Tag: SUSTENTABILIDADE

  • Créditos de reciclagem criam novas oportunidades, diz ministro

    Créditos de reciclagem criam novas oportunidades, diz ministro

    Com mais de 800 mil pessoas engajadas em atividades relacionadas à reciclagem e à venda de resíduos sólidos, o Brasil visa ampliar as políticas de reaproveitamento e oportunidades de renda para o setor, disse o ministro do Meio Ambiente Joaquim Leite em entrevista ao programa A Voz do Brasil.

    Criado pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Ministério da Economia e lançado hoje (13) no Palácio do Planalto, o programa Recicla+ visa criar novas oportunidades de renda e trabalho para catadores, além de estabelecer um sistema de leilão reverso de embalagens para empresas.

    Segundo explicou Leite, os créditos de reciclagem agregam valor a produtos que podem ser retornados ao fabricante após o uso e devidamente reaproveitados. “Tínhamos um desafio: lixo que não tem valor algum. Você enxerga isso nas cidades e nas ruas. Quando você traz valor ao resíduo, você consegue transformar ele em uma nova cadeia de crescimento verde e reciclagem, e transformar o catador de lixo em um agente de reciclagem. Esse agente terá possibilidade de receber mais e ter renda extra”, afirmou.

    O ministro informou que a iniciativa também passa pela conscientização e participação dos consumidores, que devem estar atentos à separação adequada dos tipos de resíduos e da forma como dispensam o lixo em suas casas.

    “Essa cadeia toda começa no consumidor, na gestão de resíduos sólidos. A parte mais difícil é separar o lixo. Imagine que separando aqui você está contribuindo com a geração de um emprego e com a proteção da natureza. Os dois têm o mesmo objetivo: melhor qualidade ambiental nas cidades”, explicou.

    Joaquim Leite falou ainda que o governo federal encara iniciativas da chamada “economia verde” como prioritárias, e que o ministério se esforça para criar soluções lucrativas e ao mesmo tempo sustentáveis, como os créditos de reciclagem.

    Veja na íntegra:

    Destaques do dia:

    Brasil registra reciclagem de 98,7% de latas de alumínio em 2021

    O Brasil reciclou aproximadamente 33 bilhões de latinhas de alumínio em 2021, o que representa 98,7% de reaproveitamento do material produzido ao longo do ano. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (13) pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas). » Leia mais

  • Banco do Brasil lança solução de crédito para preservação ambiental no campo

    Banco do Brasil lança solução de crédito para preservação ambiental no campo

    O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira (7) a emissão de sua primeira Cédula de Produto Rural voltada à preservação, solução financeira que oferece ao produtor crédito e recursos para apoiar e fomentar o cuidado que ele dedica à sustentabilidade no campo. O lançamento teve a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, e dos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes; da Economia, Paulo Guedes; do Meio Ambiente, Joaquim Leite; e da Infraestrutura, Marcelo Sampaio.

    Criada a partir de metodologia desenvolvida pelo banco e amparada pela Lei 13.986/20 e Decreto nº 10.828/21, essa modalidade de crédito possibilita a monetização da área preservada, tendo como lastro para a emissão do financiamento a vegetação nativa do imóvel rural.

    De acordo com o banco, a solução gera recursos adicionais para suportar custos e despesas das atividades produtivas e de conservação, agregando valor à sua atividade e produtos em função da adoção de ações voltadas à preservação do meio ambiente. Os valores financiáveis são estabelecidos por bioma de localização do estabelecimento rural (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal), possibilitando a geração de recursos sobre as áreas de vegetação nativa das propriedades rurais, como reserva legal, áreas de preservação permanente e áreas excedentes de preservação.

    “Ao lançar a CPR Preservação, o Banco do Brasil estabelece um marco, cria um parâmetro de repercussão mundial quando se fala em desenvolvimento do agronegócio e preservação do meio ambiente. Disponibilizamos uma solução que reforça nossa parceria com os nossos clientes produtores rurais, a partir de critérios que nos colocam na vanguarda mundial do crédito ambientalmente sustentável. Esse lastro ambiental cria possibilidades para que investidores externos possam aportar recursos em nosso país com o objetivo de apoiar a preservação de nossa fauna e flora”, ressalta o presidente do BB, Fausto Ribeiro.

    A primeira operação de BB CPR Preservação foi realizada com o produtor Francisco Malta Cardozo, proprietário da Fazenda Alpes, localizada em Santa Lúcia (SP), empreendimento que se destaca pela preservação das áreas de vegetação nativa, biodiversidade e recursos naturais. A emissão da CPR conta com certificação externa de terceira parte da Global Certification System, a partir de Relatório de Auditoria de Sustentabilidade emitido pela CS Ambiental.

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  • Aplicativo SiFlor Cerrado orienta produtor sobre melhor espécie florestal a ser plantada na propriedade

    Aplicativo SiFlor Cerrado orienta produtor sobre melhor espécie florestal a ser plantada na propriedade

    Com acesso gratuito ao público, o aplicativo Siflor Cerrado disponibiliza por geolocalização informações para um planejamento florestal mais eficiente, adoção da integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e menor risco para o monocultivo florestal no bioma.

    A partir de mapas temáticos são disponibilizadas informações de tipo de solo, textura de solo, vegetação, uso do solo, silvicultura entre outros temas que podem auxiliar de forma estratégica na definição da espécie florestal ou clone, assim como no sistema de cultivo a ser implantado na propriedade.

    O bioma Cerrado ocupa aproximadamente 20% do território brasileiro, tendo como características, de forma geral, topografia plana facilitando a mecanização. No entanto, apresenta solos de baixa fertilidade natural e períodos longos com déficit hídrico, o que dificulta seu uso para atividades agropecuárias e florestais.

    O Siflor, então, apoiará a cadeia de produção de florestas comerciais no bioma Cerrado com recomendações sobre classes de aptidão de espécies e clones, dados climáticos e mapas temáticos (tipos de solo, textura, vegetação e uso), além de viveiros comerciais devidamente registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

    A diretora de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa, Fabiana Vila Alves, explica que todas essas informações estarão disponíveis por geolocalização e na palma da mão via aplicativo para produtores rurais e profissionais ligados à cadeia de florestas comerciais.

    “A ferramenta é de extrema importância para a tomada de decisão, diminuindo o risco e aumentando a qualidade dos sistemas de cultivo implantados nas propriedades. Aliado à ajuda de técnicos, cuja consulta será sempre estimulada, o sistema visa que as plantações florestais no Brasil tenham produtividade ainda mais reconhecida pela sustentabilidade ambiental, econômica e social”, acrescentou.

    O aplicativo reúne 88 espécies florestais e clones já testados na prática. Assim, as recomendações são baseadas em prospecções de campo das espécies florestais alvo do Projeto Siflor Cerrado. Foram amostradas cerca de 1.800 parcelas em propriedades rurais localizadas no bioma, destas foram avaliadas quantitativamente e qualitativamente 88 espécies florestais e clones de Eucalipto, Pinus, Cedro australiano, Mogno africano e Teca.

    As espécies florestais e clones são recomendadas conforme as classes de aptidão: apto superior; apto; apto com ressalva e inapto. Com base nessa classificação a decisão do produtor fica mais fácil e com menos riscos à produção.

    “Isso agiliza o trabalho do produtor, que pode potencializar a produtividade na sua área”, ressaltou a professora Luciana Duque Silva, do departamento de Ciências Florestais da Esalq/USP e coordenadora do projeto.

    O SiFlor Cerrado é fruto de um convênio celebrado entre o Mapa e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), e tem como parceiros realizadores a Universidade Federal do Paraná (UFPR), o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), a Triângulos Tecnologia e a Lang Technologies. Além disso, recebe apoio técnico da Embrapa Agricultura Digital.

    O sistema recebeu apoio financeiro e reconhecimento do Mapa como uma inovação tecnológica que visa promover uma agropecuária brasileira sustentável. Além disso, é alinhado ao Plano Setorial do ABC+, que fomenta a adoção de plantios florestais em três diferentes modalidades: integração lavoura-pecuária-floresta, sistemas agroflorestais e monocultivos florestais. Ao ofertar informações sobre o solo do bioma Cerrado, o sistema se conecta também com o maior programa de investigação do solo brasileiro, o PronaSolos.

    O Siflor Cerrado ainda será incorporado a projetos apoiados pelo Mapa, com atuação no Cerrado. O Programa Rural Sustentável Cerrado e o FIP Paisagens Rurais são exemplos desses projetos cujos propósitos são a promoção de tecnologias de baixa emissão de carbono e a recuperação ambiental.

    Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

  • Engenheiro Ambiental: como esses profissionais conciliam desenvolvimento e sustentabilidade no planeta

    Engenheiro Ambiental: como esses profissionais conciliam desenvolvimento e sustentabilidade no planeta

    Já pensou se existisse um profissional especializado em conciliar o desenvolvimento e a sustentabilidade no planeta? A boa notícia é que esta pessoa existe e sua profissão é celebrada no dia 31 de janeiro. Trata-se do Dia do (a) Engenheiro (a) Ambiental.

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    Para homenageá-los, o programa REM MT conversou com engenheiros e engenheiras que ajudam a fazer a diferença. É o caso da engenheira ambiental e especialista em Geoprocessamento do Subprograma Agricultura Familiar de Povos e Comunidades Tradicionais (AFPCTs), do REM MT (do inglês, REDD para Pioneiros), Larissa Arruda.

    Soluções sustentáveis

    A engenheira destaca ainda que outra grande contribuição social da profissão é oferecer soluções para que empresas e órgãos estatais minimizem a poluição que podem provocar na água, no ar e no solo.

    Recuperação de pastagens

    Outra área em que um(a) engenheiro(a) ambiental pode atuar, juntamente com o(a) engenheiro(a) florestal, é na recuperação de pastagens de propriedades rurais. E é justamente isso que o  engenheiro ambiental Eduardo Souto de Oliveira tem feito como extensionista da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer-MT). Ele aplica seus conhecimentos para recuperar as pastagens de pequenos pecuaristas de gado de corte da zona rural de Juína (752 km de Cuiabá), no bioma amazônico.

    Eduardo – que trabalha há cinco anos na Empaer-MT – detalha que recuperar as pastagens é fundamental para a preservação do meio ambiente. Isso evita, conforme o especialista, que novas áreas verdes dentro da propriedade sejam devastadas para colocar o gado.

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    Algumas dessas técnicas, conforme o extensionista, é a aplicação do Metarhizium (inseticida biológico para o controle das pragas que atacam as pastagens) e a rotação de animais, em que a área de pasto é dividida para evitar justamente a abertura de novos pastos por meio do desmatamento.

    Conscientização

    Eduardo destaca ainda que após anos de trabalho de orientação e conscientização, observou que os produtores rurais têm buscado trabalhar de maneira mais sustentável.

    Apoio

    Atualmente, cerca de 357 propriedades de gado de corte na região de Juína são atendidas com recuperação de pastagens pelo Subprograma Produção, Inovação e Mercado Sustentáveis do REM-MT e pela Empaer-MT. Até dezembro de 2022, o objetivo do PIMS é alcançar 1.950 propriedades, que terão seus pastos recuperados e melhorados de uma maneira que aumente a renda dos produtores ao mesmo tempo que preserve o meio ambiente.

    Inclusive, uma dessas propriedades deve se tornar uma Unidade de Referência Técnica (URT), que será um espelho de desenvolvimento sustentável para as demais da região. E o trabalho da engenharia ambiental tem sido fundamental para que isso se torne realidade.

    “Por isso tudo isso, o REM Mato Grosso parabeniza a todos os engenheiros e engenheiras pela importante contribuição social!”

  • Comunidade indígena Zoró inaugura fábrica de beneficiamento de Castanha do Brasil

    Comunidade indígena Zoró inaugura fábrica de beneficiamento de Castanha do Brasil

    A comunidade indígena extrativista Zoró, no município de Rondolândia, região Noroeste de Mato Grosso, está mostrando que é possível produzir em grande escala com sustentabilidade. Após coletar 70 toneladas de castanha do brasil e revender para uma indústria carioca, a comunidade está dando mais um passo importante em suas atividades. Em meados de março, deve inaugurar uma fábrica de beneficiamento de castanhas do Brasil, o que vai potencializar ainda mais a produção dos indígenas, trazendo mais renda e qualidade de vida à etnia.

    De acordo com Paulo Nunes, que é o coordenador geral do projeto Sentinelas da Floresta, da Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena (ADEJUR), a fábrica terá 100 metros quadrados e contará com toda infraestrutura para que os indígenas beneficiem as castanhas que são coletadas em plena floresta amazônica, agregando ainda mais valor às amêndoas.

    A ADERJUR foi a proponente do projeto Sentinelas da Floresta, financiado pelo REM MT (do inglês, REDD para Pioneiro). O Programa aportou recursos na ordem de R$ 1,4 milhão, que servirá para construir a fábrica e custear outras ações – dentro do projeto – que irão beneficiar a comunidade.

    “A fábrica contará com equipamentos, como secador rotativo para castanha, autoclave, selecionador, quebrador de castanha automatizado e manual, balanças, embalador a vácuo e outros. E além da construção do prédio da fábrica e da compra de equipamentos, os recursos do projeto também serão destinados ao treinamento dos indígenas”, enfatiza Paulo.

    Produto mais valorizado

    Nunes explica ainda que os Zoró coletam a castanha de forma in natura e a comercializam para diferentes compradores. Mas, com a fábrica, esse processo será potencializado, valorizando a produção da comunidade.

    Para se ter uma ideia, só na última remessa de vendas, a Cooperativa de Produção do Povo Indígena Zoró (COOPERAPIZ) conseguiu um valor de R$ 500 mil pelas castanhas in natura, a partir da coleta de 70 toneladas do produto, referente a safra mais recente iniciada em dezembro e que terminará no final de maio.

    “Se a fábrica já estivesse funcionando esse valor de meio milhão subiria para, no mínimo, em R$ 800 mil, já que os Zoró iriam comercializar o produto beneficiado, ou seja, totalmente descascado,que acaba sendo a preferência das empresas especializadas nesse ramo”, destaca o coordenador da ADEJUR.

    Fortalecimento das cadeias produtivas

    A fábrica é apenas umas das metas do projeto apoiado pelo REM MT, que prevê em linhas gerais a estruturação e o fortalecimento das cadeias produtivas de valor da Castanha do Brasil e também do Babaçu na comunidade extrativista Zoró e em Juruena MT.

    Somado à instalação da fábrica, o Sentinelas da Floresta estipula ainda apoio aos Zoró para a gestão e acesso a comercialização para mercados institucionais e empresariais da castanha.

    “Esse apoio envolve 11 aldeias e 100 mulheres e homens na coleta, beneficiamento e comercialização em Rondolândia”, detalha o coordenador do projeto.

    Apoio financeiro

    Ao todo, o REM MT investe R$ 1,4 milhão no Sentinelas da Floresta, que faz parte da chamada de projetos 03/2020 do Subprograma Agricultura Familiar de Povos e Comunidades Tradicionais (AFPCTs) do Programa REM MT, e que serão investidos em quatro associações de base comunitária indígenas e de agricultores familiares da região Noroeste de Mato Grosso.

  • Indígenas Zoró coletam 70 toneladas de castanha do Brasil com apoio do REM MT

    Indígenas Zoró coletam 70 toneladas de castanha do Brasil com apoio do REM MT

    A Terra Indígena Zoró, localizada no município de Rondolândia, na região noroeste de Mato Grosso, está celebrando um grande feito. A comunidade formada por cerca de 800 pessoas coletou 70 toneladas de castanha do Brasil em plena floresta amazônica, dando um exemplo de que é possível gerar renda a dezenas de famílias e manter a floresta em pé. E isso em uma das regiões do estado com maior pressão por desmatamento, devido à pecuária extensiva e à extração ilegal de madeira, conforme dossiê elaborado pelo Instituto Socioambiental (ISA).

    De acordo com Ademir Ninija, presidente da Cooperativa de Produção do Povo Indígena Zoró (COOPERAPIZ), as 70 toneladas de castanha coletadas pelos Zoró estão avaliadas em mais de meio milhão de reais e a venda está sendo negociada com uma indústria especializada em amêndoas no Rio de Janeiro.

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    Foto: ADERJUR e Comunidade Zoró

    “A castanha valorizada possibilitou o aumento de renda das famílias, que passaram a comprar mais alimentos, além de vestimentas e outros utensílios importantes para o dia-dia, como eletrodomésticos. Foi uma grande transformação! Um coletor individual pode faturar, em média, R$ 1,9 mil nos três meses de período da safra (entre dezembro e fevereiro). Já para uma família, essa renda é de R$ 4 mil.”, comemora Ademir.

    PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE

    Ele conta ainda que devido à forte tradição de seu povo no extrativismo, quase toda a comunidade participa da atividade anualmente, sejam crianças, homens ou mulheres.

    “Somente os mais idosos deixam de ir. Nesta última safra, a ação comunitária envolveu mais de 600 indígenas. Desde pequeno a gente aprende que esse fruto é a nossa fonte de renda, ao mesmo tempo que nos ajuda a preservar a natureza e defender o nosso território”, destaca Ninija.

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    Os Zorós, desde pequenos, são envolvidos na coleta de castanha do Brasil na floresta amazônica. (Foto: ADERJUR)

    SAFRA

    Quem também tem comemorado os resultados atuais da safra é o Panderewup Zoró – o cacique geral da comunidade. Ele explica que a época da coleta é dividida em dois períodos. A primeira fase, que os indígenas chamam de “Safra de Natal”, vai de 15 a 28 de dezembro, que foi justamente o período em que os Zoró coletaram as 70 toneladas da amêndoa.

    “É quando a castanha é mais procurada pelos atravessadores e compradores regulares. Nesta época é que se regula o preço da castanha. E na região os Zoró tem a tradição em regular o preço no mercado local e regional, devido iniciarem a coleta mais cedo e estarem organizados na produção e venda coletiva. Este benefício de preço justo se estende aos demais povos indígenas da região”, detalha o cacique.

    Já o segundo período, conforme a liderança, é a continuidade da coleta que começou agora neste mês de janeiro e segue até o final de fevereiro. Nesta época o trabalho é maior, “pois a castanha pode estar mais molhada, e mais longe, por isso, antes de enviar para o mercado, para garantir a qualidade, recomenda-se lavar e até mesmo secar”, explica Panderewup.

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    Foto: ADERJUR e Comunidade Zoró

    Ao final dos dois períodos, espera-se que os Zoró coletem mais de 140 toneladas de castanha do Brasil, o que já está sendo considerado uma safra recorde, de acordo com Lígia Neiva, coordenadora técnica local da Fundação Nacional do Índio (Funai), no município de Rondolândia, onde fica a Terra Indígena Zoró. Neiva dá suporte há anos ao trabalho de etnodesenvolvimento com a atividade extrativista na comunidade.

    COMERCIALIZAÇÃO

    Mas, para onde vai tanta castanha? É aí que entra o projeto Sentinelas da Floresta, da Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena (ADERJUR), que é financiado pelo Programa REM MT (do inglês REDD para Pioneiros).

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    Foto: ADERJUR e Comunidade Zoró

    O projeto articulou a venda de mais de 60 toneladas do produto junto a uma empresa do Rio de Janeiro especializada na comercialização da amêndoa. A negociação está na reta final e calcula-se que a venda será no valor de R$ 550 mil.

    “A nossa estratégia é vender o produto à vista para um único comprador que tenha poder de compra em escala. Dessa forma, os ganhos para os extrativistas ocorrem de maneira muito mais rápida”, destaca Paulo Nunes, engenheiro agrônomo e coordenador geral do Projeto.

    Para além da renda, a questão ambiental

    Ninija observa ainda que outro aspecto importante do projeto, além da geração de renda, é a preservação e a fiscalização do território.

    “Preservamos, porque sem a floresta a gente perde a nossa fonte de renda, e, por outro lado, também perdemos a nossa cultura de pescaria com timbó (pesca secular dos Zoró), que é feita no Rio Branco, que banha a nossa aldeia. E a castanha também ajuda a gente a fiscalizar o território, pois, através da coleta na floresta, a gente verifica a entrada de possíveis invasores, como madeireiros, posseiros e pescadores”, detalha.

    Mantendo a floresta em pé

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    Foto: ADERJUR e Comunidade Zoró

    Marcos Balbino, coordenador do subprograma Agricultura Familiar de Povos e Comunidades Tradicionais (AFPCTs) do REM MT, ressalta que uma das principais metas do seu subprograma é fortalecer a atividade econômica dessas cadeias de valor, uma vez que são práticas que ajudam a manter a floresta em pé.

    “Quando você traz esse aprimoramento dos processos produtivos e financeiros, vem junto com eles a consciência de conservação ambiental, pois o número de castanheiras na área é limitado.E as famílias têm noção de que esse recurso natural não pode acabar ao longo do tempo. Porque senão, acaba também a fonte de renda já desenvolvida”, explica o gestor.

    Cobiçada no exterior

    Com alto valor nutritivo e com vários benefícios à saúde, a castanha do Brasil é um dos produtos nacionais mais cobiçados no exterior. As amêndoas, ricas em proteínas e vitaminas, podem ser consumidas como alimento ou para extração do óleo, que pode se tornar cremes faciais, shampoos e sabonete líquido. Para a saúde humana, o consumo diário do alimento melhora a absorção de selênio no organismo, controlando assim o nível de colesterol no sangue e reduzindo os riscos de doenças no coração.

  • Mutirão retira mais de 100 quilos de lixo da orla do Rio de Janeiro

    Mutirão retira mais de 100 quilos de lixo da orla do Rio de Janeiro

    Um mutirão de limpeza nas praias do Leme, Copacabana, Ipanema e Leblon, na zona sul do Rio recolheu 106 quilos lixo, uma média de 15kg por ponto de apoio espalhados na orla. A ação, que começou às 10h deste sábado, além de manter as praias limpas para o verão, serve para educar e conscientizar frequentadores e turistas sobre o descarte correto dos resíduos. De acordo com a concessionária Orla Rio, que organizou a iniciativa, os objetos mais inusitados coletados serão expostos na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema.

    A limpeza de hoje faz parte do projeto de sustentabilidade e reciclagem de resíduos, o Recicla Orla. O presidente da Orla Rio, João Marcello Barreto, disse que o trabalho de conscientização é muito importante e o descarte correto do lixo já vem sendo feito. “Há dois anos, a Orla Rio criou o projeto Recicla Orla, que já conta com 56 pontos de entrega voluntárias espalhados pela orla. Temos o dever de cuidar das nossas praias, especialmente no verão, quando elas se tornam o principal point dos cariocas e turistas que visitam a cidade”, contou.

    O público foi convidado a participar e teve a oportunidade de saber mais sobre a importância do descarte correto de resíduos e como isso contribui para o ecossistema. A ação teve apoio da Secretaria Municipal de Esportes, e participação de escolinhas esportivas.

    “Conscientizar a população sobre o descarte correto de resíduos será sempre o melhor caminho. Nosso meio ambiente precisa de todo o cuidado possível para que a nossa e as próximas gerações vivam em um ambiente sustentável”, destacou o secretário municipal de esportes, Guilherme Schleder.

    A Orla Rio é responsável por administrar e revitalizar os 309 quiosques e 27 postos de salvamento da orla marítima da cidade. Em 2019, a concessionária passou a realizar programas de Environmental, Social and Corporate Governance (ESG). Um deles é o Recicla Orla, que é um projeto de sustentabilidade de coleta e reciclagem de resíduos sólidos, criado em parceria com a Polen, startup de sustentabilidade. Desde o início do projeto já foram reciclados mais de 609 toneladas de materiais como plásticos, papéis, vidros e metais.

  • IICA e Fundo Verde do Clima fecham parceria de US$ 100 milhões para projetos de redução das emissões de metano nas Américas

    IICA e Fundo Verde do Clima fecham parceria de US$ 100 milhões para projetos de redução das emissões de metano nas Américas

    Compromisso firmado pelo Brasil e outros 100 países durante a COP-26, a redução de emissões de metano no setor agropecuário ganhou reforço. Nesta semana, o Fundo Verde do Clima (GCF, sigla em inglês) apresentou projeto para buscar reduzir as emissões de metano da pecuária das Américas, em iniciativa que será financiada com recursos da ordem de US$ 100 milhões.

    O anúncio foi realizado durante a cerimônia virtual de posse do diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o argentino Manuel Otero, do qual a ministra Tereza Cristina participou enquanto presidente da Junta Interamericana de Agricultura (JIA). Desde junho do ano passado, o Fundo credenciou o IICA para implementar projetos financiados pela sua carteira de créditos, o que permite ao organismo acesso a recursos que apoiem iniciativas de adaptação e resiliência climática da agricultura e da ruralidade nos países das Américas.

    “Esta parceria entre o Fundo Verde do Clima e o IICA é de extrema importância, pois se vislumbra o financiamento e recursos para o aprimoramento da pesquisa e outras tecnologias de inovação, as quais entendemos que é o caminho a ser trilhado. A redução do rebanho não é uma opção, o que se acredita é que com muita tecnologia e inovação nós vamos conseguir reduzir, e já há estudos para isso, a emissão de metano”, repercute o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério, Fernando Camargo.

    A adesão ao compromisso global de redução de 30% nas emissões é voluntária e o Brasil já desenvolve várias ações que podem contribuir para essa meta. O secretário reforça a criação de gado em sistemas integrados permitindo que as emissões da pecuária sejam absorvidas pela lavoura e pela floresta que coexistem no sistema produtivo. Essa é uma das tecnologias do Plano ABC+, que promove práticas para uma agropecuária de baixa emissão de carbono com meta de redução de mais de 1 bilhão de toneladas até 2030.

    Entre as estratégias que já são utilizadas para reduzir a emissão de metano na pecuária brasileira estão o melhoramento genético de pastagens para desenvolver alimentos mais digestíveis para os animais e o melhoramento genético dos animais, permitindo o abate precoce e, assim, a redução da emissão desses gases. Também está em estudo a utilização de aditivos que podem ser agregados na alimentação animal, com substâncias como algas, taninos e óleos essenciais.

    “Então, esse é o melhor dos mundos: ter um animal geneticamente menos emissor, com uma boa alimentação e num sistema de criação em que se consegue fazer a remoção das emissões”, finalizou Camargo.

    O IICA informou que primeiro passo da iniciativa, que vai contribuir para o desenvolvimento de processos produtivos mais eficientes e abrirá oportunidades tanto para o setor público quanto privado de apresentar seus projetos no continente americano, será a realização de estudos de viabilidade, a partir de um aporte inicial de US$ 1,5 milhão do GCF.

    O GCF, sediado na Coreia do Sul, é um fundo criado pela Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, com uma carteira de US$ 20 milhões. A missão é ajudar países em desenvolvimento a elaborar práticas e tecnologias de adaptação às mudanças climáticas e à mitigação de seus efeitos.

  • De combate ao desmatamento a projetos socioambientais, veja como o REM MT transformou a lógica da preservação em 2021

    De combate ao desmatamento a projetos socioambientais, veja como o REM MT transformou a lógica da preservação em 2021

    Uma infinidade de projetos voltados à preservação ambiental foram desenvolvidos e apoiados pelo Programa REM Mato Grosso (do inglês, REDD para Pioneiros) ao longo de 2021. As ações foram tocadas por meio de quatro subprogramas que atuaram no combate ao desmatamento e no financiamento a projetos de sócio-sustentabilidade aos agricultores familiares, extrativistas, produtores rurais (soja e gado), povos indígenas e comunidades tradicionais, a exemplo dos ribeirinhos e quilombolas.

    “Foi um ano complicado, ainda marcado pelas limitações da pandemia de Covid-19. Nesse contexto,  foi um grande desafio executar os projetos na ponta. Mas, com muita vontade e superação da equipe, conseguimos beneficiar as pessoas que mais precisavam e manter a floresta em pé. Ao fim de 2021, a sensação é de dever cumprindo”, ressalta Lígia Vendramin, a coordenadora geral do Programa REM MT.

    Nesta retrospectiva, a reportagem separou em tópico algumas das principais ações e projetos do REM MT em 2021. Confira:

    Embaixadores europeus acompanharam de perto os resultados

    Em abril, a coordenação do REM MT recebeu a visita dos embaixadores dos países que financiam as ações do Programa.

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    Heiko Thoms (Alemanha) e Peter Wilson (Reino Unido) conheceram de perto como os recursos estão mudando a vida de agricultores e extrativistas familiares da região amazônica de Mato Grosso. Já em Cuiabá, eles se encontraram com o governador do Estado e visitaram a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) para conhecer a tecnologia da constelação de satélites, adquirido pelo REM MT, que monitora em tempo real toda a cobertura vegetal de Mato Grosso, no combate ao desmatamento das florestas.

    “Foi muito importante ver as coisas de perto, não apenas no papel”, resumiu Peter, o embaixador do Reino Unido, que foi até a cidade de Alta Floresta (cerca de 800 km de Cuiabá) conhecer o trabalho dos extrativistas para o beneficiamento da Castanha do Brasil, projeto que é apoiado pelo REM MT.

    A visita também contou com os embaixadores dos Estados Unidos, Todd C. Chapman e Ignácio Ybanez, da União Europeia.

    Presença marcante na COP 26

    Outro grande acontecimento em 2021 foi a participação do programa na Conferência das Nações Unidades sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), que ocorreu na cidade de Glasgow, na Escócia, entre 31 de outubro e 12 de novembro.

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    Lígia Vendramin, coordenadora geral do REM MT, destaca que a COP26 foi a oportunidade de mostrar ao mundo as transformações promovidas pelo REM em Mato Grosso, além de firmar futuras parcerias para a continuidade das ações estruturantes do Programa.

    Ela destaca que em muitas ocasiões durante a COP26, o REM MT foi citado como referência de preservação ambiental pelos governos de Mato Grosso, Federal e principalmente pelos atores internacionais, a exemplo de Maggie Charnley do Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido (BEIS), que é um dos financiadores do Programa REM MT.

    “Isso nos mostrou que, apesar de todas as dificuldades, estamos no caminho certo. Que o investidor tem essa consciência e percepção dos avanços para manter a floresta em pé. Que esses esforços estão sendo vistos e reconhecidos lá fora [do Brasil]”, disse a coordenadora do REM MT.

    Plantios em homenagem às vítimas de Covid

    Um dos momentos mais emocionantes do ano para a coordenação do Programa aconteceu a partir de uma série de plantio de árvores para homenagear as vítimas de Covid-19 em Mato Grosso.

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    A ação, ao todo, ocorreu em 75 municípios que, com o apoio do REM, plantaram cerca de 10 mil mudas em terrenos escolhidos pelas prefeituras dessas cidades. Terrenos que se tornaram verdadeiros memoriais para as famílias que perderam seus entes queridos.

    “Nós queremos homenagear as nossas vítimas plantando uma árvore com o nome de cada uma delas e estabelecendo um espaço onde os familiares possam fazer a visitação e  acompanhar o crescimento dessas mudas e ter um momento de reflexão também”, enfatizou Ivete Mallmann, secretária de Meio Ambiente de Sinop, a 500 km ao Norte de Cuiabá.

    Fortalecimento das instituições de combate ao desmatamento  Em  2021, o subprograma Fortalecimento Institucional do REM MT reforçou ainda mais o seu papel de estruturar os órgãos de fiscalização de combate ao desmatamento e aos incêndios florestais no Estado. Nesse sentido, os setores da fiscalização dobraram a atuação/produtividade após os investimentos realizados pelo setor.

    Um exemplo disso foram as Diretorias de Unidades Descentralizadas (DUDs) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT).

    As compras de equipamentos de escritório, locação de veículos, repasse de diárias, bem como aquisição de tablets e drones, fizeram as unidades aumentar a produtividade em mais de 280% na aplicação de multas por ilícitos ambientais.

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    Para Franciele Nascimento, coordenadora do subprograma, “o principal avanço em 2021 foi o trabalho cooperado entre os diversos órgãos/setores de fiscalização, articulado pela Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento/SU. Os trabalhos desta gerência são alimentados principalmente pelo Planet, sistema de monitoramento por satélite em tempo real do desmatamento no Estado, que é custeado pelo REM”.

    Investimento na agricultura familiar e comunidades tradicionais

    Foram 22 projetos e cerca de 8,5 mil famílias da agricultura familiar atendidas durante 2021. Mais de R$ 32 milhões em investimentos. Os números, por si só, mostram a relevância do subprograma Agricultura Familiar de Povos e Comunidades Tradicionais para produção sustentável e preservação das florestas de Mato Grosso.

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    “Mas, acima de tudo, as ações ajudaram a transformar a realidade social de quem realmente precisava”, destaca Marcos Balbino, coordenador do subprograma.

    Foi o que aconteceu com o pequeno produtor de banana José Borges, de 58 anos, da cidade de Carlinda, no extremo Norte de Mato Grosso, a 760 km de Cuiabá.

    Lá, a chegada do REM permitiu acesso aos insumos e técnicas de extensão rural para melhorar a terra sem a utilização de agrotóxicos. O resultado disso é que sua propriedade deve dobrar a produção de bananas para o ano que vem.

    “O fato do projeto ter arcado com as despesas iniciais, isso pra mim foi muito bom. Eu tenho esperança que esse plantio de banana vai me dar um bom salário, um sustento para minha família”, comemora o produtor.

    Suporte aos indígenas e seus territórios

    Mesmo enfrentando o segundo ano de pandemia de Covid-19, o subprograma Territórios Indígenas não deixou de fazer acontecer os projetos no chão da aldeia em 2021. Para se ter uma ideia, cerca de R$ 9 milhões foram investidos na saúde comunitária, no enfrentamento ao novo coronavírus, na segurança alimentar e no combate aos incêndios florestais nos territórios indígenas no estado.

    Essas ações chegaram, por exemplo, às 20 famílias da aldeia Divina Providência, na Terra Indígena Xavante de São Marcos, Nordeste de Mato Grosso. A comunidade recebeu diversas ferramentas e sementes para abrir as roças de toco, que são feitas nos quintais de cada família. Elas já começaram a plantar as sementes de arroz, feijão, milho, abóbora e melancia. Alimentos que irão garantir a segurança alimentar dessas pessoas.

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    “Elas vêm me dizer que agora não faltará comida na comunidade, e que a cada ano eles irão fortalecer mais e mais a produção pra sempre ter estoque grande e segurança alimentar”, disse Pio Xavante, ponto focal da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso (regional Xavante).

    Ainda dentro do eixo segurança alimentar, em abril deste ano, o subprograma distribuiu 3.397 cestas básicas, que atenderam 14 povos indígenas, mais de 3 mil famílias da região Norte e Médio Araguaia do estado.

    Marcos Ferreira, coordenador do Subprograma Territórios Indígenas (STI) avalia que a execução dos projetos em 2021 “transpassaram o caráter emergencial e se converteram em atividades estruturantes”.

    Alcançando uma produção mais sustentável

    Em 2021, o subprograma Produção, Inovação e Mercado Sustentáveis seguiu firme com o objetivo de colaborar com uma produção mais sustentável das principais commodities que movimentam a economia de Mato Grosso: pecuária de corte, soja e madeira tropical.

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    No eixo pecuária, 1300 pequenos e médios proprietários da região Noroeste foram beneficiados com projetos de Ater [Assistência Técnica e Extensão Rural] da Empaer-MT, financiados pelo REM MT.

    Além disso, através da contratação da empresa Agro-Ícone pelo subprograma, foi possível realizar o diagnóstico de oito URTs [Unidades de Referência Técnica], também na região Noroeste. O diagnóstico foi feito pelos técnicos da Empaer, com a possível restauração ecológica dessas unidades, prevista para o início de 2022.

    Já o destaque no eixo de Manejo Florestal Madeireiro foram os ajustes realizados no Sisflora 2.0 [Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais], com previsão de finalização para a segunda quinzena de janeiro do ano que vem. O Sisflora é um sistema que tem como objetivo auxiliar e controlar a comercialização e o transporte de produtos florestais no Estado.

  • REM MT percorre mais 2 mil quilômetros para homenagear às vítimas da Covid-19 no estado

    REM MT percorre mais 2 mil quilômetros para homenagear às vítimas da Covid-19 no estado

    A equipe do Programa REM Mato Grosso (do inglês, REED para Pioneiros) percorreu mais de 2 mil quilômetros para entregar em seis cidades as placas que fazem parte da ação de plantio em homenagem às vítimas de Covid-19 no estado. As quantidades de mudas de árvores que serão plantadas correspondem ao número de mortes por Covid-19 nos municípios que aderiram à homenagem. A iniciativa foi pensada pelo Programa REM em parceria com o setor de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema-MT).

    A equipe saiu de Cuiabá na última sexta-feira (26) para entregar as placas às prefeituras dos municípios de Sorriso, Santa Carmen, Feliz Natal, Sinop, Peixoto de Azevedo e Alta Floresta. As entregas terminaram na segunda (29) e as placas serão fixadas nos terrenos que cada prefeitura escolheu para ação do plantio. Elas contém os seguintes dizeres: “Para cada uma das vidas: Tributo às vítimas da Covid-19 em Mato Grosso – Recuperar a natureza é respeitar a vida humana e renovar a resperança”.

    Em Sorriso (cerca de 400 km de Cuiabá), na primeira parada da equipe do REM MT, a placa foi entregue ao diretor da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Juliano Mezzalira. Lá, a ação de plantio ocorrerá no início deste mês. Ele explicou que a prefeitura já separou a área do memorial às vítimas de covid na cidade. No espaço serão plantadas cerca de 230 mudas: “Vai ser uma árvore por pessoa falecida”, acrescentou.

    Especial de natal

    Já em Peixoto de Azevedo (a 670 km de Cuiabá) a ação de plantio ocorreu no último final de semana. Ela foi registrada em vídeo e será exibida em um telão instalado no centro da cidade no final de dezembro, durante o especial de Natal que será promovido pela prefeitura.

    No dia do plantio, a equipe do REM se deparou com a participação de muitas famílias que se vestiram de branco para homenagear os entes queridos. As placas com as mudas estão no parque ecológico da cidade que passa por um processo de reflorestamento.

    A secretária de Meio Ambiente de Peixoto, Anni Karini Reina, destacou que foram plantadas 130 mudas no parque que correspondem ao número de vítimas de covid na cidade: “Mas posteriormente nós vamos continuar o plantio nesse local, que foi escolhido porque se trata de uma área degradada do município que nós queremos recuperar”, acrescentou Karini.

    Em Sinop (a 500 km de Cuiabá), a secretária de Meio Ambiente, Ivete Mallmann Franke, ressaltou que o memorial às vítimas de covid, para além de uma homenagem, é uma forma de reflexão sobre a pandemia, que ceifou muitas vidas no país. Uma memória, que no entendimento dela, não deve jamais ser esquecida.

    “Nós queremos homenagear as nossas vítimas plantando uma árvore com o nome de cada uma delas e estabelecendo um espaço onde os familiares possam fazer a visitação e acompanhar o crescimento dessas mudas e ter um momento de reflexão também”, enfatizou a gestora.