Tag: Tabagismo

  • Agosto Branco de combate ao tabagismo mira também o cigarro eletrônico

    Agosto Branco de combate ao tabagismo mira também o cigarro eletrônico

    A campanha Agosto Branco, iniciada nesta quinta-feira (1º), objetiva a conscientização do câncer de pulmão. As estimativas de câncer de traqueia, brônquio e pulmão para o triênio de 2023 a 2025 são de 32.560 novos casos por ano, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde. Somente no estado do Rio de Janeiro, o número estimado de casos de tumores de traqueia, brônquios e pulmão, para cada ano do triênio 2023-2025, é de três mil novos pacientes, sendo 1.550 entre os homens e 1.450 entre as mulheres.

    “A campanha é essencial para a gente fazer a conscientização sobre o câncer de pulmão, principais sinais e sintomas e, principalmente, sobre como preveni-lo. É uma doença extremamente prevenível”, afirmou o oncologista clínico do Inca, Luiz Henrique Araújo.

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    Consumo mundial de tabaco cai, informa relatório da OMS. Cigarro, fumaça, tabaco, fumo. Foto: AbsolutVision/Pixabay

    Segundo o médico, a maior parte desse tipo de câncer está associada ao hábito do tabaco. Na avaliação do oncologista, as campanhas antitabagismo são fundamentais para minimizar o risco de câncer de pulmão. Indicou que as pessoas que fumam devem procurar o médico, seja um clínico ou pneumologista, e discutir sobre as possibilidades de tratamento e de interrupção do tabagismo.

    Para as pessoas que fumam e têm entre 55 e 70 anos de idade, hoje é recomendada uma tomografia anual de baixa dose do tórax, para detectar lesões em estágios muito precoces. “Isso tem reduzido bastante a mortalidade do câncer de pulmão”, alertou Luiz Henrique, em entrevista à Agência Brasil.

    Prevenção

    A médica Tatiane Montella, oncologista torácica da Oncoclínicas no Rio de Janeiro, ressaltou que o câncer do pulmão tem relação muito forte com o tabagismo. “Oitenta por cento dos pacientes tiveram alguma exposição ao tabagismo. Por isso, é tão importante falar sobre esse tema, porque a prevenção é a principal ação para diminuir o número de pacientes com câncer de pulmão”, afirmou à Agência Brasil.

    Ela informou ainda que os 20% restantes são de pacientes sem qualquer relação com o fumo. “Possivelmente, essa parcela dos pacientes tem erro na estrutura do DNA ou do RNA do tumor, que faz as células se proliferarem de forma errônea. O que leva a esse erro ainda está sob análise. Essas mutações acionam a célula tumoral a se desenvolver”.

    Sobre a prevenção, Tatiane Montella disse que a principal ação é não fumar ou parar de fumar, para evitar a neoplasia de pulmão. “O Brasil foi, durante muitos anos, o país que teve orgulho de suas políticas antitabagistas, que diminuíram muito a incidência do tabagismo, e isso foi propagado como referência internacional”. Agora, o país se vê diante dessa nova onda de oferta de tabagismo pelo cigarro eletrônico, que vem acometendo, principalmente, a população mais jovem, entre 18 e 24 anos.

    Cigarro eletrônico

    A oncologista afirmou que, embora tenha o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibindo a venda do cigarro eletrônico, também chamado ‘vape’, o consumo desse tipo de cigarro vem crescendo entre os jovens. “O que a gente vê, nos últimos dados epidemiológicos, é que a incidência do cigarro eletrônico vem aumentando nessa população jovem que, de fato, está tendo uma maior exposição”. Ela acrescentou que ainda falta entender melhor as consequências do cigarro eletrônico ao longo dos anos, porque é uma tecnologia muito recente. Mas, que, no curto prazo, os prejuízos que isso pode trazer, como doenças pulmonares intersticiais agudas e, a longo prazo, relação direta com o câncer de pulmão e outras neoplasias que o cigarro propicia.

    Brasília (DF) 01/12/2023 - Anvisa discute regulamentação de cigarro eletrônico. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
    Cigarro eletrônico também conhecido como “vape”. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil 

    Estudo realizado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e pela organização global de saúde pública Vital Strategies, em 2023, indicou que, pelo menos um a cada quatro brasileiros de 18 a 24 anos (23,9%) já utilizou cigarro eletrônico.

    Luiz Henrique Araújo confirmou o crescimento do uso do cigarro eletrônico entre os jovens, tornando-se uma tendência, na sensação de ser um produto diferente do cigarro. “Mas já está mais do que demonstrado que ele também libera substâncias carcinogênicas e está associado tanto a doenças pulmonares letais não oncológicas, como oncológicas. Na campanha antitabagismo entra o cigarro eletrônico, atualmente mais em voga”.

    Na avaliação do oncologista clínico do Inca, a medida da Anvisa contra a entrada do “vape” no Brasil foi fundamental, mas comentou que o produto tem uma penetração muito forte em países da Europa e nos Estados Unidos. “Independentemente da Anvisa, o cigarro eletrônico está disponível, as pessoas estão utilizando e, infelizmente, isso está criando uma futura geração de pacientes de câncer de pulmão”, alertou o oncologista do Inca.

    Araújo afirmou que a maioria dos casos de câncer de pulmão é assintomática, descoberta ao acaso. O sintoma mais frequente é tosse, que pode estar associada a uma bronquite crônica, a um pigarro pelo tabagismo. Mas quando essa tosse está piorando ou associada a sangue no escarro merece uma pesquisa com o médico do paciente. Outros sintomas menos frequentes são falta de ar, perda ponderal, febre, dor no tórax, que também podem levar ao médico.

    Pressão

    O diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, afirmou à Agência Brasil que continua uma pressão muito forte da indústria do tabaco para liberação do cigarro eletrônico no Brasil, embora a Anvisa tenha reforçado a normativa proibindo a entrada do ‘vape’ no país. Por isso, a entidade está reforçando a importância de manter a proibição e a política de controle do tabaco. “Porque a gente sabe dos dados alarmantes de câncer de pulmão”, disse.

    Mesmo com todos os avanços da medicina, com inclusão de procedimentos e novas drogas, que permitem controlar muitos casos de câncer, o câncer de pulmão apresenta alta letalidade. “A gente tem aí mais de 30 mil casos novos por ano de câncer de pulmão e tem em torno de 30 mil óbitos por ano. É uma letalidade muito alta”, ressaltou.

    Maltoni lembrou que 80% dos cânceres de pulmão são diagnosticados em estágio mais avançado. Por isso, disse ser fundamental alertar a população da importância de se prevenir e evitar o principal agressor do desenvolvimento do câncer de pulmão, que é o tabagismo, com foco agora no cigarro eletrônico, em especial entre as camadas mais jovens.

    No próximo Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, a Fundação do Câncer está preparando campanha abordando os malefícios do cigarro eletrônico e divulgando nas mídias o movimento ‘Vape off’, “visando sensibilizar, principalmente, os jovens para não entrarem nessa do cigarro eletrônico”, afirmou Maltoni.

    Segundo ele, com a participação de alguns parceiros, será desenvolvido um desafio universitário, envolvendo instituições de ensino superior de todo o país, para que apresentem projetos que sensibilizem a população de maneira geral, e os jovens em particular, sobre os malefícios do cigarro eletrônico. O objetivo é reforçar ainda mais a política de controle do tabagismo.

    “A gente evoluiu tanto, reduzimos bastante o número de fumantes no Brasil e não podemos agora retroceder nessa pressão da indústria com o cigarro eletrônico, deixando aparecer uma nova juventude que acha que esse ‘vape’ é menos problemático. A gente daria dez passos para trás. Essa é uma preocupação de todos nós”, avaliou o médico.

    Rastreamento

    O coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o médico Paulo Corrêa, lembrou que o câncer de pulmão é uma das principais doenças crônicas do país. E que a entidade tem se pautado por ações legislativas e políticas. Segundo ele, a SBPT publicou, este ano, as diretrizes brasileiras de rastreamento de câncer de pulmão.

    Corrêa destacou que o rastreamento é uma estratégia importante do ponto de vista populacional, porque o câncer de pulmão pode não dar sintomas, mas pode matar as pessoas. “Quando se faz o diagnóstico, a pessoa já pode morrer”. Expôs que em torno de 20% dos cânceres de pulmão são resolvíveis com tratamento cirúrgico.

    A SBPI estimula as pessoas a abandonarem o tabagismo, seja o convencional, seja o eletrônico, sabendo que sete anos após pararem de fumar, as pessoas têm redução de 20% do risco de câncer de pulmão e, de acordo com estudo norte-americano, com 15 anos da cessação de fumar, 38% dos pacientes conseguem ser salvos. “As duas coisas são importantes: tanto a cessação do tabagismo, como o rastreamento de câncer de pulmão que, pode-se dizer, salva vidas”.

    Edição: Aécio Amado

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  • OMS lança diretrizes inéditas para tratamento contra o tabagismo

    OMS lança diretrizes inéditas para tratamento contra o tabagismo

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou nesta terça-feira (2) um conjunto de intervenções contra o tabagismo, incluindo apoio comportamental a ser oferecido por profissionais de saúde, intervenções digitais e tratamentos farmacológicos. Esta é a primeira vez que a entidade apresenta diretrizes para o tratamento contra o tabagismo.

    A proposta, segundo a OMS, é ajudar mais de 750 milhões de usuários de tabaco que desejam abandonar o consumo de diversos derivados do tabaco, incluindo os tradicionais cigarros, narguilés, produtos de tabaco sem combustão, charutos, tabaco de enrolar e produtos de tabaco aquecido (HTP).

    “Essas diretrizes representam um marco crucial na nossa batalha global contra esses produtos perigosos”, avaliou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. A estimativa da entidade é que mais de 60% dos 1,25 bilhões de usuários de tabaco em todo o mundo – mais de 750 milhões de pessoas – desejam parar de fumar, mas 70% não têm acesso a serviços eficazes.

    Recomendações

    De acordo com a OMS, a combinação de farmacoterapia com intervenções comportamentais aumenta significativamente as taxas de sucesso no abandono do tabagismo. “Países são incentivados a fornecer esses tratamentos sem custos ou com custos reduzidos para melhorar a acessibilidade, especialmente em nações de baixa e média renda”.

    Dentre as diretrizes, a entidade recomenda o uso de vareniclina, medicamento que tem a função de diminuir o desejo intenso de fumar, além de aliviar crises de abstinência (sintomas mentais e físicos que ocorrem após a interrupção ou diminuição do consumo da nicotina).

    Outra recomendação é a terapia de reposição de nicotina (TRN), que pode ser feita, segundo critério clínico, utilizando goma de mascar de nicotina, pastilha de nicotina ou adesivo transdérmico de nicotina.

    As diretrizes incluem ainda medicamentos como bupropiona ou cloridrato de bupropiona (antidepressivo) e citisina (fármaco à base de plantas) no tratamento contra o tabagismo.

    A OMS também recomenda intervenções comportamentais, incluindo aconselhamento breve com profissionais de saúde, com tempo médio de 30 segundos a três minutos, oferecido como rotina em ambientes de cuidados em saúde, além de apoio comportamental mais intensivo por meio de aconselhamento individual, em grupo ou por telefone.

    Dentre as intervenções digitais sugeridas pela entidade estão mensagens de texto, aplicativos para smartphone e programas de internet a serem utilizados como “complementos ou ferramentas de autogestão”.

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Aroma do café pode ser instrumento para reduzir tabagismo

    Aroma do café pode ser instrumento para reduzir tabagismo

    O aroma prazeroso do café pode ser elemento importante para reduzir o vício do tabagismo. Essa foi a conclusão de estudo preliminar de pesquisadores brasileiros com 60 fumantes, dos quais 30 inalaram fragrância de aroma de pó de café e metade voltou a fumar.

    Os pesquisadores do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) descobriram, em 2014, que a fragrância do café ativa uma região específica no cérebro, que faz parte do sistema de recompensas, em especial o núcleo acumbens, estrutura cerebral que é ativada também com substâncias psicoativas, como a cocaína. “Esse sistema de recompensas é ativado com atividades prazerosas como, por exemplo, escutar música, ter relações sexuais, tudo que dá prazer, beber água inclusive, mas também é um sistema que pode ser mal utilizado por meio de substâncias psicoativas”, confirmou a pesquisadora do IDOR e diretora científica da Café Consciência, startup de biotecnologia parceira do instituto, Silvia Oigman.

    Como o café ativou de forma intensa essa região do cérebro, os pesquisadores decidiram utilizar o aroma do café para substituir a vontade de fumar dos participantes de um segundo ensaio clínico pequeno, feito com 16 fumantes, em 2016. Esse ensaio serviu de base para o estudo mais amplo, realizado em 2022, com 60 fumantes, cujos resultados foram divulgados agora.

    Resultados

    Silvia Oigman informou nessa segunda-feira (3) que da metade dos 60 fumantes expostos à fragrância do aroma do café, 50% fumaram logo depois que ocorreu a intervenção. Entre a outra metade dos participantes, que não inalou a fragrância do café, mas uma fragrância neutra à base de sabão, 73,3% voltaram a fumar. “Foi um número expressivo, mas não é significativo. Na prática, não houve diferença estatística. Mas é um resultado considerado indicador de potencial dessa abordagem, inclusive porque era um ensaio clínico piloto. A gente estava fazendo um estudo prévio com a fragrância do pó do café. Não é a fragrância final que a gente espera empregar para um paciente de fato”, explicou Silvia.

    Segundo Silvia, o ensaio clínico foi importante para os pesquisadores encontrarem questões a serem resolvidas e fazer um novo ensaio de maior porte. O ensaio clínico foi conduzido durante seis meses. “Não foi tão rápido como a gente gostaria. Quando a gente lida com fragrâncias, como o pó de café e o vinho, eles perdem muitos voláteis. Ainda que o armazenamento e toda a entrega tenham sido monitorados e feitos da melhor forma possível, cai a qualidade pelo tempo”, disse a pesquisadora do IDOR. Esse foi um aspecto que pode ter prejudicado o desempenho da fragrância. “É nesse aspecto que a gente está pretendendo atuar”.

    A pesquisa recebeu investimentos de R$ 373 mil da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

    Produtores de café de Mato Grosso buscam impulsionar a produção na região norte e noroeste do estado

    Formulação terapêutica

    O projeto final visa a utilizar a fragrância do café para redução do desejo de consumo do tabaco por usuários crônicos. Silvia afirmou que a ideia é avançar ainda mais e dar continuidade ao projeto. “A gente entendeu o resultado obtido como um indicador de potencial”. Os pesquisadores estão desenvolvendo agora uma formulação terapêutica à base de voláteis de café e vão adaptá-la em dispositivo eletrônico, para realizar novo ensaio clínico com maior número de fumantes. “Ainda há alguns passos até isso ser feito”. A expectativa é que essa nova fase do projeto seja realizada antes de 2026. A abordagem multidisciplinar é conduzida por especialistas brasileiros em diversas áreas.

    Silvia desconhece a existência de outros grupos de pesquisa que usem a inalação inócua do aroma do café como ativador do sistema de recompensa para fins medicinais. Os resultados obtidos até agora levaram o grupo a depositar e ter concedidas nove patentes nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Mais três patentes estão em andamento no Brasil, na Austrália e no Canadá.

    De acordo com as últimas estimativas do relatório de tendências de tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em janeiro deste ano, há em todo o mundo 1,25 bilhão de adultos usuários de tabaco. O vício de fumar mata mais de 8 milhões de pessoas anualmente, sendo mais de 7 milhões dessas mortes resultado do uso direto do tabaco, enquanto mais de 1,2 milhão das mortes são de fumantes passivos.

    Edição: Graça Adjuto

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  • Tabagismo responde por 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil

    Tabagismo responde por 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil

    Estudo feito por pesquisadores da Fundação do Câncer aponta que o tabagismo responde por 80% das mortes por câncer de pulmão em homens e mulheres no Brasil. O trabalho foi apresentado nesta quinta-feira (16) pela fundação no 48º encontro do Group for Cancer Epidemiology and Registration in Latin Language Countries Annual Meeting (GRELL 2024, na sigla em inglês), na Suíça.

    Em entrevista à Agência Brasil, o epidemiologista Alfredo Scaff, consultor médico da Fundação do Câncer, o estudo visa a apresentar para a sociedade dados que possibilitem ações de prevenção da doença. “O câncer de pulmão tem uma relação direta com o hábito do tabagismo. A gente pode dizer que, tecnicamente, é o responsável hoje pela grande maioria dos cânceres que a gente tem no mundo, e no Brasil, em particular.”

    Cigarro eletrônico

    Alfredo Scaff acredita que o cigarro eletrônico poderá contribuir para aumentar ainda mais o percentual de óbitos do câncer de pulmão provocados pelo tabagismo. “O cigarro eletrônico é uma forma de introduzir a juventude no hábito de fumar.” O epidemiologista lembrou que a nicotina é, dentre as drogas lícitas, a mais viciante. O consultor da Fundação do Câncer destacou que a ideia de usar cigarro eletrônico para parar de fumar é muito controvertida porque, na maioria dos casos, acaba levando ao vício de fumar. “E vai levar, sem dúvida, ao desenvolvimento de cânceres e de outras doenças que a gente nem tinha.”

    O cigarro eletrônico causa uma doença pulmonar grave e aguda, denominada Evali, que pode levar a óbito, além de ter outro problema adicional: a bateria desse cigarro explode e tem causado queimaduras graves em muitos fumantes. “Ele é um produto que veio para piorar toda a situação que a gente tem em relação ao tabagismo.”

    Gastos

    O estudo indica que o câncer de pulmão representa gastos de cerca de R$ 9 bilhões por ano, que envolvem custos diretos com tratamento, perda de produtividade e cuidados com os pacientes. Já a indústria do tabaco cobre apenas 10% dos custos totais com todas as doenças relacionadas ao câncer de pulmão no Brasil, da ordem de R$ 125 bilhões anuais.

    “O tabagismo não causa só o câncer de pulmão, mas leva à destruição dos dentes, lesões de orofaringe, enfisema [doença pulmonar obstrutiva crônica], hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral [AVC] ou derrame. Ele causa uma quantidade enorme de outras doenças que elevam esses valores significativos de gastos do setor público diretamente, tratando as pessoas, e indiretos, como perda de produtividade, de previdência, com aposentadorias precoces por conta disso, e assim por diante”, afirmou Alfredo Scaff.

    Para este ano, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima o surgimento no Brasil de 14 mil casos em mulheres e 18 mil em homens. Dados mundiais da International Agency for Research on Cancer (IARC), analisados por pesquisadores da Fundação do Câncer, apontam que, se o padrão de comportamento do tabagismo se mantiver, haverá aumento de mais de 65% na incidência da doença e 74% na mortalidade por câncer de pulmão até 2040, em comparação com 2022.

    O trabalho revela também que muitos pacientes, quando procuram tratamento, já apresentam estágio avançado da doença. Isso ocorre tanto na população masculina (63,1%), como na feminina (63,9%). Esse padrão se repete em todas as regiões brasileiras.

    Sul

    O estudo constatou que na Região Sul o hábito de fumar é muito intenso. O Sul brasileiro apresenta maior incidência para o câncer de pulmão, tanto em homens (24,14 casos novos a cada 100 mil) quanto em mulheres (15,54 casos novos a cada 100 mil), superando a média nacional de 12,73 casos entre homens e 9,26 entre mulheres. “Você tem, culturalmente, um relacionamento forte com o tabagismo no Sul do país, o que eleva o consumo do tabaco na região levando aí, consequentemente, a mais doenças causadas pelo tabagismo e mais câncer de pulmão”, observou Scaff.

    Apenas as regiões Norte (10,72) e Nordeste (11,26) ficam abaixo da média brasileira no caso dos homens. Já em mulheres, as regiões Norte, Nordeste e Sudeste ficam abaixo da média brasileira com 8,27 casos em cada 100 mil pessoas; 8,46; e 8,92, respectivamente.

    O Sul também é a região do país com maior índice de mortalidade entre homens nas três faixas etárias observadas pelo estudo: 0,36 óbito em cada 100 mil habitantes até 39 anos; 16,03, na faixa de 40 a 59 anos; e 132,26, considerando maiores de 60 anos. Entre as mulheres, a Região Sul desponta nas faixas de 40 a 59 anos (13,82 óbitos em cada 100 mil) e acima dos 60 anos (81,98 em cada 100 mil) e fica abaixo da média nacional (0,28) entre mulheres com menos de 39 anos: 0,26 a cada 100 mil, mesmo índice detectado no Centro-Oeste, revela o estudo.

    Em ternos de escolaridade, o trabalho revelou que, independentemente da região, a maioria dos pacientes com câncer de pulmão tinha nível fundamental (77% para homens e 74% para mulheres). A faixa etária de 40 a 59 anos de idade concentra o maior percentual de pacientes com câncer de pulmão: 74% no caso dos homens e 65% entre as mulheres.

    Embora as mulheres apresentem taxas mais baixas de incidência e de mortalidade do que os homens, a expectativa é que mulheres com 55 anos ou menos experimentem diminuição na mortalidade por câncer de pulmão somente a partir de 2026. Já para aquelas mulheres com idade igual ou superior a 75 anos, a taxa de mortalidade deve continuar aumentando até o período 2036-2040.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Brasil ocupa papel de destaque no combate ao tabagismo nas Américas

    Brasil ocupa papel de destaque no combate ao tabagismo nas Américas

    O Brasil está entre os países mais avançados do mundo no combate às mortes e doenças causadas pelo tabaco. De acordo coma plataformaProgress Hub, que monitora a implementação das propostas da Convenção-Quadro daOrganização Mundial da Saúde (OMS) para o Controle do Tabaco, o Brasil ocupa o1º lugar na região das Américas em propostas como redução da interferência da indústria, regulamentação do conteúdo dos produtos de tabaco e coordenação da vigilância e da investigação dos produtos ligados ao tabagismo. O Dia Nacional de Combate ao Fumo foi celebrado esta semana.

    Adotada em 2003, a convenção é um dos tratados de maior adesão na história das Nações Unidas, oferecendo uma estrutura de saúde pública para reduzir o número de mortes e de doenças causadas pelo tabaco, incluindo medidas de preços e impostos para reduzir a demanda, políticas antifumo para oferecer proteção contra a exposição à fumaça, proibições à publicidade, patrocínio e promoção do tabaco, restrições ao comércio ilícito, vendas para jovens e mais. Além de sua posição regional, o Brasil ocupa a 18ª posição entre 180 países em termos de implementação geral do tratado, indicando um grande progresso no combate à epidemia do tabaco.

    Com base em dados do Progress Hub, 12,6% da população adulta do Brasil fuma,7 pontos percentuais menosque a média global. O tabagismo é mais prevalente entre os homens brasileiros (15,9%) em comparação com as mulheres brasileiras (9,6%). Com 5,4%, a prevalência de tabagismo entre adolescentes de 13 a 17 anos no Brasil é menor 5 pontos percentuais que a média global, com prevalência ligeiramente maior entre adolescentes do sexo feminino (5,6%) do que entre adolescentes do sexo masculino (5,3%).

    Preços convidativos

    Pesquisa recente do Instituto Nacional de Câncer (Inca), reforça um fato observado por pesquisadoreshá alguns anos: opreço do cigarro fabricado no Brasil, bem como do cigarro contrabandeado, é baixo.

    “Desde 2017, não há reajuste, nem do imposto que incide sobre os produtos derivados do tabaco, nem sobre o preço mínimo estabelecido por lei. O preço está congelado desde o final de 2016”, afirmao pesquisadorda Divisão de Pesquisa Populacional – Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev) do Inca, André Szklo, autor do estudoO Mercado de Cigarros no Brasil: Novas Evidências sobre Práticas Ilícitas a Partir da Pesquisa Nacional de Saúde 2019.

    Szklo afirmaque, com isso, a cada ano, o preço vai perdendo o seu valor real e fica mais acessível para a população. Internamente, a indústria não realiza aumento nominal no preço do produto.“É uma estratégia que acaba casando: não tem o reajuste da política fiscal sobre os produtos derivados do tabaco e a indústria pressiona para o preço ficar baixo, para inibir o contrabando. E o que a gente já está observando é um reflexo natural na proporção de fumantes entre os jovens e adolescentes, especialmente meninas”, avaliou o pesquisador do Inca.

    De acordo com a coordenadora Sênior do Programa de Pesquisa e Líder Regional para a América Latina do Instituto para o Controle Global do Tabaco (IGTC), Graziele Grilo, o Brasil teve avanços importantes em termos de controle do tabaco, mas ainda é necessário manter uma postura vigilante em relação à saúde pública, pois a indústria do tabaco está sempre inovando. Essa visão trata, especialmente, dos dispositivos eletrônicos para fumar, como cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido:

    “A venda, propaganda, distribuição, fabricação e importação de cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido são proibidas no Brasil. No entanto, um corpo crescente de evidências mostra que a publicidade ou marketing desses produtos persiste inclusive nas mídias sociais, o que pode contribuir para a popularização do produto, apelo e iniciação do uso entre os jovens”, esclareceu Graziele. .

    Segundo o IGTC, o Brasil pode reafirmar sua posição de liderança na luta contra mortes e doenças causadas pelo tabaco com ações adicionais que levam a um progresso contínuo, incluindo o monitoramento da publicidade e do comércio eletrônico, inspeções regulares nos pontos de venda de produtos do tabaco e o estabelecimento de parcerias com agências de controle de fronteira para prevenir o contrabando de dispositivos eletrônicos para fumar. “Ao redobrar seu compromisso como líder na região e no mundo, o Brasil também pode obter uma vitória global no fim da epidemia do tabaco”.

    Edição: Aline Leal

  • Maioria das mortes por tumores no Brasil atinge pessoas de baixa renda

    Maioria das mortes por tumores no Brasil atinge pessoas de baixa renda

    Mais da metade das mortes por tumores no Brasil (55%) ocorre entre pessoas com baixa escolaridade e baixa renda, revela estudo do Observatório de Atenção Primária da Umane, com base no último levantamento do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde de 2020. A Umane é uma associação civil independente, sem fins lucrativos, voltada para a articulação e fomento de iniciativas de apoio ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

    Segundo os dados do SIM, das 229.300 pessoas que morreram por neoplasias (malignas ou benignas) no Brasil em 2020, 126.555 (55%) tinham até 7 anos de estudo; 20% tinham entre 8 e 11 anos de escolaridade e 9,2% tinham entre 12 anos ou mais de estudo. Os dados mostram que a mortalidade é maior entre os que têm menos escolaridade e renda.

    A maioria (52%) das mortes por neoplasias (malignas ou benignas) são de homens e 48%, de mulheres, e 59,2% das vítimas têm mais de 65 anos de idade.

    A melhoria global da qualidade de vida poderia evitar parte desses casos, afirma a diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Rafaela Alves Pacheco, que é médica sanitarista e professora da Universidade Federal de Pernambuco.

    “Os cânceres são múltiplos, mas têm uma relação muito próxima com a qualidade de vida, a organização das cidades, a preservação dos biomas, a alimentação, as condições emocionais, de trabalho e de acesso aos direitos humanos, assim como com a educação, o transporte, a qualidade de vida e os acessos à saúde. Todas essas perspectivas vão nos aproximar ou distanciar de um cuidado efetivo em relação aos cânceres de um modo geral”, diz Rafaela.

    Para a especialista, a atenção primária à saúde, a medicina de família e comunidade podem melhorar esse quadro. “É preciso garantir o cuidado integral em saúde, a prevenção, a promoção e o acesso [a tratamentos] em qualquer situação do câncer. Então, é garantir o fortalecimento dos sistemas de saúde”, recomenda.

    Segundo a médica, o câncer não escolhe classe social, mas as populações pobres sofrem mais. “Em relação ao câncer, todas as classes sociais são atingidas, mas existem os rincões de pobreza e miséria. Então, é bastante diferente para quem é mais pobre e não tem acesso e, por conseguinte, acabam tendo maior incidência de cânceres, de um modo geral.”

    De acordo com a especialista, a solução são ações de equidade em saúde. “Precisa dar mais para quem precisa mais. Se temos populações que são mais vulneráveis aos cânceres, estas precisarão ter aporte de recursos e de providências sanitárias e sociais diferenciados. Nesse sentido, fortalecer o sistema universal de saúde é fortalecer a atenção primária, com as equipes de estratégia de saúde da família que estão mais próximas de onde as pessoas moram e trabalham.”

    Promoção à saúde

    Na visão da sanitarista, é preciso garantir que esse público tenha aporte maior de promoção à saúde, bem como fácil acesso aos serviços de atenção primária em saúde. “Na perspectiva da prevenção de saúde, precisamos ter protocolos estruturados, linhas de cuidado que farão a detecção precoce, o rastreamento baseado em evidências e protocolos clínicos, quando realmente são necessários e podem diminuir tanto a morbidade quanto a mortalidade, inclusive garantindo cuidados paliativos, garantindo que o paciente consiga ter uma sobrevida e uma qualidade de vida diante do que é possível.”

    Rafaela destaca que nem todas essas dimensões são da área de trabalho da atenção primária à saúde. “Estão em outros níveis de atenção, mas podem e devem estar de forma conectada com a atenção primária à saúde, com o melhor para cada uma dessas situações.”

    A médica ressalta que existem políticas públicas que visam aumentar o acesso da população de baixa escolaridade às informações, mas que a complexidade dos problemas necessita de ações intersetoriais. “O problema é sanitário, mas também é ambiental e social. Então nós vamos precisar de muitas mãos, e de muitos setores da sociedade civil organizada e das políticas públicas que estejam atuando conjuntamente”.

    A médica aponta uma série de fatores que devem ocorrer junto com os cuidados em educação e saúde. “O próprio sistema educacional brasileiro pode e deve ajudar, sobretudo com as crianças, adolescentes e adultos jovens, garantindo esse conhecimento, esse automonitoramento, a melhora da própria escolaridade, o que vai fazer também com que o acesso à própria educação e à saúde aconteça de forma mais partilhada e impactante. A garantia da alimentação saudável, de atividade físicas, do combate ao tabagismo, da melhora dos índices ponderais, na perspectiva da obesidade”, exemplifica Rafaela.

    Para ela, o controle e a melhora alimentar também dizem respeito ao combate ao uso de agrotóxicos e aditivos químicos e ao controle da poluição do ar, das águas e das florestas.  “Com o respeito aos nossos biomas, a garantia de políticas públicas indutoras de acesso à alimentação saudável, à comida de verdade, que não seja repleta de ultraprocessados, para que haja melhora metabólica e de bem-estar. Precisamos diminuir o sal na alimentação, de um modo geral. Não é só o saleiro da pessoa, precisa ter um regramento que garanta que as opções disponíveis sejam de fato compatíveis com a saúde de boa parte da população.”

    Rafaela lembra que o Brasil tem grande número de hipertensos e diabéticos e que estes são fatores para o surgimento de cânceres e outros adoecimentos. “A alimentação melhorando, torna-se menos inflamatória e menos cancerígena”, destaca.

    Papel dos agentes

    O médico Gilberto Amorim, da Oncologia D’Or do Rio de Janeiro, ressalta que muitos dos fatores de risco para diferentes tipos de câncer podem ser de alguma maneira modificados ou reduzidos e que, para isso, o agente de saúde tem papel fundamental.

    “A população com baixa escolaridade precisa conhecer mais esses fatores de risco e, aí, o alcance dos agentes de saúde é maior do que de qualquer outro profissional da área. Por exemplo, a obesidade é um fator de risco para vários tipos de doença. Por isso, é fundamental que o agente de saúde alerte aquela pessoa sobre os riscos para o diabetes e doenças vasculares e também para vários cânceres”, diz o oncologista.

    De acordo com o oncologista, o agente básico de saúde alcança essa população mais desfavorecida porque tem uma linguagem que é fácil de ser entendida, menos rebuscada do que a dos médicos, e conseguem ter uma capilaridade incrível no Brasil inteiro. “Eles podem falar de muitas coisas e contribuir para reduzir o risco de determinados tipos de câncer.”

    As medidas de prevenção para os tipos de câncer mais prevalentes em adultos são, de modo geral, relacionadas ao controle dos principais fatores de risco, como tabagismo, consumo excessivo de álcool, alimentação inadequada e obesidade.

    Edição: Nádia Franco

  • Prefeitura oferece tratamento contra o tabagismo; saiba onde procurar ajuda

    Prefeitura oferece tratamento contra o tabagismo; saiba onde procurar ajuda

    A Prefeitura de Cuiabá, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), oferece tratamento contra o tabagismo aos pacientes que buscam se livrar desse vício, através de grupos de Terapia Cognitiva e Comportamental (TCC), nas unidades básicas de saúde dos seguintes bairros: Cidade Verde, Quilombo, Tijucal, Despraiado, Santa Terezinha, Bela Vista, Jardim Fortaleza e Santa Laura.

    No Programa Municipal de Cessação ao Tabagismo, os pacientes participam de grupos para cessação do hábito de fumar e têm acesso a medicamentos e práticas integrativas e complementares em saúde (PICS). De acordo com a responsável técnica do programa, Silvana Ferreira, o objetivo é reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco. “Em relação aos grupos de tabagismo, a cidade, hoje, conta com oito unidades cadastradas realizando grupos de combate ao tabagismo, atendendo em torno de 100 pacientes. Estamos quase finalizando o projeto para iniciação dos grupos na própria sede da Secretaria Municipal de Saúde e em andamento para firmar parcerias com as residências terapêuticas de saúde mental, para tratar os dependentes de nicotina”, explica.

     

    O tratamento 

    No caso dos iniciantes, as reuniões acontecem em quatro etapas. Na primeira, o fumante aprende porque fuma e como isso afeta sua saúde. Na segunda, ele aprende a lidar com os primeiros dias sem cigarro e os sintomas da síndrome de abstinência. Na etapa seguinte, a reunião destaca os desafios para permanecer sem cigarro e esses são colocados em prática, como, por exemplo, a realização de atividades físicas. Finalizando, no quarto encontro do grupo, o diálogo gira em torno dos benefícios indiretos e, em longo prazo, ao parar de fumar, como a melhora da autoestima e a diminuição do risco de doenças do coração.

    Após os quatro módulos, o paciente passa a utilizar a goma de mascar e o adesivo de nicotina, que auxilia a parar de fumar, reduzindo os sintomas da síndrome de abstinência. O tratamento completo dura cerca de um ano.

    A coordenadora Silvana Ferreira salienta que, após a suspensão dos atendimentos eletivos por conta da pandemia de covid-19, as atividades foram retomadas em janeiro deste ano. “Estamos no empenho de preparar os nossos profissionais de saúde para que o programa se expanda a mais unidades do município. As equipes, compostas por médicos, enfermeiros, dentistas e técnicos, irão participar de uma capacitação sobre a abordagem ativa contra o tabaco, que ocorrerá nos dias 01 e 02 de setembro”, afirma.

    Os interessados em participar do tratamento para parar de fumar, devem se dirigir às unidades básicas de saúde citadas anteriormente mais próximas de suas casas e solicitar o cadastro. Mais informações podem ser obtidas pela coordenação do Programa Municipal de Cessação ao Tabagismo, pelo telefone 3617-7364.

     

  • Como parar de fumar usando óleos essenciais

    Como parar de fumar usando óleos essenciais

    O vício em cigarro e tabaco é bastante prejudicial à saúde. E isso todo mundo sabe, inclusive as pessoas que fumam regulamente. Entretanto é importante lembrar que quem possui esse vício nem sempre tem desejo de mantê-lo, mas por se tratar de um vício há uma dificuldade grande de conseguir parar definitivamente com este hábito nocivo.

    O cigarro está ligado a questões emocionais

    Como se sabe a maioria das pessoas que fuma recorre ao cigarro como uma espécie de válvula de escape, e por isso mesmo é comum sofrer de irritação, nervosismo e ansiedade. Curiosamente quando uma pessoa sofre com pelo menos um desses três problemas se ela não fuma acaba sofrendo com a compulsão alimentar.

    Em ambos os casos essas válvulas de escape atrapalham a rotina das pessoas por serem questões emocionais que precisam ser melhor cuidadas. E quando desemboca no vício de cigarro a pessoa acaba entrando em um círculo vicioso que, sem perceber, logo compromete a sua saúde em médio e longo prazo.

    Se você é uma pessoa bem informada com certeza já viu vários casos de pacientes acometidos pelo câncer, problemas respiratórios, pressão arterial e cardíacos que foram ocasionados exatamente pelo cigarro.

    Como deixar de fumar sem sofrer

    Existem vários métodos propostos para ajudar os fumantes a largarem o cigarro, mas nem todas as pessoas conseguem ter sucesso. Foi pensando nisso que eu resolvi compartilhar aqui neste post uma receita de palitos para deixar de fumar. É algo bastante simples e eficaz. Confira a receita a seguir!

    Ingredientes

    • 2 colheres (sopa) de óleo de coco fracionado da marca doTerra
    • 15 gotas de óleo de pimenta preta ( Black Pepper ) doTerra
    • 15 gotas de óleo de casca de canela ( Cinnamon Bark ) doTerra
    • 80 palitos de madeira
    • Recipiente em vidro com tampa.

    Como fazer

    Comece enchendo o fundo do recipiente de vidro com o óleo de coco fracionado e acrescente um pouco de água. Pingue as gotas de óleo de pimenta e canela e misture.  Coloque os palitos na vertical de forma a ficar em contato com o óleo. Deixe repousar durante a noite para que os palitos absorvam bem o óleo. Utilize antes e sempre que surgir a vontade de fumar.

     

    Vale lembrar que os ingredientes daTerra utilizados aqui são eficazes para a redução dos sentimentos de inquietação que são bastante próprios de quem tem o vício no cigarro. Teste essa receita e compartilhe a sua experiência e compartilhe conosco seus resultados.

    Use apenas a marca doTerra não tente de outra forma, nossos produtos são únicos certificados com o selo CPTG ( Certificado de Pureza Testada Garantida ). A pureza de um óleo essencial é a sua característica mais importante. Um óleo essencial que não seja puro representa o risco de germes e metais pesados ou adulterados no seu corpo, o que pode provocar irritações, efeitos adversos ou até mesmo doenças.


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  • Projeto obriga Estado a fornecer medicamentos para tratamento do tabagismo

    Projeto obriga Estado a fornecer medicamentos para tratamento do tabagismo

    A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa deve se posicionar, nos próximos dias, sobre projeto de autoria do deputado Romoaldo Júnior (PMDB) que dispõe sobre medicamentos e tratamentos indicados nos casos de distúrbios correlatos, para a população em geral, portadora de dependência química advinda do tabagismo e dá outras providências.

    A matéria prevê que o Poder Executivo seja obrigado a implantar na rede de saúde pública, o fornecimento gratuito de medicação e tratamento especializado de distúrbios para a população em geral, portadora de dependência química causadas pelo tabagismo, desde que a dependência ao tabaco seja diagnosticada por uma junta médica e apresentados exames médicos comprobatórios.

    De acordo com a proposta, o fornecimento deve ser gratuito permanente e contínuo e além do fornecimento gratuito de medicação para o tratamento destes distúrbios, os pacientes receberão, também, orientação nutricional, psicológica e psiquiátrica, através de especialistas aptos para sua implementação. A distribuição se dará através do Sistema Único de Saúde – SUS.

    tratamento contra tabagismo e pautado em avaliacao comportamental explica pneumologista
    O tabagismo é uma doença crônica que afeta aproximadamente 10% da população brasileira – Foto por: Assessoria | SES/MT

    Ao justificar a proposta, o parlamentar lembrou que o tabagismo é uma dependência química; uma doença crônica progressiva e que afeta pessoas de qualquer idade, raça, cor, e nível sócio econômico ou intelectual. E, o consumo de tabaco é uma pandemia que afeta a comunidade em áreas importantes como Educação, Segurança e Saúde. O

    O consumo de cigarros em escala mundial é tão alarmante que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o tabagismo uma epidemia de graves consequências para a saúde pública. O tabagismo é principal fator de risco evitável de morte e provoca 4,9 milhões de mortes todos os anos. A perspectiva da OMS é de que em 2030 esse número chegue a 10 milhões de mortes por ano — o que nos mostra que, se atitudes não forem tomadas, o número de óbitos duplicará.

    No Brasil, o tabagismo é responsável pela morte de 23 pessoas por hora; 25% das mortes causadas por doenças coronarianas; 85% por bronquite e enfisema; 90% dos casos de câncer de pulmão (sendo que um terço desse número é formado por fumantes passivos); 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer e 25% de doenças vasculares. Um em cada dois fumantes tem morte prematura e um em cada quatro fumantes apresenta perda de 25 anos de vida. Outros tipos de câncer relacionados com o uso do cigarro são: câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero.

    “Esses pacientes necessitam ser especialmente assistidos para que possam desenvolver regularmente suas atividades, sem que os sintomas perversos reduzam a capacidade de viver de maneira digna”, defende Romoaldo. Para ele, a ampla distribuição de tais medicamentos, além de dar efetividade a um direito básico da cidadania, desonerará, a médio prazo, o Sistema Público de Saúde com relação aos custos com procedimentos cirúrgicos, reabilitação e afastamentos do trabalho e aposentadorias precoces.

    No entendimento dele, os altos preços praticados na comercialização de medicação necessária no tratamento de fumantes impedem sua aquisição pela esmagadora maioria da população e “disponibilizar esta medicação através do Sistema Único de Saúde é questão de saúde pública, evitando que homens e mulheres venham a óbito, já que o tratamento em clínicas de saúde particulares, chega a custar uma média de mais de R$ 1 mil/mês”.