Aparecida do Tabuado, onde ela se liga à malha paulista, e a Fico, que vai começar em Lucas do Rio Verde e vai terminar lá em Ilhéus”, completou.

    Balanço

    Ao fazer um balanço dos investimentos realizados no transporte ferroviário pelo Governo Federal nos últimos dois anos e meio, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que o acréscimo de oferta será transformado em ganho de produtividade e de eficiência, em redução de custos e em mais investimentos e emprego.

    “Nossa missão aqui hoje é plantar para o Brasil colher, fazer com que mais ferrovias nasçam, mais locomotivas apareçam, mais empresas entreguem e invistam. Não vai parar na 500ª locomotiva, muito em breve virá a 1.000ª. A indústria ferroviária está ressurgindo porque nós resolvemos apostar em ferrovias”, destaca. “Essa [locomotiva] muito em breve estará na ferrovia Norte-Sul, puxando grãos de Rio Verde ao Porto de Santos, e a gente fica muito feliz de ver isso”, ressalta o ministro.

    Reequilíbrio do Transporte

    “Com a participação da iniciativa privada, estamos avançando em nosso programa de investimentos para balancear a matriz de transportes, o que resultará em redução dos custos de transporte e nos dará mais competitividade “, afirma. “Neste desafio de reequilibrar a matriz do transporte estamos indo bem. Estamos plantando e quem vai colher será o Brasil. [O modal ferroviário] Vai pular de 15 para 36% da matriz de transporte até 2035. Se tivermos ferrovias autorizadas, chegará a 40%”, projeta o ministro.

    O Ministério da Infraestrutura (MInfra) já assegurou mais de R$ 31 bilhões de investimentos contratados para as ferrovias brasileiras. Os recursos serão utilizados na ampliação da malha ferroviária do país. Conforme o titular da Infraestrutura, há investimentos em andamento nas ferrovias Norte-Sul, Malha Paulista e de Integração Oeste-Leste (FIOL), entre Ilhéus e Caetité, na Bahia – esse trecho teve a concessão leiloada no primeiro semestre do ano. Em Goiás, começará em breve a construção do lado oeste, com a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico): o Ibama já concedeu nova licença de instalação para as obras, a serem realizadas pela Vale S/A e a Valec, possivelmente a partir de agosto.

  • Ferrogrão: entenda sobre o projeto de ferrovia que promete impulsionar o escoamento de grãos pelo Norte, mas enfrenta impasse legal

    Ferrogrão: entenda sobre o projeto de ferrovia que promete impulsionar o escoamento de grãos pelo Norte, mas enfrenta impasse legal

    O bilionário projeto logístico do governo federal para expandir a malha ferroviária e impulsionar o escoamento de grãos do Centro-Oeste pelos portos do Arco Norte tenta prosperar em meio a questionamentos legais. O Ministério da Infraestrutura (Minfra) aposta que o leilão para concessão da Ferrovia Ferrogrão EF-170 deve acontecer em breve, apesar dos entraves judiciais que barram o andamento do plano.

    Há um ano, o projeto foi encaminhado para análise do Tribunal de Contas da União (TCU), passo essencial para que o edital do leilão possa ser publicado. Ocorre que os trâmites relacionados ao projeto foram suspensos em março pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    A promessa é de que a construção da ferrovia consolide, a longo prazo, um corredor logístico capaz de reduzir distâncias e aliviar o bolso de quem paga para exportar produtos como soja e milho, tendo em vista que a estimativa é de recuo de 30% a 40% no preço do frete.

    A estrada de ferro também deve ajudar a diminuir as emissões de carbono quando assumir o papel desempenhado por caminhões movidos a diesel, que atualmente realizam o transporte de grãos pela BR-163. Conforme o Poder Executivo, a Ferrogrão também tem potencial para obter o “selo verde” e seguir os parâmetros da Climate Bond Initiative (CBI), organização internacional que certifica iniciativas sustentáveis.

    O projeto da ferrovia, que vem sendo discutido há mais de quatro anos e é muito aguardado pelo setor do agronegócio, faz parte do Programa de Parceria de Investimentos (PPI). O valor estimado do investimento é de R$ 12 bilhões. Os recursos serão injetados pela iniciativa privada e o prazo de concessão é de 69 anos.

    Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), caso o cronograma de publicação do edital siga o curso previsto, o contrato que permite colocar o trem nos trilhos pode ser assinado já no primeiro semestre de 2022. Assim, a expectativa do governo é de que a EF-170 esteja em operação daqui a dez anos.

    “Quanto maior a produtividade agrícola nessa região, mais viável é a ferrovia. E já temos a declaração pública de investidores interessados em estudar a ferrogrão, ou seja, não é um objetivo só do governo, mas a iniciativa privada vê isso e o governo federal trabalha com essa estratégia de repassar ativos à iniciativa privada, pois vivemos um momento de escassez de recursos públicos que não vai se resolver tão cedo. Prevendo isso, o objetivo do estado é garantir uma infraestrutura boa, estável e que não demande recursos públicos que precisam ir à educação, saúde e segurança”, argumenta Rose Hofmann, secretária de Apoio ao Licenciamento Ambiental e à Desapropriação do PPI.

    Os 933 quilômetros da Ferrogrão irão acompanhar o traçado da BR-163. Os trilhos da ferrovia vão ligar o município de Sinop (MT) ao distrito de Miritituba (PA), nas margens do rio Tapajós. Com isso, em vez de caminhões, os grãos passarão a chegar ao local em vagões de trem e em maior quantidade. Atualmente, cerca de 70% do escoamento da safra mato-grossense de soja e milho é feita por portos do sul e sudeste, apesar de estarem localizados a mais de dois mil quilômetros da origem.

    A assessora técnica da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Elisângela Lopes, avalia que o envio de produtos agrícolas aos portos do sul e sudeste resulta em altos custos de frete, situação que pode ser atenuada com a melhoria da infraestrutura para fazer o escoamento pelo Norte do país.

    “Pelo Arco Norte, a gente só transporta 31,9% do que é produzido nessas regiões de novas fronteiras agrícolas, que inclui o centro-norte do país, em especial Mato Grosso, que é o maior produtor de soja e milho. Então há uma necessidade latente de se aumentar a infraestrutura de acesso a esses terminais e portos de forma que a gente possa ter um desempenho melhor no sentido de transportar esses produtos para os terminais que estão mais próximos a eles, ou seja, os terminais que compõem o Arco Norte”, pontua.

    “Temos tudo para superar as questões judiciais da Ferrogrão e lançar na praça o edital. A Ferrogrão é um dos projetos de logística mais importantes do Brasil, estamos tocando com muita firmeza. Estamos falando de um investimento de grande porte. É uma ferrovia que vai ser o grande regulador de tarifa no Brasil”, declarou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em evento no início de julho sobre o balanço de ações da pasta referentes ao primeiro semestre deste ano, mas sem dar previsão de quando poderá acontecer.

    O distrito de Miritituba possui estação de transbordo de carga, de onde os grãos podem ser distribuídos para terminais portuários do Arco Norte, como Itacoatiara (AM), Santana (AP), Barcarena e Santarém (PA), a fim de serem exportados.

    Além disso, portos do Arco Norte continuarão recebendo grãos produzidos em Rondônia e no noroeste do Mato Grosso, escoados pela BR-364 até o terminal de Porto Velho, de onde são distribuídos para terminais que fazem a exportação. Essa rota não será afetada pela Ferrogrão.

    Quando a ferrovia estiver funcionando, a assessora técnica da CNA Elisangela Lopes acredita que será possível escoar desde o começo pelo menos 20 milhões de toneladas de produtos. “Ou seja, já há uma mudança da geografia, do destino desses grãos, que hoje vão para o sul e sudeste, para os portos e terminais do arco norte. E até o final da concessão as projeções indicam um aumento superior ao dobro, chegando até 48 milhões de toneladas”.

    (destacar) “Acreditamos sim que, se houver uma expansão da infraestrutura destinada a essas novas fronteiras agrícolas que cresceram a sua produção exponencialmente, porém não foram acompanhadas na mesma proporção com relação a investimentos em infraestrutura, é possível que haja um abortamento da produção. Então é necessário que se invista em infraestrutura, especialmente em infraestruturas de baixo custo”, reforça Elisangela Lopes.

    Recuo dos impactos ambientais e entraves legais

    Flávio Acatauassú, presidente da Associação dos Terminais Portuários da Bacia Amazônica (Amport), afirma que a Ferrogrão vai proporcionar o que ele denomina de “redenção” dos impactos ambientais causados pela BR-163. A rodovia foi construída na década de 1970 justamente para ligar o estado de Mato Grosso ao Pará.

    “Toda vez que se abre uma rodovia, por menor que ela seja, cria-se as chamadas espinhas de peixe, que são aquelas vicinais transversais a essa rodovia troncal. Se nós insistirmos nos próximos 30 anos em transportar commodities ou qualquer outro tipo de mercadoria pelo modal rodoviário dentro do bioma amazônico vai ser inevitável a formação das espinhas de peixe, a grilagem e o desmatamento”, explica.

    A ideia do governo é de que o projeto seja amplamente sustentável, sob critério técnico, econômico, social e ambiental.

    (destacar) “O que se busca é o equilíbrio para cada região, para cada contexto, uma solução diferente. Não é tudo ou nada, mas um equilíbrio na matriz que prima pela sustentabilidade em todos os seus componentes”, reforça Rose Hofmann, secretária de Apoio ao Licenciamento Ambiental e à Desapropriação do PPI.

    Mas o projeto enfrenta obstáculos judiciais. Em março deste ano, acolhendo pedido de liminar protocolado pelo partido PSOL, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu os efeitos da lei 13.452/2017, resultante da Medida Provisória 758/2016, que modifica os limites do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, o que acabou por paralisar os trâmites da Ferrogrão.

    A decisão ainda será analisada pelo plenário da Corte. O ministro entendeu que o traçado da nova ferrovia cruzaria a unidade de conservação federal e que a alteração nos limites da área para possibilitar a obra não poderia ser tratada por meio de uma medida provisória.

    Outro entrave envolve o Ministério Público Federal (MPF). A Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do órgão emitiu uma nota técnica recentemente cobrando consulta prévia, “livre e informada” aos povos indígenas e comunidades atingidos pelo projeto.

    No comunicado, o colegiado afirma que mesmo com a grandiosidade do projeto e os impactos socioambientais, não houve a oitiva dessas populações conforme prevê a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

    “Essas pessoas têm direitos e esses direitos precisam ser preservados. Independente da gente questionar a relevância do empreendimento, a necessidade do empreendimento, o quanto o nosso país necessita de infraestrutura. O que está em discussão é um tratado internacional do qual o Brasil é signatário e foi incorporado ao nosso ordenamento jurídico por uma norma também aprovada no Congresso Nacional”, explica a coordenadora da Câmara de Populações Indígenas e subprocuradora-geral da República, Eliana Torelly.

     

    Entretanto, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) entende que a consulta aos atores envolvidos deve ser feita no momento da elaboração do licenciamento ambiental. “E até isso a gente considera paralisado hoje em função dessa decisão do STF. Mas tão logo seja revertida, e tenho uma visão bem otimista, pois nós temos argumentos bem fortes em relação a isso, daremos prosseguimento ao debate e o leilão poderá acontecer naturalmente”, concluiu Rose Hofmann.

  • Ministro reafirma importância da duplicação da BR 163 e diz que TAC sai até agosto

    Ministro reafirma importância da duplicação da BR 163 e diz que TAC sai até agosto

    O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, voltou a falar sobre o problema envolvendo a concessão da BR 163 em Mato Grosso. Ele participou de reunião com representantes da OAB-MT na última semana. Na ocasião, Freitas reforçou a importância da duplicação da rodovia e fez um anúncio importante.

    Tarcísio Gomes disse que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da BR-163 deve ser assinado até o final de agosto.

    O anúncio foi bem recebido pelos advogados. O presidente da Comissão da BR-163 da OAB-MT, Abel Sguarezi, destacou que a assinatura do TAC com a concessionária Rota do Oeste irá representar a resolução do maior problema de infraestrutura de Mato Grosso.

    “Com novo acionista, as obras de duplicação da rodovia, travessia, viadutos e outras melhorias poderão começar a ser realizadas, lembrando que a BR-163 é fundamental para o escoamento da safra”, comenta Sguarezi.

    As obras devem melhorar a segurança na estrada, onde é grande o número de mortes. Na última semana, a OAB voltou a registrar acidentes com óbitos.

    Caótica

    O presidente da OAB-MT, Leonardo Campos, ressaltou na reunião com o ministro que, sem precisar ser especialista, qualquer cidadão sente na pele a necessidade de resolução urgente da caótica situação atual. Sendo assim, a Ordem se coloca como porta voz da sociedade civil organizada, sem viés político, a fim de encontrar uma saída para a principal via de escoamento da safra e rodoviária do Estado.

    Audiência virtual

    Em julho, a ANTT e o Ministério da Infraestrutura farão uma audiência pública virtual, devido às regras da pandemia de covid-19. A ideia é ampliar o debate nas cidades que margeiam a BR-163. A OAB-MT, nas subseções de Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, além da Seccional em Cuiabá, vai realizar reuniões ampliadas, híbridas.

    “Estamos à disposição, tenham na OAB uma parceira para intermediar qualquer entrave, sempre buscando o diálogo independente. E prezando pelo interesse público e do cidadão”, ressaltou o presidente da Ordem.

    O ministro afirmou que a resolução da administração da BR-163 é prioridade para o Governo Federal. Segundo ele, estão sendo empenhados todos os esforços no sentido de finalizar o TAC, reconhecendo Mato Grosso como uma grande potência agrícola. Mas que precisa desse respaldo rodoviário e também ferroviário, para distribuir a produção.

  • “Lucas do Rio Verde será um grande entroncamento ferroviário” diz ministro da Infraestrutura

    “Lucas do Rio Verde será um grande entroncamento ferroviário” diz ministro da Infraestrutura

    O ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) disse que a construção da Ferrogrão, ferrovia de quase 1.000 quilômetros ligando Sinop (MT) ao Porto de Miritituba, no Pará, é “inescapável”. “A Ferrogrão vai ser o grande modulador de tarifas. É um projeto sensacional. Não faz o mínimo sentido discutir se devemos ou não ter a ferrovia”, acrescentou.

    Freitas disse ainda que, além de um ramal norte-sul, teremos um grande ramal Leste-Oeste que vai ser sistema FICOFIOL, que no futuro vai parar em Lucas do Rio Verde, interligando Lucas do Rio Verde/MT a Ilhéus/BA. Disse também que em Lucas do Rio Verde vai nascer a Ferrogrão e vai morrer a Ferronorte, será um grande entroncamento ferroviário, e a vida do produtor será transformada de uma maneira não vista antes.

    Confira abaixo as declarações do ministro Tarcísio Gomes

     

    A FICO, entre Mara Rosa/GO e Água Boa/MT, será construída pela Vale como contrapartida da renovação antecipada da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). O projeto do trecho 2 da FICO está sendo elaborado, prevendo ligação entre Água Boa/MT e Lucas do Rio Verde/MT.

     

  • Governo analisa projeto para construção de corredor ferroviário entre Lucas do Rio Verde (MT) e Ilhéus (BA)

    Governo analisa projeto para construção de corredor ferroviário entre Lucas do Rio Verde (MT) e Ilhéus (BA)

    Acordo de parceria fechado entre o Ministério da Infraestrutura e o Banco Mundial (Bird) vai permitir estruturar o projeto do corredor ferroviário Leste-Oeste, ligando Lucas do Rio Verde/MT a Ilhéus/BA, para futura concessão à iniciativa privada. Pelo documento, os estudos de viabilidade serão feitos pelo Banco Mundial e vão abranger a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) e os trechos 2 e 3 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), totalizando 1,9 mil quilômetros.

    O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e a diretora do Banco Mundial para o Brasil, Paloma Anós Casero, destacaram a importância da parceria para o País. “Esse projeto representa uma transformação. A ideia é termos um grande corredor ferroviário Leste-Oeste, integrada ao sistema Norte-Sul”, disse o ministro. “Esse futuro corredor tem muito potencial tanto do ponto de vista econômico como climático”, afirmou a diretor do Bird.

    OBRAS

    O trecho 1 da FIOL, entre Caetité/BA e Ilhéus/BA, vai a leilão no próximo dia 8 de abril. Já o trecho 2 da ferrovia, entre Caetité/BA e Barreiras/BA, está em obras pela Valec, com previsão de conclusão em 2022. O trecho 3 da FIOL, que vai ligar Barreiras/BA a Figueirópolis/TO ou Mara Rosa/GO, ainda precisa de financiamento para sair do papel.

    Já a FICO, entre Mara Rosa/GO e Água Boa/MT, será construída pela Vale como contrapartida da renovação antecipada da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). O projeto do trecho 2 da FICO está sendo elaborado, prevendo ligação entre Água Boa/MT e Lucas do Rio Verde/MT.

    SUSTENTABILIDADE

    Os termos de referência para os estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira, ambiental e jurídica (EVTEA) estão sendo tratados entre a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), vinculada ao MInfra, e a Corporação Financeira Internacional (IFC), braço do Banco Mundial. O projeto será orientado por diretrizes socioambientais de forma a garantir não apenas uma boa modelagem para a futura concessão, mas também para atrair investidores que priorizem empreendimentos sustentáveis.

  • Movimento ‘Pelas Vidas na BR-163’ entrega carta ao Ministro da Infraestrutura, durante visita a Sorriso

    Movimento ‘Pelas Vidas na BR-163’ entrega carta ao Ministro da Infraestrutura, durante visita a Sorriso

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    Ministro Tarcísio Gomes (Infraestrurura) recebendo documento das mãos dos membros do ‘Movimento Pelas Vida na BR-163’, Abel Sguarezi e Marco Aurélio. (FOTO: arquivo pessoal)

    Os membros do movimento ‘Pelas Vidas na BR-163: duplicação já’ entregaram para o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, uma carta com mais de 200 assinaturas da população de Lucas do Rio Verde-MT, reivindicando a não aceitação da proposta de CURA, encaminhada pela empresa administradora da rodovia federal.

    O documento foi entregue ao Ministro, durante sua visita a cidade de Sorriso, juntamente com o presidente da república, Jair Bolsonaro, que veio a Mato Grosso fazer a entrega de títulos de propriedade rurais e lançar oficialmente a Safra de Grãos 2020/21.

    Entre os itens que compõe a carta entregue a Tarcísio Gomes estão:

    • Não seja aceita a proposta de ‘CURA’ realizada pela concessionária Rota do Oeste S.A – CRO, por contemplar prazo de 10 anos para conclusão das obras de duplicação;

     

    • Que seja determinado via Decreto Presidencial a CADUCIDADE da concessão pública para exploração da BR-163 por não ter cumprido os prazos de duplicação;

     

    • Realização por parte do Governo Federal, de forma imediata, nova licitação para exploração da BR-163;

     

    • Que o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrura e Trânsito) proceda com a manutenção da rodovia até a conclusão dos procedimentos legais para a nova licitação;

     

    A carta pontua ainda, que muitas vidas foram ceifadas devido a falta de obras de duplicação, que foram paralisadas em março de 2016, porém, com a continuidade da cobrança de pedágio. A rodovia BR-163 é a principal rota de escoamento da produção agrícola de Mato Grosso, de modo que merece atenção, ao passo que contribui para o desenvolvimento econômico do país.

    “A conversa com o Ministro foi muito produtiva. O Ministro disse que não vai ser aceito o prazo de 10 anos do Plano de Cura e que em novembro, ele vai voltar aqui (Mato Grosso) com a decisão. Isso nos acendeu uma esperança boa. Comentei também com o Ministro de todo trabalho da OAB (Ordem dos Advogados), ele tem conhecimento de todos os ofícios que foram enviados, inclusive ele já nos respondeu alguns”, comento o Advogado Abel Sguareze, um dos membros do movimento ‘Pelas Vidas na BR-163’.

    A OAB/MT possui comissão especial para tratar sobre o assunto para que o ‘Grito de Socorro’ seja atendido e a rodovia duplicada imediatamente.

    O Ministro ficou a par dos avanços do movimento e do engajamento de todos os municípios do entorno da BR-165, no médio norte mato-grossense.

  • “Brasil é um pais ferroviário”, afirma Miguel Vaz, ao comentar sobre análise do TCU sobre edital de construção da Ferrogrão

    “Brasil é um pais ferroviário”, afirma Miguel Vaz, ao comentar sobre análise do TCU sobre edital de construção da Ferrogrão

    “Quando olhamos para o Brasil, quando enxergamos o mapa do Brasil e, em especial as regiões de muita movimentação de carga, em especial para o grão produzido, você nota um Brasil ferroviário”, afirmou o empresário do agronegócio Miguel Vaz Ribeiro, ao ser procurado pelo CenárioMT para falar sobre o processos de análise do projeto de concessão da Ferrogrão por parte do Tribunal de Contas da União – TCU.

    A Ferrogrão vai ligar Sinop, no norte de Mato Grosso (MT) A Itaituba, no Pará (PA). O documento foi protocolado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na última sexta-feira (10). Cabe ao TCU, agora, a análise da documentação para a publicação do edital de licitação ainda este ano.

    “Esse é um passo importante que sai da fase do projeto executivo em si, e entra em uma análise jurídica sobre o modelo de concessão. O Tribunal de Contas vai analisar o projeto e vai solicitar ajustes ou não. Então é um passo muito importante antes de colocar na mesa para concessão”, analisa Vaz.

    De acordo com Miguel Vaz, para que definitivamente a Ferrogrão esteja em operação, levará de seis a dez anos a partir da assinatura do contrato de concessão. Os recursos para construção da ferrovia que ligará o norte de Mato Grosso ao chamado ‘Arco Norte’ de escoamento através do Rio Amazonas terão como origem as trends.

    “Até porque quando eu olho para o processo que está em andamento também, que é a concessão para manutenção da BR-163, do trecho de Sinop a Miritituba, esse plano é para 10 anos, podendo ser prorrogado por mais dois. Pois nesse tempo existe a previsão de conclusão da Ferrogrão”, destacou o empresário.

    Diferente de países como os Estados Unidos, que grande parte de sua produção é escoada por meio de navegação, no Brasil mais de 70% da produção é transportada por meio de rodovias.

    “A ferrovia para o Brasil, ela tem que ocupar um espaço maior do que a tímida malha ferroviária que temos hoje. A Ferrogrão é sem dúvida de muito ganho e de muita economia para o custo do transporte, dessa logística. E essa diferença vai ficar nas regiões produtoras com a agregação de valores, geração de renda, mais oportunidade e assim, por diante. Hoje o frete consome uma fatia muito grande comparado a outros países”, sinaliza.    

    O plano, acompanhado dos estudos técnicos e das minutas de edital e de contrato foi assinado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, após liberação da diretoria da ANTT, na terça-feira (7). São esperados investimentos de R$ 8,4 bilhões no projeto de concessão.

    De acordo cor o ministério, a Ferrogrão será uma das vias mais importantes do país e um dos ativos mais aguardados pelos investidores. Com 933 quilômetros (km) de extensão, a ferrovia terá papel logístico fundamental para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do estado de Mato Grosso, prevendo-se também o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo.

    A implementação da Ferrogrão irá consolidar o novo corredor ferroviário de exportação do Brasil pelo Arco Norte, ligando Sinop (MT) ao Porto de Itaituba (PA). Estão previstos, também, o ramal de Santarenzinho, entre Itaituba e Santarenzinho, no município de Rurópolis (PA), com 32 km, e o ramal de Itapacurá, com 11 km.

  • Restrições e medidas preventivas de saúde marcam a abertura do Show Safra 2020

    Restrições e medidas preventivas de saúde marcam a abertura do Show Safra 2020

    A abertura da edição do Show Safra 2020, uma das maiores feiras do agronegócio do país, ocorreu no final da tarde desta segunda-feira, 16, no auditório da Fundação Rio Verde, organizadora do evento, com a presença de autoridades locais, regionais e do estado. A princípio, a programação, com restrições, deverá se estender até sexta-feira e, em virtude dos alertas do Ministério da Saúde em relação ao risco de propagação do coronavírus no país, os realizadores decidiram adotar uma série de medidas profiláticas e preventivas.

    Por conta do registro da presença da doença em alguns estados, inclusive com a confirmação de um caso na capital mato-grossense nesta semana, as vindas do governador do Estado, Mauro Mendes, e dos ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, foram canceladas de última hora. Da mesma forma, algumas empresas expositoras, apesar dos estandes montados, anunciaram o cancelamento de sua participação no evento.

    De acordo com o diretor executivo da Fundação Rio Verde, Rodrigo Pasqualli, entre as medidas preventivas e de profilaxia tomadas, serão distribuídos panfletos de orientação na entrada, a rádio do parque emitirá avisos frequentes para que o público evite aglomerações e também para que os cumprimentos convencionais, que incluem apertos de mãos, beijos e abraços, sejam evitados. “Além disso, haverá uso farto de álcool gel tanto nos banheiros e locais de maior concentração de pessoas e ainda como recomendação para que os expositores deixem à disposição dos visitantes”, explica.

    “O Show Safra está sendo feito com muita garra, com muita dedicação e com muita coragem. Estes últimos dois, três dias, confesso para vocês, foram muito difíceis. Foram muitas as pressões de pessoas que não sabem o quanto isto representa para o agronegócio e para a história que os produtores têm aqui no Mato Grosso e nesta região, este trabalho que começamos aqui há mais de 20 anos, essa identidade que adquirimos para representar o agronegócio no estado e no Brasil. Não está fácil, mas quando está fácil qualquer um vai e toca em frente”, declarou na abertura o presidente do Conselho Curador da Fundação Rio Verde, Joci Piccini.

    O evento cresce ano a ano e o Show Safra 2020 tinha confirmada até a véspera da abertura a participação de mais de 300 empresas nacionais e do mercado mundial ligadas ao agronegócio. Considerada uma vitrine de inovação, pesquisa, equipamentos e tecnologia, a feira atrai visitantes do país inteiro e movimenta diversos setores da economia local e regional.

    “Aqui foi dado início à terceira safra e a tantos outros experimentos e tecnologias que depois se tornaram realidade e impulsionaram a produtividade, o desenvolvimento e a diversificação das atividades do campo e a agroindústria na região e no estado que mais produz alimentos no país. Aqui, não vai demorar muito, vamos ter um entroncamento ferroviário, com a Fico, a Ferrogrão, que vai até Miritituba, a Rumo, vindo de Rondonópolis até aqui. Não é mais só um sonho e sim algo que já é quase uma realidade e haverá de impulsionar ainda mais o desenvolvimento regional e de todo o estado”, disse o prefeito Luiz Binotti.

    Segundo ele, o Show Safra está entre as três ou quatro maiores feiras do agronegócio do Brasil e isto deve servir de motivo de orgulho para Lucas do Rio Verde e para toda a nossa região. “A Prefeitura é parceira, mas aqui tem uma equipe que trabalhou diuturnamente para organizar este grande evento. Lucas transformou o que era algo muito pequeno lá atrás, quando ainda era o Entecs, as dificuldades eram imensas porque era o início, porém, hoje, a feira virou esta grandiosidade, que tem aqui presentes as maiores empresas do agronegócio do Brasil e do mundo e outras de vários setores que são ligadas ao agro”, destacou.

    Nesta terça-feira, os organizadores decidiram cancelar todas as palestras previstas. Os reflexos da preocupação com o estado de pandemia declarado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) já eram visíveis com a queda acentuada de comparecimento do público durante a cerimônia de abertura do evento.