Tag: SUSTENTABILIDADE

  • Produtores reforçam compromisso com a logística reversa e a sustentabilidade em Mato Grosso

    Produtores reforçam compromisso com a logística reversa e a sustentabilidade em Mato Grosso

    Em Mato Grosso, os produtores rurais têm reforçado o compromisso com a sustentabilidade ao adotar práticas de logística reversa para o descarte de embalagens de defensivos agrícolas. Atenta a essa responsabilidade ambiental, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) é associada ao Sistema Campo Limpo (SCL), um programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias desenvolvido pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV).

    No Brasil, 100% das embalagens de defensivos agrícolas são devolvidas após o uso, e 95% delas são recicladas, transformando-se em novos produtos como tubos para esgoto, conduítes, tampas, dutos elétricos, entre outros. Esse modelo de logística reversa é referência mundial em sustentabilidade no campo e responsabilidade ambiental.

    O produtor rural Leandro Bortoluzzi, do município de Campos de Júlio, destaca que segue rigorosamente todas as etapas do processo, garantindo o reaproveitamento dos materiais e a prevenção de impactos ambientais, uma vez que Mato Grosso é um dos maiores produtores de grãos do país.

    “Aqui na propriedade, nós separamos as embalagens por tipo e tamanho, sendo eles papelão, sacos plásticos e embalagens rígidas de plástico, sempre de acordo com os litros. Cada categoria tem sua alocação correta, o que facilita a contagem e o envio ao ponto de recebimento”, afirma.

    Vale ainda destacar que a Lei Federal nº 9.974/2000 regulamenta a devolução e destinação final adequada das embalagens, promovendo responsabilidade compartilhada entre produtores, comerciantes e fabricantes. E desde 2002, o Sistema Campo Limpo já deu a destinação correta a mais de 750 mil toneladas de embalagens de defensivos agrícolas.

    Para o vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier essa ação é mais um exemplo de que os produtores brasileiros são exemplos em sustentabilidade. “A logística reversa de embalagens é exemplo brasileiro para o mundo. Nós temos, por exemplo, os nossos principais concorrentes, que são os americanos, que não fazem nenhum tipo de logística reversa. Muitas vezes só queimam as embalagens. E o Brasil, mais uma vez, sendo exemplo em sustentabilidade, em cuidado com o meio ambiente e fazendo com que essas embalagens voltem de maneira sustentável para outros fins, criando novos produtos e aproveitando todo o material que é gasto com elas para construir esses recipientes”, acrescenta.

    Outro exemplo de boas práticas vem do produtor Stéfano Passinato, que também atua em Campos de Júlio. Para ele, a logística reversa se inicia no momento em que o os vasilhames são esvaziados para utilização na lavoura até a entrega das embalagens vazias nos locais autorizados.

    “O processo que ocorre aqui na fazenda começa com a utilização dos produtos na lavoura e, no momento em que os vasilhames são esvaziados, nós realizamos a tríplice lavagem. Logo após, a embalagem é inutilizada, ou seja, é realizada uma perfuração, normalmente no fundo do galão, para evitar qualquer reuso indevido. Em seguida, nós guardamos em um depósito para ser encaminhado ao local adequado”, explica Stéfano Passinato.

    Ambos os produtores destacam a importância ambiental da logística reversa, sobretudo no combate ao descarte inadequado dos resíduos. “O procedimento é de grande importância e procuramos fazer nossa parte para garantir a sanidade do meio ambiente, da própria fazendo e da destinação que precisa acontecer”, explicou.

    A adoção de boas práticas e o respeito ao meio ambiente refletem o compromisso da Aprosoja Mato Grosso e dos produtores do setor com a sustentabilidade, preservando os recursos naturais e garantindo a produção responsável de alimentos.

  • Festa do Milho 2025 fortalece economia criativa e sustentabilidade em Lucas do Rio Verde

    Festa do Milho 2025 fortalece economia criativa e sustentabilidade em Lucas do Rio Verde

    A Festa do Milho 2025, promovida pela Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, chega como uma grande vitrine para o potencial da economia criativa do município, unindo tradição, sustentabilidade e inovação, em um evento pensado para impulsionar o desenvolvimento local e engajar a comunidade em ações com impacto social, econômico e ambiental duradouro. O evento também conta com a parceria das secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e Desenvolvmento Econômico, Planejamento e Cidade.

    Com uma programação pautada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), a festa destaca pilares como a inclusão social (ODS 11), trabalho decente e crescimento econômico (ODS 8), produção e consumo responsáveis (ODS 12) e inovação com infraestrutura sustentável (ODS 9). A estrutura do evento foi cuidadosamente planejada para garantir acessibilidade, segurança e conforto a todos os visitantes, com palco, iluminação e som de qualidade.

    Entre os destaques da organização está a presença de 24 empresas de gastronomia, cada uma com uma média de sete colaboradores, gerando mais de 150 empregos temporários. Além disso, a participação de mais de 60 artesãos locais reforça o compromisso com o fortalecimento da identidade cultural e da economia regional.

    Um dos grandes diferenciais desta edição será a presença da Trashin, plataforma especializada em gestão inteligente de resíduos, que monitorará em tempo real todo o descarte e reciclagem durante os dias de festa. Em parceria com a Secretaria de Agricultur e Meio Ambiente e Cooperativa Ecoponto, a meta é reciclar 50% dos resíduos gerados e reduzir em 30% o volume de lixo não reciclado, com dados acessíveis ao público e organizadores, promovendo transparência e educação ambiental.

    A Vigilância Sanitária atuará em todos os estandes de alimentação, assegurando a qualidade e segurança dos alimentos ofertados. Já o programa municipal InPacto Lucas oferecerá suporte com capacitação e acompanhamento de empreendedores, reforçando o compromisso com práticas empresariais sustentáveis.

    Além de proporcionar momentos de lazer, cultura e gastronomia, a Festa do Milho 2025 projeta um retorno econômico estimado em R$ 500 mil, com aumento no turismo regional e valorização da produção local. A mobilização do evento promete não apenas movimentar a economia, mas também fortalecer os laços comunitários e consolidar Lucas do Rio Verde como referência em eventos culturais com responsabilidade socioambiental.

  • Embrapa e setor privado se juntam para consolidar agro sustentável no Brasil

    Embrapa e setor privado se juntam para consolidar agro sustentável no Brasil

    Lançada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a plataforma Agro Brasil + Sustentável (AB+S) tem despertado atenção do setor privado e da comunidade científica como uma ferramenta promissora para consolidar o Brasil como vitrine global da produção agropecuária sustentável. Para Paula Packer, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, a plataforma tem o potencial de aproximar o que é feito nas fazendas do conhecimento gerado na academia — um elo ainda frágil, mas essencial para enfrentar os desafios climáticos globais.

    “O Brasil precisa ajustar a conexão entre a fazenda e o que é feito na academia. A plataforma pode ser uma forma disso ser feito”, afirmou Packer durante o evento “Futuro Regenerativo: O Agro como Solução Climática”, promovido pelo Reset em 10 de abril. “É o momento de sentarmos, olharmos tudo que está sendo feito no país, dos cálculos às métricas. Elas não são jabuticabas, são aceitas internacionalmente, e servem para que o produtor quebre barreiras impostas ao Brasil.”

    Sobre o futuro regenerativo, houve várias discussões sobre as soluções desenhadas, explica a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente. “A Plataforma Agro Brasil mais Sustentável surge como uma iniciativa estratégica para integrar e dar visibilidade às ações sustentáveis do agronegócio brasileiro, conectando produtores, empresas, instituições de pesquisa e políticas públicas”, acredita Packer.

    “Nesse contexto”, disse ela, “o Plano ABC+ (2020-2030) se destaca como um dos pilares centrais da plataforma, ao promover tecnologias e práticas de baixa emissão de carbono na agricultura. Com foco em mitigação e adaptação às mudanças do clima, o plano fortalece a resiliência dos sistemas produtivos e a recuperação de áreas degradadas, contribuindo para a segurança alimentar, a conservação ambiental e o cumprimento dos compromissos climáticos do Brasil”.

    Criada com o objetivo de consolidar e dar visibilidade a boas práticas ambientais já adotadas por muitos produtores rurais, a AB+S começa a ser vista como uma ponte entre o campo e os mercados mais exigentes — inclusive no acesso a crédito com juros reduzidos. Propriedades que demonstram práticas sustentáveis, como o uso de fixação biológica do nitrogênio e manejo de gado com menor pegada de carbono, já podem, por exemplo, pleitear redução de 0,5% na taxa de juros no crédito de custeio do Plano Safra.

    Segundo Ketlin Sfair, gerente do Banco do Brasil, o maior financiador do setor, é fundamental que bancos tenham dados confiáveis para validar a adoção dessas práticas, o que só é possível com tecnologia e monitoramento eficiente — exatamente o que a AB+S propõe.

    A plataforma é gratuita, voluntária e voltada diretamente ao produtor rural, integrando dados de diversos órgãos públicos e também do setor privado. Atualmente, já reúne informações do Cadastro Ambiental Rural (CAR), Ibama, ICMBio, Prodes, entre outros, formando um painel socioambiental do estabelecimento rural.

    De acordo com Lara Souza, coordenadora da iniciativa no Mapa, a proposta é evoluir para um repositório único de práticas sustentáveis, reconhecido também internacionalmente. “É uma grande vitrine da produção agropecuária nacional”, diz Souza. “Empresas de certificação, operadores e comercializadores podem ser leitores e também fornecedores de dados da plataforma. Assim, conseguimos alinhar os incentivos e dar segurança a quem financia ou consome o agro brasileiro”.

    Além de ajudar na capitalização de práticas sustentáveis no Brasil, a plataforma avança para atender exigências globais como a nova legislação da União Europeia para produtos livres de desmatamento, a EUDR. A expectativa é que ainda neste semestre a AB+S disponibilize funcionalidades para que produtores de soja, carne bovina, café e outras culturas reguladas pela EUDR consigam comprovar conformidade ambiental exigida pelo bloco europeu. Soluções similares para os mercados dos Estados Unidos e China também estão sendo desenvolvidas.

    No entanto, como destacou a pesquisadora Paula Packer, esse reconhecimento depende da harmonização de metodologias e métricas já existentes no país — muitas delas, validadas pela ciência brasileira, mas ainda pouco integradas às ferramentas de gestão da produção agropecuária. “Temos métodos aceitos lá fora. Falta consolidar isso num sistema que funcione para todos: do pequeno produtor ao exportador.”

    O avanço da plataforma também passa por desafios técnicos, como a adequação das medições de carbono ao clima tropical. Segundo Carlos Cerri, diretor da CCarbon da USP, os métodos atuais foram desenvolvidos para climas temperados e analisam apenas os 30 cm superiores do solo. No Brasil, para medir corretamente a quantidade de carbono estocado, seria necessário estender essa profundidade para até um metro.

    “Ainda não encontramos um meio termo entre simplificar as avaliações e manter a qualidade da informação”, afirmou Cerri. A busca por soluções mais acessíveis e precisas está no radar da equipe técnica da plataforma, que trabalha com apoio de diferentes ministérios e instituições de pesquisa.

    Apesar de ainda estar em fase inicial, a AB+S já representa um passo estratégico rumo a um agro mais transparente, rastreável e valorizado. Para Paula Packer, a iniciativa pode ajudar o Brasil a superar barreiras comerciais e reforçar sua posição como protagonista global na agenda climática e sustentável.

    “É hora de parar, olhar tudo que já temos feito e integrar esforços. O produtor rural brasileiro já contribui muito para a sustentabilidade – falta mostrar isso ao mundo, com base científica e reconhecimento justo”, destaca Paker.

  • Setor florestal aposta em inovação, tecnologia e sustentabilidade para ampliar negócios

    Setor florestal aposta em inovação, tecnologia e sustentabilidade para ampliar negócios

    A madeira nativa de Mato Grosso é um dos destaques da Feicon 2025, a maior feira da construção civil da América Latina, realizada em São Paulo (SP), entre os dias 08 e 11 de abril. Nesse período, empresários da base florestal do Estado dão início à agenda de negócios do setor para este ano, apostando na qualidade do produto, na inovação e no compromisso com o desenvolvimento sustentável. A participação do empresariado mato-grossense faz parte da estratégia de posicionamento dos produtos locais nos principais eventos nacionais e internacionais, fortalecendo a imagem do Estado como referência em manejo florestal sustentável e fornecimento de itens de alta qualidade para a construção civil. A feira também conta com a presença de autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participa da abertura do 100º Encontro Internacional da Indústria da Construção (Enic), evento realizado dentro da Feicon.

    A programação inclui mais de 50 palestras e painéis na Feiconference, abordando temas como práticas sustentáveis, transformação digital, liderança estratégica e novos modelos de negócios. No espaço do São Paulo Expo, em São Paulo, a Feicon 2025 reúne mais de mil marcas expositoras com expectativa de receber cerca de 100 mil visitantes de 70 países ao longo dos quatro dias de evento.

    Para o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, viabilizar a participação dos empresários do setor em feiras internacionais fortalece a estratégia de posicionar a madeira nativa mato-grossense como um produto diferenciado, sustentável e alinhado às novas demandas do mercado global. “Como presidente do Cipem, sempre defendo e incentivo a presença dos empresários em eventos e feiras, pois são espaços estratégicos para mostrar que a madeira nativa de Mato Grosso, proveniente de manejo florestal sustentável, reúne qualidade, tecnologia, design e inovação. Nosso propósito é ampliar a percepção do consumidor e do mercado da construção civil, evidenciando que construir com madeira é também uma forma de preservar a floresta, gerar empregos e impulsionar o desenvolvimento das regiões produtoras”, destaca Blasius.

    Além de apresentar as potencialidades do setor, o estande mato-grossense na Feicon também se tornou um ambiente para networking, prospecção de negócios e atualização sobre as principais tendências e inovações da construção civil. Para o empresário Felipe Antoniolli, que atua há mais de 15 anos no setor florestal em Mato Grosso, a participação na feira é uma oportunidade de reposicionar a imagem da madeira nativa perante o mercado. “A madeira de manejo sustentável de Mato Grosso tem um diferencial que precisa ser comunicado de forma mais assertiva. Estamos falando de um produto renovável, com origem controlada, que movimenta a economia local e contribui diretamente para a manutenção da floresta em pé. Aqui na Feicon, estamos mostrando que é possível construir com beleza, tecnologia e responsabilidade ambiental”, afirmou.

    Com uma programação diversificada de palestras, workshops e outras atividades, a Feicon 2025 se consolida como um espaço essencial para profissionais da construção civil e da arquitetura se atualizarem sobre as principais tendências, inovações e tecnologias do mercado.

    No primeiro dia da feira, o estande também contou com a presença do presidente e do vice-presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Frank Almeida e Rafael Mason. Estiveram presentes, ainda, o presidente do Sindicato dos Madeireiros de Sorriso (Simas), Flávio Salino Moreira, e executivos de sindicatos empresariais que representam o setor florestal.

  • Governo Federal investirá R$ 24 milhões em estudos de Agroecologia

    Governo Federal investirá R$ 24 milhões em estudos de Agroecologia

    Governo Federal lançou, nesta terça-feira (8/4), a Chamada Pública Unificada de Apoio aos Núcleos de Estudos em Agroecologia (NEAs). Com um investimento de R$ 24 milhões, a Chamada permitirá a submissão de projetos por instituições de ensino e pesquisa em parceria com organizações sociais e comunidades locais. O objetivo é fortalecer os NEAs, promovendo a integração entre ensino, pesquisa e extensão a fim de fomentar sistemas alimentares sustentáveis e inclusivos.

    A iniciativa é fruto da colaboração entre a Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), o Ministério da Educação (MEC), o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o Ministério da Saúde (MS), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A cerimônia de lançamento ocorreu durante a 27ª Reunião Ordinária da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).

    O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli, considerou o momento essencial para as instituições federais de ensino potencializarem suas iniciativas na área da agroecologia. “Nosso governo tem como pauta central a produção de alimentos saudáveis de base agroecológica. Acredito que, por meio das ações de extensão, podemos fazer a diferença nas comunidades e promover a produção orgânica, o desenvolvimento sustentável, a inclusão social e a segurança alimentar”, destacou Bregagnoli.

    “Nós vamos continuar fazendo esse papel da articulação de forma colegiada com os entes governamentais que aqui estão, com os ministérios que apontaram recursos, com a sociedade civil organizada e com as suas associações, para que a gente possa fortalecer a ideia da agroecologia, da comida de verdade, da sustentabilidade, em especial nesse momento em que o Brasil está sediando a COP”, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, que considerou o lançamento da Chamada Pública um evento importante e que retoma oficialmente uma agenda que é prioridade no Governo Federal.

    A Chamada Pública será executada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e os projetos terão vigência de até 30 meses. O lançamento da Chamada reforça o compromisso do Governo Federal com a promoção de sistemas agroecológicos e a valorização do conhecimento tradicional e científico para a promoção de sistemas alimentares, sustentáveis, saudáveis e justos. As inscrições podem ser feitas de 8 de abril a 30 de maio pela Plataforma Nacional de Infraestrutura de Pesquisa (PNIPE).

    Público-alvo – A iniciativa é voltada para estudantes e professores das universidades federais, estaduais ou municipais e das instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica; agricultores familiares, nos termos da Lei da Agricultura Familiar, ou em transição agroecológica ou envolvidos com a produção de base agroecológica ou orgânica; Povos e Comunidades Tradicionais, nos termos do Decreto no 6.040/2007; povos indígenas e quilombolas; agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER); integrantes de iniciativas econômicas solidárias cadastradas no Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários (Cadsol); aquicultores e pescadores artesanais, nos termos da Lei da Pesca e na Lei da Agricultura Familiar; além de gestores, profissionais e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente da Atenção Primária à Saúde.

    NEAs – Os Núcleos de Estudo em Agroecologia e de Produção Orgânica (NEAs) são espaços que integram pesquisa, ensino e extensão, com foco na agroecologia. Eles atuam na construção e socialização de conhecimentos agroecológicos, atendendo às necessidades da sociedade e interagindo com instituições de ensino, pesquisa e extensão. Além disso, os NEAs estabelecem articulações com assentamentos rurais, comunidades tradicionais, povos indígenas, quilombolas, aquicultores e pescadores artesanais, promovendo a agroecologia em diversos territórios.

    Os NEAs são uma das principais inovações da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, promovendo a integração entre ensino, pesquisa e extensão nas universidades e nos institutos federais, estaduais e municipais do Brasil. Essas instituições são fundamentais para garantir a qualidade da produção universitária e a formação de novos profissionais com uma perspectiva agroecológica.

    Esses núcleos também desempenham um papel importante na formação política, ajudando as populações rurais e urbanas a entenderem o contexto histórico e social em que estão inseridas. As ações conjuntas visam promover sistemas alimentares sustentáveis, saudáveis e justos, além de contribuir para a construção de sistemas alimentares resilientes, especialmente no contexto de mudanças climáticas. Os NEAs incentivam a participação social, por meio de parcerias com organizações e comunidades, para fortalecer a agroecologia e a transição agroecológica.

    Rede Federal —Dados da Plataforma Nilo Peçanha informam que há 61 cursos de Técnico em Agroecologia, 29 de Agroecologia e 9 de Auxiliar de Agroecologia oferecidos pelas instituições que compõem a Rede Federal, formada pelos IFs, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, Colégio Pedro II e escolas técnicas vinculadas às Universidades.

  • Senai MT participa de consulta pública sobre projeto de captura e armazenamento de carbono da FS

    Senai MT participa de consulta pública sobre projeto de captura e armazenamento de carbono da FS

    O Senai Mato Grosso marcou presença na consulta pública realizada pela FS – uma das maiores produtoras de etanol de milho do país – sobre o projeto pioneiro de Bioenergia com Captura e Estocagem de Carbono (BECCS). O evento ocorreu nesta quarta-feira (02.04), em Lucas do Rio Verde.

    A iniciativa tem como objetivo a geração de créditos de carbono a partir de uma certificação voluntária internacional (Gold Standard), com potencial para posicionar o Brasil como referência mundial em soluções para mitigação das mudanças climáticas.

    Durante o evento, foram apresentados os aspectos técnicos, regulatórios e socioambientais do projeto, que prevê a captura de aproximadamente 423 mil toneladas de CO₂ biogênico gerados na fermentação do milho para produção de etanol, e sua posterior injeção em reservatórios geológicos profundos. A iniciativa está em fase avançada de desenvolvimento e contou com a presença de especialistas da FS, Future Climate e Renovar.

    Representando o Senai, a gerente Executiva de Tecnologia e Inovação, Naiara Galliani, destacou a importância estratégica da iniciativa e como ela pode contribuir com o desenvolvimento sustentável da região.

    “Esse projeto simboliza o futuro da indústria alinhada à sustentabilidade. Estar presente desde as fases iniciais nos permite identificar oportunidades de formação profissional, pesquisa aplicada e prestação de serviços tecnológicos que possam apoiar a cadeia produtiva da bioenergia e ampliar o impacto positivo desse projeto para a região”, afirmou Naiara.

    Também presente na reunião, a gerente Executiva da Regional Médio Norte do Senai MT, Camila Tetilla, reforçou o compromisso do Senai com o desenvolvimento local.

    “Estamos atentos às demandas que surgirão com a implantação dessa iniciativa, seja na qualificação de mão de obra, seja na ampliação da nossa infraestrutura laboratorial. O Senai é parceiro da indústria e se coloca à disposição para contribuir com soluções que impulsionem inovação e sustentabilidade”, destacou Camila.

    A participação do Senai Mato Grosso reafirma o compromisso da instituição com o desenvolvimento industrial sustentável, a formação de talentos para o futuro e o fortalecimento da bioeconomia na região. Projetos como este, alinhados à transição energética e à descarbonização, estão no centro da estratégia de atuação do Senai para os próximos anos.

  • 14ª Corrida pela Preservação da Água reúne mais de 1.400 atletas em Lucas do Rio Verde

    14ª Corrida pela Preservação da Água reúne mais de 1.400 atletas em Lucas do Rio Verde

    Mais de 1.400 atletas participaram, no último domingo (23), da 14ª edição da Corrida pela Preservação da Água em Lucas do Rio Verde. A prova aconteceu no entorno da Avenida Beira Mata, no bairro Menino Deus, um dos principais espaços verdes da cidade.

    O evento contou com percursos de 10 quilômetros para os atletas em geral e 5 quilômetros para os corredores residentes no município. A iniciativa é promovida pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer e patrocinadores.

    Segundo o secretário de Esporte e Lazer, André Matto, a corrida incentiva o bem-estar e fortalece o esporte na cidade. “Um grupo de pessoas que cuida da saúde mental, muscular e física. Isso nos motiva a fazer ainda melhor, para que tenhamos mais pessoas envolvidas no esporte”, destacou.

    Participando pela primeira vez, Gabriele Lara Floriano, de 26 anos, celebrou a experiência. “Foi maravilhoso! Quem tiver a oportunidade, venha correr, que é muito bom”, afirmou.

    O prefeito Miguel Vaz ressaltou a adesão dos participantes e o impacto positivo do evento. “Foram abertas 1.400 vagas e de imediato foram preenchidas. Um pessoal muito animado e feliz, e isso faz a diferença em Lucas do Rio Verde. O esporte é vida, é um movimento saudável”, comentou.

    A corrida integra a programação da Semana da Água, promovida pelo Saae, com ações voltadas à conscientização sobre a preservação ambiental e dos recursos hídricos. “Não podemos esquecer que esse evento também é um alerta sobre a preservação da água. Aqui não temos escassez, mas precisamos cuidar desse bem precioso”, enfatizou o diretor do Saae, Paulo Nunes.

    Dentre os atletas, Vitor Ferreira, de Barra do Garças, conquistou a primeira colocação na prova dos 10km. “Achei o percurso bem bacana, prova bem organizada e parabenizo os organizadores. Espero voltar para outras edições”, declarou.

  • Abelhas constroem colmeia dentro de cupinzeiro e impressionam com arquitetura subterrânea

    Abelhas constroem colmeia dentro de cupinzeiro e impressionam com arquitetura subterrânea

    Prepare-se para conhecer um verdadeiro espetáculo da natureza! Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra um grupo de sitiantes durante a coleta de mel em um cenário inusitado: uma colmeia inteira construída dentro de um cupinzeiro.

    O que parecia ser apenas mais uma formação comum no campo escondia um verdadeiro tesouro dourado, produzido com maestria por abelhas que deram uma aula de engenharia natural.

    Além da quantidade generosa de mel, o que mais chama atenção é a criatividade das abelhas ao escolher o cupinzeiro como moradia. Essas pequenas arquitetas aproveitaram a estrutura sólida e protegida para erguer uma colmeia subterrânea segura, longe de predadores e variações extremas de temperatura.

    Do cupinzeiro ao favo: abelhas transformam estrutura abandonada em fábrica de mel

    Comportamento e preferências das abelhas na hora de construir a colmeia

    As abelhas são extremamente estratégicas quando o assunto é escolher o local ideal para formar suas colmeias. Em geral, elas buscam ambientes protegidos, que ofereçam estabilidade térmica e segurança para abrigar a rainha, as operárias e as reservas de mel.

    Os locais preferidos podem variar bastante e incluem:

    Troncos ocos de árvores

    Cavidades no solo

    Frestas em construções humanas (telhados e paredes)

    Caixas de colmeias manejadas por apicultores

    E, como mostrado no vídeo, até mesmo cupinzeiros abandonados ou desocupados

    Novos produtos apícolas promovem saúde e inovação na indústria alimentar em Mato Grosso
    Reprodução

    A escolha por espaços como o cupinzeiro mostra como as abelhas adaptam seu comportamento ao ambiente, aproveitando estruturas prontas e resistentes. Ali, elas trabalham sem descanso: constroem favos perfeitos, garantem ventilação interna, mantêm a temperatura ideal e protegem o mel até o momento certo da colheita — seja para consumo próprio ou, eventualmente, para quem tiver a sorte de encontrar um esconderijo desses.

    Mais do que produzir mel, as abelhas nos ensinam sobre cooperação, eficiência e criatividade, mostrando que a vida selvagem sempre encontra formas geniais de prosperar.

  • Filhote de onça-pintada é encontrado morto em Poconé (MT)  

    Filhote de onça-pintada é encontrado morto em Poconé (MT)  

    A natureza do Pantanal sofreu mais uma perda irreparável. Um filhote de onça-pintada foi encontrado morto às margens da estrada para Porto Cercado, em Poconé (MT), nessa quinta-feira (27). A cena foi registrada por um morador da região, que capturou imagens do pequeno felino, vítima provável de um atropelamento.

    A estrada, que dá acesso ao Sesc Pantanal, corta uma das regiões mais ricas em biodiversidade do país e é frequentemente utilizada por animais silvestres. Infelizmente, casos como esse evidenciam os desafios da coexistência entre a fauna e o tráfego humano.

    Apesar da relevância do caso, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar informaram que não receberam chamados para a remoção do animal. O episódio reacende o debate sobre a necessidade de medidas para evitar acidentes com a fauna, como sinalizações e redutores de velocidade em trechos críticos.

    A preservação da onça-pintada, símbolo do Pantanal, depende de um esforço coletivo. O alerta fica para motoristas que trafegam na região: respeitar os limites de velocidade e redobrar a atenção pode salvar vidas – tanto humanas quanto animais.

  • Novo livro da Embrapa esclarece dúvidas sobre criação de abelhas-sem-ferrão

    Novo livro da Embrapa esclarece dúvidas sobre criação de abelhas-sem-ferrão

    A criação de abelhas-sem-ferrão, atividade fundamental para a biodiversidade e a economia sustentável, é tema do livro Meliponicultura, o mais recente volume da coleção 500 Perguntas 500 Respostas, da Embrapa. O material, elaborado a partir de dúvidas enviadas por produtores, reúne respostas de 43 especialistas de diferentes instituições e regiões do Brasil, abordando aspectos essenciais para o sucesso da criação dessas abelhas.

    Os primeiros capítulos, que tratam da organização das colônias e da estrutura das colmeias, contaram com a colaboração da Embrapa Florestas (PR). Segundo o pesquisador Guilherme Schnell e Schühli, compreender as diferentes formas de organização dos ninhos e colmeias é essencial para uma meliponicultura eficiente e sustentável. A atividade pode ter diversos objetivos, como produção de mel, conservação ambiental, polinização e até uso medicinal.

    Fortalecimento da bioeconomia e conservação ambiental

    Além de Schühli, os pesquisadores Luís Fernando Wolff (Embrapa Clima Temperado – RS) e Kátia Sampaio Malagodi-Braga (Embrapa Meio Ambiente – SP) destacam, no segundo capítulo, que a criação de abelhas-sem-ferrão tem grande impacto na bioeconomia local. O Brasil abriga cerca de 250 espécies dessas abelhas, essenciais para a manutenção dos ecossistemas. A atividade, além de fortalecer a economia, também contribui para a educação ambiental e preservação da biodiversidade.

    No terceiro capítulo, a obra detalha a composição interna das colmeias e sua influência na produção de mel. Segundo os pesquisadores, a interação entre operárias, rainhas e zangões é um fator-chave para a produtividade. Compreender essa dinâmica permite aos meliponicultores otimizar as condições de criação, garantindo maior qualidade e quantidade de mel.

    Conteúdo acessível gratuitamente

    O livro Meliponicultura traz ainda informações sobre as interações entre abelhas e plantas, ameaças à sobrevivência das espécies, técnicas de manejo, qualidade do mel, impactos econômicos e aspectos regulatórios da atividade. A obra pode ser acessada gratuitamente no portal da Embrapa, consolidando o compromisso da pesquisa científica em apoiar a meliponicultura como uma prática econômica e ambientalmente responsável.